quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ESTA SEMANA NA HISTÓRIA DE AROUCA (V)

1860.I.28 – É criada a Companhia Arouquense de Exploração Carbonífera, sociedade anónima de responsabilidade limitada. Foi constituída por Francisco Saraiva Couraça, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, António da Silva Rica, Dr. João Alberto de Vasconcelos, Dr. António Teixeira de Brito, Veríssimo Albino Teixeira Vaz Pinto, Manuel Soares de Sousa, Joaquim dos Reis Castro Portugal e Manuel Gonçalves, com o capital de 7.800$000 réis.
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1912.I.28 – Inicia-se a curta publicação do Jornal Político-Noticioso “O AROUQUENSE”, dirigido pelo Pe. António Brandão, e editado por José Luís de Sousa.
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1919.I.26 – Dá-se o falecimento do Dr. Inácio Teixeira Brandão de Vasconcelos, natural de Rossas e residente na Casa da Alhavaite, fundador benemérito da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda. Notabilizou-se, entre outras coisas, pela argumentação, junto da Comissão de Fazenda da Câmara dos Deputados, que levou à extinção dos foros pagos ao Convento de Arouca em 1898.
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1928.I.29 – Realiza-se o concurso público para arrematação da construção de duas casas contíguas destinadas à habitação dos Magistrados Judiciais, a edificar à entrada da vila de Arouca.

1967.I.29 – O Pe. Domingos de Pinho Brandão, natural da Casa do Outeiro, freguesia de Rossas, é ordenado Bispo.
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1967.II.01 – Entra em vigor o Código de Posturas da Câmara Municipal.
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1981.I.29 – É inaugurada a Escola Primária da Boavista, na freguesia de Santa Eulália.
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1982.I.28 – É inaugurada a estrada e respectiva luz pública para o lugar da Regadas, na freguesia de Rossas.
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1984.I.29 – Dá-se o falecimento de Afonso Pinto de Magalhães, figura muito conhecida nos meios comerciais, industriais, bancários, desportivos e culturais, que deixou bem vincada a sua personalidade e dinamismo, entre a população arouquense e, nomeadamente, no Futebol Clube de Arouca, de que era presidente Honorário.
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1990.I.26 – É fundada a FAJDA – Federação das Associações Juvenis do Distrito de Aveiro, com sede em Arouca. Victor Mendes, de Alvarenga, é o seu fundador e primeiro presidente.
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2001.I.30 – Dá à estampa pela derradeira vez o Jornal “CRUZ DE MALTA”, Mensário da Paróquia de Nossa Senhora da Conceição de Rossas, primeiramente denominado Mensário do Grupo Cultural e Recreativo de Rossas.
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2001.I.30 – É publicada no Diário da República a Ordenação heráldica do brasão e bandeira da freguesia de Urrô.
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2005.I.28 – A Assembleia Metropolitana do Porto aprova a adesão do concelho de Arouca àquela circunscrição administrativa (GAMP – Grande Área Metropolitana do Porto).
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2005.I.29 – São inauguradas as novas instalações sociais e desportivas do Centro Cultural, Recreativo e Desportivo do Burgo.
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2005.II.01 - A Câmara Municipal aprova por unanimidade o projecto de recuperação das aldeias tradicionais, de Cabaços, Tebilhão, Rio de Frades, Cando, Covelo de Paivó, Drave e Paradinha.
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2007.I.30 – António Jorge, natural da freguesia de Rossas, descobre o paradeiro de três dos cinco painéis pintados a óleo, dos começos do séc. XVII, levados da igreja paroquial daquela freguesia nos anos cinquenta do século passado. Os referidos painéis encontravam-se no mesmo sítio para onde haviam sido levados naquela altura por Dom Domingos de Pinho Brandão, numa arrecadação do Museu de Arqueologia e Arte Sacra do Seminário Maior do Porto, fundado por aquele bispo natural de Rossas, à altura em que foi Reitor daquele Seminário. Até este dia, o paradeiro daqueles painéis era dado como incerto, sendo que nem os próprios responsáveis daquele Museu conheciam a sua origem.

Ainda sobre o recente acordo de delimitação de Arouca com Vale de Cambra...

