sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A ÚLTIMA DÉCADA EM AROUCA DE A a Z

Cumpriu-se a primeira década do século XXI. Em Arouca, as primeiras notícias deram-nos conta dos despedimentos na C & J Clark da Malhadoura e, as últimas revelaram-nos o desemprego como maior preocupação. A Casa da Cultura de Arouca, inaugurada em Janeiro de 2000, e a de Fermedo, inaugurada em Julho de 2001, prometeram maiores impulsos à Cultura. Através do Cister, Sabores e Saberes procurou divulgar-se a doçaria conventual e pela Recriação Histórica foi-nos dada a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida no interior do Convento.
À geminação com Poligny, em França, juntámos geminação com a Cidade de Santos, no Brasil, em Março de 2001. Fomos a banhos na Piscina Municipal e inaugurámos a Piscina de Escariz em Fevereiro de 2009, mas, também nas praias fluviais, equipadas esta década e numa das quais chegámos a hastear Bandeira Azul no Verão de 2006.
Começámos a assistir às curtas-metragens do Arouca Film Festival em 2003 e, também neste ano vimos autorizar a instalação de três Parques Eólicos na Serra da Freita. No começo de 2005 deixámos de assistir a longas-metragens no Globo D’Ouro e, em Dezembro de 2005, já as Torres Eólicas se avistavam da Vila.
Apesar de pertencermos ao Distrito de Aveiro, foi com alguma naturalidade que, em Janeiro de 2005, passámos a integrar a GAMP – Grande Área Metropolitana do Porto.
O Folclore Arouquense esteve em grande, chegando a realizar-se mais de uma dezena de Festivais anuais nos primeiros anos da década, vindo a esmorecer para final, com o próprio município a apertar-lhes o cinto. Já os Estudantes de Arouca viram nascer o seu Fim-de-Semana Académico e o seu próprio Festival de Tunas, pela mão da Associação Académica.
A Feira das Colheitas transformou-se no ponto alto de mostra, encontro e confraternização dos arouquenses, mas, muitos mais foram os forasteiros que nos visitaram, e por cá ficaram, ocupando a oferta de Turismo Rural, que nesta década abriu novas portas. Ainda assim, a oferta não deixou de se evidenciar como uma das principais lacunas de Arouca. Vimos sonhar com uma Pousada no Convento, mas, foi a iniciativa privada que inaugurou o Hotel Rural Quinta de Novais, em Julho de 2006, e transformou a Residencial São Pedro em Hotel, em 2008.
Entretanto floresceu a Solidariedade Social, criaram-se novas Creches por todo o concelho, a AICIA ampliou as suas instalações e aumentou a sua oferta, o Patronato aumentou as suas valências, e o surgido Centro Paroquial de São Salvador do Burgo, depressa inaugurou infra-estruturas e se colocou ao serviço da população, em Julho de 2010. Da Rede criada em Janeiro de 2005 à iniciativa De Igual para Igual, estas e outras instituições foram unindo esforços para que a diferença e a necessidade não se notem na comunidade.
A política, como é normal, esteve sempre na ordem do dia e às desuniões sucederam-se as ditas uniões e vice-versa. Sociologicamente, Arouca parece não ter mudado, mas isso, só por si, não chegou para evitar votos em sentido diverso e fazer com que o rosa não pintasse o mapa político de Arouca durante toda a década.

André Almeida – Foi o nome que se juntou à galeria dos ilustres arouquenses que desempenharam as funções de deputado à Assembleia da República, e dessa forma ajudou a representar e dignificar os interesses de Arouca e dos Arouquenses. Tomou posse em Março de 2005, mas, manteve-se suplente até Outubro de 2007, altura em que ocupou a cadeira deixada vaga por Marques Mendes. Em Julho de 2009, às portas de concluir o seu mandato, realizou o “Dia de Arouca” na Assembleia da República. Regressou a Arouca para liderar a CPC do PSD.

Bandas Musicais – Numa década em que as Bandas se juntaram para tocar, assinalou-se o Centenário da Banda Filarmónica de Alvarenga e deram-se novos fôlegos à Banda Musical de Figueiredo, que se autonomizou da associação mãe. Festejámos o 180º Aniversário da Banda Musical de Arouca, que deu concertos de excelência, nomeadamente na Casa da Música, no Parlamento e no Europarque. Em Outubro de 2008 assistimos à reactivação da Banda Musical do Burgo, que havia cessado actividade há 60 anos.

Colectividades – Entre muitas outras, em Fevereiro de 2000 foi inaugurada a sede da associação “2002 Nogueiró” e pouco depois foi fundada a FAMA. Já no final do ano foi constituída a NUMOFREITA e, em Junho do ano seguinte, a Associação Académica de Arouca. Em Julho de 2002 foi inaugurada a sede social da FAJDA e, em Setembro deste mesmo ano foi fundada a EXCOMAR. Em Setembro de 2003 foi inaugurada a sede social do Rancho “As Lavradeiras de Canelas” e, em Janeiro de 2005, inauguradas as novas instalações sociais e desportivas do CCRD do Burgo. Também neste mesmo ano são fundadas a ANIMA PATRIMÓNIO e a NATURVEREDAS. Já em Junho de 2007 dá-se a apresentação pública do Agrupamento de Escuteiros de Rossas. Em Novembro de 2010 vimos abrir as portas da nova casa do Grupo Etnográfico de Fermedo e Mato.

Desporto – Em Maio de 2006 assistimos à inauguração Desportiva do Estádio Municipal de Arouca, que deu alojamento às recentes e vitoriosas temporadas do Futebol Clube de Arouca. Também a ACR de Mansores fez o seu campo, que inaugurou em Setembro de 2005, e deu cartas nesta modalidade. Mas, muitas outras modalidades mereceram destaque esta década. A impensável modalidade de Kung Fu consagrou os arouquenses Manuel Vítor Martingo Coelho e Rui Moreira. Foi também nesta década que surgiu o Open de Ténis e que o Grupo Coral de Urro e Associação Académica se dedicaram ao Futsal. A modalidade de Todo-o-Terreno foi abraçada pelo Arouca Motor Clube e pelos Bombeiros Voluntários. Muitos se dedicaram ao Pedestrianismo por força dos Percursos traçados pela Autarquia, mas, também ao BTT e outros ao Rafting e Desportos Radicais, constituindo-se em associações e empresas, para maior desenvolvimento das respectivas modalidades. Helena Soares brilhou e arrecadou medalhas no Campeonato do Mundo de Atletismo Síndrome de Down, realizado no México.

Educação – Em matéria de Educação Escolar e, principalmente, no que às infra-estruturas em que ela acontece diz respeito, foi uma década algo conturbada, nomeadamente pelo fecho precipitado e definitivo de quinze escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, no Verão de 2006. Muitas outras mudanças se sucederam, entre fechos de escolas e aberturas de novos pólos escolares, mudando completamente o paradigma que vigorou no século XX. Às portas do ano lectivo de 2001-2002, é inaugurada a Escola E.B. 2,3 de Escariz e, em Maio de 2008, são aprovados os projectos para a construção de um pólo escolar na freguesia de Fermedo e outro na freguesia do Burgo, que abriu já as suas portas. Já no final de 2010 começaram as obras que prometem transformar por completo a Escola Secundária de Arouca.

Futebol Clube de Arouca – Foi o maior factor de alegria e orgulho dos arouquenses na década que terminou. Em Abril de 2007, ao comando de Rui Correia e Jorge Gabriel, sagra-se Campeão Distrital da 1.ª Divisão de Futebol de Aveiro, subindo à 3.ª Divisão Nacional. Aquele último, conhecido apresentador de televisão, chegou a ser o treinador principal da equipa, entre Agosto de 2007 e Janeiro de 2008. Pouco depois o FCA conquista a Supertaça da Associação de Futebol de Aveiro e, em Maio de 2008, garante a subida à 2.ª Divisão Nacional. Precisamente dois anos depois confirma-se Campeão da Zona Centro daquela Divisão, carimbando passaporte para a II Liga Nacional de Futebol, patamar que lhe conferiu várias experiências inéditas, coroadas com o jogo contra o S. L. Benfica no Estádio da Luz, a contar para a 3.ª Eliminatória da Taça de Portugal.

Geopark Arouca – Consequência natural do património existente em Arouca, foi constituído o Geoparque Arouca, que a National Geographic e a Geoscientist deram a conhecer ao Mundo em 2008, e, pouco tempo depois, a UNESCO reconheceu como património seu, a salvaguardar, valorizar e divulgar. Já antes, no Dia Nacional do Património Geológico, a Câmara Municipal havia sido agraciada com o Prémio Geoconservação 2008, atribuído por unanimidade pelo júri da ProGEO. Em Abril de 2010, o agora denominado Geopark Arouca, recebe o galardão oficial de reconhecimento da Adesão à Rede Global de Geoparks, sob os auspícios da UNESCO. Em Setembro último, Artur Sá, cientista mentor do GeoparK Arouca, foi constituído “Cidadão Honorário de Arouca”.

