sábado, 31 de maio de 2008

"Interessa-me o talento intrínseco das pessoas, o seu mérito e não que pensem como eu. Admiro as pessoas pelo seu espírito crítico, pela criatividade e liberdade de pensamento"
Paulo Teixeira Pinto, in Única

Sobre as directas no PPD/PSD

Do mal o menos! Uma boa prestação e um bom resultado de Pedro Passos Coelho, pessoa pela qual nutro especial apreço. Que por lá se mantenha, porque não tardará a hora dele e, finalmente, a refundação e regeneração que aquele partido necessita.
Entretanto, e atendendo às relações pouco saudáveis entre aqueles que agora vão assumir o barco e aqueles que estão ao leme da bancada parlamentar, nada de extraordinário se antevê. À excepção de uma orientação mais virada para os problemas do país. Com a agulheta a apontar mais para aquilo que aquele partido pode dar e menos para o que os seus efémeros timoneiros procuram receber.
No meu torrão natal, o silogismo ainda permanece invertido. Ou, talvez, nem isso!

sexta-feira, 30 de maio de 2008

AS DOZE PORTAS DE GERAÇÕES DE AROUCA II

No pr��ximo s��bado, 31 de Maio, estar�� em Arouca o Arqt��. Fernando Abrunhosa de Brito, para o lan��amento do II Volume do trabalho AS DOZE PORTAS DE GERA����ES DE AROUCA. Um trabalho de muitos anos que, agora, finalmente, ser�� partilhado integralmente.
Trata-se de um trabalho not��vel a v��rios n��veis, mas, mormente no que �� genealogia destas doze casas de Arouca diz respeito e, tamb��m assim, pelo per��odo a que remonta (1500-1800) muito diz da ascend��ncia de muitos arouquenses, hoje dispersos por muito mais "portas".

Pelo que n��o podia deixar de manifestar parab��ns sinceros ao Arqt��. F. Abrunhosa de Brito pelo II Volume, agora dado �� estampa e, tamb��m assim, ao Instituto de Genealogia e Her��ldica da Universidade Lus��fona do Porto, por possibilitar a publica����o.

Partilho uma pequena troca de mensagens com o autor, neste blog, logo depois da publica����o do I Volume (na imagem), h�� quase dois anos.
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Caro Ant��nio Jorge Brand��o de Pinho,
A est��ria do escravo Virgolino! Ainda n��o a tinha ouvido t��o completa e contada com tanta gra��a. No vol. II de AS DOZE PORTAS DE GERA����ES DE AROUCA, ter�� vez a QUINTA DE TER��OSO.
A transposi����o do escravo Virgolino para o sec. XVI ser�� liberdade liter��ria.
ANT��NIO VIRGOLINO SARAIVA DE VASCONCELOS que foi "senhor de uma grande fortuna em Ro��as onde viveu de 1832 at�� 1836, regressou �� ��frica, onde morreu solteiro" (1); na sacristia do Mosteiro de Arouca existe um acervo de Procura����es e, entre estas, uma de ANT��NIO VIRGOLINO SARAIVA DE VASCONCELOS, passada em 1838.
Cumprimentos de muito apre��o,
Fernando Brito
(1) - SIM��ES J��NIOR ��Jornal Defesa de Arouca��, de 17-2-1995.