Enquanto se aguarda seja submetido à consideração dos órgãos autárquicos o publicitado acordo sobre a delimitação dos concelhos de Arouca e Vale de Cambra, partilho um bocadinho de história recente sobre o assunto, recolhida em "Rossas - Inventário Natural, Patrimonial e Sociológico":
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"Ministério da Agricultura
Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquicolas

Ex.mo Sr. Secretário Geral
do Ministério do Interior

Vai ser submetido ao regime florestal o Perímetro da Serra da Freita que inclui os baldios dos concelhos de Vale de Cambra, Arouca e S. Pedro do Sul, cujos limites entre si não estão estabelecidos.
A-fim-de facilitar a execução dos trabalhos a fazer urgentemente naquele perímetro, em conformidade com o "Plano de Povoamento Florestal" a que se refere a Lei n.º1971 de 15 de Junho de 1938, venho rogar a V/Ex.a se digne providenciar para que seja feita a delimitação dos referidos concelhos na zona abrangida pelos citados baldios.
A bem da Nação.
Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquicolas,
em 29 de Junho de 1940
O Director Geral"

4º CONGRESSO DO PARTIDO DA NOVADEMOCRACIA

Na sequência da demissão do presidente Manuel Monteiro, anunciada a 15 de Novembro, para se concentrar exclusivamente na sua candidatura às legislativas pelo círculo de Braga, o PND marcou o seu 4º Congresso para eleger novo presidente e nova direcção para o próximo sábado, na cidade do Porto.
Neste momento existem já duas candidaturas confirmadas para suceder a Manuel Monteiro na liderança do Partido da Nova Democracia: Maria Augusta Montes, Economista e secretária-geral do PND, de Lisboa e; Franclim Ferreira, Advogado, fundador e coordenador distrital do PND, do Porto.
O debate de ideias e estratégias está garantido!
Será da cidade do Porto, onde surgiu o PND, que sairá uma renovada alternativa para os portugueses que queiram começar a contribuir para uma nova Primavera na política portuguesa e para o florir de uma Nova Democracia.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Uma situação inaceitável e incompreensível!

Apesar das várias promessas de Jaime Silva e do próprio Primeiro Ministro, mantém-se a falta aos compromissos estabelecidos e expectativas geradas pelo Ministério da Agricultura.
Atento e preocupado, o deputado André Almeida, questiona o Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas pelos já quinze meses de atraso na transferência de verbas para as associações de criadores de raças autóctones e, nomeadamente, o incumprimento dos acordos estabelecidos com a Associação de Criadores de Bovinos de Raça Arouquesa.
De facto, uma situação inaceitável e incompreensível!

domingo, 25 de janeiro de 2009

ESTA SEMANA NA HISTÓRIA DE AROUCA (IV)

1249.I.20 – O Papa Inocêncio IV dá permissão a Dona Mafalda para instaurar livremente a Regra da Ordem de Cister no Mosteiro de Bouças.
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1455.I.20 – D. Afonso V, a pedido da Abadessa do Mosteiro de Arouca, nomeia Gonçalo Eanes, morador no julgado de Arouca, para o cargo de Tabelião do Cível e Crime, em substituição de Pêro Brandão.
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1847.I.24 – É constituída a Companhia de Voluntários Cartistas do Concelho de Arouca.
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1901.I.22 – São encetadas diligências com vista ao estabelecimento de um chafariz na Praça Brandão de Vasconcelos.
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1977.I.20 – É publicado o primeiro número do “JORNAL DE AROUCA” – Jornal Independente, ao serviço do Povo e do Concelho.
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1989.I.23 – É constituída a Associação do Rancho Folclórico “As Lavradeiras de Canelas”.
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1991.I.22 – Por deliberação da Câmara Municipal, aquela que foi a Rua 5 de Outubro, Avenida da República, Avenida Dr. Oliveira Salazar, Avenida Movimento das Forças Armadas e Avenida das Descobertas, passa a denominar-se Avenida 25 de Abril.
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1995.I.21 – Tem início, na Rádio Regional de Arouca, a primeira edição do programa “ADRENALINA”. Um programa de música alternativa conduzido pelo jovem André Almeida.
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2000.I.23 – É inaugurada a Casa da Cultura e a Sede da Academia de Música, no edifico da antiga Casa dos Magistrados, numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, Vítor Barroso.
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2006.I.20 – Tem início a emissão online da Rádio Regional de Arouca, em
www.radioregionaldearouca.com
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2008.I.20 – Por imperativos profissionais na RTP, Jorge Gabriel suspende o seu cargo de Treinador do Futebol Clube de Arouca.
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2008.I.22 – O Presidente da República, Cavaco Silva, visita o Mosteiro de Arouca, num Roteiro pela divulgação, defesa e promoção do património nacional.
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2008.I.25 - É fundada a SOS ANIAROUCA - Associação para a Defesa dos Animais de Arouca.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Publicidade aos Melindres de Arouca


Há dias, enquanto dava um passeio pela Serra da Freita e ía saboreando uns melindres de Arouca, fui abordado por um Cavalo que insistia em não sair do meio da estrada. Parecia mesmo pretender interrogar-me sobre o que ia a comer… Era tal a insistência e curiosidade do animal que lhe coloquei um melindre sobre o espelho do carro. Não é que o Cavalo gostou! Tinha ali cliente para o resto dos doces.
Espero que não lhe tenha feito mal aos dentes…

Sobre as coisas do Estado e o estado das coisas...

