sexta-feira, 30 de dezembro de 2005
Arouca em 2005 de A a Z
2005 foi apenas mais um ano na nossa história colectiva. Terá sido um ano em grande para muitos e, ao invés, um ano para esquecer para muitos outros. Sendo certo que, poderia ter sido mais marcante por umas razões e não deixar marcas tão vincadas por outras, trata-se apenas de mais um ano. E, como escreveu Paulo Geraldo: «Não somos poupados a sofrimentos, mas é-nos dada a possibilidade de reagir e continuar a avançar. Se temos saudade do que ficou atrás, também nos é permitido sonhar com o que está adiante. Se conservamos o sabor de derrotas que tivemos, também planeamos a vitória que se segue.»
Por isso, e com essa palavras em mente, recordemos 2005 de A a Z, fazendo os devidos descontos ao facto do texto procurar obedecer àquela ordem e à eventualidade de alguns factos, não por mal ou propositadamente, terem sido omitidos.
A – André Almeida - Pelas listas do PPD/PSD, foi o arouquense que, nos últimos largos anos, mais possibilidades teve de chegar a Deputado à Assembleia da Republica. Tal foi essa possibilidade que, no dia 10 de Março, chegou mesmo a sentar-se nas cadeiras do hemiciclo. Contudo, umas escassas dezenas de votos trouxeram-no de volta e, para já, a concretização dessa possibilidade encontra-se em suspenso. / Autárquicas – Para suceder a Armando Zola na presidência da Câmara Municipal, candidataram-se: Óscar Brandão, pela Aliança Democrática; Artur Neves, pelo PS; Manuel Brandão, pela CDU e Victor Brandão, pela UPA - Lista Independente. / Aliança Democrática – Assim se denominou a formula que o PPD/PSD, CDS e PPM, encontraram para tentar reconquistar a Câmara Municipal de Arouca. Tratou-se de um projecto pouco consensual, que a convicção de sair vitorioso permitiu. No entanto, viria a sair derrotado, atirando por terra a melhor oportunidade de fazer o PPD/PSD regressar à Câmara Municipal. Contudo, a eleição de Zeferino Brandão para presidente da Assembleia Municipal e a vitória em algumas Juntas de Freguesia, atenuou o tremendo fracasso da coligação. / “Águas Bravas” – foi o nome do festival internacional de raffting acolhido por Arouca e disputado nas límpidas águas do Paiva. / “ANIMA PATRIMÓNIO” – é o nome da última associação a surgir em Arouca, com o intento de divulgar, dinamizar, preservar, revitalizar e qualificar «os patrimónios» do concelho de Arouca. / Abrigueiros – assim denominados pelo povo, são construídos novos e modernos abrigos (pouco confortáveis e acolhedores, mas, novos e modernos) nas paragens de autocarros do concelho.
B – Burgo - com a inauguração das suas novas instalações sociais e desportivas, no lugar da Pimenta, o Centro Cultural, Recreativo e Desportivo do Burgo, continuou a desenvolver um trabalho notável com um Plano de Actividades intenso e variado. O que, sem dúvida, faz com que aquela colectividade continue a ser uma das mais dinâmicas e com maior capacidade concretizadora do município de Arouca. / Biomassa – É publicado no Diário da Republica o concurso público para a instalação da Central Termoeléctrica Biomassa de Terras de Santa Maria, a localizar no lugar da Vacaria (Carregosa) nas imediações do concelho de Arouca. / Banda Musical de Arouca – Actualmente presidida por Ivo Brandão, comemora o seu 180.º Aniversário. / BPI – Abre um balcão na vila de Arouca. / Bares - O "Molhobico" fecha as suas portas e o espaço reabre com o antigo nome "Stop". O Restaurante "Casa Velha", na Casinha, dá lugar ao "Barbelho".
C - “CISTER, SABORES E SABERES” – foi a denominação dada ao evento realizado no Convento, com o intento de expor, promover e divulgar a doçaria conventual. / Campismo Selvagem – Continuou a ser uma realidade desregrada na Serra da Freita. O que, em boa parte, tem contribuído, nomeadamente, para abandalhar toda uma série de equipamentos que aí têm vindo a ser instalados nos últimos anos. / Cartório de Arouca – é privatizado e saí do Palácio da Justiça. / Cooperativa Agrícola de Arouca – Deflagra um incêndio no armazém da Casinha, levando à destruição do mesmo e ao consumo de cerca de 200 toneladas de palha.
D – Droga – Já no mês de Dezembro, uma apreensão de Droga na vila de Arouca leva o nome do concelho para a comunicação social, pelas piores razões. No ano em que foi feita a maior apreensão de sempre no nosso país, o flagelo continuou a vaguear por aí à vista de todos e a provocar o sofrimento de muitos pais e famílias.
E – Estádio Municipal – Iniciaram-se as obras de construção da bancada do futuro Estádio Municipal de Arouca. No entanto, e a contrariar promessas antigas, aquela nova casa ainda não acolheu a principal equipa de futebol de Arouca. / Ensino Tecnológico – É assinado o protocolo que tem por objectivo preparar e organizar os cursos tecnológicos no concelho de Arouca. / Energia Eólica – Iniciam-se os trabalhos para a colocação de três parques de exploração de energia eólica na Serra da Freita. Em Dezembro, avistam-se da vila as primeiras torres.
