quinta-feira, 28 de dezembro de 2006
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quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
sexta-feira, 8 de dezembro de 2006
Arouca na primeira metade do século passado
Arouca na primeira metade do século passado
quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
Arouca na primeira metade do século passado
Em Agosto de 1942, dá-se o falecimento de Maria Rosa do Sacramento, empregada do Convento, que aí entrara com apenas 12 anos, para servir as monjas, e aí permaneceu toda a sua vida. Durante a sua permanência cuidou e zelou dos objectos e relíquias de culto, impedindo que se delapidasse esse valiosíssimo espólio.
Quatro meses depois do falecimento da guardiã do Convento, a Companhia Mineira do Norte de Portugal, a explorar Volfrâmio na região de Arouca, arrenda parte do rés-do-chão do denominado antigo celeiro do Convento para lhe servir de armazém.
No primeiro mês do ano seguinte, é concedida autorização à Companhia Alemã, a explorar Volfrâmio na região de Arouca, para instalar nas celas da ala poente do Convento, um internato tipo hospital para acolher os acidentados da Companhia, bem como os portadores de desinteria bacilar que grassava entre a população mineira.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
Arouca na primeira metade do século passado
«Exintas as ordens religiosas, por Decreto de 28 de Maio de 1834, os bens conventuais foram incorporados nos próprios da Fazenda Nacional. Manteve-se às freiras a continuação da residência até ao falecimento da última professa: não lhes cumprindo porém o artigo 4 do Decreto que lhes garantia o pagamento duma pensão anual. Vieram a passar, como escreveu Carlos de Passos relativamente a este mosteiro, "horas de infortúnio e penúria, largas e sem remédio", pelo que se viram obrigadas a vender certas espécies de valor, como os dois cálices de D. Melícia de Melo.
Faleceu a última religiosa, D. Maria José Gouveia Tovar de Meneses, a 3 de Julho de 1886.
A Fazenda Nacional procedeu ao arrolamento da existência do mosteiro. Tentando-se levar o recheio, conforme o estabelecido, o povo local opôs-se violentamente e obstou em grande parte à saída, conseguindo-se a conservação das peças que constituem o recheio do valioso museu.
A igreja, claustro e certas partes anexas acabaram por serem entregues à Irmandade de Santa Mafalda, que zelosamente a tem mantido com dignidade; a parte propriamente monástica ficou à Câmara Municipal.
Foi esta arrendando celas para residência de gente de modestos recursos, acabando por aí se concentrarem numerosas famílias. Cozinhavam estas, em grande parte, nos próprios quartos; na noite de 19 para 20 de Outubro de 1935, deflagrou incêndio numa cela da ala norte, que se estendeu. Diversas corporações de bombeiros que acorreram conseguiram salvar as alas de nascente e de poente.
Deverá destacar-se o nome da empregada Maria Rosa do Sacramento que, para salvar o tesouro do mosteiro, não se lembrou do que era seu, perdendo-o nas chamas. O interesse manifestado pelo Presidente do Conselho de Ministros, numa visita ao edifício incendiado, levou os serviços dos Monumentos Nacionais a uma profunda e criteriosa restauração, na qual se lhe reconstituiu o carácter antigo, completando ainda as alas do claustro que haviam ficado inacabadas; obras de consolidação e valorização que têm continuado, com zelo e competência.»
in "Inventário Artístico de Portugal...", Lisboa 1991, pág.35.
O incêndio anterior deflagrou em Fevereiro de 1725, e devastou o sector velho do mosteiro, salvando-se a igreja, inaugurada apenas sete anos antes, depois do restauro que a levantou da ruína, e o lanço novo do dormitório.
domingo, 26 de novembro de 2006
Arouca na primeira metade do século passado
Em Outubro de 1929, dá-se uma inundação de grande impacto no centro da vila, devido ao repentino engrossamento do caudal do Rio Marialva.
O Jornal “Defesa de Arouca” noticiou o acontecimento nos seguintes termos: «A impetuosidade da corrente deslocou…as pesadas pedras, que na Rua Direita, formavam o passeio junto do rio, amolgando e arrastando o gradeamento de ferro que nesse passeio existia.
A ponte que liga as Ruas Direita e da Lavandeira com a Rua d’Arca ficou muito danificada e a que dava passagem da Rua Direita para a Ribeira completamente destruída, como destruído ficou o pontão que existia próximo ao Lagar de Azeite.».
