quarta-feira, 22 de março de 2006

Até ao Outono!

Na oportunidade, agradeço os link's: ao André Almeida (o primeiro a saber do meu rumo), ao Franklim Ferreira (o primeiro a criar um link para o meu rumo), ao Paulo Teixeira, ao João Ferreira, ao Rui "Gato" (também pela ajuda nunca recusada), ao Jorge Ferreira (também aqui), à Susana Barbosa, ao Vitor Soares, ao Carlos Amaral, ao João Martins, ao Villas Boas, ao Democracia Liberal, à Revista Nova Vaga, entre outros.
Agradeço também aos muitos que diáriamente por aqui foram passando.
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Como disse o outro: "Não vou estar aqui, mas vou andar por aí!"
Um Abraço a todos e até ao Outono!

terça-feira, 21 de março de 2006

Dia Mundial da Floresta e da Árvore

Depois da tragédia que assolou Arouca no Verão passado, esperava-se que a Câmara Municipal, pelo menos neste dia, encabeçasse uma qualquer acção de reflorestação, informação e sensibilização das populações locais para a indispensável limpeza das matas. Organizasse um colóquio ou uma conferência; apresentasse estratégias, projectos ou medidas para atenuar a possibilidade de voltarmos a viver o cenário de 4 de Agosto de 2005. Mas, não! A memória, infelizmente, é curta!
A acção da Direcção-Geral de Recursos Florestais "Uma árvore por bebé" é meritória, mas não é suficiente! É preciso cultivar o amor das escolas, das crianças, da população em geral, para com a floresta. Quem não a ama, não a defende!
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segunda-feira, 20 de março de 2006

Final do mês de Março

Segundo perspectivou o senhor Presidente da Câmara, Eng.º Artur Neves, na entrevista concedida à Rádio Regional de Arouca, no passado mês de Janeiro, seriam anunciados novos projectos neste final de mês.
Perspectivas do senhor Presidente, expectativas nossas!

domingo, 19 de março de 2006

Crescónio, Leonardo e Domingos

Contrariamente ao que se poderá pensar, Dom Domingos de Pinho Brandão não foi o único bispo que Arouca deu à Igreja.
É um facto que foi o mais recente e até o mais notado dos naturais de Arouca que serviram a Igreja naquela superior qualidade. Contudo, não foi o único e, pese embora com a dimensão que a cada um é devida, por isso procurarei dar a conhecer, pelos menos em traços gerais, três dos bispos naturais de Arouca.
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Pese embora a falta de elementos mais concretos, Maria Helena da Cruz Coelho desenvolveu algumas linhas sobre Dom Crescónio, sobre a forte possibilidade de se tratar de uma personalidade natural de Arouca, seguindo, de resto, a possibilidade já antes aventada por diversos autores.
Crescónio, viveu na primeira centúria do segundo milénio e seria natural da freguesia de Moldes, sendo seu pai Mogueime Crescones, e sua mãe Lovesenda Eirigues.
Terá professado no cenóbio arouquense, ao qual veio mesmo a legar todo o seu património. Alguns autores supõem mesmo que este monge só terá abandonado a comunidade de S. Pedro ao ascender ao episcopado.
Eleito em 1092 para o bispado de Coimbra, Dom Crescónio, viria a desempenhar essas funções até 1098, chegando a ser o único prelado do condado, por destituição de Dom Pedro, bispo de Braga.
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De elementos mais concretos dispomos já para falar de Leonardo de Sousa Brandão.
Nascido na Casa da Tulha, lugar do Sobral, da freguesia de Várzea, em 12 de Outubro de 1767, Leonardo era filho de Manuel de Almeida Brandão, Capitão da Soberana Ordem de Malta, e de D. Angélica Margarida de Almeida e Sousa.
Entrou para a Congregação do Oratório e, mais tarde, chamado para confessor de D. Carlota Joaquina e de sua filha D. Maria da Assunção. Em 1824 foi eleito bispo do ultramar, dignidade que não aceitou, mas em 17 de Dezembro de 1832 foi confirmado bispo de Pinhel e sagrado a 10 de Fevereiro seguinte. Foi o último bispo da extinta diocese de Pinhel.
Acompanhou politicamente D. Miguel, pelo que se tornou um perseguido dos liberais, chegando a andar a monte.
Segundo o assento de óbito, terá falecido em 19 de Abril de 1838, em casa de seu irmão Dâmaso. No entanto, há tradição de assim não ter sucedido, tendo o seu funeral sido realizado de forma bastante conturbada, de noite e às escondidas. Contudo, viria a repousar na Igreja Paroquial da sua freguesia natal, sendo posteriormente trasladado para o cemitério adjacente.
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De mais fresca memória é o percurso de Dom Domingos de Pinho Brandão.
Filho de Domingos de Pinho Brandão, e de Luciana Joaquina Martins de Pinho Brandão, Domingos nasceu na freguesia de Rossas, no dia 9 de Janeiro de 1920.
Frequentou os Seminários do Porto e a Universidade Gregoriana, onde se formou em teologia. Foi ordenado sacerdote, em Roma, na Basílica de S. João de Latrão, em 24 de Abril de 1943. Pároco da freguesia de Rossas durante alguns meses, foi, depois, nomeado prefeito e professor do Seminário Maior do Porto, de que foi, mais tarde, Vice-Reitor e Reitor. Foi também professor dos Colégios Araújo Lima e Brotero, do Seminário de Vilar, do Liceu Alexandre Herculano, do Instituto de Serviço Social, do Centro de Cultura Católica Superior (Porto) e da Faculdade de Letras do Porto (cadeiras de Arqueologia, Epigrafia e Numismática).
Na cúria diocesana do Porto ocupou os lugares de Promotor de Justiça e Defensor do Vínculo. Foi ainda Juiz e Examinador pró-sinodal e fez parte da Comissão diocesana de Arte Sacra e Liturgia.
Fundou e organizou o Museu de Arqueologia e Arte do Seminário Maior do Porto, estando, na ocasião de nomeação episcopal, a organizar um Museu de Arqueologia na Faculdade de Letras onde era Professor.
Quando Bispo Auxiliar de Leiria iniciou a organização de um museu diocesano de Arte Sacra.
Foi Director do Museu Regional de Arte Sacra de Arouca e fez diversas viagens de estudo ao estrangeiro, um das quais como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian.
Orientou e tomou parte em escavações arqueológicas portuguesas e no estrangeiro, e em numerosos Congresso e Colóquios nacionais e estrangeiros.
Foi codirector da revista de Arqueologia LVCERNA e fez parte do Corpo redactorial da revista de arte MVSEV.
Publicou numerosos estudos (obras, separatas e artigos) especialmente sobre arte, arqueologia, epigrafia e história.
Foi nomeado Bispo de Filaca e Auxiliar de Leiria em Dezembro de 1966, e ordenando Bispo em 29 de Janeiro de 1967. Mais tarde, viria a ser Bispo Auxiliar do Porto.
Falece a 22 de Agosto de 1988, sendo sepultado no cemitério paroquial da sua freguesia natal.
Para além da vasta obra, em diversos domínios, imortaliza-o, com o seu nome, a Alameda Central da vila de Arouca e uma Rua na cidade do Porto.
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Bibliografia
CRUZ COELHO, Maria Helena da, “O Mosteiro de Arouca – Do século X ao século XIII”, Arouca 1988.
PEREIRA, Virgílio, “Cancioneiro de Arouca”, Edição FAC-SIMILADA, ADPA, Arouca 1990.
Revista LVCERNA, “Homenagem a D. Domingos de Pinho Brandão”, Centro de Estudos Humanísticos, Porto 1984.