Tem sido um enorme sacrifício não escrever Sobre as coisas do Estado e o estado das coisas, mas, é de todo impossível acompanhar todos os inusitados e vertiginosos episódios que contribuíram e continuam a contribuir para o estado a que chegámos. Neste momento, por exemplo, começa a chuviscar em Alcochete, mais própriamente no Freeport, e o carregado das nuvens faz prever fortes aguaceiros para os próximos dias. É ver aquele que mais corre abrigar-se!
Falta muito para a falência do país? Urge começar de novo!
Estes quatro anos têm sido suficientemente esclarecedores sobre a necessidade de dar umas valentes vassouradas na maior parte dos políticos que se passeiam pelo actual espectro político. Oxalá os portugueses estejam à altura dessa responsabilidade!

ASSOCIAÇÃO PARA A DEFESA DO PATRIMÓNIO AROUQUENSE

Fundada em 29 de setembro de 1980, a Associação para a Defesa do Património Arouquense tem a sua sede, na ala sul do mosteiro de Arouca.
A sua actividade principal está direccionada para a defesa e preservação do património construído e natural .
As formas de alcançar os objectivos, vão desde a realização de mostras fotográficas, acções de educação ambiental e recolha de documentos e jornais da região.
Possui um considerável e valioso espólio jornalístico de todos os títulos que foram publicados e que disponibiliza para consulta, desde que devidamente justificada. Possui ainda um acervo documental diversificado constituído por documentos públicos e particulares que recolheu em diversas casas senhoriais da região, e que a não serem recolhidos e tratados, tal como aconteceu, provavelmente hoje já teriam desaparecido.
Intervém junto das entidades competentes alertando-as para acções ou atitudes contra natura.
Mercê dos protocolos estabelecidos com as Escolas leva a efeito acções de sensibilização, com os mais novos, procurando uma forma de educação diferente para a vida e para as coisas.
Promove acções de sensibilização através de palestras e conferencias.
No seu espaço promove exposições versando as mais diversas áreas, mas com predomínio para os valores e riquezas locais.
Brevemente vai inaugurar uma mostra geológica com uma gama diversificada dos diversos materiais e fenómenos líticos da região de modo a poder proporcionar aos estabelecimentos de ensino locais conhecimentos que visam conhecer e aprofundar conhecimentos neste domínio.
A profícua actividade editorial que exerce cujos os títulos focam áreas que vão desde historia, linguistica, etnologia, etnografia são uma das grandes áreas de intervenção da Associação que já dispõe de um número considerável de títulos. in ADPA.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

FESTIVAL INTERNACIONAL DE ÁGUAS BRAVAS' 09

Um dos rios menos poluídos da Europa, o Paiva, faz correr as suas Águas Bravas, e as suas margens continuam a mostrar a beleza pura que sempre tiveram. As condições únicas que aqui encontramos para a prática do Desporto Aventura estão reunidas.
27, 28 de Fevereiro e 1 de Março de 2009, as Águas Bravas do rio Paiva prometem trazer de volta a adrenalina aos que visitem Arouca, por ocasião do III FIAB – Festival Internacional de Águas Bravas. Trata-se de um evento único no país, que traz a Arouca adeptos do ‘rafting’ e do ‘kayak’, oriundos de todas as paragens, para desafiarem os seus limites e descobrirem paisagens naturais como em nenhum outro local é possível.Também o Rio Paivó, afluente do Paiva, com as suas águas cristalinas, promete-lhe momentos de aventura inesquecíveis. As margens de ambos os rios oferecem-lhe paisagens de uma beleza rara, a natureza no seu estado mais puro, ao alcance do seu olhar.
O III FIAB é motivo também para aventurar-se e descobrir Arouca. A sua história, o seu património, a sua hospitalidade, a sua beleza natural, por serras, rios e vales, a sua gastronomia e doçaria conventual.
Aceite o desafio. Visite Arouca. in FIAB

JOVENS DE MÉRITO

Foto: CMA
No passado dia 17 de Janeiro foram entregues os prémios de mérito escolar a oito alunos das escolas do município de arouca. Prémios que têm por objectivo reconhecer o trabalho e exemplo dos jovens estudantes das diferentes escolas do município e, ao mesmo passo, estímular os demais para que possam também ser reconhecidos.
Foram premiados os seguintes alunos: da E.B. 2/3 de Escariz: Lídia Cristina Alves da Rocha e Diana Patrícia Oliveira Miller; da E.B. 2/3 de Arouca: Hélder Teixeira Soares e Filipa Daniela Lopes da Silva; da Escola Secundária de Arouca: Ana Isabel Pinho Teixeira, Tiago Fernando Fontes Mendes, Ana Beatriz Moreira e Liliana Sofia Martins Rocha.
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Os meus parabéns!