F – Fogo – o dia 4 de Agosto ficará para a história de Arouca e memória dos arouquenses como o dia mais negro já alguma vez vivido no concelho e, principalmente, na vila. Fagulhas trazidas pelo vento de um incêndio a deflagrar na freguesia de Moldes, incendeiam toda a floresta circundante da vila, provocando um cenário Dantesco jamais imaginado. Nos dias seguintes, continuou a deflagrar na Serra da Freita, consumindo, igualmente, uma área de que não havia memória. A aldeia da Castanheira chegou mesmo a ser evacuada. / Feira das Colheitas – continuou a ser o maior acontecimento a ter lugar em Arouca. / Folclore – Não tanto como em 2003 e 2004, mesmo assim realizaram-se diversos festivais em Arouca nos meses de Verão. O ponto alto foi o Festival Internacional de Folclore levado a cabo pelo Conjunto Etnográfico de Moldes, que cumpriu, este ano, o seu 60.º Aniversário. / Futebol – O Futebol Clube de Arouca estabelece como meta a III Divisão Nacional. A Associação Cultural e Recreativa de Mansores, federou uma equipa de futebol e juntou-se ao Arouca e Alvarenga na participação de campeonatos distritais. A Federação das Associações do Município de Arouca realizou um campeonato municipal. / Futsal – Grupo Coral de Urro entra no Distrital da modalidade. / Festival de Cinema de Arouca – Realiza-se a terceira edição deste evento, da responsabilidade da Associação Académica de Arouca. Desta feita, sob a denominação Arouca film festival.
G – Grande Área Metropolitana do Porto - Logo no mês de Janeiro, a Assembleia Metropolitana do Porto aprova a adesão do concelho de Arouca àquela circunscrição administrativa (GAMP – Grande Área Metropolitana do Porto). / Gelo – No início e no fim do ano com os meses de Inverno, evidenciou-se um dos maiores perigos da futura Via Estruturante. / Globo D’Ouro – da projecção de cinema em Arouca, apenas o nome da última sala onde isso aconteceu. Em 2005 já não houve cinema em Arouca.
H – Helena dos Santos Ribeiro – a fundadora e associada número um do Arouca Barra Clube, colectividade sedeada no Brasil, falece no dia 24 de Agosto. Para além do mais, e a assinalar a importância de tão ilustre arouquense residente em terras brasileiras, Dona Helena, em 1969, havia sido considerada a “Mãe Portuguesa do Ano” do Brasil, numa iniciativa do jornal “Mundo Português”, tendo como prémio uma viagem a Portugal, onde foi recebida naquela época pelo Presidente da República e pelo Presidente do Conselho. Em 1996, havia sido distinguida com a medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Arouca. / Hospital da Santa Casa da Misericórdia – concluem-se as obras de beneficiação encetadas naquele antigo hospital de Arouca.
I – Inaugurações – Setembro é o mês das inaugurações. É inaugurado, no lugar do Adro, freguesia de Fermedo, um novo arranjo urbanístico. Inaugura-se, igualmente, o novo Campo de Futebol das Relvas, na freguesia de Mansores. É lançada a 1ª pedra da futura piscina da freguesia de Escariz, numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Dr. Laurentino Dias. É inaugurado o Parque de Jogos e Lazer Albino Vieira, em Santa Maria do Monte, freguesia de Santa Eulália. À inauguração do recinto, propriedade do Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Santa Maria do Monte, presidiu o Governador Civil de Aveiro, Dr. Filipe Neto Brandão. / Internet sem fios – Passam a haver quatro locais, em Arouca, onde se pode beneficiar desta regalia.
J – Juntas de Freguesia – Com as eleições autárquicas de Outubro, como sempre, vão ocorrer algumas mudanças surpreendentes e inesperadas. José Luís Fevereiro, para a Junta de Chave; e, José Paulo Oliveira, para a Junta de Rossas, foram os casos mais surpreendentes, ou não. / Jornadas da Terra 2005 – realizou-se, no mês de Dezembro, mais uma edição daquela iniciativa da responsabilidade da associação Urtiarda e do Conjunto Etnográfico de Moldes.
K – Kung Fu – Os jovens arouquenses Vítor Coelho e Rui Moreira destacam-se na modalidade de Kung Fu. Manuel Vítor Martingo Coelho, conquista o 3º lugar no IV Torneio Internacional de Ourense (Espanha). Rui Moreira junta-se àquele para, em 22 de Outubro, brilhar na Gala de Sanda, realizada no Pavilhão Portugal Figth Club (Arena de Matosinhos). Durante o ano de 2005, estes dois atletas arouquenses solidificaram ainda mais as suas posições de destaque nesta modalidade. Vítor Coelho soma já o título de Penta-campeão Nacional e Penta-campeão regional. Rui Moreira é detentor dos títulos Campeão Nacional 2003 e Campeão Regional 2004.
L – Legislativas – Nas listas para as Eleições Legislativas, por Aveiro, figuraram três arouquenses: André Almeida, 8.º na lista do PPD/PSD; Regina Fontes, suplente na lista do PS; António Jorge, 9.º na lista do PND. / Largo da Feira – Iniciam-se as obras de requalificação do Largo onde se realizam as feiras quinzenais e todo o espaço envolvente. / Livros – Deram à estampa durante o ano de 2005, entre outros, “Alvarenga Minha Terra”, de Maria Alice da Silva Brito; “Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda de Arouca” de Afonso Costa dos Santos Veiga; “Guia do Candidato a Autarca” Edição aumentada e actualizada, de Victor Mendes; “A contabilidade do Mosteiro de Arouca: 1786-1825” de José Miguel Pereira dos Santos Oliveira; “Arouca, uma Terra, um Mosteiro, uma Santa”, de Maria Helena da Cruz Coelho, e “A Casa do Burgo” de António Vaz Pinto. / Lixo – A recolha de lixo, em parte do concelho, passa a ser efectuada pela SUMA, empresa do grupo Mota Engil.