sexta-feira, 17 de março de 2006

Site Oficial da Freguesia de Rossas

Inaugurado com pompa, circunstância e repasto, com direito à presença do Senhor Presidente da Câmara, do seu assessor Jorge Oliveira, do Vereador Dr. Óscar Brandão, do Presidente da Assembleia Municipal, alguns autarcas e dirigentes associativos locais, o Site Oficial de Rossas, assim como um ponto de Internet colocado numa das dependências do Centro Cultural de Rossas, foram inaugurados vai para um mês.
O pouco tempo que mediou entre a promessa e o alegado cumprimento da mesma, não permitiu, como é óbvio, dar um fruto devidamente desenvolvido e maturado. De resto, e nas palavras do Senhor Presidente da Junta de Freguesia, José Paulo Oliveira, «trata-se de um trabalho inacabado, a melhorar com o tempo».
Contudo, e tal como à altura fiz publicar no fórum do arouca.biz (que apaguei poucos dias depois, dado dele ter chegado notícia aos elementos daquela Junta e não ser pretensão minha mais do que isso, quanto mais contribuir para o mau nome da mesma e, muito em especial, da freguesia), o mesmo, a nível dos seus conteúdos apresentava-se, à altura, mas, hoje tal e qual, bastante incompleto e com algumas falhas que considerei graves para um trabalho assumido por uma Junta de Freguesia.
Entretanto, e a título de exemplo, continua aquele site a ignorar a existência de alguns dos mais importantes lugares da freguesia, demonstrando um inadmissível esquecimento dos mesmos e condenável desrespeito pelos seus moradores. Podiam, ao menos, ter salvaguardado o eventual esquecimento, ou mesmo desconhecimento, com um simples “entre outros”, mas não! A afirmação é peremptória e, para todos os efeitos, para a actual Junta de Freguesia de Rossas, lugares como o de Terçoso, onde se encontrava, entre os séculos XV e XIX, um dos mais abastados solares de Arouca; Comenda, lugar onde se encontra aquela que foi a mais importante casa da freguesia e acolheu os Comendadores, Capitães e Sargentos-Mores, ao tempo em que Rossas foi pertença da Ordem de Malta; Eidim, um dos lugares que aparece referido nos documentos mais antigos que versam sobre a freguesia e onde residiu o ex-presidente da Câmara, António de Almeida Brandão; Matinho, onde se situa a sede de uma das principais associações da freguesia; Junqueira, que anda associado à praga de juncos que vem a justificar o alegado milagre de Nossa Senhora do Campo; entre outros, como Barreiras, Carvalheiras, Campo de Fora, Fonte, Silveiras, Torneiro, parecem não existir.
Para além do mais, e como se pode verificar, omitir o nome destes lugares é omitir, igualmente, alguns dos aspectos mais relevantes da história da freguesia de Rossas.
Ficam mais evidentes as razões pelas quais a Junta anterior não deu por concluído um trabalho deste género: nem os conteúdos se podem desenvolver com esta ligeireza, nem a “coisa” necessitava ter tais custos. Mas, enfim! Lógicas partidárias e compromissos políticos, assim o obrigam.
O exercício do poder que mais próximo se encontra dos cidadãos, não sendo totalmente independente, necessita, pelo menos, parecê-lo.
Seria muito mau que a ligeireza com que se fizeram coisas noutras sedes se tornasse agora uma prática também na Junta de Freguesia. Tenho esperança que não!