A.J.Brand��o de Pinho disse...
Caro Fernando Abrunhosa de Brito,
Antes de mais, manifestar-lhe a minha admira����o pelo trabalho que h�� muitos anos se encontra a realizar e do qual j�� deu �� estampa um 1.�� Volume. De resto, muito interessante, completo e um auxiliar precioso para quem dedica algum tempo a estas coisas.
Soube que se deslocou a Rossas h�� alguns dias com o meu amigo Alberto Gon��alves. Espero que a visita tenha sido prof��cua.
Relativamente �� est��ria do escravo Virgolino, e �� sua localiza����o no tempo, n��o se trata de liberdade liter��ria, mas sim de uma gralha. Emprestei uma boa dose de liberdade liter��ria, isso sim, ��s circunst��ncias.
De resto, sobre ANT��NIO VIRGOLINO SARAIVA DE VASCONCELOS, tenho j�� mais alguns dados:��Ant��nio Virgolino Saraiva Mendes de Vasconcelos e Cirne, senhor do Morgado de Ter��oso, deve ter vindo para Portugal em princ��pios de 1832, vivendo alguns anos na Quinta de Ter��oso. De resto, pouco tempo depois, e na qualidade de padrinho, est�� presente nos baptisados de Teot��nio (n.4.IV.1834) e Ant��nio (n.17.V.1835), filhos do Capit��o Ant��nio Teixeira Brand��o de Vasconcelos e de Dona Margarida Am��lia Aranha Brand��o de Vasconcelos, e, entretanto, tamb��m de Leonardo (n.20.IV.1835), filho de Bernardino Jos�� de Almeida, todos do lugar da Felgueira. Em 11 de Mar��o de 1837 �� demandado num processo por alegada falta de pagamento do Real de Vinho, a correr no Ju��zo de Paz, com sede na Casa de Telarda.
Mais tarde, romou novamente a Africa. Em 1840, era administrador do prazo Boror, confirmado em 1�� vida a Maria Ant��nia por carta r��gia de 15 de Novembro de 1813, pagando 74.500 reis de foro e 20.000 reis de d��zimos, o que nos d�� uma p��lida ideia da sua import��ncia. Eram-lhe ainda atribu��dos 100 colonos e 70 escravos. Ter�� morrido nessa ilha no correr do ano de 1840��.
Os meus mais sinceros cumprimentos,
A.J.Brand��o de Pinho
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An��nimo disse...
Caro Ant��nio Jorge Brand��o de Pinho,
N��o repare no meu sil��ncio: tenho andado atrapalhado com o fecho do volume. Mas cheio de coisas novas. Obrigado pelas informa����es, a somar a TER��OSO. Depois falamos.
Um abra��o,
Fernando Brito

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Quatro Lunetas de Miradouro roubadas na Freita

A C��mara Municipal de Arouca detectou recentemente o roubo de quatro, das cinco, lunetas de Miradouro colocadas no planalto da Serra da Freita h�� cerca de um ano, que ter��o sido serradas pelo p��, num acto de vandalismo premeditado.
N��o foi nada que n��o se previsse e j�� muito tempo se mantiveram por l��! Se por um lado temos que lamentar mais este acto de vandalismo, tamb��m n��o podemos deixar de lamentar aquele investimento feito pela autarquia. Manifestamente, tratou-se de um projecto muito mal arquitectado e perfeitamente ao alcance de um qualquer meliante. N��o podemos ignorar a realidade do Mundo em que vivemos!
Foto: CMA

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Semana Cultural de Arouca' 08

Come��a j�� na pr��xima sexta-feira a edi����o deste ano da Semana Cultural de Arouca. O programa ��-me particularmente apetec��vel, uma vez que nele assin��-lo v��rios momentos de interesse.
O pr��ximo s��bado, dia 31, tem, pelos menos, dois grandes pontos de interesse: ��s 15h00 - Apresenta����o do Livro ���As Doze Portas de gera����es de Arouca���, Volume 2, da autoria do Arquitecto Fernando Abrunhosa de Brito, na Biblioteca Municipal; ��s 22h30 - Concerto de M��sica com uma das minhas bandas portuguesas preferidas, os ���Hands on Approach���, no Terreiro Rainha S. Mafalda (talvez n��o seja o melhor local).
Para al��m de muitos outros pontos de interesse, destaco o regresso do Maestro Ant��nio Victorino d' Almeida a Arouca, no Domingo, dia 8, para um ���Excerto de um Concerto para piano e poesia Portuguesa��� na companhia de Aurelino Costa, no Cadeiral do Mosteiro de Arouca.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Mini-Hídricas projectadas para o Paiva e Paivó

Depois de ver os dois v��deos aqui disponibilizados pelo Arouca.biz, apenas duas ou tr��s notas:

�� com inteira legitimidade que vejo a Urtiarda e, nomeadamente, Manuel Brand��o, tomar posi����o relativamente �� alegada inten����o de se constru��rem duas mini-h��dricas em Arouca, mais concretamente, nos rios Paiva e Paiv��. E, mesmo antes de me informar melhor para saber se sou contra ou favor destes empreendimentos, �� com satisfa����o que vejo aquela associa����o, que tem no seu objecto as quest��es ambientais, em tempo adequado, apontar algumas retic��ncias ��queles dois alegados projectos e posicionar-se pela defesa daqueles que julgam ser valores maiores.