M – Museu Etnográfico – Iniciam-se as obras no edifício do antigo Mercado Municipal para dar lugar ao Museu Etnográfico de Arouca. / Monumento ao Agricultor – com a rejeição da proposta apresentada pela Cooperativa Agrícola de Arouca, para instalar um monumento na rotunda de Alhavaite, mais uma justa homenagem que fica por prestar. / Monumento aos Ex-Combatentes – Também não vai avante e, o diferendo entre a associação Excomar e a Câmara Municipal agudiza-se. Combatentes do Ultramar ficam revoltados com Armando Zola. / Mobilidade – Arouca estabelece o protocolo de adesão do município à Rede Nacional das Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos. / “MADA” – Realiza-se em Arouca, no mês de Junho, a primeira Mostra Associativa Juvenil do Distrito de Aveiro, uma iniciativa da Federação das Associações Juvenis do Distrito de Aveiro.
N – Neves – O homem que abandonou o barco socialista que por Arouca navegou nos últimos quatro anos, regressa como candidato independente pelo mesmo partido à Câmara Municipal de Arouca. O dia 09 de Outubro ficará para a história como o dia em que o Eng.º José Artur Neves, natural de Alvarenga, vence as eleições Autárquicas, substituindo o Dr. Armando Zola na presidência da Câmara Municipal. / “NATURVEREDAS” – é o nome da associação, com sede em Santa Eulália, que se propõem fazer renascer o Parque de Campismo da Freita, depois de concluídas as obras de readaptação.
O – Óscar de Pinho Brandão – O homem distinguido em Aveiro pelo seu trabalho à frente do CAE, é apresentado por Marques Mendes e Ribeiro e Castro, em Julho, como candidato da Aliança Democrática às eleições autarquicas de Outubro. Vem a ser o grande derrotado das mesmas. / Open de Ténis – Teve lugar, no mês de Junho, a terceira edição deste torneio, realizado na vila de Arouca.
P – Posto de Turismo – No mês de Setembro, teve lugar a inauguração do novo Posto de Turismo, na vila de Arouca. Foi instalado numa das mais antigas casas da vila, adquirida e recuperada pela Câmara conforme a traça original. A cerimónia foi presidida pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, aquando da abertura das exposições da “Feira das Colheitas”. / Párocos – Em 31 de Julho, na paróquia de Alvarenga, realiza-se a Missa Nova do Pe. José Miguel Loureiro de Almeida. No dia 11 de Setembro, teve lugar a primeira missa do Pe. Joaquim Jorge Duarte Teixeira, à frente da paróquia de Moldes. No dia 18 de Setembro, é o Pe. João Pedro Bizarro, pároco da freguesia de Rossas, a assumir também a freguesia de S. Bartolomeu de Arouca e Santa Eulália. / PPD/PSD – Se já andava bastante dividido e a viver uma paz podre, com a derrota das eleições Autárquicas, perde o líder da concelhia Óscar Brandão e, agora, sem o opositor interno Victor Brandão para lhe suceder, fica a piscar o olho a Artur Miler, para inverter o rumo perdedor.
Q – Qualidade vs Quantidade – Qualidade foi coisa que continuou a não dizer muito bem com a quantidade de associações existentes no município de Arouca. Ainda são poucas as associações a cumprir o programa a que se propõem no início do ano e várias as actividades que se realizam apenas para cumprir programa, o que parecendo uma contradição, é uma pouco profícua realidade.
R – “Recriação Histórica” – Foi o nome dado à iniciativa que visou recriar a vida no interior do Convento de Arouca, dos séculos XVII e XVIII.
S – Santa Casa da Misericórdia de Arouca – Ainda no último mês de 2005, as eleições para a Santa Casa da Misericórdia de Arouca suscitaram o maior fernezim, com alguma polémica à mistura, sendo as mais concorridas de sempre. A lista encabeçada pelo Dr. Victor Brandão, leva a melhor e toma o leme daquela instituição nos próximos anos.
T – Toponímia – Neste que foi o último ano do último mandato de Armando Zola à frente dos destinos do concelho, não houve rua que ficasse por baptizar. Ainda em Abril, e a coincidir com o dia da morte do Papa João Paulo II, são inauguradas na vila as Ruas “João Paulo II”, “Vasco da Gama” e “Rua da Liberdade”. Já mais para o fim do ano, na semana antes das eleições autárquicas, reis, escritores e poetas, passam a povoar as novas e esquecidas artérias da vila de Arouca. / «Tiroteio em Arouca» – foi assim que mais uma vez Arouca chegou à comunicação social. O incidente deu-se na freguesia de Santa Eulália e o carro da GNR foi um dos alvos. Quem não foi alvo, mas quis passar por ser, foi a caravana do PS que, na altura, passava pelo local.