O Jornal “Gazeta de Arouca” refere que as águas «na sua passagem pela vila derruiram e destruíram 2 pontes e a uma terceira levaram-lhe o pegão central…».
Em Maio de 1934, dá-se uma nova inundação de idênticas proporções, levando novamente as pontes e margens do rio, deixando um rasto de destruição e amontoados de lixo, «…uma enorme cheia, causada por uma tromba de água que desabou sobre o Monte da Senhora da Mó e redondezas, provocando grandes prejuízos não só na Vila, como nos campos e construções sitas à margem do rio Arda. Todos os açudes e levadas, existentes nas proximidades da Pedra Má, desapareceram, assim como o Pontão de Eidim, que era de cimento. O moinho que estava rente à Ponte da Costa também teve a mesma sorte.», e a própria Ponte, então de pedra, baixa e estreita, também foi água abaixo.
Em 1945 iniciam-se os trabalhos de regularização e encanamento do rio Marialva. Em 1949 dão-se por concluídos os trabalhos de encanamento e cobertura do rio, que atravessa pelo centro da vila.
sexta-feira, 17 de novembro de 2006
O primeiro tractor
O primeiro semeador
Arouca na primeira metade do século passado
«Corria o ano de 1944 e estávamos em plena guerra mundial – a Segunda Grande Guerra.
O nosso país mantinha-se neutral, mas, apesar disso, e sob múltiplos aspectos, teve de suportar as terríveis consequências do conflito. Dum modo especial, no que se refere ao abastecimento de géneros alimentícios e carburantes, além de muitos outros produtos, Portugal viu-se forçado a sofrer grandes privações e os preços exorbitantes do mercado negro. E a situação manteve-se sempre grave, tanto nos grandes centros como nas próprias aldeias, onde faltava o pão, alimento essencial ao trabalho do campo.
Então, os Grémios da Lavoura e as próprias Câmaras foram chamadas a colaborar na regularização dos abastecimentos, sendo criadas, junto destas, comissões especiais encarregadas de proverem à distribuição de géneros às populações rurais. O milho e os outros cereais panificáveis escasseavam também, mercê dum açambarcamento desenfreado, que por toda a parte se fazia sentir.
Foi considerando esta dramática situação e as funestas consequências dela derivadas, que o Grémio da Lavoura de Arouca resolveu adoptar uma medida altamente simpática, destinada, por um lado, a atenuar a crise, e pelo outro a promover uma benéfica acção de fomento, que se impunha realizar.
Tornava-se imperioso estimular a produção de todos os cereais, sobretudo do milho, que é o de maior consumo na região e, para tanto, o Organismo resolveu realizar diversos concursos, entre os lavradores seus associados, tendo em mira, todos eles, conseguir um aumento substancial das produções.
Adoptada tal medida, que logo teve o apoio e o auxilio financeiro da Câmara e doutras entidades, foi elaborado um plano de acção e estabelecido o respectivo programa, do qual constavam o número e a natureza dos concursos a realizar, montante dos prémios a distribuir, que eram numerosos e de valor elevado, como convinha, sobretudo para a cultura do milho, pois era esta que mais se pretendia estimular.
Os concursos da «Melhor Seara» - de milho, cevada e trigo – da «Melhor Fruta», da «Melhor Adega» e do «Melhor Linho», foram o fundamento justificativo da criação da «Feira das Colheitas», pois assim passou a designar-se o certame, no qual foi integrado também o «Concurso de Raça Bovina Arouquesa», já criado no concelho.(…)»
(in BRANDÃO, António de Almeida, "Memórias de Um Arouquense", Universidade Nova de Lisboa, 2000, pág. 113 ss.)
terça-feira, 14 de novembro de 2006
Arouca na primeira metade do século passado
Depressa Rio de Frades, Regoufe, Janarde, Silveiras, Alvarenga e outros lugares de arremessados nomes, perdidos nos confins remotos a nascente do concelho de Arouca, se transformaram em pequenas “cidades”, providas de luz eléctrica, que, na sede do concelho, era privilégio de apenas alguns, e para onde a estrada se dirigia a toda a velocidade, rasgada na rocha, serpenteando a montanha irregular, para rapidamente facilitar o transporte do minério que, enriquecendo alguns, iria contribuir para o maior holocausto que o mundo já conhecera.