H�� poucos dias, no Are��nho, perguntavam-me se era contra ou a favor da "inunda����o daquilo"? �� claro que as coisas n��o se podem colocar nestes termos. N��o se pode, h�� falta de melhores argumentos, confundir parte sens��vel com o todo. De resto, foi esta ligeireza que inquinou a discuss��o que se motivou a prop��sito da Via Estruturante, quando se perguntava se se era contra ou a favor da Via Estruturante. At�� �� data n��o conheci algu��m que fosse contra a Via Estruturante. Apenas conheci e conhe��o pessoas contra o tra��ado da Via Estruturante (entre as quais me incluo) e/ou contra o Viaduto de Rossas, e que, muito legitimamente, em tempo pr��prio, se posicionaram e manifestaram.

J�� vai sendo lugar comum dizer e ouvir dizer que "o desenvolvimento causa sempre preju��zos". �� um facto! Como tamb��m n��o deixa de o ser alguma insensibilidade de quem tem em m��os a concep����o deste tipo de infra-estruturas. Ambicionam desideratos diferentes e, necessariamente, s��o sens��veis a realidades distintas. Por isso, e neste caso concreto, vem hajam aqueles que, n��o sendo contra o desenvolvimento, s��o defensores de causas ambientais e nos ajudam a ter sensibilidade pelo meio em que crescemos.

Por fim, referir que se os empreendimentos em causa se revelarem uma inevitabilidade e uma vantagem para Arouca e que os valores que se ter��o de sacrificar, na perspectiva de quem tem sensibilidade para os analisar, s��o muito inferiores aos valores que daqueles empreendimentos se venham a retirar, acarretando, obrigatoriamente, um argumento para potencializar os primeiros, pois, que assim seja!

Mas, que, mais uma vez, n��o seja a for��a das m��quinas a ousar levar a melhor sobre a for��a dos argumentos!

Publicado no Arouca.biz

Guerra Junqueiro, nós por cá, tudo como dantes!

«Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional - reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta (...)

Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...)
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do país, e exercido ao acaso da herança, pelo primeiro que sai dum ventre, - como da roda duma lotaria.A Justiça ao arbítrio da Politica, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...), sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes (...) vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento - de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)»
Guerra Junqueiro, in "Pátria", 1896,

segunda-feira, 19 de maio de 2008

BTT "CRUZ DE MALTA"

No pr��ximo dia 29 de Junho, o Grupo Cultural e Recreativo de Rossas, organiza mais um BTT. Desta feita, ser�� percorrido pelos trilhos de Rossas e tomar�� o nome de BTT "CRUZ DE MALTA".
As inscri����es est��o abertas a participantes de ambos os sexos, com idade superior a 10 anos. Sendo que aos menores de 18 anos �� exigida uma declara����o de um encarregado de educa����o a autorizar a sua participa����o.
O valor da inscri����o �� de 13,00��� para os participantes do sexo masculino e 7,50��� para participantes do sexo feminino, se for efectuada at�� ao dia 10 de Junho de 2008. Do dia 10 de Junho ao dia 26 a inscri����o �� de 15,00��� para os participantes do sexo masculino e 10,00��� para participantes do sexo feminino. As inscri����es/pagamentos dever��o ser realizadas at�� 26/06/2008, qualquer inscri����o/pagamento posterior a esta data ficam sujeitos �� aceita����o. O n��mero de participantes �� limitado.
O valor da inscri����o inclui: participa����o no BTT "CRUZ DE MALTA", refor��o alimentar ao longo do percurso, T-Shirt, Sorteio, brinde, seguro desportivo, banho, lavagem de bicicletas e almo��o-conv��vio. O percurso tem cerca de 20Km.
Para mais informa����es 934955496 e 916679232. Inscri����es no site do GCRR.