quinta-feira, 16 de março de 2006

A acta errada e omissa

...que gorou a "operação charme" da Câmara Municipal, segundo explica um dos louvados, aqui!

quarta-feira, 15 de março de 2006

ESTÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA - VII

As laranjas do Burgo
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Em determinada área do antigo concelho de Vila Meã, actual freguesia do Burgo, não há muitas laranjeiras e, as poucas que existem dão laranjas azedas. Segundo a tradição, o facto deve-se a um castigo dado por Dona Mafalda, e que nos chegou até hoje sob a forma de lenda.
A rapaziada de qualquer lugar e de todos os tempos, sempre gostou de brincar às guerras. Tão aproximadas do real quanto possível, estas não dispensam um bom confronto de granadas. Mas, como é natural, no lugar daquelas, torrões de terra, maçãs ou laranjas (consoante a época do ano a que se dá a contenda), são as coisas que melhor as assemelham.
Na zona do Burgo, a época preferida era a das laranjas. «No dia de S. Sebastião “O Mártir”, havia-as especiais e sempre esperadas, “pelo S. Sebastião laranja na mão”».
Das laranjas não corria boa fama, pois dizia-se "laranjas em Janeiro, dão que fazer ao coveiro", ou “manhã de oiro, de tarde prata e à noite mata”. Por isso, as laranjas ficavam no chão ou nas laranjeiras, à ordem da garotada, para lhes servirem de granadas, armas ou balas, nas tais guerras a que por brincadeira se dedicavam.
Na véspera do Mártir, São Sebastião, faziam-se provisões de tais laranjas, sendo consideradas melhores as rachadas ou as podres, pois ao acertarem em alguém deixavam sinal de si. Deitavam por terra o atingido, que não conseguia esconder que o foi… Morto, fora de jogo!
Em qualquer batalha, mesmo a brincar, como era o caso, eram necessários dois grupos de contendores, para se atacarem mutuamente. Para começar bastava que o mais atrevido atirasse, à sucapa, a primeira laranja ao parceiro, para todos correrem à procura de trincheiras ou barricadas, donde pudessem atirar laranjas sem serem atingidos por outros.
Aconteceu que, em certo ano pelo dia de S. Sebastião, no Mosteiro de Arouca, era aguardada a chegada do visitador-mor Dom Lourenço de Ataíde, com a sua corte e criadagem de serviço e apoio.
A aguardar essa visita, em frente à porta da Igreja do Mosteiro, estava o Juiz de Fora com os meirinhos, o padre-capelão, os confessores, o cirurgião, o tabelião de prazos, o Juiz da Irmandade das Almas, alguns irmãos de opa roxa e romeira branca, bem como muito povo.
Dentro do Mosteiro havia uma grande expectativa: algumas freiras espreitavam pelas grades quando uma saiu do arraial gritando: “Lá vem eles, lá vem eles…”. E, de facto, lá ao fundo do caminho, revelava-se uma onda negra com algumas manchas de vermelho vivo, em movimento…
Depressa a Irmã sineira correu à torre e lançou para o ar um repique festivo de aleluia. Lá fora, o arraial tomava posição e formava alas.
Cada vez mais próximo o grupo, destinguiam-se cinco componentes eclesiásticos, incluindo o venerando visitador-mor, montados em ricos cavalos; outros três, eram do pessoal de serviço fardado – barretina, casaca vermelha, calção azul, meia branca e sapatos, com três azémolas com carga – arcas e capas.
O séquito, à distância, era imponente, mas quando estacou em frente ao Mosteiro, mais parecia restos de um corpo de estado-maior, destroçado pela guerra, à procura de asilo e esconderijo.
O visitador-mor mais parecia um lázaro – a cara inchada, reluzente de liquido viscoso, os olhos congestionados e lacrimosos, poeira e sujidade de lama na vestimenta. As fardas coloridas dos serviçais traziam grandes manchas de humidade, grumos e lama. Nos outros sem se repara, pois que os olhares incidiam apenas sobre o pobre do visitador-mor. O povo, logo compreendeu o que se tinha passado e com as mãos escondidas, esboçavam sorrisos suspeitos.
Os visitadores entraram na igreja onde os aguardavam a mui Reverenda Dona Abadessa e todo o Mosteiro.
"Como Vossa Excelência Reverendíssima vem!”, atalhou a Soror Mafalda. Ao que respondeu o visitador-mor: ao passar pelo Burgo de Vila Meã, os criados que vinham atrás foram atacados à laranja, não se sabe por quem e quando eu recuei para os proteger com a minha autoridade, fui atingido na cara por laranjas podres, atiradas com força ao mesmo tempo que ouvia uma voz de menino: “Morto, fora de jogo!”
Ao ouvir a história e ver o estado em que eles vinham, Dona Mafalda, mandou esconjurar as laranjas do Burgo com a seguinte frase: “Eu vos esconjuro laranjas do Burgo”. A partir de então nunca mais as poucas laranjeiras existentes naquela localidade deram boas laranjas!
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Versão ligeiramente adaptada de um trabalho realizado pelos alunos da Escola EB-2.3 de Arouca. Há, pelos menos, mais duas versões. No entanto, pareceu-me bem acolher esta.