Blogues

Aproveitando a moda de elencar os blogues das nossas preferências, chamo a atenção para 0 Aveiro que, já por algumas vezes, também chamou a atenção para este meu rumo. Não é favor algum que lhe faço. Favor é o que faz esse blogue, que sabemos escrito de Lisboa, a todos os aveirenses e a todos quantos, não sendo deste distrito, ali encontram uma janela para o olhar de uma perspectiva mais incisiva e totalmente descomprometida.
Do mesmo autor, que ainda por cima faz o favor de ser meu amigo, é o Tomar Partido, blogue que visito e leio quase todos os dias, entre outras coisas, por oferecer uma abordagem independente, descomprometida, corrosiva e construtiva quanto necessário, sobre os assuntos que fazem correr tinta. O senão da vela é o assunto Benfica. Ainda assim, e até porque este é um assunto quase sem assunto, ouro para o Tomar Partido.
Prata para O Jumento, entre outros atributos, pela independência e oportunidade com que despacha e; bronze, para o Do Portugal Profundo pelas suas esmiúçadas e interessantes abordagens às "nódoas que pendem sobre a nossa toalha rectangular".
Ficam por entregar os medalhões e as medalhas, cujos destinatários se encontram linkados aqui ao lado.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

AROUCA NA BOLSA DE TURÍSMO DE LISBOA' 09

É o espaço de divulgação de destinos turísticos por excelência. De 21 a 25 de Janeiro, na FIL, em Lisboa, decorre a edição de 2009 da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), e o Município de Arouca também participa neste importante certame. Entre as 15 e as 17 horas de hoje, dia 22 de Janeiro, no espaço da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal será feita a apresentação pública dos Roteiros Turísticos do Geoparque Arouca. Haverá ainda uma prova de doçaria conventual, servida por várias personagens históricas, que fará os participantes regressarem aos tempos áureos do Mosteiro de Arouca.
Paralelamente, a mascote do Geoparque Arouca irá distribuir brindes e material informativo sobre o projecto.
Durante a BTL, é possível degustar magníficos pratos de vitela arouquesa e saborear a tentação dos doces conventuais e regionais de Arouca, no restaurante oficial da exposição. in
C.M.A
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Fica o recadinho à malta de Lisboa... Este fim-de-semana é para ir comer arouquesa!

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Rota do Vinho e da Vitela - Mais um exemplo da habilidosa exploração das potencialidades de Arouca pelos concelhos vizinhos

Depois de Cinfães nos ter levado a certificação da Raça Arouquesa e Castelo de Paiva a certificação como Capital do Rafting, Vale de Cambra prepara-se agora para juntar a nossa vitela ao seu vinho verde, levando para esse concelho a futura sede da Rota do Vinho e da Vitela, onde «...serão apresentados e vendidos os vinhos verdes produzidos pela cooperativa».
Então e a vitela? Espero que Arouca também esteja a fazer o seu ”trabalho de casa”, e tenha já avançado com uma candidatura para apoio à criação de um espaço, que seja um dos dois primeiros estabelecimentos da Rota do Vinho e da Vitela, para aí divulgar e comercializar a vitela de Raça Arouquesa.
Porque, para já, o projecto e o nome apenas servem as pretensões daquela adega cooperativa e daquele município e não se vislumbra qualquer mais-valia para Arouca.
A ideia partiu da Adega Cooperativa de Vale de Cambra e, pelo que se lê nas noticias a propósito, o facto de envolver o nome de Arouca e a vitela arouquesa, apenas sugere a necessidade de dar maior dimensão à coisa e, única e simplesmente, ajudar às pretensões daquela cooperativa e daquele município. Todas as noticias sobre este assunto se reportam a Vale de Cambra. Ora, estando o vinho de Vale de Cambra e a vitela de Arouca em pé de igualdade para denominar a coisa, talvez as noticias se devessem reportar a Vale de Cambra e Arouca. Assim juntinhas como o nome da coisa! Parece que alguém está a faltar com o "trabalho de casa"!
Confesso que nada tenho contra Vale de Cambra, onde tenho muitos e bons amigos e onde amiúde bebo os bons vinhos verdes da terra. Por isso, não vai nesse sentido o apontar de dedo.
Já quanto a Arouca, começam a ser horinhas de acautelar melhor os seus interesses e começar a tirar maior proveito dos projectos que envolvem potencialidades predominantemente suas e a utilização directa e indirecta do seu nome, com notórios interesses comerciais.
Neste caso, como nos que comecei por referir, o mexer de pernas de Vale de Cambra viabiliza os interesses deste município e hipoteca a possibilidade de Arouca viabilizar os seus, "impossibilitando" este último, nomeadamente, de recorrer a fundos comunitários para idêntico objectivo.
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Post scriptum: Acautele-se, pelo menos, os Doces Conventuais. Não vá aparecer por aí uma "Rota" qualquer que nos leve as ideias e as receitas e levante sede noutro município qualquer.
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Em jeito de despacho à Jumento: Convide-se a Dra. Daniela Rocha (Técnica da AGA: Associação Geoparque Arouca) e do Dr. José Costa (sócio Gerente da Desafios, Desporto e Aventura Lda.), para uma nova apresentação do tema «Valorização Económica e Turística de Recursos Endógenos», nos Paços do Concelho.