Hospital da Santa Casa da Misericórdia – Apesar de ser assunto de todos os tempos, muito se falou esta década de Saúde em Arouca. Ter-se-ão dado tantos passos em frente como atrás. Abriram-se e fecharam-se Extensões de Saúde nas freguesias, e lutou-se por Centros de Atendimento e por Médicos, que chegámos a ver objecto de promessas eleitorais. Perdemos o SAP e ganhámos o SUB. Alentou-nos, porém, a reabertura do Hospital de outrora. Fruto do sonho, empenho, esforço e dedicação de alguns arouquenses, depois da morosa empreitada de remodelação e ampliação, é reinaugurado o Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arouca, em Janeiro de 2006, com diversas valências e internamento.

Incêndios – Como que a prever e a acautelar, em Junho de 2004 foi publicado um Decreto-Lei que designava por zona crítica grande parte da mancha florestal de Arouca, advertindo ser prioritária a aplicação de medidas mais rigorosas de defesa da floresta contra incêndios. Pouco mais de um ano volvido, em Agosto de 2005, fagulhas trazidas pelo vento de um incêndio a deflagrar na freguesia de Moldes, incendeiam toda a floresta circundante da Vila de Arouca, provocando um cenário “dantesco” de que não havia memória. Nos dias seguintes, continuou a deflagrar na Serra da Freita, consumindo, igualmente, uma área de que não existia notícia. Neste mesmo ano, deflagra ainda um incêndio no armazém da Cooperativa Agrícola de Arouca. Nos anos seguintes o flagelo não deixa de angustiar a população arouquense e já em 2010 continuámos a ser notícia pelos incêndios florestais e numa indústria de madeiras.

Jornais – Em Janeiro de 2001 publicam-se as últimas folhas do Jornal CRUZ DE MALTA, Mensário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Rossas e, pouco depois, vimos o Jornal Jovem de Alvarenga prometer ficar-se pela Internet, mas, por aí se ficou sem mais notícia. Dito Defensor dos Interesses do Concelho, o Semanário “Defesa de Arouca”, que deu à estampa pela primeira vez em Janeiro de 1926, suspende a sua publicação, abrupta e inesperadamente, sem aviso ou adeus, em Janeiro de 2008. Fica para a História como o principal e mais completo repositório da história e estórias de Arouca e dos Arouquenses do século XX. Lá diz o povo que quando se fecha uma porta, abre-se uma janela, e, neste caso, “Discurso Directo”, é o nome da janela que se abriu e começou a dar à estampa em Maio de 2008, pelas mãos de Victor Mendes e Cláudia Oliveira.

Livros – Entre outras obras sobre Arouca, na última década deram à estampa Serra da Freita, de Armando Reis Moura, a que se seguiu Município de Arouca. Subsídios para a sua história, de Alberto Gonçalves; Alvarenga Minha Terra, de Maria Alice da Silva Brito; Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda de Arouca, de Afonso Veiga; A contabilidade do Mosteiro de Arouca: 1786-1825, de José Miguel Pereira dos Santos Oliveira; Arouca, uma Terra, um Mosteiro, uma Santa, de Maria Helena da Cruz Coelho; e A Casa do Burgo, de António Vaz Pinto; Trilobites gigantes das ardósias de Canelas, coordenado por Artur Abreu Sá e Juan Carlos Gutiérrez Marco; Os Filhos da Roda, de Afonso Veiga; Dois Volumes de As Doze Portas de Arouca, de Abrunhosa de Brito; e a Misericórdia de Arouca – Quatro Séculos de História, de Afonso Veiga.

Museus e Monumentos – Numa medida pouco consensual, em Outubro de 2000, a Câmara Municipal deliberou transformar o edifício do antigo Mercado Municipal em Museu Municipal, que inaugurou em Maio de 2008. Já o Museu de Arte Sacra, apesar das obras de remodelação e ampliação tantas vezes prometidas e que tardam em se realizar, permaneceu sem receber qualquer benefício. As Rotundas concebidas esta década revelaram-se locais primordiais para levantar Monumentos e assim sucedeu com o Monumento às Antas Megalíticas, em Escariz, o Monumento ao Lavrador, em Alhavaite, o Monumento às Trilobites e aos Combatentes do Ultramar, na Vila. Mau augúrio da abrupta remoção dos “Calhaus”, nenhum Monumento se conseguiu levantar na rotunda central da Vila durante esta década, apesar de obra encomendada, paga e pronta desde Abril de 2009.

Nádia Oliveira – O falecimento de jovens e filhos da terra, e vários foram aqueles que partiram prematuramente, é sempre motivo de grande consternação. O trágico e inesperado acidente de viação, em Março de 2008, que vitimou a jovem Nádia Oliveira, pela qual a comunidade arouquense nutria muito carinho, acabou por se traduzir num dos acontecimentos mais chocantes e marcantes da década.

Ordenações heráldicas – Nos últimos dez anos, também por força dos impulsos dados pela concepção de páginas na Internet, mas, principalmente pela necessidade de simbolizar as principais características das respectivas circunscrições administrativas, deu-se uma correria da quase totalidade das freguesias à Ordenação Heráldica de brasão, bandeira e selo. Entre outras, juntaram-se à Espiunca (com brasão, bandeira e selo, desde 1997), Albergaria da Serra, Burgo, Fermedo e Mansores, em 2000; Urro, em 2001; Arouca, Escariz e Moldes, em 2002; Santa Eulália, em 2003; Alvarenga, Rossas e São Miguel do Mato, em 2004; Cabreiros e Várzea, em 2005; e Tropeço em 2009.

Património – Entre muitas outras obras, em Maio de 2002 iniciaram-se profundas obras de recuperação no Convento e foi inaugurada a reimplantação do Pelourinho do Burgo. Em Março de 2006 começou a remoção do Memorial de Santo António, para logo em Abril se iniciar a reimplantação, em lugar mais digno e próximo do original. Em Janeiro de 2007 foi assinado o protocolo para reabilitar e valorizar o Mosteiro de Arouca, que recebeu a visita do Presidente da República, em Janeiro de 2008. Para as calendas se remeteu a Pousada pensada para a Ala Sul, por ter ficado deserto o concurso de Concessão lançado em Março de 2008. Já em finais de 2009 assistimos à reabertura da recuperada Capela da Misericórdia.

Qualidade – Foi nesta primeira década do século XXI que em Arouca se começou a falar com maior propriedade no cumprimento de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão de qualidade. Muitas foram as empresas e entidades que em Arouca adoptaram aquelas normas e várias mereceram a certificação ISO 9000, como, por exemplo, a AROUPLÁS, certificada em 2000, a FARCIMAR, certificada em 2004 e a CAMARC, certificada em 2008. Também pela qualidade dos serviços prestados vimos premiar o Hotel S. Pedro no último mês de Dezembro.

Recuperação, Regeneração e Revitalização – Foram palavras de ordem que se traduziram em exemplos concretos, como em algumas artérias da Vila, no centro de Alvarenga, e um pouco por todo o concelho. Mas a década termina com intentos maiores, motivados pela aprovação da candidatura ao Pólis XXI, que tem em vista uma mudança profunda das artérias e espaços do centro histórico da Vila, que já suscitou alguma discussão e promete não ser muito consensual. A apresentação pública do ante-projecto teve lugar em Janeiro de 2010, mas, o projecto promete vir a ser executado sem que haja lugar a debate.

Saneamento Básico – «Mais Saneamento, melhor ambiente», foi o mote para a entrada em funcionamento da ETAR do Vale de Arouca e o simultâneo encerramento da velha ETAR da Pimenta, ao cair do pano desta primeira década do século XXI. Porém, a maior parte das freguesias do Vale de Arouca volveram a década sem ligação à Rede de Saneamento Básico, e o concelho está ainda muito longe dos índices mínimos nesta matéria, abonando muito pouco em favor do Vale da Fertilidade anunciado pela Logomarca apresentada no limiar da década, em Setembro de 2000.

Trilobites – Em Julho de 2006 é inaugurado, na exploração de ardósias da empresa Valério & Figueiredo, o Centro de Interpretação Geológica de Canelas, que, em Abril de 2007, é agraciado com o Prémio de Mérito Turístico, instituído pela Região de Turismo da Rota da Luz. Em Junho de 2008 é inaugurado o Monumento às Trilobites numa das Rotundas da vila e, já em Maio de 2010, Manuel Valério de Figueiredo é agraciado com a Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, «pelos esforços intensos e profícuos no estudo, preservação e divulgação dos achados fósseis da louseira de Canelas».