domingo, 12 de março de 2006

Blogosfera e capital social

«O conceito de capital social desenvolveu-se e discutiu-se muito durante a última década, principalmente entre sociólogos, economistas e investigadores da ciência política. Entre as muitas definições que correm nos meios científicos, retenho a que o identifica com a capacidade de mobilização de recursos sociais (valores, informação, conhecimento, ajuda, solidariedade, identidades) que se acumulam a partir do funcionamento de redes de indivíduos ou de grupos.
A generalização do acesso à Internet, a utilização cada vez mais intensa do correio electrónico e o fenómeno mais recente dos blogues, são exemplos de como há mais informação a circular, maior interacção e mais conhecimento. O correio electrónico, os “chats” e a blogosfera são as plataformas mais utilizadas e no meio do turbilhão de fluxos que se estabeleceu à escala mundial não será difícil de identificar milhões de comunidades virtuais que se estruturam em torno de interesses comuns.
Para aqueles que ainda têm saudade das tertúlias à mesa do café, das reuniões de amigos ou dos comícios partidários, seria bom que pensassem que, não tendo desaparecido essas oportunidades, surgiram novos espaços de confronto de ideias, de troca de informação e conhecimento, de partilha de ideais e de causas, de construção de novas identidades.
Quer isto dizer que a blogosfera encerra um inestimável potencial de capital social que em muito poderá compensar a perda lenta mas segura das sociabilidades tradicionais que se desvanecem perante a atomização e isolamento da vida urbana.»
por David Justino (Professor)
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Contudo, ainda há quem diga que não há tempo para andar na net e que quem por cá anda não terá mais nada para fazer! Enfim, são ideias! Cá estarei para aferir da sua durabilidade.
Pessoalmente, já não dispenso, em média, duas a três horas diárias. Não é por isso que deixo de ter tempos para as inúmeras coisas que faço lá fora. É uma questão de substituir e abdicar dum punhado de banalidades. Já não perco tempo a ver T.V., à excepção de um ou outro programa na SIC Notícias. Levanto-me mais cedo e deito-me mais tarde. Saídas à noite? Muito pontualmente!
Não podemos ignorar e/ou desaproveitar as potencialidades que a internet nos proporciona. Ainda esta noite, das 00:30h, hora a que cheguei de 5 horitas de trabalho no Norteshopping, estive online até às 06:45h. Este tempo que há meia dúzia de anos passava em Discotecas ou Bares, deu para fazer inúmeras coisas. Por exemplo, convinei encontrar-me no messenger com dois colegas de Guimarães e, às 00:50h estavamos online a arquitectar um trabalho. Entretanto, bebemos uns copos (cada um em sua casa) e trocamos algumas impressões sobre blogs... Não se pode desaproveitar estas comodidades!
É claro que a muitos ainda assiste uma réstia de razão. Não têm a internet a fácil alcance! Felizmente, para mim, é uma realidade na Universidade, no trabalho, na casa de Gaia, na casa de Arouca, nas associações, na vila, em Rossas, no carro e até ao cimo de um lameiro ou à beira do rio, com o portátil.
Eu próprio estive até há bem pouco tempo arredado deste mundo. Mas, mais tarde ou mais cedo, era inevitável ter que lhe dar espaço na minha vida. Será assim e cada vez mais na vida de todos nós!
Bom! Depois disto, resta-me dedicar duas horitas à leitura - "Nótulas de História do Pensamento Jurídico", do Prof. A. Santos Justo, saudoso Professor do meu 1º ano de Universidade. Já lá vão 5 anitos! Às 19.00h é preciso estar a picar o cartão no Shopping do Tio Belmiro.
Ultrapassadas e muito as duas a três horitas d'hoje, cabe despedir-me, pelo menos, até Quarta-feira. Temos que nos auto-limitar!

Está concluído o viaduto da Pedra Má!