domingo, 18 de janeiro de 2009

ESTA SEMANA NA HISTÓRIA DE AROUCA (III)

1630.I.18 – Inicia-se em Rossas, Comenda da Ordem de Malta, a demarcação dos limites da mesma. Tendo sido, ao todo e em todo o redor, erguidos 46 marcos de pedra com a cruz de Malta e a data de 1629. Ainda hoje aí existem muitos desses marcos.
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1716.I.14
– É constituída a Irmandade das Almas de Arouca.
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1788.I.17 – João Pedro Soares é confirmado Sargento-mór de Ordenanças, para os concelhos de Alvarenga, Parada e Cabril, que vagou por morte de Manuel Pedroso de Lima.
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1809.I.14 – Manuel Maria da Rocha Tavares, de Arouca, recebe a patente de Tenente-Coronel do Regimento de Milícias de Arouca. Dâmaso de Sousa Brandão, natural de Várzea, irmão do último bispo de Pinhel, Dom Leonardo de Sousa Brandão, recebe a patente de Tenente de 4.ª.
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1880.I.14 - António Maria Vasco de Melo César e Meneses, 9.º Conde de Sabugosa, também conhecido por António Vasco de Melo, bacharel formado em Direito, diplomata, Mordomo-mór da Casa Real, Par do Reino, poeta e escritor distinto, que integrou o grupo dos Vencidos da Vida, presta juramento como deputado às Cortes pelo círculo de Arouca.
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1986.I.16 – Faleceu, no lugar de Eidim, freguesia de Rossas, António de Almeida Brandão, que, entre muitos outros cargos, desempenhou o de Presidente e Gerente do Grémio da Lavoura Arouquense, Mesário da Santa Casa da Misericórdia, Director da “Defesa de Arouca” e Presidente da Câmara Municipal.
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1987.I.17 – Realiza-se o I Encontro de Janeiras de Arouca, no salão do Convento.
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1990.I.12 – É constituída a “Associação Cultural e Recreativa de Saril”, freguesia de Rossas.
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2000.I.12 – A “C & J Clark”, a laborar em Arouca desde 1986, anuncia a intenção de despedir 368 trabalhadores.
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2006.I.16 – Entra em funcionamento o Gabinete Via Verde na Câmara Municipal de Arouca, destinado a agilizar os procedimentos que tenham em vista o investimento no concelho.
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2008.I.18 – O jornal “Defesa de Arouca” suspende a sua publicação, por força de problemas existentes na sociedade Gráfica Arouquense, Lda.

domingo, 11 de janeiro de 2009

ESTA SEMANA NA HISTÓRIA DE AROUCA (II)

1794.I.10 – O Papa Pio VI autoriza o culto público a Dona Mafalda, concedendo que a 2 de Maio se celebre a sua festa.
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1824.I.08 – Morre, em pleno Oceano Atlântico de regresso a Portugal, Luís Paulino d'Oliveira Pinto da França. Era tenente do Regimento de Cavalaria 6 em Coimbra quando Junot invadiu Portugal. Em Março de 1809, foi escolhido para servir como Major de brigada na defesa de Martin del Rio e comandou as tropas portuguesas no combate de Ciudad Rodrigo, distinguiu-se em várias outras acções no mesmo ano, nomeadamente na defesa da vila de Arouca, aonde deu luta durante 9 dias, fazendo com que o invasor francês abandonasse o cerco.
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1846.I.06 – Os habitantes de Moldes são autorizados a constituir a sua própria freguesia, por força da Portaria que autoriza a divisão da freguesia de S. Bartolomeu em duas. Correspondendo, de resto, à antiquíssima tradição que já em 716 dava noticia de duas paróquias distintas.
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1865.I.06 – É constituída, em Alvarenga, uma Sociedade de Recreio e Instrução, com vista à promoção da música, dança, leitura de instrução e jogo permitido por lei.
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1920.I.09 – Nasce, no lugar do Outeiro, freguesia de Rossas, o futuro Bispo Auxiliar da Diocese de Leiria e do Porto, Domingos de Pinho Brandão.
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1943.I.07 – É concedida autorização à Companhia Alemã, a explorar Volfrâmio na região de Arouca, para instalar nas celas da ala poente do Mosteiro um internato tipo hospital para acolher os acidentados da Companhia, bem como os portadores de desinteria bacilar que grassava entre a população mineira.
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2000.I.08 – A pedido de um grupo de cidadãos, Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, desloca-se à freguesia de Rossas, para se inteirar da polémica gerada a propósito da apontada Via Estruturante que ligará Arouca a Santa Maria da Feira.
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2002.I.10 – É publicado o primeiro número do “Jornal das Associações”, editado pela Federação das Associações do Município de Arouca.
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2006.I.07 – Depois de morosa empreitada de remodelação e ampliação, é reinaugurado o Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Arouca.