Universidade de Verão – Em Julho de 2008 tem lugar a 1.ª Edição da Universidade de Verão da Universidade do Porto, no dito Pólo de Arouca. Experiência repetida nos anos seguintes de 2009 e 2010, desta feita com cerca de 60 alunos. Houve quem visse nesta iniciativa o prenúncio da possibilidade de se estabelecer, de facto, um Pólo daquela Universidade no concelho de Arouca, mas, à semelhança doutras iniciativas, também esta foi já alargada a outros municípios e Arouca poderá não ter agarrado a ideia em tempo útil.

Via Estruturante – Em Dezembro de 2001 chegam as máquinas ao terreno para rasgar o troço entre a Ribeira de Tropeço e a vila de Arouca, cuja inauguração e abertura total aconteceu em Maio de 2006. Pelas Colheitas de 2007 foi assinado o contrato para o projecto da 2.ª Fase da Via Estruturante, ligando Santa Maria da Feira à freguesia de Mansores, mas, chegados aos últimos dias de 2010, as máquinas ainda não chegaram ao terreno, apesar das promessas de secretários de estado, ministros e até do primeiro-ministro José Sócrates que, em Setembro de 2009, se deslocou a Arouca para prometer fazer justiça aos arouquenses em matéria de acessibilidades.

World Wide Web – Nesta última década Arouca e os arouquenses começaram a chegar em maior número à chamada Rede de Alcance Mundial. Pouco a pouco, pessoas colectivas e individuais, foram começando a frequentar a rede e a mudar o paradigma dos contactos, dos encontros, do convívio e dos relacionamentos. Sinal dos tempos e de novas necessidades, em Setembro de 2003 o Município inaugurou o Espaço Internet de Arouca, que agora cede em favor da aposta nos programas "e-escola" e o "e-escolinha". Em Abril de 2005 surge o www.arouca.biz, que, depois do pioneiro Aroucanet, se assume como um novo portal de Arouca na Internet, e acaba por ser o precursor do estabelecimento de uma comunidade arouquense na Rede. Em Janeiro de 2006 passámos a poder ouvir a Rádio Regional de Arouca em qualquer parte do Mundo através da Internet e aqui começámos a conhecer as notícias antes de darem à estampa nos jornais da terra.

Xisto e Ardósia – Depois das modas que muito contribuíram para descaracterizar as nossas Aldeias Tradicionais, assistimos nesta última década ao ressurgimento dos materiais característicos, que muito valorizaram a recuperação e muito contribuíram para a revitalização de Aldeias como Janarde e Meitriz, mas também muito beneficiaram edifícios como o Centro de Interpretação Geológica e a Sede do Racho “As Lavradeiras de Canelas”. Em Fevereiro de 2005, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade o projecto de recuperação das aldeias tradicionais de Cabaços, Tebilhão, Rio de Frades, Cando, Covelo de Paivó, Drave e Paradinha, que têm aqueles materiais em comum, mas, nem todas sentiram a concretização da intenção.

Zonas Industriais – Nesta última década foi dado um maior impulso às Zonas Industriais e desmobilizadas as empresas, armazéns, indústrias e mesmo serviços que se localizavam na vila e um pouco por todas as freguesias. O centro da vila de Arouca muito beneficiou com a criação da Zona Industrial de São Domingos. O mesmo sucedeu um pouco por todo o concelho por força da concepção de outras zonas industriais, que devolveram outra qualidade de vida às populações e permitiram às empresas localizarem-se em Zonas mais habilitadas ao seu funcionamento.
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Publicado na edição de 14/01/2011, do jornal semanário "Discurso Directo"

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A propósito da nova Biografia de Egas Moniz

Esta é a primeira biografia de uma das mais fascinantes personalidades médicas do século XX, a quem se devem duas contribuições científicas fundamentais: a angiografia, uma técnica que permite a visualização dos vasos cerebrais, e a psicocirurgia, o primeiro tratamento cirúrgico de certas doenças psiquiátricas, agora ressuscitada em consequência de progressos tecnológicos recentes.
António Caetano de Abreu Freire Egas Moniz nasceu em 1874 em Avanca e formou-se na Universidade de Coimbra. A sua tese sobre “A vida Sexual”tornou-se num “best-seller”. Em 1911 transferiu-se para a Universidade de Lisboa como Professor de Neurologia. Até 1919 foi um político activo, chegando a Ministro de Negócios Estrangeiros no governo de Sidónio Pais, e chefiando a delegação portuguesa à Conferência de Versalhes no final da Grande Guerra.
Esta é uma narrativa que o autor pretendeu que fosse objectiva e crítica, e para a qual dispôs de numerosos documentos e cartas inéditos e do testemunho de colaboradores e familiares de Egas Moniz. Irá certamente contribuir para o melhor conhecimento de um português que para muitos permanece ainda uma figura obscura, que foi um político, um diplomata, um homem das letras e do mundo, um clínico de sucesso e um cientista improvável.
Gradiva
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O meu primeiro contacto com Egas Moniz deu-se com a necessidade de saber um pouco mais sobre essa ilustre figura que teve Casa de Férias na minha freguesia natal, freguesia de Rossas, no concelho de Arouca, para o meu trabalho "ROSSAS - Inventário Natural, Patrimonial e Sociológico".
As suas Memórias, a que deu o titulo de A Nossa Casa, reportando-se à sua casa de Avanca, hoje Casa Museu Egas Moniz, foram uma das minhas primeiras incursões e são, ainda hoje, de par com Os Maias de Eça de Queirós, e Um Escritor Confessa-se! de Aquilino Ribeiro, um dos meus livros preferidos.
Egas Moniz foi proprietário da Casa do Outeiro, freguesia de Rossas, que, em 1907, vendeu a Domingos de Pinho Brandão, pai de Dom Domingos de Pinho Brandão, onde, durante a sua juventude passou férias junto de seu tio Augusto, e que recorda em várias passagens das suas Memórias:

«O horizonte em Rossas é limitado pelas serranias que, de todos os lados da rosa-dos-ventos, se levantam, com aspectos diferençados. Ali o sol nasce tarde por ter de galgar os montes levantinos e cedo se oculta por detrás das elevações do poente. As casas raras vezes se aglomeram, dispersam-se pelos campos na tranquilidade da vegetação verdejante que as abundantes águas das montanhas mantêm por todo o Verão. Só no adiantado do Outono, os milhos de altas e finas, de boa palha para o gado e de espigas de reduzido volume, conseguem amarelecer.
Às tardes ia meu tio até à única loja com mercearia, panos e utilidades, que havia na aldeia. Pequeno estabelecimento que ainda existe, e ficava num pequeno largo no sítio chamado da Barroca, onde passa a estrada que segue para a vila e outra que vai para o Porto, com um cruzeiro em granito ao lado. Ali se chegava de casa de meu tio por uma pequena vereda de grandes lajedos entre os quais corria muitas vezes água abundante»

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sobre a última Declaração da CPC do PSD Arouca

