segunda-feira, 31 de maio de 2010





sábado, 29 de maio de 2010

Ancorado em Lisboa há dois anos...



...pelo jardim exterior do Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa
Em baixo, uma Algodoeira com novelos de algodão

quinta-feira, 27 de maio de 2010


Hoje, no Rock in Rio, Parque da Bela Vista, Lisboa

Deputados da Nação

É habitual, e ontem não foi excepção numa audição em que estive presente, os Deputados da Nação alegarem não terem sido eleitos para representar apenas o círculo pelo qual foram eleitos, mas, para lutar pelos interesses de todos os portugueses, e também o facto de terem de obedecer a disciplina partidária, como forma de justificar comportamentos ao arrepio do que dizem e prometem quando em campanha eleitoral pelos seus respectivos círculos eleitorais.
O actual sistema alimenta e protege esses argumentos, mas, então, exige-se outro tipo de discurso quando andam aos votos nos círculos pelos quais são eleitos.
É errado pedirem votos com a promessa de representar determinados interesses, nomeadamente dos respectivos círculos e regiões, quando na verdade apenas pretendem um prémio, uma passagem para Lisboa, defender os interesses ditados por uma maioria e obedecer a uma disciplina ditada por essa mesma maioria. Maioria que se chama Lisboa, círculo pelo qual é eleito o maior número de deputados.
A ser assim ou para ser diferente, será necessário eleger pessoas diferentes, com mais estatuto, mais curriculum, e não mera criadagem e vassalos dos partidos políticos que coutaram o actual sistema.

sábado, 15 de maio de 2010

Visitações da Ordem de Malta às suas Comendas

Está concluído o capítulo de "Rossas - Inventário Natural, Patrimonial e Sociológico", dedicado às Visitações Gerais da Ordem de Malta à sua Comenda de Rossas.
Os livros oficiais das Visitações que acabo agora de investigar, e que se reportam à primeira metade do Séc. XVIII, constituem uma das mais importantes e ricas fontes da história desta extinta Comenda da Ordem de Malta que, conjuntamente com os registos das Visitações, no Espiritual, efectuadas pelo Bispado de Lamego, pormenorizam e quase fotografam muitos dos aspectos da história desta freguesia.

domingo, 9 de maio de 2010




... pelo Museu da Electricidade, Lisboa

domingo, 2 de maio de 2010

Capela da Senhora da Lage, de Rossas ou Urrô?
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Edificada junto à linha divisória das freguesias de Rossas e Urro, a Capela da Senhora da Lage foi, em tempos remotos, alvo de uma contenda entre as populações dos lugares mais próximos de uma e outra freguesias.
Tudo se terá motivado pelas constantes demarcações dos limites da actual freguesia de Rossas, até 1834 Comenda da Soberana Ordem Religiosa e Militar de Malta.
As referidas demarcações dos limites da Comenda eram, então, feitas levantando uns marcos de pedra, com cerca de um metro de altura e com a cruz de malta esculpida, assim como o ano da respectiva demarcação. Estes marcos, dos quais ainda hoje subsistem cerca de duas dezenas (dos 46 iniciais), eram colocados pela linha limite numa distância de cerca de 100 a 200 metros, nas zonas mais problemáticas. Noutras zonas, porém, a existência de uma vertente de água facilitava a demarcação.
Em terras ermas e "de ninguém" tudo foi muito bem! E, com a freguesia de Urro, com a qual se limita a de Rossas, desde o lugar chamado Prençoilo (na estrada de Nogueiró para Lourosa de Matos) até ao lugar denominado Merujal, nenhum problema houve. No entanto, já com a Capela de Nossa Senhora da Lage, o mesmo não se poderá dizer.
Corria o ido ano de 1630 e, andando os Maiores da freguesia de Rossas, devidamente mandatados pelo Comendador e acompanhados pelas autoridades necessárias, assim como os Maiores das freguesias limite, a fazer a dita demarcação, colocando os referidos marcos em locais visíveis e, nomeadamente, onde o trânsito de pessoas fosse mais frequente. Uma vez chegados ao planalto da Freita, nas imediações da ermida da Senhora da Lage, tudo se deveria fazer de igual forma e por maneira a esclarecer devidamente o que a uma e outra freguesia pertencia. Até perto da Capela bem foi! O pior haveria de se dar ao levantar um marco junto da Capela.
Sem procurar saber de que lado vinham os homens da dita demarcação, as pessoas do Merujal, dito lugar da freguesia de Urro, porque a freguesia de Rossas alegadamente se estava a apropriar da Capela, depressa acorreram ao local munidas de toda a espécie de alfaias agrícolas. Neste caso fazia toda a diferença que os homens viessem a demarcar pelo norte ou por oeste. Por aquela via, a Capela ficava dentro de Rossas; por esta, permanecia na freguesia de Urro.
Pese embora o Auto de Demarcação de 1630 esclareça que a dita Capela pertence à freguesia de Urro, mesmo assim, os ânimos só haveriam de serenar com a reserva de prevenção feita em 1656.
Contudo, e como mais vale prevenir do que remediar, já em pleno século XX, foi partido o cruzeiro de Rossas, existente no Calvário da Senhora da Lage, arrancados e partidos alguns dos marcos que suscitaram maior polémica. Ao mesmo tempo e rapidamente se espalhou o boato de que bastaria que a cruz paroquial de Rossas entrasse na capela para que, imediatamente, passasse a fazer parte da freguesia de Rossas.

