terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Biblioteca e Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão

Já lá vão catorze anos desde a data em que foi assinado um acordo entre o Reitor do Seminário Maior do Porto e o Presidente do Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão, pelo qual a biblioteca pessoal de D. Domingos, legada ao Seminário Maior, transitou para Arouca ao cuidado do Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão.
Hoje, para além de quase nada se saber desse Centro, que até o vigésimo aniversário do falecimento do seu patrono deixou passar esquecido, pouco ou nada se sabe sobre aquela biblioteca e o seu estado actual.
Seria importante que, na impossibilidade de se concretizarem as boas intenções, esse espólio fosse tirado dos caixotes e arrecadação aonde alegadamente se encontra e, ainda que provisóriamente, fosse colocado em local mais apropriado à sua preservação, exposição e consulta.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Agendado!

Amanhã, pelas 22h30, no Arena Live do Casino de Lisboa

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pormenor de Azulejos, Pastéis de Belém, Lisboa

O inacabado Palácio Nacional da Ajuda







segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ontem e hoje em Espinho


Para além das muitas questões suscitadas e debatidas neste 12.º Encontro, ficou no ar a apreensão causada por uma certa indefinição relativamente à (re)organização dos institutos e organismos públicos. Ainda ninguém sabe muito bem no que vai resultar, mas, a avaliar pelo rumo que está a tomar, implicará, necessariamente, alterações na organização das estruturas representativas do movimento associativo juvenil, ao arrasto da estruturação e organização que está a ser implementada relativamente ao Instituto Português da Juventude.
Para já, como se sabe, aquele instituto deixou de ter delegados em todos os distritos, embora mantenha ainda as suas delegações. Aveiro mantém ainda a sua delegação, mas, já sem delegado. É agora delegado também para este distrito o antigo delegado de Castelo Branco que passa a denominar-se Director da Direcção Regional do Centro. Reorganização feita com âmbito territorial correspondente ao nível II da Nomenclatura de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (NUTS) do continente. Ou seja, correspondente à NUTSII Centro.
Para além das muitas outras questões que se começam as suscitar, questiona-se a continuidade da sede da FAJDA no concelho de Arouca, uma vez que este concelho, actualmente, integra uma das NUTSIII Entre Douro e Vouga que, por sua vez, é parte da NUTSII Norte.

Uma mobilização e um leilão à moda antiga


Este fim-de-semana, foi com enorme emoção que presenciei uma mobilização sem precedentes na minha freguesia, tendo por objectivo "fazer dinheiro" para a sede do Grupo Cultural e Recreativo de Rossas. As imagens focam parte das dezenas de tractores carregados com a madeira oferecida pela população da freguesia. Mais fotos aqui

Já no próximo sábado, dia 13, no Centro Cultural de Rossas, esta associação, reconhecida, oferece uma representação da peça "3 em Lua de Mel" à população de Rossas, como forma de agradecimento pela colaboração no leilão do passado Domingo. Também com esta actuação, o GCRR, dá por concluída a tournée deste trabalho, aplaudido de pé por muitas centenas de pessoas em várias dezenas de palcos. Fecha-se a cortina para ensaios do novo trabalho que se aguarda com expectativa.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Amadorismo e desconhecimento...

A edição desta semana do semanário arouquense “Discurso Directo” traz uma entrevista ao presidente da FAMA (Federação das Associações do Município de Arouca) onde, às tantas, se pergunta ao entrevistado: «A Sede da FAJDA (Federação das Associações Juvenis do Distrito de Aveiro), tendo custos para a Câmara, não devia ser partilhada com a FAMA?»
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1. É com grande estranheza que vejo esta pergunta, reveladora de um amadorismo e desconhecimento de bradar aos céus, ser feita e reproduzida por este jornal. Principalmente, por este jornal.

2. À semelhança do próprio presidente da FAMA que desconhece tais custos, confesso que gostava de saber que custos tem a sede da FAJDA para a Câmara e qual a competência desta em relação àquela sede. O pressuposto é errado e a competência sugerida é inexistente.

