sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

A ÚLTIMA DÉCADA EM AROUCA DE A a Z

Cumpriu-se a primeira década do século XXI. Em Arouca, as primeiras notícias deram-nos conta dos despedimentos na C & J Clark da Malhadoura e, as últimas revelaram-nos o desemprego como maior preocupação. A Casa da Cultura de Arouca, inaugurada em Janeiro de 2000, e a de Fermedo, inaugurada em Julho de 2001, prometeram maiores impulsos à Cultura. Através do Cister, Sabores e Saberes procurou divulgar-se a doçaria conventual e pela Recriação Histórica foi-nos dada a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vida no interior do Convento.
À geminação com Poligny, em França, juntámos geminação com a Cidade de Santos, no Brasil, em Março de 2001. Fomos a banhos na Piscina Municipal e inaugurámos a Piscina de Escariz em Fevereiro de 2009, mas, também nas praias fluviais, equipadas esta década e numa das quais chegámos a hastear Bandeira Azul no Verão de 2006.
Começámos a assistir às curtas-metragens do Arouca Film Festival em 2003 e, também neste ano vimos autorizar a instalação de três Parques Eólicos na Serra da Freita. No começo de 2005 deixámos de assistir a longas-metragens no Globo D’Ouro e, em Dezembro de 2005, já as Torres Eólicas se avistavam da Vila.
Apesar de pertencermos ao Distrito de Aveiro, foi com alguma naturalidade que, em Janeiro de 2005, passámos a integrar a GAMP – Grande Área Metropolitana do Porto.
O Folclore Arouquense esteve em grande, chegando a realizar-se mais de uma dezena de Festivais anuais nos primeiros anos da década, vindo a esmorecer para final, com o próprio município a apertar-lhes o cinto. Já os Estudantes de Arouca viram nascer o seu Fim-de-Semana Académico e o seu próprio Festival de Tunas, pela mão da Associação Académica.
A Feira das Colheitas transformou-se no ponto alto de mostra, encontro e confraternização dos arouquenses, mas, muitos mais foram os forasteiros que nos visitaram, e por cá ficaram, ocupando a oferta de Turismo Rural, que nesta década abriu novas portas. Ainda assim, a oferta não deixou de se evidenciar como uma das principais lacunas de Arouca. Vimos sonhar com uma Pousada no Convento, mas, foi a iniciativa privada que inaugurou o Hotel Rural Quinta de Novais, em Julho de 2006, e transformou a Residencial São Pedro em Hotel, em 2008.
Entretanto floresceu a Solidariedade Social, criaram-se novas Creches por todo o concelho, a AICIA ampliou as suas instalações e aumentou a sua oferta, o Patronato aumentou as suas valências, e o surgido Centro Paroquial de São Salvador do Burgo, depressa inaugurou infra-estruturas e se colocou ao serviço da população, em Julho de 2010. Da Rede criada em Janeiro de 2005 à iniciativa De Igual para Igual, estas e outras instituições foram unindo esforços para que a diferença e a necessidade não se notem na comunidade.
A política, como é normal, esteve sempre na ordem do dia e às desuniões sucederam-se as ditas uniões e vice-versa. Sociologicamente, Arouca parece não ter mudado, mas isso, só por si, não chegou para evitar votos em sentido diverso e fazer com que o rosa não pintasse o mapa político de Arouca durante toda a década.

André Almeida – Foi o nome que se juntou à galeria dos ilustres arouquenses que desempenharam as funções de deputado à Assembleia da República, e dessa forma ajudou a representar e dignificar os interesses de Arouca e dos Arouquenses. Tomou posse em Março de 2005, mas, manteve-se suplente até Outubro de 2007, altura em que ocupou a cadeira deixada vaga por Marques Mendes. Em Julho de 2009, às portas de concluir o seu mandato, realizou o “Dia de Arouca” na Assembleia da República. Regressou a Arouca para liderar a CPC do PSD.

Bandas Musicais – Numa década em que as Bandas se juntaram para tocar, assinalou-se o Centenário da Banda Filarmónica de Alvarenga e deram-se novos fôlegos à Banda Musical de Figueiredo, que se autonomizou da associação mãe. Festejámos o 180º Aniversário da Banda Musical de Arouca, que deu concertos de excelência, nomeadamente na Casa da Música, no Parlamento e no Europarque. Em Outubro de 2008 assistimos à reactivação da Banda Musical do Burgo, que havia cessado actividade há 60 anos.