Por outro lado, e a contribuir para a confusão, vários autores dizem ter a Dona Mafalda (mulher de D. Afonso Henriques) fundado duas Albergarias, que a Beata Dona Mafalda aumentou depois: uma na serra de Fuste e outra em Rossas, provindo a confusão de que o local em que fundou a da serra de Fuste, pertencia, naquele tempo (era de 641), à freguesia de Rossas, comenda da Ordem de Malta. No entanto, segundo Frei Fortunato de S. Boaventura, a pousada ou albergaria criada na serra de Fuste, situava-se no lugar chamado, mais tarde, Albergaria, sede de Albergaria das Cabras, agora Albergaria da Serra. Muito provavelmente, será desta a inscrição que se encontra, actualmente, na parede do cemitério, onde se pode ler: «Alberg…pobres com obrigacam de dar duas camas hua pª pobres outra pª ricuos renovada em todo seman… na era de 641». Quanto à de Rossas, ficou a tradição de ter existido ao lado da estrada que do Merujal seguia para o Porto. Porém, terá desaparecido no dealbar do séc.XVIII.

Contudo, e certos de que a Capela da Senhora da Lage, efectivamente, pertence a Urro; nos nossos dias, e para quem conhece a área e os antigos limites da Comenda, e aquele que, actualmente, é o lugar do Merujal, parece resultar claro ter este pertencido à freguesia de Rossas (crescido nas imediações da extinta Albergaria de Roças?). Terá, entretanto, ocorrido alguma modificação? O mapa de Arouca “diz” que não. Continua o desenho da freguesia de Rossas a acabar em bico naquela parte. Terá, então, havido alguma cedência? Não há nenhum documento que o “diga”.

Baseado em: "Memórias para a vida da Beata Mafalda", 1814, de Frei Fortunato de S. Boaventura; "Senhora da Lage", de Filomeno Silva; "Rossas – Inventário, Natural, Patrimonial e Sociológico", de A. J. Brandão de Pinho (edição policopiada).
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Amanhã, dia 03 de Maio, realiza-se a festividade em Honra de Nossa Senhora da Lage, cujo araial e cerimónias eram ainda recentemente bastante participadas por pessoas das freguesias limítrofes, incluíndo de Rossas.

Um dia feliz Mamã!

sábado, 1 de maio de 2010

Alegada imagem da Beata Mafalda
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«Mafalda de Portugal, ou Mafalda Sanches O. Cist. (c. 1200 - Amarante, 1 de Maio de 1256), infanta de Portugal e rainha de Castela por um breve período de tempo, sendo ainda considerada beata pela Igreja Católica, e venerada sob o nome de Rainha Santa Mafalda» é a versão sustentada no Vale do Sousa, que o Wikipédia acolheu e, sem temer, completou: «Mais tarde, tornou-se monja cisterciense, e fundou a abadia de Arouca. Faleceu no mosteiro de Rio Tinto, nas proximidades do Porto. Quando o seu corpo foi mais tarde exumado para ser trasladado para a abadia de Arouca, foi descoberto incorrupto, o que gerou uma onda de fervor religioso em torno do corpo da infanta».