domingo, 18 de maio de 2008

Museu Municipal

Finalmente, hoje, dia 18 de Maio, Dia Internacional dos Museus, foi inaugurado o Museu Municipal de Arouca que, ao que se pretende fazer querer, �� agora mais ambicioso que o simples Museu Etnogr��fico que come��ou por se idealizar. �� o que se depreende das palavras de Jos�� Artur Neves, presidente da C��mara Municipal, ao dizer que ��Com a abertura do novo espa��o queremos criar uma esp��cie de rede museol��gica concelhia que congregue a nossa diversificada oferta��. ��Temos condi����es, a partir de agora, para criar um modelo em rede com n��cleos bem evidentes e j�� com muitos visitantes��, sublinhou Jos�� Artur Neves.
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Numa primeira nota, dizer que �� com agrado que vejo esta C��mara, na sequ��ncia da linha tra��ada pela anterior, diga-se, ter alguma sensibilidade pela museologia e, atrav��s desta, promover a recolha e preserva����o de pe��as, utens��lios e espa��os com interesse museol��gico, evitando, assim, o total desaparecimento de parte importante da identidade do nosso concelho e das nossas gentes. No dizer de Ant��nio Teixeira Fernandes, ���� medida que o mundo ocidental foi descobrindo o sentido da hist��ria e a sua import��ncia para a identidade dos povos, entregou-se �� constitui����o de museus��, ��O museu ��, em simult��neo, um condensador de hist��ria e um aproximador de culturas.��

Se, �� semelhan��a do que j�� havia sido feito relativamente �� Arte Sacra, havia terra necessitada de dar este passo, essa terra era Arouca. S��o vastos os motivos, o esp��lio e argumentos com interesse museol��gico. E, na estrat��gia de turismo que os nossos pol��ticos dizem querer e estar a prosseguir, esta �� uma aposta fundamental.

No entanto, o edif��cio do extinto e ef��mero Mercado Municipal readaptado para cumprir esse desiderato ��, no meu ponto de vista, um passo pouco ambicioso e a repensar a muito curto prazo. Ter�� sido, talvez, a melhor solu����o para tentar resolver dois problemas de uma forma mais pac��fica. Mas, pela sua dimens��o e localiza����o, imagino-o readaptado a uma finalidade mais viva. Por outro lado, e no meu entender, todos os motivos de interesse museol��gico encontram melhor sede em muitos dos espa��os devolutos e desaproveitados do Mosteiro e propriedades anexas. N��o concebo outra reutiliza����o e revitaliza����o de parte significativa do Mosteiro que n��o passe pela museologia. Por isso��� E se h�� terra que n��o necessite de ter v��rias ���capelinhas��� para cumprir esta finalidade, essa terra �� Arouca.

Para o fim agora concebido, o edif��cio acabou por n��o ser suficientemente readaptado. O que se constata no facto de o visitante ter que fazer ���invers��o de marcha��� nos dois pisos, e na falta de coloca����o de uma divis��o de pisos na parte interior aberta, onde se desaproveita parte significativa do espa��o. Se n��o fosse este o fim e o im��vel requeresse manter a sua tra��a original, diria que a readapta����o est�� excelente! Com acabamentos de qualidade e sem adulterar a fisionomia original. Porventura, uma interven����o deste g��nero no Mosteiro, nunca ser�� t��o feliz.

Depois, ��Museu Municipal�� �� manifestamente excessivo para os temas museol��gicos que a�� se alojaram. Arouca n��o �� apenas Etnografia (stricto sensu), Arqueologia e Geologia! Mas, num aparente paradoxo, se mesmo s�� destas ��reas a�� se pretendesse alojar todo o esp��lio j�� existente, o espa��o n��o seria suficiente. Portanto! �� uma esp��cie de Museu que aparentando alojar tudo, d�� abrigo a pouca coisa de uma pequena parte da museologia arouquense.
�� certo que s�� uma parte �� permanente e a outra, servindo exposi����es tempor��rias, poder�� cumprir a abrang��ncia que o nome sugere. Mas, desta forma, poder�� a inten����o museol��gica servir os presentes e n��o chegar aos vindouros. O vasto esp��lio museol��gico arouquense, assim como o valor e delicadeza de muitas das pe��as e utens��lios, requer espa��os permanentes e definitivos!

Contudo, e um pouco na linha do discurso do senhor presidente da C��mara, espero que o espa��o agora aberto ao p��blico que, normalmente, nos convida a exerc��cios retroactivos, seja olhado pelos seus respons��veis de uma forma prospectiva. Ou seja: que este espa��o seja apenas o come��o de uma cont��nua recolha de pe��as e alfaias agr��colas e outras condizentes com os temas a�� alojados e, tamb��m assim, a sede de trabalho para iniciativas de sensibiliza����o, recupera����o e revitaliza����o de pequenos p��los museol��gicos em estado e ambiente natural (por exemplo: lagares, alambiques, moinhos, palheiros canastros e respectivas eiras), um pouco por todo o concelho.