Colectividades – Entre muitas outras, em Fevereiro de 2000 foi inaugurada a sede da associação “2002 Nogueiró” e pouco depois foi fundada a FAMA. Já no final do ano foi constituída a NUMOFREITA e, em Junho do ano seguinte, a Associação Académica de Arouca. Em Julho de 2002 foi inaugurada a sede social da FAJDA e, em Setembro deste mesmo ano foi fundada a EXCOMAR. Em Setembro de 2003 foi inaugurada a sede social do Rancho “As Lavradeiras de Canelas” e, em Janeiro de 2005, inauguradas as novas instalações sociais e desportivas do CCRD do Burgo. Também neste mesmo ano são fundadas a ANIMA PATRIMÓNIO e a NATURVEREDAS. Já em Junho de 2007 dá-se a apresentação pública do Agrupamento de Escuteiros de Rossas. Em Novembro de 2010 vimos abrir as portas da nova casa do Grupo Etnográfico de Fermedo e Mato.

Desporto – Em Maio de 2006 assistimos à inauguração Desportiva do Estádio Municipal de Arouca, que deu alojamento às recentes e vitoriosas temporadas do Futebol Clube de Arouca. Também a ACR de Mansores fez o seu campo, que inaugurou em Setembro de 2005, e deu cartas nesta modalidade. Mas, muitas outras modalidades mereceram destaque esta década. A impensável modalidade de Kung Fu consagrou os arouquenses Manuel Vítor Martingo Coelho e Rui Moreira. Foi também nesta década que surgiu o Open de Ténis e que o Grupo Coral de Urro e Associação Académica se dedicaram ao Futsal. A modalidade de Todo-o-Terreno foi abraçada pelo Arouca Motor Clube e pelos Bombeiros Voluntários. Muitos se dedicaram ao Pedestrianismo por força dos Percursos traçados pela Autarquia, mas, também ao BTT e outros ao Rafting e Desportos Radicais, constituindo-se em associações e empresas, para maior desenvolvimento das respectivas modalidades. Helena Soares brilhou e arrecadou medalhas no Campeonato do Mundo de Atletismo Síndrome de Down, realizado no México.

Educação – Em matéria de Educação Escolar e, principalmente, no que às infra-estruturas em que ela acontece diz respeito, foi uma década algo conturbada, nomeadamente pelo fecho precipitado e definitivo de quinze escolas do 1.º Ciclo do Ensino Básico, no Verão de 2006. Muitas outras mudanças se sucederam, entre fechos de escolas e aberturas de novos pólos escolares, mudando completamente o paradigma que vigorou no século XX. Às portas do ano lectivo de 2001-2002, é inaugurada a Escola E.B. 2,3 de Escariz e, em Maio de 2008, são aprovados os projectos para a construção de um pólo escolar na freguesia de Fermedo e outro na freguesia do Burgo, que abriu já as suas portas. Já no final de 2010 começaram as obras que prometem transformar por completo a Escola Secundária de Arouca.

Futebol Clube de Arouca – Foi o maior factor de alegria e orgulho dos arouquenses na década que terminou. Em Abril de 2007, ao comando de Rui Correia e Jorge Gabriel, sagra-se Campeão Distrital da 1.ª Divisão de Futebol de Aveiro, subindo à 3.ª Divisão Nacional. Aquele último, conhecido apresentador de televisão, chegou a ser o treinador principal da equipa, entre Agosto de 2007 e Janeiro de 2008. Pouco depois o FCA conquista a Supertaça da Associação de Futebol de Aveiro e, em Maio de 2008, garante a subida à 2.ª Divisão Nacional. Precisamente dois anos depois confirma-se Campeão da Zona Centro daquela Divisão, carimbando passaporte para a II Liga Nacional de Futebol, patamar que lhe conferiu várias experiências inéditas, coroadas com o jogo contra o S. L. Benfica no Estádio da Luz, a contar para a 3.ª Eliminatória da Taça de Portugal.

