segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Faleceu Fernando Abrunhosa de Brito (1934-2016), o homem que mais sabia sobre os nossos avós...

Fernando Abrunhosa de Brito, aquando da apresentação do 2.º Volume das suas "Doze Portas de Gerações de Arouca", na Biblioteca Municipal de Arouca
Da sua obra publicada em livro deixou-nos os dois magníficos volumes de "As Doze Portas de Gerações de Arouca (1500-1800)", editados pela Universidade Lusófona do Porto. No entanto, Abrunhosa de Brito, pelo menos nos últimos 40 anos e, principalmente, nos últimos 10, foi um incansável pesquisador da genealogia das principais Casas e Famílias de Arouca, sendo muito mais vasta a obra que deixou por publicar.
Tive a felicidade de me cruzar com ele no Arquivo Distrital de Aveiro, ali por 2008, quando ambos aí nos dirigíamos, dia-após-dia, - tantos quantos a disponibilidade de cada um, para o ócio, o possibilitava -, para calcorrear os livros velhos, alguns quase carunchosos, dos registos paroquiais de Arouca. Eu mais interessado em pesquisar os livros de Rossas, Várzea, Urrô e Burgo; o Fernando mais interessado em aprofundar as suas Doze Portas. (Nesta altura e até finais de 2013 não havia ainda Digitarq. Ou seja, não havia ainda registos paroquiais online, pelo que as pesquisas tinham que ser feitas in loco). Foi aí, por entre pesquisas, notas e apontamentos genealógicos e, também, nos agradáveis almoços no Abílio dos Frangos que construímos a nossa amizade. Tratava-me por Antoninho e eu tratava-o por Fernando.
Era o homem que mais sabia sobre os avós dos arouquenses (em sentido lato), alguns entroncados sem falha de gerações até ao século XIV, como por exemplo os Brandões, a que fui dando os meus modestos contributos, nomeadamente, por via de pesquisas feitas na Torre do Tombo.