Doze Ilustres Figuras da História de Arouca

Prof. Doutor Manuel António Coelho da Rocha
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Manuel António Coelho da Rocha, nasceu em Covelas, freguesia de S. Miguel do Mato, em 30 de Abril de 1793, onde também faleceu em 10 de Agosto de 1850, com 57 anos. Era filho de José Francisco da Rocha e de Ana Maria Coelho.
Com apenas 5 anos foi viver junto de seu tio paterno e padrinho de baptismo, o Pe. Manuel Francisco António da Rocha, Abade de Santo André de Cristelos, no Minho, que lhe ensinou as primeiras letras e alguns rudimentos de latim. À morte deste, regressou a Covelas, para pouco depois rumar ao Porto, onde vai estudar Filosofia e Moral, na Academia da Graça; Matemática e Geometria, com Frei António de Santa Bárbara; e Retórica, com o Pe. André António Correia.
De 1808 a 1811, interrompe os estudos devido às invasões francesas e regressa a Covelas.
Em 31 Outubro de 1811, matriculou-se no primeiro ano jurídico da Universidade de Coimbra, ficando Bacharel em 1815. Em 21 de Junho de 1817 apresenta Conclusões Magnas, tomando o grau de doutor em 5 de Abril de 1818. Ao mesmo passo havia-se matriculado também na faculdade de Cânones, de que saiu bacharel em 1816, mas só em 1822 consegue o lugar de «opositor».
Foi ordenado sacerdote em 1820. Em 28 de Março de 1822 foi aprovado por unanimidade professor da faculdade de Leis.
Devido à sua ideologia liberal, foi perseguido, aquando do absolutismo em 1823, ficando de certo modo desterrado em Covelas de 1828 a 1834, dedicando-se à advocacia e à prédica.
Prestou ainda serviços de assessoria ao Juiz Ordinário do concelho de Arouca, pelo menos, de 18 de Junho de 1825 até 7 de Dezembro de 1829.
Com a vitória do liberalismo em 1834, regressou à faculdade, tendo leccionado História da Jurisprudência Romana e Pátria, nos anos de 1834/35 e 1836/37; e Direito Civil Português, de 1838 até Abril de 1850. Entretanto, foi ainda deputado na legislatura de 1836.
No ensino do Direito Civil, primeiro anotou e redigiu suplementos às Instituições de Pascoal José de Melo, mas em 1842 pediu autorização ao Conselho da Faculdade para leccionar segundo um novo método. Concedida a autorização, redige então as “Instituições de Direito Civil para uso dos seus discípulos”, publicadas em 1844 e profusamente utilizadas até à publicação do novo Código Civil e mesmo depois.
Com Vicente Ferrer, Pais da Silva e Sousa Magalhães, integrou a Comissão que colaborou com António Luís de Seabra na revisão do anteprojecto do Código Civil.
Cinco dias antes de falecer, foi condecorado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
No centenário da sua morte, declarou o saudoso Professor Manuel Augusto Domingues de Andrade: “O próprio Melo Freire só lhe levou vantagem apreciável por ter sido quem desbravou o terreno, depois tão fecundamente cultivado por Coelho da Rocha…”
Doutor Coelho da Rocha, foi o nome da Escola Preparatória de Arouca, enquanto funcionou nas provisórias instalações da Malhadoura e Santo António e, é hoje o nome de uma das artérias da Vila de Arouca.
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- “Centenário da morte de Manuel António Coelho da Rocha”, por Henrique de Brito Câmara, Manuel Domingos de Andrade e G. Braga da Cruz, in Separata do Boletim da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, vol. 26, 1950.
- SIMÕES JÚNIOR, Manuel Rodrigues, Notas monográficas, in Cancioneiro de Arouca, Edição Fac-similada, ADCA, 1990.
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Em Fevereiro: Dom Leonardo de Sousa Brandão

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Um pequeno mas muito significativo contributo...