3. A FAJDA é uma federação de âmbito distrital, representativa das associações juvenis do distrito de Aveiro, que nela se encontram federadas. A FAMA, por sua vez, é uma federação de âmbito municipal, representativa das associações do município de Arouca, que nela se encontram federadas. Ou seja, a primeira representa apenas associações juvenis; enquanto a segunda, à luz dos seus actuais estatutos, pode abarcar, como de facto acontece, todo o tipo de associações existentes no concelho de Arouca.
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4. A FAMA, por força dos seus actuais estatutos, gizados na linha do espírito que orientou a sua constituição, nem sequer se poderá federar na FAJDA, à semelhança, por exemplo, daquilo que acontece com esta relativamente à FNAJ (Federação Nacional das Associações Juvenis). Trata-se de Federações com abrangências distintas.
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5. A sede em causa foi concebida e edificada pela FAJDA, em terreno cedido pela Câmara Municipal de Arouca, sendo financiada, na sua maior parte, por Programas específicos de Apoio ao Associativismo Juvenil.
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6. Como organismo de carácter distrital que é, a FAJDA tem a sua sede no concelho de Arouca, como a poderia ter num outro qualquer concelho do distrito de Aveiro. E, neste sentido, colocar tal hipótese relativamente à Federação das Associações do Município de Arouca, equivaleria a colocar a mesma hipótese relativamente a todas as outras federações similares existentes noutros municípios do distrito.

7. Porém, a título generoso e gratuito, sem vinculo e/ou compromisso de qualquer natureza, para além das associações federadas, sempre que solicitado e haja disponibilidade de espaço, a FAJDA tem cedido as suas instalações à FAMA, várias associações e grupos informais de Arouca, para reuniões diversas, actos eleitorais, cursos, formações seminários e conferências.

Geoparque de Arouca na capa da «GEOCIENTIST»

Richard Fortey, um dos mais reputados geocientistas do mundo, que esteve de visita a Arouca em Junho passado, é o autor de um artigo sobre o Geoparque Arouca, que fez capa da última edição da revista internacional «Geocientist». Ao longo do artigo, Fortey não poupa elogios ao Geoparque Arouca, num artigo de alcance internacional, que vem dar ainda mais ânimo ao trabalho da AGA – Associação Geoparque Arouca.
Richard Fortey refere que teve «a felicidade» de visitar o Geoparque Arouca, sublinhando que «não existe outro local no mundo onde possamos ver tantos exemplares de trilobites, algumas com cerca de meio metro. Para os amantes e estudiosos de fósseis, é difícil de imaginar um espólio tão fantástico como este».
«Estas maravilhas geológicas serão, agora, protegidas e explicadas pela estrutura gestora do Geoparque», prossegue Fortey, acrescentando que «os cientistas que visitaram Arouca tiveram mesmo direito a provarem as trilobites doces. Já não era sem tempo de as trilobites poderem rivalizar com os dinossauros», remata.
in CMA

Ainda sobre o recente acordo de delimitação de Arouca com Vale de Cambra...

... e sobre a eventualidade de se ter feito alguma luz sobre os rigorosos limites da freguesia de Rossas com a freguesia de Urrô e destas com o concelho vizinho.
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Como suspeitava, e a confirmação do próprio presidente da Junta, Rossas não esteve presente no alegado aperto-de-mão. Pelo que, a nenhum acordo se poderá ter chegado sobre os limites desta freguesia com o concelho vizinho de Vale de Cambra.
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Assunto a ser seguido com atenção pela Assembleia Municipal de Arouca, Assembleia e Junta de Freguesia de Rossas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