Com o seu lugar reservado na história como a empreitada mais trabalhosa e morosa que, provavelmente, algum dia teve lugar em Arouca, a seguir à edificação do Mosteiro, a 1ª fase da dita Via Estruturante, ficou ontem concluída com o asfaltamento do viaduto que passa sobre a "garganta" da Pedra Má.
Razão e mérito aos nossos antepassados que, longe de antever os difíceis trabalhos que naquela zona se iriam dar, tão acertadamente apelidaram o local de Pedra Má. Pese embora uma ou outra lenda, na história se terá perdido a razão para isso!
O facto é que assim se havia de revelar a "garganta rochosa" que até aos nossos dias apenas se tinha deixado bater por uma outra força da natureza: a água. É certo que por essa mesma "garganta" se rasgou, na primeira metade do século passado a E.N.224. Mas, se é verdade que passa na referida "garganta", o certo é que não foi rasgada na Pedra Má, mas sim na Pedra Boa. É verdade! Quem passa pela tal "garganta" - no sentido Rossas-Arouca - tem, do lado esquerdo, a Pedra Má; do lado direito, a Pedra Boa.
Quem não é de Rossas ou Várzea, exactamente as freguesias que ficam dum e outro lado da "garganta", não saberá que assim é. Mas, a tradição fundamenta-se nos escritos e, estes, remontam ao séc.XVII.
Pese embora, em 1630 e 1656, aquando das Demarcações dos Limites da Freguesia de Rossas, à altura Comenda da Ordem de Malta, se tenham levantado marcos dum e outro lado do rio, fazendo constar um e outro lado como Pedra Má - «...que se levantou no dito serro, chamado a comieira da pedra má, no alto do qual fica o dito marco, demarcando para outro marco, que fica da outra banda do Rio junto à Cruz da pedra má, que está na estrada real que vay para Arauqua, onde no principio do serro, que corre da dita Cruz para a ciuidade, que chamam muro, se pos outro marco com hua quina para o marco de que se trata atrás, que fica ao norte & outra quina ao sul, & o habito de Malta para o poente, & as costas para o nascente demarcando com várzea.» - o certo é que, esculpido numa rocha, à margem da tal estrada Real para Arouca (primitiva estrada que passava pelo cimo das fragas daquela que digo Pedra Boa), existe um nicho, onde é possivel descortinar: «AQUI SE CHAMA /A PEDRA BOA / 1663».
Quis o homem, teimoso homem, ousar rasgar uma estrada ou, mais precisamente, esventrar a Pedra Má... Conseguiu! Mas, ficou a saber que, naquele caso, a coisa diz com o nome!

sexta-feira, 10 de março de 2006

Há precisamente um ano...