Geopark Arouca – Consequência natural do património existente em Arouca, foi constituído o Geoparque Arouca, que a National Geographic e a Geoscientist deram a conhecer ao Mundo em 2008, e, pouco tempo depois, a UNESCO reconheceu como património seu, a salvaguardar, valorizar e divulgar. Já antes, no Dia Nacional do Património Geológico, a Câmara Municipal havia sido agraciada com o Prémio Geoconservação 2008, atribuído por unanimidade pelo júri da ProGEO. Em Abril de 2010, o agora denominado Geopark Arouca, recebe o galardão oficial de reconhecimento da Adesão à Rede Global de Geoparks, sob os auspícios da UNESCO. Em Setembro último, Artur Sá, cientista mentor do GeoparK Arouca, foi constituído “Cidadão Honorário de Arouca”.

Hospital da Santa Casa da Misericórdia – Apesar de ser assunto de todos os tempos, muito se falou esta década de Saúde em Arouca. Ter-se-ão dado tantos passos em frente como atrás. Abriram-se e fecharam-se Extensões de Saúde nas freguesias, e lutou-se por Centros de Atendimento e por Médicos, que chegámos a ver objecto de promessas eleitorais. Perdemos o SAP e ganhámos o SUB. Alentou-nos, porém, a reabertura do Hospital de outrora. Fruto do sonho, empenho, esforço e dedicação de alguns arouquenses, depois da morosa empreitada de remodelação e ampliação, é reinaugurado o Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arouca, em Janeiro de 2006, com diversas valências e internamento.

Incêndios – Como que a prever e a acautelar, em Junho de 2004 foi publicado um Decreto-Lei que designava por zona crítica grande parte da mancha florestal de Arouca, advertindo ser prioritária a aplicação de medidas mais rigorosas de defesa da floresta contra incêndios. Pouco mais de um ano volvido, em Agosto de 2005, fagulhas trazidas pelo vento de um incêndio a deflagrar na freguesia de Moldes, incendeiam toda a floresta circundante da Vila de Arouca, provocando um cenário “dantesco” de que não havia memória. Nos dias seguintes, continuou a deflagrar na Serra da Freita, consumindo, igualmente, uma área de que não existia notícia. Neste mesmo ano, deflagra ainda um incêndio no armazém da Cooperativa Agrícola de Arouca. Nos anos seguintes o flagelo não deixa de angustiar a população arouquense e já em 2010 continuámos a ser notícia pelos incêndios florestais e numa indústria de madeiras.

Jornais – Em Janeiro de 2001 publicam-se as últimas folhas do Jornal CRUZ DE MALTA, Mensário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Rossas e, pouco depois, vimos o Jornal Jovem de Alvarenga prometer ficar-se pela Internet, mas, por aí se ficou sem mais notícia. Dito Defensor dos Interesses do Concelho, o Semanário “Defesa de Arouca”, que deu à estampa pela primeira vez em Janeiro de 1926, suspende a sua publicação, abrupta e inesperadamente, sem aviso ou adeus, em Janeiro de 2008. Fica para a História como o principal e mais completo repositório da história e estórias de Arouca e dos Arouquenses do século XX. Lá diz o povo que quando se fecha uma porta, abre-se uma janela, e, neste caso, “Discurso Directo”, é o nome da janela que se abriu e começou a dar à estampa em Maio de 2008, pelas mãos de Victor Mendes e Cláudia Oliveira.

Livros – Entre outras obras sobre Arouca, na última década deram à estampa Serra da Freita, de Armando Reis Moura, a que se seguiu Município de Arouca. Subsídios para a sua história, de Alberto Gonçalves; Alvarenga Minha Terra, de Maria Alice da Silva Brito; Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda de Arouca, de Afonso Veiga; A contabilidade do Mosteiro de Arouca: 1786-1825, de José Miguel Pereira dos Santos Oliveira; Arouca, uma Terra, um Mosteiro, uma Santa, de Maria Helena da Cruz Coelho; e A Casa do Burgo, de António Vaz Pinto; Trilobites gigantes das ardósias de Canelas, coordenado por Artur Abreu Sá e Juan Carlos Gutiérrez Marco; Os Filhos da Roda, de Afonso Veiga; Dois Volumes de As Doze Portas de Arouca, de Abrunhosa de Brito; e a Misericórdia de Arouca – Quatro Séculos de História, de Afonso Veiga.