Não sendo, na sua grande parte, inovadoras, estas propostas devem merecer a melhor atenção por parte da Câmara Municipal. Estamos em face de contributos muito simples e concretos, mas, estruturantes para aquele que deve ser o rumo a seguir pelo município, se pretender garantir o seu desenvolvimento sustentável e identitário, por um lado; assegurar e potenciar a sua atractividade turística, por outro.

domingo, 4 de janeiro de 2009

ESTA SEMANA NA HISTÓRIA DE AROUCA (I)

1834.I.01 – Dá-se o último acto de posse a que assistiu uma Abadessa do Convento. Actos que consistiam no juramento e entrega das varas e insígnias régias.
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1841.I.02 – É constituído o Batalhão Nacional de Milícias de Arouca, que à semelhança de muitos outros organizados por todo o país se destinava a secundar as tropas expedicionárias de Dom Pedro. Existiram até ao completo restabelecimento do Governo Liberal nos Reinos de Portugal e Algarve. Foi nomeado seu primeiro comandante, o Capitão António Pinto Pereira de Vasconcelos, da Casa do Outeiral, antigo combatente no Porto.
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1884.I.02 – Dá-se o falecimento de Augusto Soares de Azevedo Barbosa de PINHO LEAL, que se notabilizou pela feitura dos 12 volumes do Dicionário “PORTUGAL ANTIGO E MODERNO”. Ao que tudo indica, inspirado num exemplar do raríssimo livro de Pedro Mariz “Dialogo de Vária História” que encontrou quando se encontrava a restaurar a Igreja de Santa Eulália, de Arouca. PINHO LEAL, viveu muitos anos na Casa do Crasto, Carvalhal, do antigo concelho de Fermedo, aonde estava casado.
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1926.I.02 – É publicado o primeiro número da “DEFESA DE AROUCA”, dirigida e editada por Alberto de Almeida e administrada por Henrique de Almeida. Com estes responsáveis será editada até ao nº592 (1937.V.22).
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1967.I.01 – O arouquense Óscar Silva, ao serviço do Futebol Clube do Porto, vence a Corrida de S. Silvestre, realizada na cidade do Porto.
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1977.I.02 – Dom Domingos de Pinho Brandão é eleito Juiz da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda. Vai permanecer nessa qualidade até 22.VIII.1988, data do seu falecimento.
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1983.I.05 – É constituída a Associação de Fomento Desportivo, Cultural e Recreativo “Sport Rossas e Malta”.
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1986.I.01 – A Rádio Regional de Arouca, depois de um curto período em que foi silenciada, agora de forma legal e devidamente autorizada a emitir como rádio de âmbito local, volta a ser ouvida.
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1994.I.02 – É inaugurada a Primeira Fase da Sede Social do Grupo Coral de Urrô, numa cerimónia presidida pelo Presidente da Câmara, Prof. Zeferino Duarte Brandão.
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2002.I.04 – José Armando de Pinho Oliveira, toma posse como presidente da Câmara Municipal, para o terceiro mandato consecutivo.
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2007.I.05 – A Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, preside à cerimónia de assinatura do protocolo entre a Câmara Municipal e o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPAAR), para reabilitar e valorizar o Mosteiro de Arouca. Foi ainda realizada a assinatura do contrato para o restauro da máquina do Órgão do Mosteiro.
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Nota: À semelhança do que fiz em 2005, no jornal "Defesa de Arouca", sob aquele mesmo título, irei postar aqui semanalmente, durante este ano, alguns dos factos que tenho vindo a recolher para a HISTÓRIA DE AROUCA EM DATAS. No final será publicada a respectiva e devida bibliografia.

Um bom exemplo de restauro em Arouca

Durante a quadra natalícia, fui visitar a Capela da Misericórdia de Arouca que, recentemente, abriu portas de quase dois anos de obras de recuperação e restauro exigidas por algumas décadas de degradação, que a passagem do tempo e a intervenção humana, nem sempre muito conscienciosa, lhe foram provocando.
São muitas e variadas as pequenas preciosidades que ali se guardam e, por isso, a expectativa era grande.
Fiquei agradavelmente surpreendido. Abençoada intervenção! Uma vénia a quem a motivou e aos muitos que a executaram. Muito especialmente a quem a motivou e por ela se bateu!
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«Para além das paredes, do chão, telhado, pinturas, outras intervenções foram realizadas,nomeadamente ao nível das pinturas murais, da talha, sacristia e do retábulo do Senhor dos Passos.
Saliente-se que o interior da Capela tem um tecto apainelado e pintado com cenas bíblicas da paixão, e a nave é revestida de azulejos do século XVII, em tons de branco, azul e amarelo torrado.»
EDVSemanário, via Arouca.biz