Arouca, minério ou volfrâmio significavam uma e a mesma coisa para uma multidão de gente dos concelhos vizinhos que, dia a dia, enchendo camionetas ou táxis, se dirigiam à vila, para daí iniciarem a longa caminhada que os levava ao sítio da fortuna.
Na vila animou-se o comércio, principalmente o fornecedor de alimentos, na razão inversa do racionamento de bens imposto pelo conflito mundial. Alastrava o contrabando. A gente honesta desta região rural, que não vivera a agitação política das lutas liberais e das pequenas sacudidelas da implantanção da República, não conservava memória, não resistia à tentação da riqueza fácil que lhe batia à porta.
Terra de lavradores, num minifúndio que não permitia grandes distinções entre o proprietário e o rendeiro, salvo na mesa mais abastada e na roupa domingueira, ainda no respeito/medo que os bons costumes recomendavam, via-se confrontada nos finais de 1939 com a invasão de gente de toda a espécie, aventureiros quase todos, desprovidos de fortuna e sem nada a perder na vida.
A terra era fonte certa de alimentação para os proprietários e os celeiros o melhor banco. No entanto, para as numerosas famílias que constituíam a grande massa de assalariados agrícolas e rendeiros, “os brasis” estavam agora por trás da montanha, a uns vinte quilómetros de distancia e custavam apenas algumas horas de jornada, sem necessidade dos papeis, que a maioria não sabia escrever, nem da carta de chamada, que quase todos não sabiam ler, que eram exigidos a quem quisesse embarcar para Terras de Santa Cruz.»
in VILAR, António, “O Volfrâmio de Arouca”, Câmara Municipal de Arouca, 1998, pág. 98
sábado, 11 de novembro de 2006
Arouca na primeira metade do século passado
Mas sucedeu que, pelo Decreto-Lei n.º 26.956, de 28 de Agosto de 1936, foi ampliada, aos concelhos de Felgueiras, Castelo de Paiva, Arouca e Castro Daire, com declaração de utilidade pública, a concessão de energia eléctrica em alta tensão, dada à Empresa Eléctrica Duriense Lda., por Decreto de 9 de Abril de 1931.
(…)
A Câmara não hesitou um instante e logo autorizou o seu presidente a entender-se com a Eléctrica Duriense, no sentido de resolver tudo o que se tornava necessário para a concretização do empreendimento, delegando nele os poderes necessários para representar a Câmara no contrato a efectuar com a referida empresa, para o fornecimento de alta tensão, de harmonia com o já referido Decreto-Lei. O presidente foi autorizado, ainda, a convidar um engenheiro ou um técnico competente para fazer o estudo da rede de distribuição da energia eléctrica, em baixa tensão, na Vila e imediações, assim como nas freguesias de Alvarenga, Burgo, Santa Eulália, Urro, Várzea e Rossas, incluindo a localização e o modelo dos postos de transformação a construir naquela área, que a Câmara se propôs electrificar de imediato.
(…)
Em Fevereiro de 1937, foi assinado o contrato para o fornecimento de energia entre a Câmara e a Eléctrica Duriense, Lda., assinado pela Câmara, pelo seu presidente Reinaldo de Noronha, e pela Eléctrica Duriense o Eng.º Mário Guimarães, estando presente o consultor técnico da Câmara, Eng.º Gouveia Neves.
(…)
E todos os trabalhos foram tão bem organizados e correram com rapidez, que foi possível proceder à inauguração da energia eléctrica em 27 de Março de 1938, o qual foi um dia grande para Arouca e pode considerar-se uma data verdadeiramente notável, o inicio de uma era nova, de mais progresso e desenvolvimento para o concelho. Uma data histórica, sem dúvida!»
quarta-feira, 8 de novembro de 2006
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
Arouca na primeira metade do século passado
O deflagrar da segunda contenda mundial para além dos prejuízos vários que ia somando, fazia submergir «numerosas embarcações carregadas de géneros alimentícios e outros produtos necessários ao abastecimento do povo português, dependente do estrangeiro.»
Como está fácil de ver, tais factos levaram a que tais géneros e produtos escasseassem, «ao ponto do Governo decretar o seu rateio para toda a gente e a distribuição dos mesmos passou a ser feita em condições bem precárias.»
«Às câmaras municipais, foi confiado tal encargo, bem ingrato por sinal, visto, em alguns casos, pouco ou nada haver para distribuir, na data destinada. Tudo faltava, incluindo milho, o qual, neste meio, costumava chegar para ocorrer às necessidades, mas que um descarado açambarcamento fazia escassear como qualquer outro produto.