Museus e Monumentos – Numa medida pouco consensual, em Outubro de 2000, a Câmara Municipal deliberou transformar o edifício do antigo Mercado Municipal em Museu Municipal, que inaugurou em Maio de 2008. Já o Museu de Arte Sacra, apesar das obras de remodelação e ampliação tantas vezes prometidas e que tardam em se realizar, permaneceu sem receber qualquer benefício. As Rotundas concebidas esta década revelaram-se locais primordiais para levantar Monumentos e assim sucedeu com o Monumento às Antas Megalíticas, em Escariz, o Monumento ao Lavrador, em Alhavaite, o Monumento às Trilobites e aos Combatentes do Ultramar, na Vila. Mau augúrio da abrupta remoção dos “Calhaus”, nenhum Monumento se conseguiu levantar na rotunda central da Vila durante esta década, apesar de obra encomendada, paga e pronta desde Abril de 2009.

Nádia Oliveira – O falecimento de jovens e filhos da terra, e vários foram aqueles que partiram prematuramente, é sempre motivo de grande consternação. O trágico e inesperado acidente de viação, em Março de 2008, que vitimou a jovem Nádia Oliveira, pela qual a comunidade arouquense nutria muito carinho, acabou por se traduzir num dos acontecimentos mais chocantes e marcantes da década.

Ordenações heráldicas – Nos últimos dez anos, também por força dos impulsos dados pela concepção de páginas na Internet, mas, principalmente pela necessidade de simbolizar as principais características das respectivas circunscrições administrativas, deu-se uma correria da quase totalidade das freguesias à Ordenação Heráldica de brasão, bandeira e selo. Entre outras, juntaram-se à Espiunca (com brasão, bandeira e selo, desde 1997), Albergaria da Serra, Burgo, Fermedo e Mansores, em 2000; Urro, em 2001; Arouca, Escariz e Moldes, em 2002; Santa Eulália, em 2003; Alvarenga, Rossas e São Miguel do Mato, em 2004; Cabreiros e Várzea, em 2005; e Tropeço em 2009.

Património – Entre muitas outras obras, em Maio de 2002 iniciaram-se profundas obras de recuperação no Convento e foi inaugurada a reimplantação do Pelourinho do Burgo. Em Março de 2006 começou a remoção do Memorial de Santo António, para logo em Abril se iniciar a reimplantação, em lugar mais digno e próximo do original. Em Janeiro de 2007 foi assinado o protocolo para reabilitar e valorizar o Mosteiro de Arouca, que recebeu a visita do Presidente da República, em Janeiro de 2008. Para as calendas se remeteu a Pousada pensada para a Ala Sul, por ter ficado deserto o concurso de Concessão lançado em Março de 2008. Já em finais de 2009 assistimos à reabertura da recuperada Capela da Misericórdia.

Qualidade – Foi nesta primeira década do século XXI que em Arouca se começou a falar com maior propriedade no cumprimento de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão de qualidade. Muitas foram as empresas e entidades que em Arouca adoptaram aquelas normas e várias mereceram a certificação ISO 9000, como, por exemplo, a AROUPLÁS, certificada em 2000, a FARCIMAR, certificada em 2004 e a CAMARC, certificada em 2008. Também pela qualidade dos serviços prestados vimos premiar o Hotel S. Pedro no último mês de Dezembro.

Recuperação, Regeneração e Revitalização – Foram palavras de ordem que se traduziram em exemplos concretos, como em algumas artérias da Vila, no centro de Alvarenga, e um pouco por todo o concelho. Mas a década termina com intentos maiores, motivados pela aprovação da candidatura ao Pólis XXI, que tem em vista uma mudança profunda das artérias e espaços do centro histórico da Vila, que já suscitou alguma discussão e promete não ser muito consensual. A apresentação pública do ante-projecto teve lugar em Janeiro de 2010, mas, o projecto promete vir a ser executado sem que haja lugar a debate.

Saneamento Básico – «Mais Saneamento, melhor ambiente», foi o mote para a entrada em funcionamento da ETAR do Vale de Arouca e o simultâneo encerramento da velha ETAR da Pimenta, ao cair do pano desta primeira década do século XXI. Porém, a maior parte das freguesias do Vale de Arouca volveram a década sem ligação à Rede de Saneamento Básico, e o concelho está ainda muito longe dos índices mínimos nesta matéria, abonando muito pouco em favor do Vale da Fertilidade anunciado pela Logomarca apresentada no limiar da década, em Setembro de 2000.