À atenção do Ministério da Cultura

«Neste momento existe em Portugal um teatro que se renova constantemente e que prima pela sua abundante diversidade, apesar do fraco investimento por parte do Ministério da Cultura e das fracas condições com que a maior parte dos artistas ainda trabalha. São vários os grupos que se têm destacado na cena contemporânea portuguesa: Casa Conveniente, Teatro Praga, Cão Solteiro, As Boas Raparigas, Teatro da Garagem, Teatro Meridional, Sensurround, Assédio e A Escola da Noite). Esses grupos têm renovado um panorama que até a década de 1990 era ainda dominado pelos encenadores carismáticos dos grupos independentes da década de 1970, como Luís Miguel Cintra (Teatro da Cornucópia), João Mota (Comuna - Teatro de Pesquisa), Jorge Silva Melo (Artistas Unidos) e Joaquim Benite (Companhia de Teatro de Almada), que são ainda detentores da maior parte dos subsídios atribuídos pelo Ministério da Cultura.
Destaca-se ainda as companhias de teatro que desenvolvem um trabalho de itinerância por todo o território do país, como são os casos do Teatro ACERT (
Tondela), do Teatro da Serra do Montemuro (Castro Daire), o Grupo Cultural e Recreativo de Rossas (Arouca), Pim teatro (Évora), Urze-Teatro (Vila Real), Teatro das Beiras (Covilhã), Entretanto Teatro (Valongo), Teatro do Mar (Sines) entre outros. Estas companhias que trabalham com inúmeras dificuldades, em particular ao nível das condições técnicas, representam uma parte bastante reduzida do orçamento do Ministério da Cultura.»

Impõe-se um «Roteiro pelo Património» a sério!

Ora aqui está uma notícia que não me surpreendeu! Conheço todo o património aqui em causa e confesso que em alguns dos casos, como alguns dos elementos mais significativos do Convento de Cristo, em Tomar, e a totalidade da Sé de Lisboa, fiquei chocado. Como é que é possível deixar que esse património atinja tal estado de degradação!?
Até entendo não ser empreitada barata e de fácil execução, mas, é um dos preços a pagar, nomeadamente, pela Extinção das Ordens Religiosas em Portugal. Acabou-se com o poder que essas Ordens tinham e esvaziou-se muito desse património. Hoje, está tudo transformado em encargos! Mesmo o património que a Igreja “possui” e/ou utiliza.
Está visto que, cada vez menos, o Estado tem capacidade para dar conta deste recado! Talvez esteja na hora de começar a repensar a gestão deste património. Nesta matéria só há dois caminhos: deitar mãos à obra ou, sem se perder muito tempo, repensar a gestão para que outros a deitem ou ajudem.
Entretanto, e embora pareça que edições anteriores não tiveram grandes consequências, mas, como também parece que não temos Ministro da Cultura (ou se temos, como leio no Tomar Partido, mais valia que não tivéssemos), talvez valha a pena Cavaco Silva retomar o seu «Roteiro pelo Património».

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Cantar os Reis em Rossas

Rossas foi sempre uma terra que muito cultivou e respeitou as tradições legadas pelos seus antepassados. Em 1961, o Jornal “Defesa de Arouca” testemunhava-nos essa mesma realidade:
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«Alguns estudantes desta freguesia, das classes mais adiantadas, tiveram a feliz ideia de se organizar em grupo para irem CANTAR OS REIS, na noite tradicional, ou seja na noite de 5 para 6 do corrente.
Foram eles os senhores: Rui Brandão Martins e Domingos de Pinho Brandão, terceiranistas da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra; Ângelo Martins e Luís Aguiar Soares, aquele do terceiro ano e este do primeiro da Faculdade de Medicina, da Universidade do Porto; Ilídio de Pinho Brandão e José Brandão Martins, finalista da Escola do Magistério; António Azevedo de Almeida Brandão e Abílio Moreira Pinto, do quinto ano do Liceu; Professores Norberto Inácio Brandão e Mário de Pinho Brandão; e Abel Martins de Amaral, este “adido” por devoção ao grupo.
Admiravelmente bem recebidos em todos os lares, como eles próprios confessavam, a iniciativa dos estudantes despertou enorme entusiasmo na freguesia, por vir de encontro a uma tradição que não deve desaparecer, merecendo todo o louvor.

Envergando instrumentos da mais variada forma e feitio, mas de tipo popular, tocavam e cantavam animadamente, saudando:
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Boas noites, boas noites,
Boas noites, moradores;
Que Deus vos dê muitas bênçãos
E vos cubra de flores.

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Os Estudantes espalharam alegria e boa disposição a todos. E, embora a noite estivesse fria, o entusiasmo nunca faltou porque:

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A malta gosta do vinho,
Mas isso não é defeito;
Por isso vai-o bebendo
Só para ver o efeito.

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E o efeito era haver cada vez mais animação e calor também…
Como toda a gente, gostei da iniciativa, que me leva a perguntar o que se terá passado de semelhante nas restantes freguesias, sobretudo naquelas onde existem grupos folclóricos, aos quais cumpre, mais que a ninguém manter ao vivo as tradições mais belas.
Muito bem, estudantes, muito bem! E para o ano não se esqueçam de voltar.
Ah! Que se eu fosse mais novo… Até gostava de pedir uma boleia ao grupo!
C.*»

Cantar os Reis, in “Defesa de Arouca”, 14.Jan. 1961
* O Correspondente era António de Almeida Brandão