…o meu colega e amigo André Almeida, ainda que apenas por dois dias, tomava posse como deputado na Assembleia da República.
Pese embora não tivesse conseguido ser eleito, ainda que apenas por cerca de 200 votos, o certo é que foi o arouquense que, desde o Dr. Arnaldo Lhamas, mais perto esteve de conseguir ser eleito para Deputado da Nação. Se assim sucedesse, tratar-se-ia do mais jovem deputado, dado que seria eleito com apenas 26 anos.
A razão de ter assumido aquelas funções apenas por dois dias, ficou a dever-se ao facto de Hermínio Loureiro, então Secretário de Estado do Governo anterior, não ter ainda cessado aquelas funções.
De notar ainda que André Almeida acabaria por beneficiar de uma posição no próprio dia das eleições, dada a morte de Manuel de Oliveira, candidato natural de Santa Maria da Feira, que figurava igulamente naquela lista, pelo Distrito de Aveiro. Aumentavam as possibilidades de vir a ser eleito directamente. Contudo, assim não veio a acontecer.
Dois dias depois de se ter sentado no hemiciclo, André Almeida regressou à sua vida normal, mas trazendo consigo a esperança de ainda poder ser eleito. Uma nova possibilidade viria a acontecer com as Eleições Autárquicas e com a eventualidade de nomes eleitos à sua frente virem a integrar uma ou outra autarquia local. A autarquia de Espinho era a que se afigurava com melhores condições para que, indirectamente, conseguisse o almejado objectivo. Mas, também não foi desta. O presidente da autarquia é reconduzido naquele cargo e o candidato do PPD/PSD permaneçe na Assembleia da República.
Dadas as actuais circunstâncias, dificilmente se colocará outra oportunidade para conseguir esse objectivo na presente legislatura.
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Quis a minha cada vez maior desmotivação em relação ao PPD/PSD, partido de que ambos fizemos parte durante mais de 10 anos, que seguisse um outro rumo – me filiasse na NovaDemocracia. De resto, nenhuma razão existiu posteriormente que me fizesse arrepender de tal atitude, muito pelo contrário. Se não tivesse saído naquela altura, saía hoje arrependido por não ter saído mais cedo. Estou cada vez mais convencido da total incapacidade daquele partido, assim como dos demais saídos de Abril, para se auto-regenerarem.
Contudo, as Eleições Legislativas haveriam de voltar a colocar-nos no mesmo “campo de batalha”. No entanto, e desta feita, em lados opostos. Ambos acabaríamos por integrar listas pelo Distrito de Aveiro à Assembleia da República. O André figurava em 8º lugar na lista do PPD/PSD; eu, figurava em 9º lugar na lista do PND – NovaDemocracia. Porém, o destino mais não nos havia de exigir que as felicitações pelos lugares nas respectivas listas e os desejos de boa sorte para as respectivas campanhas. Ou melhor, o destino ainda nos havia de reservar uma última surpresa: no final, ao fazer as contas aos votos, a NovaDemocracia conseguia 270 votos no concelho de Arouca. Apenas 200 chegariam para o André ser eleito.
Lembrar estes factos, é não esquecer que apesar de estarmos hoje em partidos diversos, continua a amizade, estima e consideração.
Mais significativa é amizade quando se reconhece para além de certas conjunturas ou militâncias!
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Arouquenses na Assembleia da República
A história de arouquenses na Assembleia da República resume-se a quatro nomes. O Prof. Doutor António Manuel Coelho da Rocha, natural de Covelas, S. Miguel do Mato, foi deputado na legislatura de 1836. De resto, um distinto deputado, com papel de relevo na elaboração do Código de Seabra, antecessor do actual Código Civil. Na opinião do Professor Manuel Augusto Domingues de Andrade: “O próprio Melo Freire só lhe levou vantagem apreciável por ter sido quem desbravou o terreno, depois tão fecundamente cultivado por Coelho da Rocha…”.
Em A 26 de Outubro de 1969, são eleitos Deputados à ainda dita Assembleia Nacional, os arouquenses Dr. Joaquim de Pinho Brandão, pelo círculo de Aveiro, e o Dr. Albano Vaz Pinto Alves, pelo círculo de Viseu.Já depois de Abril de 1974, haveríamos de ter um outro arouquense como Deputado da Nação. Dr. Arnaldo Ângelo de Brito Lhamas, pelas listas do PPD/PSD por Aveiro, é eleito nas eleições de 1976. Francisco de Sá Carneiro havia apadrinhado a candidatura deste ilustre arouquense numa deslocação que efectuou ao concelho em 20 de Março de 1976.No mais, as Eleições Legislativas de 76 foram aquelas onde mais arouquenses estiveram envolvidos. Nas diversas listas a concorrer à Assembleia da República, figuravam os nomes de: Dr. Arnaldo Ângelo de Brito Lhamas, pelo PPD; Prof. Alfredo Gonçalves de Azevedo, pelo PPM; António de Almeida Brandão (Saril), pelo MES; Adriano Peres Portas de Magalhães, pelo MRPP; Arq. Hermínio Beato de Oliveira, pelo PDC e Domingos Tavares, pela FEC (ML).

quinta-feira, 9 de março de 2006

18º Presidente da República Portuguesa

Aníbal António Cavaco Silva, nasceu em Boliqueime (concelho de Loulé, Algarve) a 15 de Julho de 1939. Foi Primeiro-Ministro de Portugal de 6 de Novembro de 1985 a 28 de Outubro de 1995, tendo sido o homem que mais tempo governou em Portugal, desde o 25 de Abril. A 22 de Janeiro de 2006 foi eleito Presidente da República, tendo tomado posse hoje, 9 de Março. É o 18º Presidente da República Portuguesa e o 4º eleito após o 25 de Abril de 1974.

quarta-feira, 8 de março de 2006

Dia Internacional da Mulher

Mulheres
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Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
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Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
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Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
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Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prêmios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.
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Pablo Neruda