U – “Unidos Por Arouca” – Assim se denominou o movimento independente liderado por Victor Brandão, a concorrer às eleições autárquicas. A lista independente, veio a ser a grande responsável pela derrota obtida pelo Aliança Democrática, encabeçada por Óscar Brandão, conseguindo eleger dois vereadores para a Câmara Municipal e, levar a “faca e o queijo” para a eleição da Assembleia Municipal.
V – Via Estrutrante e o Viaduto – A saga iniciada na Pedra Má ainda em 2004, manteve-se por todo o ano de 2005, fazendo dilatar todos os custos e prazos previstos para a conclusão da primeira fase da famigerada Via Estruturante. A conclusão do Viaduto da Pedra Má foi apontada para final de 2005, mas, chegado o fim do ano, ainda a união do tabuleiro não se havia dado. / Vandalismo – O património edificado continua entregue a si próprio e o vandalismo a apoderar-se das inofensivas edificações. A perdida e longínqua aldeia de Drave é apenas um pequeno exemplo. / “Varandinha” – É o nome do novo restaurante aberto, no mês de Fevereiro, no edifício da conhecida Discoteca “Zénite”.
W – www.arouca.biz – aparece um novo portal de Arouca na Internet. O sítio para além das notícias sobre Arouca, dá ainda abrigo a um fórum de discussão que, nomeadamente, na altura das eleições e por causa delas, suscitou grande interesse e causou relativa polémica, cumprindo o desiderato da necessária publicidade.
X – Xisto de Arouca - A única pedreira de xisto existente em Arouca, assume agora especial relevância dado os inúmeros fosseis aí encontrados e a justificar um museu que recolha, salvaguarde e divulgue esse imenso património paleontológico. A falta de apoio de entidades públicas, não inibiu Manuel Valério Figueiredo, proprietário dessa pedreira, de lançar mão do primeiro museu do género entre nós.
Z – Zola e Zeferino – depois de, no mês de Junho, ter anunciado a sua não recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Arouca, pondo fim a três mandatos ao serviço de Arouca, Armando Zola aparece a encabeçar a lista do Partido Socialista à Assembleia Municipal. Contudo, e apesar de Zola integrar a lista mais votada, Zeferino Brandão viria a levar a melhor na eleição para ocupar a cadeira da Assembleia Municipal.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2005
O último "ESTA SEMANA NA HISTÓRIA"
terça-feira, 27 de dezembro de 2005
Teatro em Rossas
No dia de Natal, o Centro Cultural de Rossas esgotou a sua lotação para assistir à estreia, na freguesia, daqueles dois trabalhos da Associação "Unidos de Rossas". Manuel Brandão, num desempenho espectacular, foi o homem da noite. No resto, o já modesto espectáculo acabou por saír prejudicado por problemas no quadro eléctrico da sala.
Por deixar de notar, não pode ficar o facto desta associação, que reivindica alguns louros e protagonismo nas tradições da freguesia, só agora, depois de na Primavera transacta o ter feito na vila de Arouca, apresentar aqueles seus trabalhos ao público da freguesia de Rossas.
A cumprir e a respeitar a tradição, o Grupo Cultural e Recreativo de Rossas, que soma maior historial e últimamente apresenta trabalhos novos todos os anos, agendou a estreia de "Três em lua-de-mel" para a primeira semana de Janeiro. Com esta peça de Henrique Santana, autor preferido por esta associação nas últimas épocas, o Grupo Cultural pretende vir a superar o êxito alcançado em 2004/2005 com "Médico à Força", a peça que mais vezes e a mais palcos do nosso concelho subiu na história do Teatro em Arouca.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2005
Queima de pneus na noite de Natal
Mas em que consiste tão estranha tradição?A tradição consiste em arranjar uma carrinha e ir buscar pneus a uma qualquer oficina das redondezas e, à semelhança daquilo que sucede em muitas outras localidades do país, mormente do interior, fazer uma grande fogueira no centro da freguesia, para onde a rapaziada acorre com as sobras da consoada, e por ali fica até se ouvirem os galos a cantar.
terça-feira, 20 de dezembro de 2005
sexta-feira, 16 de dezembro de 2005
Foral concedido à vila de Arouca já conta 492 anos
quinta-feira, 15 de dezembro de 2005
Há 188 anos era extinto o concelho de Vila Meã
quarta-feira, 14 de dezembro de 2005
Biblioteca D. Domingos de Pinho Brandão
terça-feira, 13 de dezembro de 2005
Egas Moniz morreu há 50 anos
António Caetano de Abreu Freire nasceu em Avanca, concelho de Estarreja, a 29 de Novembro de 1874 e em honra do grande herói português, e suposto antepassado da família, o seu padrinho alterou-lhe o sobrenome Freire para Egas Moniz (nobre que teve a seu cargo a educação do rei D. Afonso Henriques).
segunda-feira, 5 de dezembro de 2005
PORTO NO MEU RUMO I
Conhecida por "Ponte Luiz I", esta ponte foi construída de acordo com o projecto do Eng.º Teófilo Seyrig que trabalhou, igualmente, com Eiffel na Ponte de Dona Maria. Foi inaugurada em 31 de Outubro de 1886 pelo próprio rei D. Luís.
A Ponte de D. Luís - que vei substituir a Ponte Pénsil, da qual ainda subsistem os pilares da margem do Porto, conforme se pode ver na foto - é constituída por um arco de ferro e cinco pilares e tem a particularidade de ter dois tabuleiros metálicos com 8m de largura cada. O tabuleiro superior tem 395 metros de comprimento e o inferior 174 m. A ponte é uma auténtica filigrana de ferro - particularmente bela com iluminação nocturna - e, juntamente com a Torre dos Clérigos, é um dos ex-libris da cidade do Porto.