Por fim, e apesar do referido, felicito a C��mara Municipal por este primeiro passo na ��rea da museologia que h�� muito urgia dar. Neste caso, pior do que fazer mal (e aqui o mal �� subjectivo), seria nada fazer!

Publicado no Arouca.biz
foto: CMA

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Site da Assembleia Portuguesa da Soberana Ordem de Malta


(clicar na imagem)


quinta-feira, 1 de maio de 2008

Novo jornal semanário em Arouca

Com data de 2 de Maio, ontem, dia 30 de Abril, chegou �� maior parte dos domic��lios arouquenses aquele que se prop��e ser o novo seman��rio de Arouca, motivado pela suspens��o de publica����o do antigo jornal "Defesa de Arouca".
Toma o nome de "Discurso Directo", e segundo os seus respons��veis ��pretende ser um ��rg��o de comunica����o social imparcial, imperme��vel a press��es pol��ticas e econ��micas, atento e profissional, cumpridor de todas as normas ��ticas e deontol��gicas que a pr��tica jornal��stica obriga.��

Antes de mais, saudar os respons��veis por este projecto, principalmente o seu director Victor Mendes e a respons��vel pela redac����o Cl��udia Oliveira, desejando-lhes entusiasmo e felicidade para levar por diante este empreendimento.

Existe agora espa��o para o surgimento de um novo jornal seman��rio em Arouca e, atendendo ao h��bito de longos anos criado pela ���Defesa de Arouca���, uma necessidade dos arouquenses em receber nas suas casas informa����o semanal do que acontece no Munic��pio, a prop��sito dele e dos seus. Pelo que est�� nas m��os desta equipa conseguir, no m��nimo, entrar nas caixas de correio onde entrava o jornal ���Defesa de Arouca���.

Quanto ao pretender ser ��um ��rg��o de comunica����o social imparcial, imperme��vel a press��es pol��ticas e econ��micas, atento e profissional, cumpridor de todas as normas ��ticas e deontol��gicas que a pr��tica jornal��stica obriga��, estamos j�� em face de caracter��sticas com uma forte carga subjectiva. S�� o conseguiria ser verdadeiramente se se limitasse a reproduzir entrevistas, reportagens e noticias qua tal, sem o m��nimo de considerandos ou opini��o. N��o �� por a��! N��o dever��o ser os pr��prios a arrogar-se a essas caracter��sticas. Isso, �� j�� fazer pol��tica! Caracter��sticas dessa natureza, s��o coisa para os eleitores reconhecer. De nada vale ao jornal dizer que �� uma determinada coisa, se ao leitor parecer uma outra.

Para j��, sendo certo que o caminho se faz caminhado e tudo vai do come��ar, o primeiro n��mero �� muito fraco. Lembra os jornais de par��quia que existiram um pouco por todo o concelho nos come��os da segunda metade do s��culo passado. At�� se tolerava que o conte��do n��o fosse nada por a�� al��m, mas, j�� a mesma condescend��ncia n��o se poder�� ter quanto �� falta de estrutura����o e organiza����o, tanto mais, quando se trata de um projecto que, segundo os seus respons��veis, j�� estava a ser preparado h�� algum tempo. Muito mau sob este aspecto!

Depois, o pr��prio t��tulo. ��Discurso Directo��, para al��m de n��o ter nada de nosso, torna demasiadamente esguia a linha redactorial do jornal. A n��o ser que a coisa venha a ter pouco que ver com o nome. ��Discurso Directo�� apela-nos para artigos de opini��o e entrevistas. N��o apela para not��cias, reportagens e apontamentos hist��ricos, por exemplo. Com este t��tulo, jamais poder�� tomar o ep��teto de ���Defensor dos Interesses do Concelho���. Manifestamente, �� essa a fun����o que se requer para um jornal desta natureza. Outra linha de rumo, poder�� aumentar a conta e risco dos seus respons��veis.

Oxal�� me engane, porque sucesso �� coisa que lhes desejo!

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ADENDA

Hoje, dia 22 de Maio, deitei os olhos sobre o terceiro n��mero do "Discurso Directo". S��o significativas as melhoras! Tanto ao nivel da estrutura����o, como dos conte��dos, j�� se pode considerar um jornal razo��vel, tanto mais quando se trata de um seman��rio.

Neste caso concreto, a critica produziu bons frutos! Fic��mos todos a ganhar!