Arouquenses no outro lado do Atlântico

Arouca São Paulo Clube
Corria o ano de 1979, quando no dia 8 de Março nasceu a segunda associação da comunidade arouquense no Brasil.
A ideia de criação desta associação remonta ao ano anterior e foi gizada na casa do comendador José Soares Ferreira, fundador numero um e também primeiro presidente da colectividade. A ideia de criar a associação foi motivada pela recepção ao senhor Jerónimo, um conterrâneo arouquense que visitava o Brasil. De imediato, e determinados a conseguir tal objectivo, se constituiu uma comissão instaladora. Comissão instaladora esta, que procurou compreender representantes de todas as vinte freguesias do Concelho de Arouca. Era intento dos condutores do processo conseguir a efectiva representatividade e conseguir o fortalecimento das relações entre todos os naturais desta região de Portugal. A comissão instaladora era constituída por Armando Gomes Ferreira, Joaquim Correia dos Santos, Frederico Vasconcelos Maia, Manuel Almeida, Artur Andrade Pinto, o próprio José Soares Ferreira, entre outros. Sendo à data da fundação constituída por 24 elementos.
Sublinha-se ainda a inestimável ajuda à comissão de António José Branquinha e de Constantino Brandão (in memorian).
Na perspectiva da própria associação, esta foi o resultado do esforço de homens simples, que souberam fazer por Portugal e pela sua região de Arouca, sem medir sacrifícios, querendo dar vazão à vontade de engrandecer a terra onde nasceram e à Pátria que os recebeu.
Animou-os a ideia de um clube onde pudessem reunir os naturais de Arouca. Desde então, o Arouca São Paulo Clube foi crescendo, superando as próprias expectativas iniciais e granjeando notoriedade pelas suas actividades e capacidade de mobilização dos seus associados, que aderiam massivamente a todos os eventos da comunidade.
Em Setembro de 1979, e a coincidir com as festividades de Nossa Senhora da Mó, em Arouca, também conhecidas pela tradicional bacalhoada (que também constitui uma das mais notáveis actividades da associação, no Brasil), o Arouca São Paulo Clube conseguia a sua sede própria. Inicialmente constituída por uma área de 30.000 metros quadrados, hoje a área afecta a esta colectividade conta com mais 6.000 metros, onde entretanto se edificaram todas as instalações do Arouca e que lhe conferem a inquestionável condição de uma das mais fortalecidas associações portuguesas no Brasil e no mundo.
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Arouca Barra Clube
No próximo dia 10 de Junho assinala-se o 39.º Aniversário da mais antiga associação de arouquenses no Brasil – o Arouca Barra Clube.
Inicialmente denominada “Casa de Arouca”, com a transferência da Tijuca para a Barra da Tijuca, passou a denominar-se “Arouca Barra Clube”.
Helena dos Santos Ribeiro foi a fundadora e associada número um do Arouca Barra Clube. Para além do mais, e a assinalar a importância de tão ilustre arouquense residente em terras brasileiras, Dona Helena, em 1969, havia sido considerada a “Mãe Portuguesa do Ano” do Brasil, numa iniciativa do jornal “Mundo Português”, tendo como prémio uma viagem a Portugal, onde foi recebida naquela época pelo Presidente da República e pelo Presidente do Conselho. Em 1996, havia sido distinguida com a medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Arouca. Faleceu no dia 24 de Julho de 2005.
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Estas duas colectividades da comunidade arouquense no Brasil são dois bons exemplos de pessoas que se afirmaram sem renegar as suas origens, antes pelo contrário, procurando no melhor delas o motivo primeiro para se afirmarem em terras tão distantes.
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Para saber mais sobre estas associações, clicar no nome.

sexta-feira, 3 de março de 2006

ESTÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA - VI

A salvaguarda do recheio do Mosteiro de Arouca
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Como é sabido, as ordens religiosas foram extintas pelo Decreto de 28 de Maio de 1834. Contudo, ficou salvaguardada a possibilidade dos mosteiros femininos se manterem até ao falecimento da última freira professa. Assim sucedeu com o Mosteiro de Arouca. Pelo que a extinção, excepcionalmente, só se haveria de dar a 3 de Julho de 1886, data em que se deu o falecimento da Abadessa Donatária do mosteiro de Arouca, Dª. Maria José Gouveia Tovar de Meneses.
Chegado aquele derradeiro dia, o património do mosteiro de Arouca, assim como o de todos os outros, passaria a integrar os “bens nacionais”, excluindo destes os vasos sagrados e paramentos que serviam ao Culto Divino, que deveriam ser postos à disposição dos Ordinários respectivos para serem distribuídos pelas igrejas mais necessitadas da Diocese.
Contudo, a este intento do Estado e conscientes do valor do espólio do mosteiro, constituído por bens mobiliários, artísticos e de culto, haveria de se opor o povo de Arouca.
Foi então que, em 1887, volvido apenas um ano sobre o falecimento da última freira, quando as autoridades civis tentaram retirar do convento os objectos de culto, a população se ajuntou e “não deixou sair do seu extinto convento os riquíssimos paramentos que o governo ali mandava buscar”, para enviar para as igrejas da Índia portuguesa.
O levantamento popular não foi tão espontâneo como à primeira vista se possa imaginar. É um facto que desde o camponês mais humilde aos clérigos e letrados, todos se reuniram em defesa do património do seu mosteiro. Contudo, de forma inteligente e astuciosa, já há muito se havia tratado de acautelar este património e, contrariamente ao que sucedeu por quase todo o país, Arouca conseguisse preservar no seu mosteiro os bens que a ele pertenciam.
Quase sem se dar conta do verdadeiro intento que o gesto visava, Sua Alteza o Príncipe Real, D. Luís I, “o Popular” ou “o Bom”, declarou-se Juiz perpétuo da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda de Arouca, em 1886, correspondendo ao pedido dos irmãos fundadores. Com a mesma subtileza foi pedido às instâncias competentes o diploma que permitisse o uso do termo “REAL”.
Vejam-se as nada ingénuas consequências daqueles nada inocentes gestos: Invocam os mesmos, de forma implícita, a protecção régia para a recém criada instituição. O que indirectamente enfraqueceria a tiraria legitimidade a quem quer que fosse para levar qualquer coisa do Mosteiro de Arouca.
Segundo Afonso da Costa Veiga, encontra-se nos reservados da Biblioteca Pública Municipal do Porto um documento, datado de Maio de 1892, referindo que: “foi aceite por el-rei o cargo de Juiz perpétuo da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda, erecta na egreja do extincto Mosteiro de Arouca”.
Ironia das ironias, seria o próprio rei D. Luís que, três anos após o convite que lhe fora endereçado, promulgaria, especificamente para o mosteiro de Arouca, a Lei de 26 de Junho de 1889, que vinha ao encontro das pretensões dos arouquenses.
Mais que à força dos homens ou temor às alfaias com que alegadamente se muniram, à proficiente salvaguarda que atempadamente se preparou se deve o facto de nada ter sido retirado do Mosteiro de Arouca.