Para além do mais, a Ponte de D. Luís permitiu a ligação viária desafogada entre as zonas baixa e alta de Vila Nova de Gaia e do Porto e, duma forma mais geral, entre o norte e o sul do país, durante largas décadas. A partir da segunda metade do século XX, no entanto, começou a revelar-se insuficiente para assegurar só o trânsito automóvel entre as duas margens.
Actualmente, o tabuleiro superior está, exclusivamente, destinado ao Metro de superfície e trânsito de peões. O trânsito de automovéis é, agora, feito pelo tabuleiro inferior.
a Ponte do Infante vista por mim, como muitas vezes a vejo e por onde muitas vezes passo duma para a outra margem.
A Ponte do Infante, batizada em honra do Infante D. Henrique, nacido no Porto, é a mais recente e, segundo muitos, a mais esbelta ponte que liga Porto e Gaia. Foi construída para substituir o tabuleiro superior da Ponte D. Luís, entretanto convertida para uso da "Linha Amarela" (Hospital de São João/Santo Ovídio) do Metro do Porto.
Foi construída pouco a montante da Ponte de D. Luís, em plena zona histórica, ligando o bairro das Fontaínhas (Porto) à Serra do Pilar (Vila Nova de Gaia).
A ponte é constituída por uma viga com 4,5 m de altura apoiada num arco flexivél com 1,50 m de espessura. Trata-se duma ponte à cota alta com uma extensão de 371 m e 20 m de largura no tabuleiro. Apresenta uma solução de arco semellante à adoptada pelo enjenheiro suíço Robert Maillart nas suas pontes alpinas, com uma flecha de 11,2 m para um vão de arco com 280 m, o que - como já é tradição nas pontes entre o Porto e Gaia - constituiu um record mundial nesta tipología de pontes.
Tem duas faixas de rodagem em cada sentido, com 3,25 m cada, e um separador central com 1 m de largura. A iluminação está colocada à cota baixa, permitindo uma perfeita iluminação da via, sem sombras.
as Pontes Dona Maria Pia e de São João vistas por mim, da marginal do Porto.
A Ponte de Dona Maria Pia, assim chamada em honra de Maria Pia de Sabóia, é uma obra de grande beleza arquitectónica de autoria de Gustave Eiffel e construída entre Janeiro de 1876 e 4 de Novembro de 1877. Foi a primeira ponte ferroviária a unir as duas margens do Douro.
No último cartel do século XX tornousse evidente que a vella ponte já não respondia de forma satisfatória às necesidades. Dotada duma só linha, obrigava à passagem duma composição de cada vez, a uma velocidade que não podia ultrapasar os 20 km/h e com cargas limitadas.
Encontra-se desactivada desde que foi substituída pola moderna Ponte de São João. Ninguém tem dúvidas sobre a enorme riqueza deste património, mas tal não tem impedido que a Ponte de Dona Maria se vá degradando ano após ano, sendo que ainda não foi definida uma utilização prática para lle dar.
Tal como a Ponte da Arrábida, também a Ponte de São João foi da autoria do Eng.º Edgar Cardoso. É uma ponte ferroviária e foi construída para substituir a centenaria Ponte de Dona Maria Pia.
Ao contrário das outras pontes construídas até à data, a Ponte de São João não é em arco, mais adopta uma solução em pórtico, com três vãos - dois de 125 m e um de 250 m - apoiados em dois majestosos pilares fundados no leito do rio. Fazendo juizo ao seu nome, a ponte foi inaugurada no dia de São João (24 de Junho) de 1991.
Tal como a Ponte da Arrábida, à data da sua inauguração, também a Ponte de São João com o seu vão central constituiu um recorde mundial neste tipo de pontes.
Um sitio agradável para um passeio de domingo. Para além do solar (foto), a Quinta de Bonjóia possuí um grande jardim com uma paisagem bastante agradável sobre o Douro. Às quintas-feiras à noite realizam-se as famosas tertúlias de Bonjóia, com entrada gratuíta.
Tudo seria ainda mais agradável se possuísse um cafézito! Não há sítios perfeitos! Mas, vale a pena!
Como conheci Bonjóia?
Vai para um ano, andava eu a trabalhar em "Rossas - Inventário Natural, Patrimonial e Sociológico" e surgiu a necessidade de saber um pouco mais sobre o nome «Aranha» e «Aranha Brandão», que encontro no lugar da Cavada (Rossas), com grandes propriedades e a ostentar os títulos de Capitão-mór e Sargento-mór da Companhia das Ordenanças da Ordem militar e religiosa de Malta, quando, de ascendente em ascendente, fui parar a Bonjóia, pela "mão" do cónego Fernão Aranha.
Nos fins do século XIV, existia ali uma quinta, que pertencia ao Chantre Martim Viegas. Por sua morte, ficou para Maria Martins e seu marido Afonso Dinis. Foram estes que a doaram ao Cabido da Sé do Porto, com a obrigação de algumas missas (31 de Dezembro de1402). No século seguinte, foram sucessivamente enfiteutas Álvaro Gonçalves Almotim, o Mestre Escola da Sé Diogo Dias e o Cónego Afonso Luiz. Este último, por ausente do Porto, renunciou em favor do Arcediago do Porto. A 9 de Julho de 1479, foi celebrado novo contrato, agora com o Cónego Fernão Aranha, novo enfiteuta do prazo de Bonjóia, pelo foro de mil reis em dinheiro e oito galinhas por ano, prazo renovado a 14 de Abril de 1502, em sua sobrinha (ou filha?) Mécia Aranha, mulher de Manuel Gonçalves, Cidadão do Porto, em cuja descendência permaneceu até aos meados do século XVIII.