Ao contrário de muitos comentários e muitas declarações demagógicas e irresponsáveis de alguns militantes, e até de alguns elementos das estruturas do PSD e JSD de Arouca, a última declaração do líder da CPC do PSD de Arouca sobre a Via Estruturante, - pese embora a necessária e compreensível procura de ganho político - é responsável e respeitadora dos mais elementares princípios democráticos.
Ainda assim, e mais sobre a procura de ganho político, o dirigente do PSD Arouca critica a conferência do executivo camarário, onde, em sua opinião, se procurou justificar o injustificável. Porém, em minha opinião, tal como esta declaração, aquela conferência não só era necessária como devida, para dar conta dos últimos desenvolvimentos e, sim, justificar o porquê dos mesmos. É certo que por alguma inabilidade política terá o presidente da Câmara ido além nas responsabilizações e ficado aquém nas justificações. Porque o que era necessário justificar tem justificação! Mas, neste ponto, de resto, falhou o executivo camarário na conferência e falha o líder do PSD na declaração. Era preciso dizer alguma coisa sobre a situação do país e contextualizar os sucessivos recuos nos sucessivos cenários de recessão com que o país se tem vindo a deparar, não se cingindo a meras e eventuais reservas mentais e/ou faltas de vontade que, naturalmente, sobrecarregam quem delas é acusado e, no caso do presidente da Câmara, em minha opinião, injustamente. Os primeiros foram longe demais na imputação de responsabilidades e o segundo fica aquém ao cingir-se à reserva mental e/ou mera vontade do Governo e executivo camarário.
Discordo de André Almeida quando diz que Artur Neves ajudou a criar uma farsa, e, ao contrário do líder do PSD, entendo que é de todo legítima a vitimização que o presidente da Câmara, em sua opinião, procura agora fazer. Porque se não fosse também esta uma forma de pressão muito usada na nossa política, o que o presidente da Câmara ajudou a criar teve concretizações práticas e no preciso sentido das pretensões e legítimas expectativas dos arouquenses. De resto, se assim não fosse, não se justificava, agora, falar em recuos. Que responsabilidade deveria agora assumir o presidente da Câmara neste processo, quando sempre se bateu pela obra, conseguindo compromissos sérios de quem tem poder para a fazer andar? Que ilações deveria ele retirar? Demitir-se como sugeriram os vereadores do PSD, que ainda hoje procuram justificar o resultado das últimas autárquicas com a "promessa" maior da Via Estruturante? André Almeida sabe que a maioria obtida não se deve apenas à "promessa" da Via Estruturante - de resto ao alcance de ser prometida por todos os então candidatos - e não vai por aqui. E muito bem, em minha opinião!
André Almeida refere que o presidente da Câmara sempre procurou pessoalisar e liderar em exclusivo a estratégia da Via Estruturante e com isso obteve comprovado aproveitamento eleitoral. Então, não terá sido uma má estratégia!? Mas, a acusação comporta uma leitura concelhia e uma leitura extra-concelhia ou intermunicipal. Relativamente à primeira, se se sabe de antemão que o insucesso lhe cairá quase exclusivamente nas costas, como agora está a suceder, não será legítimo que busque também o sucesso, tanto mais quando obteve uma maioria, contra ventos e marés? Aceitaria o PSD colaborar nesta actual circunstância, assumindo sucessos e/ou insucessos? Quanto à segunda, paira no ar muito de chicana partidária, que alguns autarcas vizinhos não conseguem evitar, sem qualquer interesse para os anseios e legítimas expectativas dos arouquenses.
Concordo parcialmente com André Almeida quando fala em nula influência política do actual presidente, mas, nas actuais circunstâncias políticas, era interessante saber quem mais do que ele, poderia ter hoje mais influência política em Lisboa?
Concordo que o que o presidente da Câmara conseguiu em Lisboa ficou muito aquém do que era esperado, de acordo com as expectativas criadas. E concordo muito mais com aqueles que dizem que a melhor forma de nada se fazer, nada se concluir e nada progredir, é constituir e/ou nomear uma comissão. Urgem soluções e estratégias alternativas, que a estrada não passa por aqui!
De tudo, e de facto, importa sublinhar a disponibilidade de parceria para lutar pela Via Estruturante, mais uma vez manifestada pelo PSD Arouca, esperando se reúnam vontades para prosseguir com essa parceria, para que, efectivamente, se possa dizer que Arouca está unida nesta luta.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

FUNDAÇÃO DR. LUÍS AGUIAR SOARES

No passado dia 20 do corrente, dia em que o Dr. Luís Aguiar Soares completaria 70 anos de idade, e correspondendo àquela que era a vontade do extinto médico, foi instituida pelos seus herdeiros a FUNDAÇÃO DR. LUÍS AGUIAR SOARES, que terá a sua sede na Casa do Paço de Rôge, no concelho de Vale de Cambra, donde prosseguirá fins de carácter científico, cultural, de beneficiência e de solidariedade social, num âmbito geográfico de actuação que privilegiará, na sua fase inicial, os concelhos de Arouca (onde nasceu o Dr. Luís Aguiar Soares e exerceu a sua actividade profissional) e Vale de Cambra (onde viveu e desenvolveu grande parte da sua intervenção cívica e comunitária).
As acções a desenvolver pela Fundação privilegiarão, nos seus diversos âmbitos, a realização, promoção e/ou patrocínio de acções que contribuam para o desenvolvimento de políticas e intervenções sustentáveis com vista ao desenvolvimento da saúde e bem-estar na comunidade em que se insere, bem como o desenvolvimento de iniciativas na área da saúde comunitária e saúde pública, nas suas mais diversas vertentes.
Nestas, incluir-se-ão o desenvolvimento de actividades que contribuam para a valorização e divulgação da cultura portuguesa, a promoção de estilos de vida saudáveis, a promoção de realizações de solidariedade social e de apoio e fomento da educação ambiental, assim como o apoio a entidades com fins humanitários.
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Dr. Luís Aguiar Soares, nasceu no dia 20.XII.1940, na Casa de Sinja, na freguesia de Rossas, concelho de Arouca, sendo o terceiro dos cinco filhos de José Soares Júnior e Maria Rosa de Pinho Aguiar. Tal como todos os seus irmãos era afilhado do Pe. Luís de Almeida Aguiar, que paroquiou a freguesia de Rossas entre 1911 e 1946.
Tirou o curso de Medicina na Universidade do Porto, onde foi um aluno “brilhante”, e, concluída a licenciatura, rumou a Angola, onde assumiu as funções de assistente universitário na Universidade de Luanda.
Para casar retomou as origens do padrinho e maternas de Macieira de Cambra, onde teve quatro filhos: Pedro Aguiar Soares, Paulo Aguiar Soares, Miguel Aguiar Soares e André David Aguiar Soares.
Faleceu no dia 30 de Abril do corrente ano, em Macieira de Cambra.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Natal na Comenda de Rossas

Enquanto o Capitão-Mór faz uma pequena paragem junto à Fonte dos Cavalos, para levar o Roço a beber, e aproveita para depenicar um esquecido carrapiço de uvas, um dos seus rapazes prende ali o seu garrano e faz um pequeno desvio ao Lagar da Vinha apanhar duas canadas de azeite para, logo mais, alimentar as candeias da igreja durante a Missa do Galo e, entretanto, iluminar a ceia e temperar as pencas acabadas de chegar de Cimo de Vila e o bacalhau que lhe mandara o Comendador de Leça do Balio, que há-de ser acompanhado com dois almudes de Vinho do Porto que lhe enviara o mesmo Comendador. Para o fim da ceia mandou a Abadessa do Convento uma cesta de castanhas doces, outra de figos secos e duas broas de pão doce.
Entretanto, à semelhança do que acontecera de manhã junto à Capela da Senhora do Campo; nas imediações da Comenda ainda se nota alguma azáfama em redor dos cestos e jigos preparados para os mais necessitados. O Comendador mandou oferecer a cada um dos pobres indicados pelo Reverendo Abade: 1/2 afuzal de linho, ¼ de uma canada de vinho e medida igual de uma talha de azeite, meio alqueire de castanhas e nozes, meia galinha e dois ovos, um pedaço de presunto, uma chouriça, uma broa de milho e, atendendo às intempéries sucedidas no presente ano, ordenou fossem devolvidos os foros que já foram pagos e se não aceitassem os que por tradição se entregam nesta altura do ano.
Enquanto isso, os rapazes da Cavada descarregam no adro da igreja as raízes de oliveira trazidas da Bouça Vedra, que, logo mais, hão-de iluminar e aquecer a noite da rapaziada nova…
Dentro da igreja, renovada pelas obras mandadas fazer pelo Comendador, as raparigas cobrem a mesa e os altares com linhos a estrear, oferecidos pelo Morgado de Terçoso, e enfeitam os altares com o azevinho e ramas de pinheiro manso que os rapazes da montaria lhe trouxeram dos cotos da Senhora da Lage. A igreja está bonita. Pela primeira vez vão poder ser observados os painéis que o Comendador encomendou ao artista que andara a fazer os do Convento da vila, propositadamente para esta quadra. A discussão faz-se em torno do mais belo. Dentre a Anunciação, Circuncisão, Nascimento de Jesus ou Adoração dos Pastores, parece ser este último a recolher o maior agrado. Mas, todos os outros são igualmente belos! As suas cores vivas e brilhantes, iluminadas pelas candeias de azeite, emprestam outro colorido e alegria ao templo. Depois de um ano fustigado por intempéries, que tantas preces a Nossa Senhora do Campo justificaram, é preciso animar a alma do povo!
Para logo mais, e porque a noite da rapaziada promete ser longa, o Sargento-mór da Felgueira já prometeu levar meio barril de jeropiga e um pipo de aguardente. O Monteiro-mór prometeu os habituais dois maiores presuntos de javali da última montaria realizada e um quarteirão das maiores trutas que se consigam tirar do Urtigosa. A Miquinhas da Comenda arranja dois aventais de figos secos. O intento é de passar a noite em claro para, ao cantar do primeiro galo, alvorar, com o sino da igreja a repique, cantando e anunciando o nascimento do Menino.
Por esta hora, e antes de rumarem à igreja para a missa matinal, devem as mulheres ascender os fornos das casas em que os houver, para que em toda a Comenda se coma assado no dia de Natal. Por sua vez, os homens das casas mais abastadas devem tirar das salgadeiras as orelheiras, focinhos e couratos para leiloar no fim da missa, a reverter para os doentes e órfãos da freguesia.
Tudo para que a quadra motive o espírito solidário suficiente para compensar as perdas agrícolas, atenuar as enfermidades e satisfazer as mais prementes necessidades do povo desta Comenda de Rossas. Que haja alegria entre a rapaziada nova e, principalmente, entre a pequenada, para que vingue ao frio e à tristeza do Inverno e desperte com força na Primavera do ano que bate à porta.
Bom Natal e Feliz Ano Novo!
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Nota: Só o painel é verídico e esteve na Igreja Paroquial de Rossas, desde o século XVII até meados do século passado. A última vez que o vi, em 2006, estava numa arrecadação do Museu de Arqueologia e Arte Sacra do Seminário Maior do Porto. Rossas, 20 de Dez. 2008.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Recuo na variante com a Feira é "catraíce"!