Este sistema de abastecimento (que não o era, afinal) causava muitas dores de cabeça aos presidentes das câmaras, e não só a eles como aos próprios vogais. E não eram somente os cereais e os géneros alimentícios, próprios das mercearias, que escasseavam por forma tal que, por vezes, faltava totalmente, mas muitos outros, como produtos para a lavoura (adubos, sementes, insecticidas e fungicidas) os quais também eram rateados como os primeiros.
Até o tabaco desapareceu totalmente, em certas ocasiões, tentando os fumadores «matar» o vício usando folha de videira seca e ralada, e coisas semelhantes.
A distribuição e rateio de produtos encontravam-se organizados através de uma comissão reguladora, anexa à Câmara e orientada por esta, a qual dispunha de uma delegação em cada freguesia, da qual faziam parte os párocos, presidentes da junta e regedores. É de salientar que os Reverendos párocos prestaram relevantes serviços nesta emergência. Nenhum se recusou.» (in BRANDÃO, António de Almeida, "Memórias de Um Arouquense", Universidade Nova de Lisboa, 2000, pág. 28 ss.)
domingo, 5 de novembro de 2006
terça-feira, 31 de outubro de 2006
Noite das bruxas
Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de Outubro e 2 de Novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão" na língua celta).
O fim do verão era considerado como ano novo para os celtas. Era pois uma data sagrada uma vez que, durante este período, os celtas consideravam que o "véu" entre o mundo material e o mundo dos mortos (ancestrais) e dos deuses (mundo divino) ficava mais ténue.
O Samhain era comemorado por volta do dia 1 de Novembro, com alegria e homenagens aos que já partiram e aos deuses. Para os celtas, os deuses também eram seus ancestrais, os primeiros de toda árvore genealógica.
A relação da comemoração desta data com as bruxas propriamente ditas, terá começado na Idade Média no seguimento das perseguições incitadas por líderes políticos e religiosos, sendo conduzidos julgamentos pela Inquisição, com o intuito de condenar os homens ou mulheres que fossem considerados curandeiros e/ou pagãos. Todos os que fossem alvo de tal suspeita eram designados por bruxos ou bruxas, com elevado sentido negativo e pejorativo, devendo ser julgados pelo tribunal do Santo Ofício e, na maioria das vezes, queimados na fogueira nos designados autos-de-fé.
Essa designação se perpetuou e a comemoração do halloween, levada até aos Estados Unidos pelos emigrantes irlandeses (povo de etnia e cultura celta) no Século XIX, ficou assim conhecida como "dia das Bruxas".
domingo, 29 de outubro de 2006
Gostei de ler
Gostei de ver
quinta-feira, 26 de outubro de 2006
Rossas tem grande associativismo
Deve ser frustrante...
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
sábado, 21 de outubro de 2006
"HOSPEDARIA DO CONVENTO"
sexta-feira, 20 de outubro de 2006
E a Capela da Misericórdia?
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
A propósito da Igreja do Convento de Arouca
Um ano a navegar com destino...
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Albergaria da Serra anexada a Moldes, Chave ou Rossas
domingo, 15 de outubro de 2006
A propósito de "A História de Deus Comigo"
sábado, 14 de outubro de 2006
Sobre as datas esculpidas no verso do brasão de Rossas
Recentemente, a Junta actual e, nomeadamente, o seu presidente José Paulo Oliveira, tiveram por bem mandar executar, no mesmo material, uma cruz de Malta para colocar no verso do referido brasão e com o intento de assinalar o inicio e fim da pertença de Rossas àquela Ordem. Até aqui, nada a obstar. Muito pelo contrário!
Sucede que, as datas esculpidas no referido trabalho (1629 – 1770), não permitiam a leitura referida.
Com o conhecimento adquirido e sustentado nos poucos dados existentes, e outros, entretanto, investigados, disse ao presidente da Junta que aquelas datas esculpidas na base da referida cruz, não permitiam a leitura que se tinha por objectivo. De imediato, e num exercício de grande responsabilidade, prometeu-me ir informar-se melhor e proceder em conformidade. E assim foi! Na semana seguinte pediu ao autor da obra que picasse as datas em causa. Já lá não estão.