Trilobites – Em Julho de 2006 é inaugurado, na exploração de ardósias da empresa Valério & Figueiredo, o Centro de Interpretação Geológica de Canelas, que, em Abril de 2007, é agraciado com o Prémio de Mérito Turístico, instituído pela Região de Turismo da Rota da Luz. Em Junho de 2008 é inaugurado o Monumento às Trilobites numa das Rotundas da vila e, já em Maio de 2010, Manuel Valério de Figueiredo é agraciado com a Medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, «pelos esforços intensos e profícuos no estudo, preservação e divulgação dos achados fósseis da louseira de Canelas».

Universidade de Verão – Em Julho de 2008 tem lugar a 1.ª Edição da Universidade de Verão da Universidade do Porto, no dito Pólo de Arouca. Experiência repetida nos anos seguintes de 2009 e 2010, desta feita com cerca de 60 alunos. Houve quem visse nesta iniciativa o prenúncio da possibilidade de se estabelecer, de facto, um Pólo daquela Universidade no concelho de Arouca, mas, à semelhança doutras iniciativas, também esta foi já alargada a outros municípios e Arouca poderá não ter agarrado a ideia em tempo útil.

Via Estruturante – Em Dezembro de 2001 chegam as máquinas ao terreno para rasgar o troço entre a Ribeira de Tropeço e a vila de Arouca, cuja inauguração e abertura total aconteceu em Maio de 2006. Pelas Colheitas de 2007 foi assinado o contrato para o projecto da 2.ª Fase da Via Estruturante, ligando Santa Maria da Feira à freguesia de Mansores, mas, chegados aos últimos dias de 2010, as máquinas ainda não chegaram ao terreno, apesar das promessas de secretários de estado, ministros e até do primeiro-ministro José Sócrates que, em Setembro de 2009, se deslocou a Arouca para prometer fazer justiça aos arouquenses em matéria de acessibilidades.

World Wide Web – Nesta última década Arouca e os arouquenses começaram a chegar em maior número à chamada Rede de Alcance Mundial. Pouco a pouco, pessoas colectivas e individuais, foram começando a frequentar a rede e a mudar o paradigma dos contactos, dos encontros, do convívio e dos relacionamentos. Sinal dos tempos e de novas necessidades, em Setembro de 2003 o Município inaugurou o Espaço Internet de Arouca, que agora cede em favor da aposta nos programas "e-escola" e o "e-escolinha". Em Abril de 2005 surge o www.arouca.biz, que, depois do pioneiro Aroucanet, se assume como um novo portal de Arouca na Internet, e acaba por ser o precursor do estabelecimento de uma comunidade arouquense na Rede. Em Janeiro de 2006 passámos a poder ouvir a Rádio Regional de Arouca em qualquer parte do Mundo através da Internet e aqui começámos a conhecer as notícias antes de darem à estampa nos jornais da terra.

Xisto e Ardósia – Depois das modas que muito contribuíram para descaracterizar as nossas Aldeias Tradicionais, assistimos nesta última década ao ressurgimento dos materiais característicos, que muito valorizaram a recuperação e muito contribuíram para a revitalização de Aldeias como Janarde e Meitriz, mas também muito beneficiaram edifícios como o Centro de Interpretação Geológica e a Sede do Racho “As Lavradeiras de Canelas”. Em Fevereiro de 2005, a Câmara Municipal aprovou por unanimidade o projecto de recuperação das aldeias tradicionais de Cabaços, Tebilhão, Rio de Frades, Cando, Covelo de Paivó, Drave e Paradinha, que têm aqueles materiais em comum, mas, nem todas sentiram a concretização da intenção.

Zonas Industriais – Nesta última década foi dado um maior impulso às Zonas Industriais e desmobilizadas as empresas, armazéns, indústrias e mesmo serviços que se localizavam na vila e um pouco por todas as freguesias. O centro da vila de Arouca muito beneficiou com a criação da Zona Industrial de São Domingos. O mesmo sucedeu um pouco por todo o concelho por força da concepção de outras zonas industriais, que devolveram outra qualidade de vida às populações e permitiram às empresas localizarem-se em Zonas mais habilitadas ao seu funcionamento.
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Publicado na edição de 14/01/2011, do jornal semanário "Discurso Directo"

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