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, e segundo noticiou a Lusa, "O presidente da Câmara de Arouca (PS) afirmou (...) que foi uma "catraíce" do Governo suspender a actividade da comissão destinada a concretizar a variante entre este concelho e Feira, após sucessivas promessas por José Sócrates e outros líderes políticos.
Referindo-se ao despacho publicado a semana passada em Diário da República, suspendendo a comissão responsável pelo andamento da Concessão Vouga durante a reavaliação do modelo de financiamento da Estradas de Portugal S.A, José Artur Neves afirmou: "Isto é uma catraíce de fim de espécie promovida pelos políticos de Lisboa, não só pelo Governo, mas também pelos líderes da Oposição, porque todos eles prometeram a variante aos arouquenses".
Recordando que o primeiro-ministro prometeu a concretização da variante em setembro de 2007, durante a sua visita à vila de Arouca, o autarca observa que se verificou a mesma postura de compromisso com a obra este ano, por parte de Pedro Passos Coelho, líder do PSD, e de Paulo Portas, que dirige o CDS-PP e preside ainda à bancada popular na assembleia municipal local."
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Já a edição online do Roda Viva Jornal, adianta a primeira demarche de Artur Neves: "Vou para Lisboa a partir de quinta-feira [23/12], já mandei suspender a minha agenda, e só de lá sairei quando estiverem esgotadas as possibilidades de inverter a situação. No mínimo, vou exigir que os governantes venham a Arouca pedir desculpa à população pela promessa não cumprida. Na próxima Assembleia Municipal estarei cá a contar o que se conseguiu"
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O presidente da Câmara Municipal de Arouca conta com a minha solidariedade por estes últimos desenvolvimentos e todos os ataques injustos de que tem vindo a ser alvo em consequência dos mesmos, assim como pode contar com o meu apoio pessoal em tudo o que for a favor da 2.ª Fase da Ligação Arouca/Feira.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Ligação Arouca/Feira para o fundo da gaveta!

Segundo a edição online do Jornal Roda Viva, o presidente da Câmara Municipal de Arouca, talvez aquele que mais desejava o arranque da 2.ª Fase da ligação Arouca/Feira, porque a elegeu como mãe de todas as obras e cartaz de campanha, admitiu esta semana o fracasso das diligências e, também assim, o não arranque das obras a curto/médio prazo.
Apesar de todas as promessas - a ter para o futuro como meras promessas de circunstância - de secretários de estado, ministros e até do primeiro-ministro José Sócrates, que se deslocou a Arouca prometer a conclusão da obra que faria justiça aos arouquenses, sabe-se agora que, a desculpa da crise económica e financeira do país, deixou de haver vontade política em arrancar com a 2.ª Fase da Ligação Arouca/Feira.
Ao mesmo passo que os políticos se descredibilizam pelo que dizem, são e fazem, as expectativas - legitimas e fundadas expectativas dos arouquenses, incluindo do próprio presidente da Câmara - saiem frustradas, colocando os arouquenses na situação de credores no deve e haver politico.
E no que toca à política, quem joga as suas peças, são aqueles que nos representam, dizem representar ou pretendem representar! É destes que, sem notório interesse partidário - porque em causa está aquele que deveria ser o seu primeiro partido -, se esperam agora atitudes e acções concretas, por um lado, no sentido de assacar, com responsabilidade e sem demagogia, as responsabilidades políticas por este incumprimento às promessas; por outro, no sentido de conseguir e estabelecer compromissos sérios quanto à recuperação deste processo do fundo da gaveta para onde foi atirado!
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Ao contrário de uma aparente maioria, continuo sem conseguir culpar o actual presidente da Câmara Municipal de Arouca, Eng.º Artur Neves, por este desfecho! É certo que, antes de qualquer arouquense e em nome de todos, era e é ao presidente da Câmara que compete fazer tudo por esta obra, tanto mais quando com isso se comprometeu, mas, acho que ninguém poderá dizer que não o fez. Acho que ninguém poderá dizer que não procurou compromissos sérios de políticos e governantes e que procurou fazer a rentabilização possível dos mesmos. No entanto, se é certo que é o primeiro a ter que assumir a luta, também é certo que, a menos que alguém tenha contribuido mais para isso, terá de ser o primeiro a assumir a derrota!
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Aparentemente esquecido, Paulo Portas, líder do CDS, foi eleito deputado à assembleia municipal de Arouca nas últimas eleições autárquicas, e logo se comprometeu a ser um dos rostos e parceiro do presidente da Câmara na luta pela concretização da Ligação Arouca/Feira. Não foi o que fez! Se é certo que o CDS não esqueceu o processo em todas as oportunidades que foram surgindo, não deixa de ser menos certo que o seu principal rosto político, não deu a cara por esta obra. Esperava-se muito mais deste político, nomeadamente no que diz respeito a obras de decisão governamental.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Alberto João Jardim novamente candidato!

Graças a uma brecha na Lei n.º 46/2005, de 29 de Agosto, deixada e consentida por quem deles estava refém, e que remeteu para debate posterior, sine die, a limitação de mandatos do primeiro-ministro e dos presidentes dos governos regionais, a possibilidade que permite agora, e mais uma vez, a Alberto João Jardim candidatar-se a um novo mandato, torna aquele diploma injusto para aqueles que acabaram por ficar abrangidos (presidentes de Câmara e de Junta), e inadmissível se tivermos em conta que o próprio Presidente da República não se pode recandidatar a um terceiro mandato consecutivo.
No ajuntamento em que anunciou ser novamente candidato, o líder madeirense, entre muitas outras asneirolas, que muito dignificam a democracia, referiu que: "A oposição nesta terra não é alternativa, porque são zero e naquelas criaturas não há uma única cabeça que se aproveite", "E não pode haver medo. O sistema politico tem que cair", como que a cuspir no prato em que come e engorda! O que nem sequer lhe fica mal! Tudo pode pelo poder que tem! Tudo se lhe permite pelos votos que vale!
Alberto João Jardim sabia que a limitação vinha prometida no programa do PS e, por isso, apressou-se a obstaculizar a discussão. Haverá agora, ainda assim, condições e coragem para pegar no assunto?

De regresso à Feira Popular de Lisboa

Hoje, a convite do "patrão" (em rigor é cliente) dr. Miguel Paes do Amaral, fomos ao Circo e ao Parque de Diversões que por estes dias se encontra instalado no espaço da antiga Feira Popular de Lisboa.
Longe de corresponder à memória que tenho da Feira Popular, foi agradável regressar àquele espaço e, para além do espectáculo do Circo Chen, voltar a andar em algumas daquelas diversões, como os inevitáveis carrinhos de choque. Ah! Está lá também o mítico Poço da Morte! Sim, o original e último, do octogenário Henrique Amaral, que lá se encontrava, à hora do almoço, na pequena cabine a anunciar o espectáculo, que inclui a sua própria participação.
A primeira vez que entrei num parque de diversões a sério, andaria pelos meus 12 anos, foi aqui, na Feira Popular de Lisboa! Os passeios anuais do Rancho Folclórico da Associação Unidos de Rossas, que se realizavam a Lisboa e, principalmente, à Feira Popular, proporcionaram-me essa experiência. Recordo com saudade a correria por todas as diversões, depois das primeiras experiências gastronómicas com caracóis. Sim, também foi aqui que pela primeira (e última!) vez comi caracóis, ou melhor, caracoletas, que, contudo, não foram além da Montanha Russa!
Foi engraçado regressar à Feira Popular!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Celebração da Padroeira Senhora da Conceição