Em 1758, a Quinta foi adquirida por Dom Lourenço Amorim da Gama Lobo. Natural de Ponte de Lima, era Fidalgo-Cavaleiro da Casa Real, Senhor da Casa do Campo das Hortas (na Praça Nova, hoje da Liberdade – edifício entretanto demolido, para a abertura da Avenida dos Aliados). No Porto, foi ainda Prior da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo (1757-1758), Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo e Mestre-de-Campo de Infantaria Auxiliar do Porto. Casou por cá, com Dona Maria Violante Guimarães, filha de João Antunes Guimarães, importante negociante do Porto, cuja quinta confrontava a Poente com Bonjóia.
Foi Dom Lourenço Amorim da Gama Lobo quem mandou construir a Casa actualmente existente. A obra de pedraria foi executada por Miguel dos Santos, contratado a 1 de Março de 1759. O risco foi atribuído por Robert Smith ao italiano Niccolò Nasoni, celebrado autor da Torre dos Clérigos, Palácio do Freixo e fachada da Igreja da Misericórdia, a quem também atribuíra a autoria das Quintas da Prelada (dos Noronha e Menezes) e de Ramalde (dos Pereira Leite), com parecenças nítidas com a Casa de Bonjóia.
O edifício nunca foi concluído, faltando-lhe a ala Nascente, cujos arranques ainda lá estão. A porta principal volta-se para Norte, para a Rua de Bonjóia, onde Dom Lourenço quis marcar a sua propriedade e fidalguia, com as o seu brasão-de-armas: esquartelado, I Amorim, II Gama, III Lobo, IV Magalhães. Contudo, é o alçado Sul do edifício que maior grandeza possui, mesmo faltando-lhe a torre e corpo Nascente. A sua localização é estratégica, voltando-se para um patamar de jardim e para o Vale de Campanhã, com o Douro como fundo.
Após a morte de Dom Lourenço, sucedeu-lhe na Casa o filho Dom António Amorim da Gama Lobo, casado com Dona Maria do Carmo de Portugal e Menezes, da Casa da Torre da Marca. Como não lhes sobreviveu qualquer filho, os bens vinculados passaram para a irmã Dona Maria Antónia de Amorim e os restantes (a Quinta de Bonjóia incluída) para a viúva. Desta, foi herdeira uma sobrinha, Dona Maria da Natividade Guedes de Portugal e Menezes, filha dos 1. os Viscondes da Costa, que veio a casar com um seu parente, o Conselheiro José Guedes Brandão de Mello, também da Torre da Marca, de quem teve três filhos: Dom Sebastião Brandão de Mello (Conde de São Vicente, pelo seu casamento com a 9.ª titular), Dom Francisco Brandão de Mello e Dom José Brandão de Mello. Embora todos tenham casado, só este último deixou descendência, que acabou vendendo a Quinta ao Juiz Abílio Augusto Mendes de Carvalho, em 1935.
Nas décadas que se seguiram, a casa sofreu algumas alterações pontuais e, sobretudo, uma enorme degradação, estando meia arruinada quando, em 1995, foi adquirida pela Câmara Municipal do Porto. Depois de algumas obras de restauro, tem servido de sede a fundações do foro social, primeiro a Fundação para o Desenvolvimento Social do Vale de Campanhã , actualmente a Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto . (Texto de: Manuel de Sampayo Pimentel Azevedo Graça).
Barcos Rabelo vistos por mim, no Cais de Gaia
A origem deste tipo de barco causa alguma divergência, na medida em que há quem suponha que o mesmo tenha vindo das terras frias do Norte e outros do tépido Mediterrâneo oriental. Mesmo assim, a hipótese que parece ter mais adeptos, dadas as circunstâncias especiais de construção desta embarcação, é a que nos leva de encontro aos velhos e famosos Vikings. No caso concreto do rio Douro, tem-se conhecimento da sua existência por altura do século IX, isto através da doação de Ordonho II dada em Crestuma e inserida no Livro Preto da Sé de Coimbra. Após a formação da nacionalidade portuguesa são muitos os documentos que se referem ao barco típico do Douro, o qual se tornou num verdadeiro símbolo desta região.
Este é um barco de rio de montanha, com fundo chato, tendo como leme uma peça comprida e grossa em forma de pá ou remo, quase do seu tamanho, a que se dá o nome de espadela. É o tipo de barco apropriado para navegar em águas pouco profundas, sendo de salientar o seu comportamento nas zonas de fortes rápidos.O nome rabelo deriva da configuração do barco, com a sua imensa espadela, em forma de rabo.
sexta-feira, 25 de novembro de 2005
AROUCA NO MEU RUMO I
É sede de um município com 327,99 km² de área e 24 228 habitantes (2001), subdividido em 20 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Castelo de Paiva e Cinfães, a leste por Castro Daire, a leste e a sul por São Pedro do Sul, a sul por Vale de Cambra, a sudoeste por Oliveira de Azeméis e a noroeste por Santa Maria da Feira e por Gondomar.