Como é normal e facilmente compreensível, o autor da obra, Sr. Reinaldo, mais conhecido por “Mato-Grosso”, não gostou nada de tomar conhecimento que alguém havia questionado o seu trabalho. Tanto mais que os algarismos terão sido mesmo a parte mais morosa e trabalhosa. Entendo perfeitamente. Mas nada houve ou há de pessoal. De resto, reiterando a minha opinião sobre a qualidade das referidas obras, devo frisar que não era o autor que estava em causa, mas sim quem deu, ou não, instruções para executar a obra e definiu o objectivo da mesma.
Quanto ao fim da presença e extinção da Comenda de Rossas, aqui com mais certeza, à semelhança das demais Ordens Religiosas existentes em Portugal, dá-se com o Decreto de Joaquim António de Aguiar, Ministro da Justiça e das Instituições Religiosas, de 28 de Maio de 1834, que extinguiu as Ordens Religiosas em Portugal.
Mais uma vez!
sexta-feira, 13 de outubro de 2006
DESFOLHADA NA PRAÇA
"ESTRADAS, MAS NÃO SÓ..."
Faltam placas de sinalização em Rossas
Vai nascer a Casa da Cultura de Provizende
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
AroucaFilmFestival - Uma aposta a frutificar
Uma aposta inteligente
domingo, 8 de outubro de 2006
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
Rios de Arouca e Desporto Aventura no Herman SIC
quarta-feira, 4 de outubro de 2006
Arouca no contexto da contribuição Maltesa para o Barroco Português
Cedo se determinou que o artista se chamava afinal Gimac (grafia utilizada em Portugal para o nome Gimach) e era de Malta, não de Itália.» in "Portugal e a Ordem de Malta..."
terça-feira, 3 de outubro de 2006
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Minas de Regoufe
sábado, 30 de setembro de 2006
28 autocarros rumo a Almada
Fantástico! Esta manhã, passava pouco das 07.00h, saíam 28 autocarros com rumo a Almada, para visitar o Cristo-Rei.
Nicolau Nasoni
Também falamos nos Painéis de S. Vicente, de Nuno Gonçalves, e até do pensamento político de Camões na sua obra épica. No entanto, foi àquele que conferi as honras da prelecção.
quarta-feira, 27 de setembro de 2006
Coisas que entretanto continuam na mesma (3)
terça-feira, 26 de setembro de 2006
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Feira das Colheitas' 06
Coisas que entretanto continuam na mesma (2)
sábado, 23 de setembro de 2006
Comentários anónimos
Coisas que entretanto mudaram (2)
Coisas que entretanto continuam na mesma (1)
sexta-feira, 22 de setembro de 2006
Coisas que entretanto mudaram (1)
quinta-feira, 21 de setembro de 2006
AROUCA NA PRAÇA DA ALEGRIA
Não fugindo à sua recente ligação a Arouca, Jorge Gabriel não esqueceu as questões do desenvolvimento, falando com o autarca acerca do andamento do projecto de continuação da Via Estruturante, fazendo também a caracterização do concelho e contando um pouco da história da Feira das Colheitas.
Feira das Colheitas
quarta-feira, 22 de março de 2006
Até ao Outono!
terça-feira, 21 de março de 2006
Dia Mundial da Floresta e da Árvore
segunda-feira, 20 de março de 2006
Final do mês de Março
domingo, 19 de março de 2006
Crescónio, Leonardo e Domingos
É um facto que foi o mais recente e até o mais notado dos naturais de Arouca que serviram a Igreja naquela superior qualidade. Contudo, não foi o único e, pese embora com a dimensão que a cada um é devida, por isso procurarei dar a conhecer, pelos menos em traços gerais, três dos bispos naturais de Arouca.
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Pese embora a falta de elementos mais concretos, Maria Helena da Cruz Coelho desenvolveu algumas linhas sobre Dom Crescónio, sobre a forte possibilidade de se tratar de uma personalidade natural de Arouca, seguindo, de resto, a possibilidade já antes aventada por diversos autores.
Crescónio, viveu na primeira centúria do segundo milénio e seria natural da freguesia de Moldes, sendo seu pai Mogueime Crescones, e sua mãe Lovesenda Eirigues.
Terá professado no cenóbio arouquense, ao qual veio mesmo a legar todo o seu património. Alguns autores supõem mesmo que este monge só terá abandonado a comunidade de S. Pedro ao ascender ao episcopado.
Eleito em 1092 para o bispado de Coimbra, Dom Crescónio, viria a desempenhar essas funções até 1098, chegando a ser o único prelado do condado, por destituição de Dom Pedro, bispo de Braga.