Num aparente contra-senso, os portugueses, nomeadamente aqueles que fazem questão de afirmar a sua laicidade, celebram hoje - a menos que não gozem o dito feriado - a Nossa Senhora da Conceição. E assim sucede, pelo menos, desde 1646, ano em que o rei Restaurador D. João IV declarou e coroou Nossa Senhora Rainha e Padroeira de Portugal, para todo o sempre. Facto que a história mais recente e os ventos de laicidade não ousaram denegar ou sequer questionar. Aspectos relevantes e estruturantes da nossa história não se dissociam da história da Igreja em Portugal. É também este aspecto que hoje se celebra.
Em cumprimento das determinações daquele mesmo soberano, expedidas a todo o país, muitas paróquias acabaram por "eleger" Nossa Senhora da Conceição sua Padroeira e Protectora. Assim sucedeu na paróquia de Rossas e meu torrão natal, até então dita de Santa Maria de Rossas, que ainda hoje, pese embora na sua conotação e vertente mais religiosa, faz questão e gosto na Sua celebração.
A comemoração religiosa da Imaculada Conceição, que já então se celebrava a 8 de Dezembro, foi considerada festa universal por Sisto IV em 1476, mas, entre nós, já em meados do século anterior o bispo de Coimbra Dom Raimundo, ordenava a comemoração da Imaculada Conceição, na forma como já se vinha a comemorar em várias localidades do país.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

NATAL 2010 EM AROUCA

De 7 de Dezembro a 8 de Janeiro, o espírito natalício paira no ar, e as comemorações são variadas. A iluminação e a música de Natal são uma constante. Os mais novos procuram os seus presentes, escutam contos de Natal e escrevem as suas cartas ao Menino Jesus. Revivemos o nascimento do Menino, voltamos a fazer os presépios e cantamos o Natal, nos vários concertos. Em Janeiro, damos as boas-vindas ao Ano Novo, cantamos os Reis e fazemos votos para que o Natal seja quando o homem quiser. Conheça aqui o programa de Natal e Ano Novo da Câmara Municipal de Arouca.
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Merece especial destaque, porque inédito e original, o Auto de Natal que será representado pelo Grupo de Teatro do Grupo Cultural e Recreativo de Rossas.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

AROUCA FILM FESTIVAL'10

Em pleno distrito de Aveiro, e recentemente integrada na Área Metropolitana do Porto, Arouca recebe desde o ano de 2003 o AroucaFilmFestival. Este é um festival preferencialmente talhado para acolher exibições de curtas-metragens, embora possa receber também filmes com outros tipos de duração, vindos de todas as partes do mundo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Terei estado desatento ou a Serra pariu um rato?

Há cerca de dois anos, o então e actual presidente da Câmara Municipal de Arouca fez divulgar aos sete ventos a noticia de um "quase-acordo" com o município de Vale de Cambra no que diz respeito aos limites concelhios. Artur Neves fez então questão de realçar ter convencido o seu par valecambrense, José Bastos, de que as zonas das Pedras Parideiras, da Frecha da Mizarela e da Ribeira são, inequivocamente, território arouquense.
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Há precisamente 753 anos, D. Afonso III e a Condessa de Bolonha doaram as suas terras em Arouca à Abadessa Dona Maior Martins e seu Convento. A doação, para todo o sempre, compreendia toda a parte da Serra da Freita, incluindo as zonas das Pedras Parideiras, da Frecha da Mizarela e da Ribeira.

Pouco antes, em 01.VIII.1257, já aquele mesmo rei, sobrinho de Dona Mafalda, havia reconhecido ao Convento de Arouca todos os seus direitos na terra de Arouca e ordenado ao Abade de Pedroso e a seu Meirinho Gonçalo Mendes, entre outros, que delimitassem o seu termo dos das terras de Santa Maria, Fermedo, Cambra, Lafões, Paiva e Alvarenga. Ficavam assim estabelecidos novos limites entre as terras de Arouca e as terras de Vale de Cambra.

Em meados do Século passado, os Cambrenses, que sempre cobiçaram para seu território a maravilhosa queda de água e o raro fenómeno das Pedras Parideiras, despoletaram um pequeno diferendo, que apenas havia de sossegar com as "alegações" do autorizado Dr. Simões Júnior, sustentadas precisamente naqueles documentos em que se lavraram os respectivos actos e que ainda hoje podem ser lidos na Torre do Tombo.

Porém, mais dia menos dia, as insuficiências dos documentos dos primeiros séculos da Nacionalidade e a resolução meramente teórica do diferendo de meados do Século passado, prometiam voltar à questão.
Foi por isso com alguma expectativa que tomei conhecimento daquelas notícias há cerca de dois anos, e não foi menor a expectativa com que fiquei a aguardar o Acordo com o município de Vale de Cambra no que diz respeito aos limites concelhios. Terei estado desatento ou a Serra pariu um rato?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Exposição da República vs Coches da Monarquia

Hoje visitei a Exposição do Centenário da República num edifício do tempo da Monarquia. E do tempo da Monarquia são os Coches que se querem albergar logo ali ao lado em novo edifício que está a ser construído pela República.
Aquela, é uma excelente, enorme e dinâmica exposição, pese embora termine inesperadamente em meados da 2.ª República. Este, é mais uma infelicidade da República que irá retirar valor ao património imóvel edificado pela Monarquia.

5 DE OUTUBRO

Antes de se comemorar o 05 de Outubro de 1910, já muitos portugueses comemoravam o 05 de Outubro de 1143, data em que D. Afonso Henriques e o seu primo Afonso VII de Leão e Castela, assinaram aquele que ficou conhecido como Tratado de Zamora, tido como acto instituidor da independência de Portugal.
A coincidência feliz faz com que o país Monárquico e o país Republicano tenham razões para comemorar, neste mesmo dia. E vale a pena comemorar e que todos tenham razões para comemorar! Porém, é bom que todos tenham a mesma disponibilidade para reflectir! Para reflectir o país! O País Monárquico e o País Republicano! O País todo, porque o país é todo e todo ainda é pouco!

sábado, 2 de outubro de 2010

OS ANOS DA 1.ª REPÚBLICA EM AROUCA

1910.X.24 – José Gomes de Figueiredo Sobrinho, de Arouca, toma posse como Presidente da Comissão Administrativa Municipal, de acordo com as novas orientações saídas da revolução de 5 de Outubro.

1910.XI.01 – Dá à estampa o primeiro número do quinzenário “MOCIDADE”, dirigido por Manuel de Castro, tendo como redactor Alberto Vicente de Almeida. Era composto e impresso na tipografia do jornal “Gazeta de Arouca”.

1912.I.28 – Inicia-se a curta publicação do Jornal Político-Noticioso “O AROUQUENSE”, de que foi director Pe. António Brandão, e editor José Luís de Sousa.

1915.IV.18 – Dá-se o falecimento do Dr. Alberto Carlos Teixeira de Brito, de Arouca, fundador e Juiz da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda.

1916.IV.23 – Dá à estampa o último número (n.º37) do Semanário Literário, Cientifico, Artístico e C.ª “O GAROTO”. Foi seu Director Joaquim Tavares de Almeida, Adminitrador e Editor Joaquim da Silva Amaral, Redactores A. Alves de Almeida e A. Tavares de Almeida. Tinha a sua redação e administração no Reguengo de Chave, Arouca, e era composto e impresso na Tipografia de A. Valente de Almeida & Irmãos. Este semanário que iniciou a sua publicação em 1915, publicou vários desenhos à pena do artista Maurício de Almeida.

1916.IX.30 – É constituída a Sociedade Mineira de Cabreiros.

1917.II.16 – Covêlo de Paivó, antiga freguesia do concelho de S. Pedro do Sul, passa a integrar o concelho de Arouca.

1917.VIII.11 – Os habitantes de Covêlo de Paivó protestam ao Ministro do Interior a sua integração no concelho de Arouca.

1917.XI.10 – É inaugurada e benzida a nova capela em honra de Nossa Senhora do Rosário, no lugar de Zendo, freguesia de Rossas.

1917.XI.25 – É esboçado o projecto para instalação de um Museu de Arte Sacra numa das dependências do Mosteiro.

1919.I.26 – Dá-se o falecimento do Dr. Inácio Teixeira Brandão de Vasconcelos, da casa de Alhavaite, fundador benemérito da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda, que se notabilizou, entre outras coisas, pela argumentação, junto da Comissão de Fazenda da Câmara dos Deputados, que levou à extinção, em 1898, dos foros que se pagavam ao Convento de Arouca.

1920.I.09 – Nasce na Casa do Outeiro, freguesia de Rossas, o futuro Bispo Auxiliar das Dioceses de Leiria e do Porto, Domingos de Pinho Brandão.

1921.II.06 – É constituída a “Cooperativa de Cabeçais” de consumo, crédito, produção, instrução e federativa. Foi primeiro outorgante da escritura Manuel Pereira da Conceição e Silva, morador no lugar de Mosteirô e pároco de Fermedo.