In memoriam de Maria Adelaide Moreira Brandão

Faleceu, no passado dia 03 de Dezembro 2008, a Doutora Maria Adelaide Moreira Brandão, que foi duplamente pioneira. Assim, foi pioneira na área da investigação científica, em dois aspectos: foi a primeira pessoa de Portugal a investigar no CERN e a fazer um doutoramento no domínio da Física das Partículas; e construiu o Departamento de Energias Renováveis do LNETI, tendo lançado a primeira turbina eólica do País a injectar energia na rede pública. E foi também pioneira na área cultural, com a criação do Salão Cultural Universitas Gratiae.
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Nasceu em 21 de Agosto de 1939 em Rossas, Arouca, numa família de proprietários rurais. Foi a primeira de sete irmãos, filhos de José Teixeira de Pinho Brandão e de D. Helena Moreira Brandão.
Completou a escola primária com distinção e, fazendo valer a sua vontade de continuar a estudar, fez o curso dos liceus, que concluiu, na área de Ciências, com elevadas classificações, tendo ganho o Prémio Nacional no fim do curso. Inscreveu-se no curso de Ciências Físico-Químicas, na Universidade do Porto, tendo concluído a licenciatura na Universidade de Coimbra, em 1962.
Convidada para Assistente na Universidade do Porto, preferiu aceitar o convite que lhe foi feito para Assistente do Laboratório de Física da Universidade de Coimbra. Foi aí que, a par das aulas práticas e teórico-práticas que regeu, iniciou a sua actividade de investigação científica no domínio da Física Nuclear. A sua determinação em fazer o doutoramento na área da Física das Altas Energias (ou Física das Partículas Elementares), que não existia em Portugal, levou-a a sair do País com uma bolsa do então Instituto de Alta Cultura (IAC). Entrou em Outubro de 1968 no Laboratório de Física Nuclear e Altas Energias da Universidade de Paris VI (Sorbonne). Realizou parte do seu trabalho experimental no CERN – Centre Européan de Recherches Nucleaires. Concluiu o Doutoramento de Estado em Dezembro de 1973, obtendo o grau de Docteur-ès-Sciences Physiques, com a classificação de Très Honorable. Foi equiparada a Doutor em Física pelas Universidades Portuguesas em 1974.
Após o seu regresso ao País (onde chegou precisamente no dia 25 de Abril de 1974), foi convidada para membro da Delegação de Portugal junto da OCDE em Paris, onde ocupou, até 1979, o lugar de Conselheira Científica, responsável pelos comités de Política Científica, Educação e Indústria, Energia e Ambiente e Energia Nuclear. Foi durante este período que participou nas negociações para a entrada de Portugal como membro da Agência Internacional de Energia da OCDE.
Regressada a Portugal em 1980, retomou o seu lugar de Investigadora do INIC – Instituto Nacional de Investigação Científica, onde dirigiu a elaboração de documentos relativos à Política Energética Nacional. No início dos anos 80, e na sequência deste seu trabalho, foi convidada pelo Presidente do então Laboratório Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial (LNETI) a fundar, naquele Laboratório do Estado, um Departamento de Energias Renováveis (DER) tendo como ponto de partida um núcleo de técnicos existente no então Departamento de Energia que já se dedicava ao estudo da utilização de energias renováveis. Dada a crise energética dos anos 70 a sua acção revestiu‑se da maior importância e actualidade.
O DER foi criado para desenvolver actividades de ID&D em domínios que ainda hoje existem no actual DER, designadamente, Energia Solar Térmica e Fotovoltaica, Energia Eólica, Energias da Biomassa, Energia dos Oceanos. A Doutora Maria Adelaide Brandão construiu um Departamento de Investigação Científica, numa área que não existia estruturada em Portugal, definindo as suas actividades, adquirindo equipamentos para o seu desenvolvimento experimental, recrutando recursos humanos e criando incentivos para a sua formação complementar, no país e/ou no estrangeiro, do que resultou a obtenção do grau de doutoramento nestas áreas de parte apreciável do seu pessoal e estabelecendo protocolos e colaborações com Universidades e Centros de Investigação nacionais e estrangeiros.
Em 1991 e por sugestão do seu marido, Prof. António de Pádua Loureiro, do Instituto Superior Técnico, iniciou o Salão Cultural que veio a ser registado como Universitas Gratiae e que teve, e se espera continue a ter, uma actividade cultural intensa e regular na forma de seminários, sessões musicais, poesia, mostras de fotografia e pintura.
Transcrevem-se as suas palavras duma entrevista dada à revista Faces de Eva (Número 18, ano 2007): «A par do meu gosto pelo estudo e da minha determinação, sem a minha capacidade de enfrentar o novo, aquilo que eu penso serem ingredientes de uma mulher livre perante o desafio que é a vida, não teria certamente feito a carreira que fiz».

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Foto de Nuno Cerca,
pelo Mirante de José Cerca
Foto de Alexandre Assunção
Arouca.biz