Bibliografia
VEIGA, Afonso da Costa, "Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda", RIRSMA, Arouca 2005
VEIGA, Afonso da Costa, Site da Real Irmandade Rainha Santa Mafalda, em www.museu-de-arouca.pt.vu

quinta-feira, 2 de março de 2006

Muitos são os passeantes que diariamente percorrem o maciço da Serra de Freita

Arouca é um concelho de múltiplos encantos e muitos são os passeantes que diariamente percorrem o maciço da Serra da Freita. Aliás, este local, que demonstra grande riqueza da Natureza, contempla dois concelhos, os de Arouca e Vale de Cambra.
Na Serra de Freita, porventura, o local mais fotografado será o da Frecha da Mizarela, que encanta pela sua queda de água de cerca de 60 metros. Águas essas que irão, a partir daí, engrossar o caudal do rio Caima.
A Natureza foi pródiga para com a Serra da Freita e se as «pedras parideiras», raríssimas no Mundo, por aí foram germinando, encontrando-se sobretudo junto à aldeia de Castanheira (segundo os entendidos, levaram mais de 500 milhões de anos a transformar-se), também subsistem na Freita espécimes vegetais únicas, como as «Turfeiras», que recentemente foram objecto de protecção e têm nos movimentos ecologistas os seus maiores protectores.
Mas, que o homem desde há milhares de anos por aí andou e viveu é uma certeza que foi legadas pelos vestígios que aparecem no planalto da Freita.
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Mamoa de Monte Calvo
Na Portela da Anta existe uma mamoa construída por um anel de blocos assente sobre a sua couraça lítica, apresentando uma planta subcircular, com um diâmetro que ronda os 12 metros. Numa depressão desta mamoa, está contida uma estrutura subrectangular, inicialmente tida como uma sepultura, mais tarde interpretada como uma cabana do período Neolítico. Foi descoberta em 1959 e tem sido alvo de diversos estudos arqueológicos.
Esta denominada Mamoa de Monte Calvo, datada do final da Idade do Bronze, ou seja, mais ou menos dois mil anos antes de Cristo, trata-se de uma estrutura funerária tipo cista (muito destruída), coberta por um «túmulus petreo» ou «cairn». O espólio recolhido de reduzidas dimensões e de fabrico manual aponta, em termos de cronologia, para o Bronze Final. Foi alvo de escavações em 1991, segundo informa o IPA - Instituto Português de Arqueologia.
Este monumento merece pois uma visita cuidada à Serra da Freita. Contudo, e tal como já referido, não só os monumentos megalíticos fazem a riqueza deste local privilegiado do concelho de Arouca. São muitos os motivos naturais com que esta região do distrito de Aveiro foi bafejada pela Natureza, o que a torna bastante interessante em termos turísticos.
Texto tirado de "O Primeiro de Janeiro"
Foto achada no "Mala de Porão"

quarta-feira, 1 de março de 2006

Grupo Cultural e Recreativo de Rossas

O Grupo Cultural e Recreativo de Rossas também já está na blogosfera.
Serve este facto de argumento para escrever um pouco sobre esta associação que no próximo dia 11 de Junho cumpre 25 anos de existência.
Apesar de ser uma das muitas associações existentes na freguesia de Rossas, nos últimos anos, os "Recreativos de Rossas", têm feito um percurso interessante, com uma forte dinâmica e, cada vez mais, qualidade nas actividades que desenvolvem, principalmente na área do Teatro - o "embrião desta familia"- onde a um ritmo quase profissional têm apresentado novos trabalhos quase anualmente e desafiando-se a si próprios no crescendo de qualidade dos mesmos. Juntam-se àquelas características, com a nova Direcção, a determinação e ambição. O horizonte continua a dilatar-se e desejos antigos estão agora, também, na mira. Oxalá se concretizem!
De resto, assim tem sucedido ao longo destes 25 anos de existência, ao longo dos vários mandatos e com o largo naipe de dirigentes que assumiram o leme da associação até hoje. A cada um deles se pode apontar uma marca e metas alcançadas. Diversos estilos, personalidades, idades e feitios, mas sempre uma familia muito unida apesar da diversidade de pessoas que congrega. Acima de tudo, tem prevalecido a associação! Como se pretende, e para além de com a únião fazer a força e conseguir objectivos comuns, entre outras vantagens, o GCRR tem sido uma escola para a cidadania e para a democracia.
No GCRR, ninguém é tão pequeno que não possa ensinar, nem tão grande que não possa aprender! E este, sem que alguém o diga, é o lema de todos os dias!
Para saber mais sobre o GCRR, ir aqui e aqui!