1921.IV.15 – É publicado o primeiro número do quinzenário “A AURORA”, defensor dos interesses de Cabeçais. Foi seu director o Sr. Prof. Álvaro Fernandes, administradores e editores António de Castro e Sousa, Agostinho Francisco da Silva e Mário de Castro e Sousa.

1923.IV.02 – Estreia no Salão Central (Lisboa), o filme “Mulheres da Beira” de Rino Lupo. Um filme baseado no conto “Frecha de Mizarela” da autoria de um dos expoentes serôdios do naturalismo literário português: Abel Botelho (1856-1917). Para além do mais, este filme, inaugura no cinema português o melodrama rural e verista, ambientado, quase todo, em décors naturais.

1923.V.05 – É constituída a Companhia Mineira do Norte de Portugal que, por extinção da “Société Franco-Portuguaise das Minas de Arouca et Amarante”, passará a ser detentora das concessões que pertenciam a esta última na região de Arouca.

1924.V.22 – É retirado o portão de acesso ao Terreiro de Santa Mafalda.

1926.I.02 – Dá à estampa o primeiro número do semanário “DEFESA DE AROUCA”, dirigido e editado por Alberto de Almeida, e administrado por Henrique de Almeida.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Raça Arouquesa e Património Arouquense





Mas afinal onde é o Portal e onde fica a Drave?

No passado fim-de-semana, no regresso de uma visita à Aldeia da Pena, já no concelho vizinho de São Pedro do Sul, bem lá no fundo da Serra de S. Macário, tive a oportunidade de confirmar o que já havia constatado na ida, sobre a dificuldade que sentiria um turista que tivesse o anunciado Portal do Inferno e a prometida Aldeia da Drave por objectivo. Dos Paços do Concelho até ao segundo acesso para Regoufe (imagem), via Arouca - São Pedro do Sul, nada a reclamar relativamente às indicações para o Portal do Inferno e para a Aldeia da Drave. Tanto a curiosidade sobre o primeiro local como a preciosidade que é o segundo, o justificam!
Porém, continuando viagem após este segundo cruzamento para Regoufe, que também vale a pena (ainda vale a pena!), nunca mais aparece qualquer informação que assinale o Portal e/ou indicação que direccione para a Aldeia (via Portal do Inferno, claro está!). É pena! Tanto mais, quando alguns turistas estanciavam na Pena (São Pedro do Sul), julgando encontrarem-se na Drave (Arouca) e outros procuravam o Portal do Inferno (Arouca) no São Macário (São Pedro do Sul). O facto de não existir qualquer Portal no acidentado relevo e na Aldeia não se sentir vida, não ajudam nada! É preciso fazer mais qualquer coisa!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

D'hoje até Domingo em Arouca

(clicar na imagem)

sábado, 11 de setembro de 2010

3.º PASSEIO "CRUZ DE MALTA" EM BTT

Nova oportunidade para os apreciadores do BTT e da Natureza desfrutarem de três prazeres em simultâneo. Andar de bicicleta, apreciar a Natureza e conviver com amigos e outros admiradores destes eventos.
Em 10 de Outubro de 2010 realizar-se-á em Rossas, Arouca, o terceiro passeio BTT organizado pelo Grupo Cultural e Recreativo de Rossas, o qual decorrerá desta vez por trilhos diferentes dos do ano transacto, embelezado por paisagens naturais espectaculares.
A água, a verdura, os troços rurais, e uma floresta quase virgem, de uma grande parte do percurso, darão um brilho magnífico ao trajecto que foi minuciosamente pensado e preparado para surpreender positivamente os participantes.
A logística de serviço, experientes nesta área, estão a postos para que nada falte a quem participar no passei BTT ou na caminhada que realiza em simultâneo por trajectos pedestres devidamente assinalados acompanhados de guia.
Esta duplicidade de diversão, transforma o dia 10 de Outubro numa possibilidade de toda a família poder passar um dia inesquecível convivendo com a Natureza dos belos e verdejantes vales de Arouca.
A responsabilidade deste memorável evento, está a cargo do “GRUPO CULTURAL E RECREATIVO DE ROSSAS"
Mais informações e INSCRIÇÕES em www.gcrrbttteam.blogspot.com

terça-feira, 7 de setembro de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010

Aldeia de José Franco, em Sobreiro, Mafra

Do programa fazia parte revisitar apenas (se assim se pode dizer) o Palácio e Tapada de Mafra, mas, alguém disse que não se vai a Mafra sem dar um saltinho à localidade de Sobreiro, visitar a Aldeia de José Franco. Deixada a Tapada e abdicado revisitar o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, fomos então visitar a tal aldeia onde se recolheram e expuseram memórias do tempo dos nossos avós, num espaço agradável e admirável para adultos, mas, principalmente, para as crianças. Uma Aldeia Mágica sobre outros tempos, construída para o nosso tempo. É uma espécie de Portugal dos Pequenitos, mas, com muito mais vida, muito mais memória, onde os adultos se emocionam e os pequenitos muito têm a aprender, sobre etnografia, sobre técnicas, artes e ofícios, sobre as coisas e como elas se faziam, em contacto com os objectos, as peças e alfaias originais desse outro tempo, que ainda hoje vemos dispersas por casa dos nossos avós e pessoas mais velhas, mas, ali se reúnem e posicionam constituindo um caleidoscópio de maravilha.
Vale bem a pena fazer este programa! Para além do mais, come-se muito bem em Mafra, nomeadamente, bom Veado e bom Javali, que foi o que veio para a mesa, ali mesmo em frente ao Palácio!

Tapada de Mafra no rumo de fim-de-semana.




domingo, 15 de agosto de 2010

Notícias de Moçambique...

Esta foto, enviada por Avelino Vieira que, conjuntamente com a Rita Sousa e Carla Oliveira, se encontra numa Missão de Voluntariado na localidade de Lichinga, em Moçambique, testemunha bem o quão gratificante e enriquecedora pode ser uma missão deste género.
Parabéns aos três pela coragem e pelo desafio! Que tudo corra pelo melhor e nos continuem a presentear com estes fantásticos sorrisos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ligação entre Arouca e Feira pode não chegar ao nó da A1

A via estruturante Arouca-Feira, cuja conclusão está por definir depois de o Governo ter suspendido a concessão rodoviária do Vouga, poderá não chegar ao nó da A1 em Santa Maria da Feira, ao contrário do que estava planeado. Após ter conhecimento dessa suspensão, a Câmara de Arouca reclamou a ligação a uma auto-estrada, mais precisamente à A32, no concelho da Feira, a cerca de nove quilómetros do nó da A1.
"Não precisamos de chegar a A1, o que é verdadeiramente prioritário é chegar a uma auto-estrada e, para nós, basta chegar à A32", adianta o presidente da Câmara de Arouca, Artur Neves. "A nossa urgência é que sejam construídos os 13 quilómetros até à A32", acrescenta. O autarca garante que ainda não tem uma posição oficial sobre o assunto e aguarda que a decisão seja comunicada até meados de Setembro. "Estão a estudar uma solução, mas ainda não temos uma decisão definitiva".
Santa Maria da Feira não aceita que a ligação Arouca-Feira fique a meio caminho, até pelos projectos rodoviários que estão desenhados para a EN223. "Não quero acreditar que o Governo, que se comprometeu publicamente a fazer a ligação até ao nó da A1, venha a faltar à palavra dada", refere o presidente da Câmara da Feira, Alfredo Henriques. O autarca assegura que a autarquia e os feirenses "não admitirão" um retrocesso na decisão e critica a postura de Artur Neves. "Estranho muito a posição da Câmara de Arouca. Sempre estivemos juntos neste processo e, de repente, o presidente da autarquia olha para o seu umbigo e quer resolver um problema a meio", aponta.
Em Maio, deu entrada na Assembleia da República uma petição para reapreciação da suspensão da construção da via estruturante Arouca-Feira. O documento salienta que "Arouca é um dos poucos concelhos do país que não tem ligações a auto-estradas". Entretanto, o deputado do PSD Paulo Cavaleiro, eleito por Aveiro e relator da petição, já lembrou o ministro das Obras Públicas da urgência de se resolver a situação, considerando que as informações fornecidas até ao momento são insuficientes. Cavaleiro considera que, se a via estruturante não chegar ao nó da A1, como estava definido, a "região perde uma boa alternativa para resolver o problema da congestionada EN223".
Por Sara Dias Oliveira, in Público

sábado, 31 de julho de 2010

António Jorge Peres Feio (1954-2010)

Ontem à noite não resisti a passar no velório de António Feio, como ao final da noite anterior não tinha resistido ao aperto da perda. Ele não me era nada, mas, acabou por se me revelar muito. Talvez mais do que um actor, se tenha revelado um exemplo de empenho e de luta, que nos entrou pela casa adentro e ao qual não deu para ficar indiferente. Um exemplo para a consciencialização daquilo que verdadeiramente importa nesta vida, que a qualquer momento pode ser atraiçoada e passar a não valer nada. Um homem por quem estava a torcer!
Não foi apenas ele que perdeu, porque nós também o perdemos a ele!

quinta-feira, 29 de julho de 2010





Pintura graffiti em prédios devolutos.
Av.ª Fontes Pereira de Melo, Picoas, Lisboa

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sevilha, no rumo de uma semana de férias.