Calvário de Arouca, numa grande foto encontrada no "Tabacaria"
Capela da Sr.ª da Mó, vista por Paulo Bastos
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
PORTUGAL NO MEU RUMO III
Após a Revolução de 1910 os edifícios foram pintados a cor-de-rosa republicano. Contudo, já foram pintados com o amarelo real. O lado sul, com as suas duas torres quadradas, está virado para o Tejo. Essa foi sempre a melhor entrada de Lisboa, onde os embaixadores e a realeza desembarcavam nos degraus de mármore vindos do rio. Ainda é possível experimentar essa impressionante entrada em Lisboa nos cacilheiros provenientes de Cacilhas. Hoje o espectáculo é prejudicado pelo movimento do trânsito na Avenida da Ribeira das Naus, que corre ao longo da margem. No centro da praça vê-se a estátua equestre de D. José I, erigida em 1775 por Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. Ao longo dos anos, a estátua de bronze ganhou uma pátina verde. No lado norte da praça encontra-se o impressionante Arco Triunfal da Rua Augusta, é a entrada para a Baixa.
A 1 de Fevereiro de 1908, o rei D. Carlos e seu filho Luís Filipe foram assassinados quando passavam na praça. Em 1974 a praça assistiu à Revolta do Movimento das Forças Armadas, que derrubou o governo de Marcello Caetano numa revolução sem derramento de sangue. A área serviu como parque de estacionamento durante muitos anos, mas hoje este vasto espaço é usado por vezes para eventos culturais e espectáculos.
O Palácio de São Bento, também conhecido por Palácio da Assembleia da República, é um enorme enorme edíficio de estilo neoclássico situado em Lisboa, sendo a sede do Parlamento Português desde a dissolução das ordens religiosas em 1834.
Foi construído em finais do século XVI como mosteiro beneditino (Convento de S. Bento); ao longo dos séc. XIX e séc. XX foi sofrendo uma série de grandes obras de remodelação interiores e exteriores, o que torna o edifíco actual quase completamente distinto do antigo convento.
Depois da tornou-se sede do Parlamento e passou a ser conhecido por Palácio das Cortes.
Conforme a denominação oficial do parlamento, também o palácio teve várias denominações: Palácio das Cortes, Palácio do Congresso e Palácio da Assembleia Nacional. Actualmente adoptou-se a designação de Palácio de S. Bento em memória do antigo convento, seno a sede da Assembleia da República.
O interior é igualmente grandioso, com pilares de mármore e estátuas neoclássicas.
Jardim Zoológico de Lisboa
Inaugurado em 1884, o Jardim Zoológico de Lisboa foi o primeiro parque com fauna e flora da Península Ibérica. Os seus fundadores foram os Drs. Pedro van der Laan e José Thomaz Sousa Martins, que contaram com o apoio de várias personalidades, como o Rei D. Fernando II e pelo conhecido zoólogo e poeta José Vicente Barboza du Bocage.As primeiras instalações situaram-se no Parque de São Sebastião da Pedreira, que foi cedido gratuitamente pelos seus proprietários. Em 1905, foram inauguradas as novas e definitivas instalações na Quinta das Laranjeiras. As inúmeras remessas de animais vindos de África e do Brasil contribuíram para que, ao longo dos anos, o Jardim Zoológico tivesse uma das colecções de animais mais vasta e diversificada. Destacaram-se, na realidade, alguns governadores das ex-províncias ultramarinas no contributo para o enriquecimento da colecção zoológica com exemplares de espécies exóticas, pouco conhecidas e atractivas.Em 1952, a Câmara Municipal de Lisboa galardoou esta Instituição com a Medalha de Ouro da Cidade.A queda do regime ditatorial em 1974 e a consequente independência das antigas colónias em África, significou a quebra do forte apoio prestado ao Jardim Zoológico pelas autoridades na diversificação e renovação da colecção animal. Por esta altura, o número de visitantes também diminuiu de forma substancial e ocorreram cortes radicais dos subsídios estatais. Assim, foi necessário desenvolver e implementar uma nova estratégia de gestão para o Jardim Zoológico, adequando-o aos valores e necessidades da época.Em 1990 a nova política de gestão adoptada pelo Conselho de Administração que tomou posse tinha por objectivos a modernização do espaço do Jardim, assim como dos serviços. Deste modo, foram criadas áreas de trabalho específicas com objectivos próprios, para melhorar a colecção e o bem-estar animal, a sua alimentação e os cuidados médico-veterinários. Em paralelo, foram criados serviços comerciais, de marketing, relações públicas e imprensa, de modo a dinamizar o Parque como parceiro privilegiado das empresas. Promover a educação para a conservação junto do público visitante era, também, uma das principais preocupações, que rapidamente mereceu a criação de um serviço próprio, o Centro Pedagógico.Hoje em dia, o Jardim Zoológico é um importante espaço onde aliada à conservação e à educação está uma forte componente de entretenimento e diversão. No parque habitam várias espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Das cerca de 360 espécies do Jardim Zoológico, 54 são EEP's.
Expo 98, em Lisboa
A Expo'98, ou Exposição Mundial de 1998, cujo tema foi "Os oceanos: um património para o futuro", realizou-se em Lisboa, Portugal de 22 de Maio a 30 de Setembro de 1998.