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De elementos mais concretos dispomos já para falar de Leonardo de Sousa Brandão.
Nascido na Casa da Tulha, lugar do Sobral, da freguesia de Várzea, em 12 de Outubro de 1767, Leonardo era filho de Manuel de Almeida Brandão, Capitão da Soberana Ordem de Malta, e de D. Angélica Margarida de Almeida e Sousa.
Entrou para a Congregação do Oratório e, mais tarde, chamado para confessor de D. Carlota Joaquina e de sua filha D. Maria da Assunção. Em 1824 foi eleito bispo do ultramar, dignidade que não aceitou, mas em 17 de Dezembro de 1832 foi confirmado bispo de Pinhel e sagrado a 10 de Fevereiro seguinte. Foi o último bispo da extinta diocese de Pinhel.
Acompanhou politicamente D. Miguel, pelo que se tornou um perseguido dos liberais, chegando a andar a monte.
Segundo o assento de óbito, terá falecido em 19 de Abril de 1838, em casa de seu irmão Dâmaso. No entanto, há tradição de assim não ter sucedido, tendo o seu funeral sido realizado de forma bastante conturbada, de noite e às escondidas. Contudo, viria a repousar na Igreja Paroquial da sua freguesia natal, sendo posteriormente trasladado para o cemitério adjacente.
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De mais fresca memória é o percurso de Dom Domingos de Pinho Brandão.
Filho de Domingos de Pinho Brandão, e de Luciana Joaquina Martins de Pinho Brandão, Domingos nasceu na freguesia de Rossas, no dia 9 de Janeiro de 1920.
Frequentou os Seminários do Porto e a Universidade Gregoriana, onde se formou em teologia. Foi ordenado sacerdote, em Roma, na Basílica de S. João de Latrão, em 24 de Abril de 1943. Pároco da freguesia de Rossas durante alguns meses, foi, depois, nomeado prefeito e professor do Seminário Maior do Porto, de que foi, mais tarde, Vice-Reitor e Reitor. Foi também professor dos Colégios Araújo Lima e Brotero, do Seminário de Vilar, do Liceu Alexandre Herculano, do Instituto de Serviço Social, do Centro de Cultura Católica Superior (Porto) e da Faculdade de Letras do Porto (cadeiras de Arqueologia, Epigrafia e Numismática).
Na cúria diocesana do Porto ocupou os lugares de Promotor de Justiça e Defensor do Vínculo. Foi ainda Juiz e Examinador pró-sinodal e fez parte da Comissão diocesana de Arte Sacra e Liturgia.
Fundou e organizou o Museu de Arqueologia e Arte do Seminário Maior do Porto, estando, na ocasião de nomeação episcopal, a organizar um Museu de Arqueologia na Faculdade de Letras onde era Professor.
Quando Bispo Auxiliar de Leiria iniciou a organização de um museu diocesano de Arte Sacra.
Foi Director do Museu Regional de Arte Sacra de Arouca e fez diversas viagens de estudo ao estrangeiro, um das quais como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Orientou e tomou parte em escavações arqueológicas portuguesas e no estrangeiro, e em numerosos Congresso e Colóquios nacionais e estrangeiros.
Foi codirector da revista de Arqueologia LVCERNA e fez parte do Corpo redactorial da revista de arte MVSEV.
Publicou numerosos estudos (obras, separatas e artigos) especialmente sobre arte, arqueologia, epigrafia e história.
Foi nomeado Bispo de Filaca e Auxiliar de Leiria em Dezembro de 1966, e ordenando Bispo em 29 de Janeiro de 1967. Mais tarde, viria a ser Bispo Auxiliar do Porto.
Falece a 22 de Agosto de 1988, sendo sepultado no cemitério paroquial da sua freguesia natal.
Para além da vasta obra, em diversos domínios, imortaliza-o, com o seu nome, a Alameda Central da vila de Arouca e uma Rua na cidade do Porto.
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Bibliografia
CRUZ COELHO, Maria Helena da, “O Mosteiro de Arouca – Do século X ao século XIII”, Arouca 1988.
PEREIRA, Virgílio, “Cancioneiro de Arouca”, Edição FAC-SIMILADA, ADPA, Arouca 1990.
Revista LVCERNA, “Homenagem a D. Domingos de Pinho Brandão”, Centro de Estudos Humanísticos, Porto 1984.