Esquecido o Futebol, regressei a Espanha! Sempre que tenho oportunidade, gosto de visitar cidades espanholas. São cidades interessantes a vários níveis, mas, principalmente no que toca ao seu património histórico edificado, sempre devidamente conservado e asseado. Cidades que recuperam e preservam as suas tradições mais belas e fazem disso quase uso e costume diário.
Desta feita, regressei a Sevilha, que em 92 ficou ofuscada pela Expo. Apesar de se notarem ainda vários espaços abandonados pelo Exposição de 92, deste lado do rio Guadalquivir, a cidade vai recuperando e ocupando estes espaços com novas valências. Quanto a este particular, Lisboa andou melhor preparando o espaço da Exposição para depois desta.
Já quanto à cidade e, principalmente ao seu centro histórico, não temos hipóteses! A conjugação dos imóveis e dos espaços quase desde a época tartésica, passando pela romana, visigoda, moura, idade média, séculos XVII, XVIII, XIX, XX e XXI, é quase imperceptível e parece que todas as épocas se ergueram e manifestaram, esperando realizar-se no conjunto. Não se notam atropelos, nem agressões. Tudo é limpo e cuidado. Toda a cidade tem consciência do seu potencial turístico!
Vale bem a pena sair de manhã cedo e passar o dia todo em Sevilha. Fica a apenas 150 Km da fronteira Algarvia.
Desta feita, o roteiro iniciou-se pelo milenar Palácio Real Alcázar e pelos seus agradáveis jardins. Depois, não podia deixar de ser, visitei a majestosa Catedral de Sevilha, maior catedral gótica do Mundo e terceiro maior templo, logo depois da Igreja de São Pedro no Vaticano e São Paulo em Londres, e subi à Giralda que conta cerca de 97 metros de altura, que até à parte visitável, a cerca de 75 metros, se fazem a caminhar por rampas sem degraus. Não estivesse já em excelente estado de conservação, há manutenção e limpeza constante em vários pontos do interior e exterior do edifício, mas, nunca impeditivo de visita. Aliás, também estas empreitadas são dignas de observação. Seguiu-se uma pequena e rápida visita à grandiosa Praça de Espanha, cujo espaço central se encontra em obras.
A parte da tarde, ficou reservada à diversão na Isla Mágica. Um agradável e interessante parque, aonde vale bem a pena passar o dia, mas, que se torna uma chatice se existirem filas para as diversões. É pena que em Portugal não haja um espaço assim!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Jovem arouquense, de Várzea, morto em Angola.

Um homem de 29 anos, natural da Freguesia da Várzea, Arouca, foi morto a tiro anteontem em Luanda, Angola, depois de, alegadamente, ter caído numa cilada. As causas do homicídio não foram ainda totalmente apuradas.
A morte de Roberto Brandão, funcionário de uma empresa de construção civil de Guimarães, que há cerca de quatro anos se encontrava em Angola, foi comunicada pelo presidente da Junta de Freguesia, Rui Almeida, à família. "Ligaram-me da empresa, porque tenho lá um familiar a trabalhar e pediram-me para comunicar à família a morte", disse ao JN.
Segundo o autarca, Roberto Brandão conduzia uma carrinha e deu boleia a uma jovem que pediu para sair em determinado local. "Quando parou no sítio indicado, devia estar alguém à espera. Deram-lhe um tiro no braço, que acabou por provocar a morte. Pensamos que queriam roubar a carrinha, mas como o mataram acabaram por abandonar a viatura no local", afirmou o Rui Almeida, ressalvando que "não há muitos pormenores sobre o que aconteceu". "Era um jovem sossegado. Tinha uma filha menor que nasceu do relacionamento com a mulher com quem vivia em Angola", explicou.
in JN
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O Roberto!? O nosso amigo Roberto!? Apetecia-me dizer o pior desse país para onde partiu há cerca de quatro anos, em busca de uma vida melhor. Estava constantemente a enviar-nos fotografias maravilhosas daquele país inseguro e corrupto. Mas, disto só nos falava quando vinha de férias e se juntava ao grupo de jovens de Rossas, para, entre muitas outras coisas, umas belas tainadas de picanha no "Parlamento". De resto, estaria para vir de férias... Vinha sempre um pouco antes de Agosto. Estou triste!

sábado, 17 de julho de 2010

Coisas tremendas.

De férias e com disponibilidade até para as pequenas noticias, apanhei na Sábado uma pequena caixa intitulada Cadáveres pelo cano abaixo, noticia segundo a qual «as funerárias belgas defendem uma alternativa aos enterramentos: a dissolução dos corpos em ácido e o seu envio para os esgotos para serem tratados como águas residuais», coisa que parece mesmo estar a ser equacionada e praticada, já que, segundo adianta a noticia, a EU está a estudar a ideia, já usada nos EUA.
Sendo certo que os cemitérios, como hoje os vemos e concebemos, têm os dias contados, e caminhamos a passos largos para a cremação obrigatória, aquela hipótese, pelos vistos já praticada, parece-me tremenda!
Sou condescendente com a Cremação e aceito-a como uma inevitabilidade forçada, nomeadamente, por questões de salubridade pública. Vejo nesta também a possibilidade dos crentes poderem recuperar o preceito tão caro aos nossos antepassados - desdito com a proibição dos enterramentos no interior das igrejas e capelas - de que “o descanso dos mortos, é no seio dos vivos”. Assim o quero, porque, para além do mais, a morte faz parte da vida!
Agora, aquela solução!? Oxalá nunca tenhamos que chegar a tal. A tamanho desprendimento e desinteresse pelo derradeiro destino dos nossos entes queridos, do nosso derradeiro destino!

Coisas simples.

De férias em Manta Rota, hoje, ao final da tarde, enquanto deitava os olhos às noticias, comecei a ouvir pequenas batidas na varanda do piso superior. Depois de ter encontrado a varanda cheia de cascas de pinhões de pinhas dos pinheiros mansos do jardim e das redondezas, julguei poder observar a explicação nessas pequenas, mas constantes, batidas.
Subi devagarinho e coloquei-me à espreita! Eis senão quando, observei um passarito em enorme azáfama a tentar abrir um dos pinhões que acabara de trazer do jardim. Mas, o raio do pinhão parecia estar ainda muito verde e não queria partir. De forma continua, o passarito apanhava o pinhão, esvoaçava ao telhado e, acto continuo, voava em direcção ao chão, deixando-o cair com força na varanda… Vezes repetidas sem conseguir o objectivo; voou até ao pinheiro em frente, dando a ideia de ir procurar um pinhão mais seco. Não pude esperar, mas, a avaliar pela quantidade de cascas na varanda, terá encontrado outro mais fácil de partir. Uma situação maravilhosa e enternecedora, a juntar ao já habitual banho matinal dos passaritos na piscina.
Amanhã, vou lá colocar alguns pinhões descascados…

sexta-feira, 16 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Parabéns à Santa Casa da Misericórdia de Arouca!

Desta feita, não pelos 400 anos que se encontra a comemorar, mas, pela sensibilidade que vem demonstrando relativamente ao seu património.
Depois do excelente trabalho de recuperação, restauro e valorização realizado na Capela da Misericórdia, sita na Praça Brandão de Vasconcelos, a Misericórdia tem vindo a dedicar atenção, assumindo, preservando, salvaguardando e valorizando o património que tem um pouco por toda a vila de Arouca e que muito valor e interesse lhe confere.
Estas simples placas colocadas nos cruzeiros e outros elementos patrimoniais, para além de ajudarem a "ler" e esclarecer a história da vila e da Santa Casa, dizem da propriedade do elemento e/ou imóvel e estabelecem um compromisso de atenção, zelo, preservação e salvaguarda.
Tanto património existe ainda em Arouca necessitado de um compromisso semelhante!

Parabéns à Fábrica da Igreja de Urrô!

Parabéns à Fábrica da Igreja de S. Miguel de Urrô, pelos arranjos exteriores realizados no Adro da Igreja Matriz e zona envolvente do Cemitério. Está ali um bom exemplo do que deve e como deve ser feito, para tornar um espaço agradável, ajudando à preservação e valorização do património, que neste caso se encontra classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 1951.

sábado, 3 de julho de 2010