A zona escolhida para albergar o recinto foi o limite oriental da cidade junto ao rio Tejo. Foram construídos diversos pavilhões que permanecem ao serviço dos habitantes e visitantes integrados no agora designado Parque das Nações, destacando-se o Oceanário (um dos maiores aquários da Europa com 5 ambientes marinhos distintos e numerosas espécies de mamíferos e peixes, do arquitecto Peter Chermayeff) um pavilhão de múltiplas utilizações (Pavilhão Atlântico, arquitecto Regino Cruz) e um complexo de transportes com metropolitano e ligações ferroviárias (Estação do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava).
A Expo'98 atraiu cerca de 10 milhões de visitantes. O seu sucesso, no entanto, ficou a dever-se à vitalidade cultural que demonstrou - por exemplo, os seus cerca de 5000 eventos musicais constituiram um dos maiores festivais musicais da história da humanidade. Arquitectonicamente, a Expo revolucionou esta parte da cidade e influenciou os hábitos de conservação urbana dos portugueses - pode dizer-se que o Parque das Nações é um exemplo de conservação bem-sucedida dum espaço
Marina de Faro
segunda-feira, 14 de novembro de 2005
"DEFESA DE AROUCA" NO MEU RUMO
- Rossas – Recepção ao Pe. João Pedro Pizarro
- Rossas – Inauguração da 1.ª Fase da Zona Desportiva e de Lazer
- Quando a Nobreza Traja de Branco
- Valorizar o que fazemos com o que temos…
- «Serra da Freita» - Apresentação pública na Universidade de Aveiro (2002.IV.12)
- Porque os ventos, infelizmente, nem sempre sopram para o mesmo lado…
- Listas únicas pela perspectiva do abstencionismo
- Pior cego é aquele que não quer ver!
- A propósito do novo incentivo à recuperação das Aldeias Tradicionais
- Postais Turísticos…
- Novas placas toponímicas criam situações curiosas… (2003.II.21)
- O principio do fim para os fontanários públicos (2003.II.21)
- O muito e quase nada da nossa política (2002.XI.22)
- Haja respeito e responsabilidade! (2002.XI.15)
- Quase um ano depois… (2002.X.31)
- Assim, sim! (2002.X.04)
- Regresso… (2002.IX.13)
- Na rota do turismo vândalo (2002.VII.26)
- Lixo, mentalidade e maus hábitos (2002.VI.28)
- O exemplo tem que vir de cima! (2002.VI.21)
- Minas de Regoufe e Rio de Frades (2002.V.24)
- Convento – um pequeno passo para a sua revitalização (2002.V.17)
- PSD Arouca vai a votos (2002.V.03)
- As falhas dos vigorosos caminhos do progresso (2002.IV.05)
- O prejuízo de certas generalizações (2002.III.28)
- O passeio das fardas (2002.III.15)
- Os nossos jovens entregues a si próprios… (2002.III.08)
- O risco de partilhar uma opinião
- Quando faltam 648 dias… (2002.II.15)
- A iresponsabilidade de certas ilações (2002.II.01)
- «Pu-los a trabalhar!!!» - Protagonismo de oportunidade (2001.I.25)
- Votos para 2002 (2001.XII.28)
- Arouca adiada! (2001.XII.21)
- Reflexão… (2001.XII.14)
- O reverso das intenções, coisas do Estado e o estado das coisas (2001.XI.23)
- A necessidade da mudança… (2001.IX.21)
- Odisseia politica 2001 (2001.VIII.31)
- …no seguimento do que vem de traz.
- «Diário de um Pároco de Aldeia» - última página (2001.I.19)
- «Velho roto» continua de pé! (2001.V.18)
- «Arouca, o Vale da Fertilidade» (2000.IX.29)
- E assim vai acontecendo… (2000.VII.07)
- O que vai acontecendo por cá… (2000.VI.23)
- Má politica de juventude começa a revelar-se (2000.V.05)
- Sobre os associados… (2000.IV.07)
- Sobre o nosso teatro… (2000.III.24)
- Sobre o que os outros escrevem… (2000.III.17)
- Sonhar o associativismo (2000.III.10)
- «Uma vergonha», ou a falta dela… (2000.II.18)
- Associativismo em Arouca – III (2000.I.21)
- Associativismo em Arouca – II (2000.I.07)
- Associativismo em Arouca (1999.XI.12)
- Viaduto (Ponto final) (1999.X.22)
sexta-feira, 11 de novembro de 2005
À DESCOBERTA DA MINHA FREGUESIA
ALGUMA ARTE NO MEU RUMO
Todos estes trabalhos foram executados nas férias da Páscoa de 1997.
Torre Sineira de Urrô
Logótipo do Sporting
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PINTURA
Trabalhos executados entre 1996 e 1997
Auto retrato caricaturado
Casa do Prof. Mário de Pinho Brandão
Capela da Sr.ª do Campo
Cristo e o Purgatório
Pôr do Sol
Sem título
Sem Título
Venda da Barroca
O paraíso a preto e branco
segunda-feira, 31 de outubro de 2005
PORTUGAL NO MEU RUMO II
Acredita-se o seu sítio elevado tenha sido ocupado desde tempos pré-históricos. Pela sua proximidade da costa atlântica, despertou o interesse de povos invasores da península Ibérica, tendo sido sucessivamente ocupado por celtas (século IV a.C.), romanos (século I), visigodos (séculos V a VI) e muçulmanos (século VIII), atribuindo-se a estes últimos a fortificação da povoação, como se constata pela observação de determinados trechos da muralha, com feições mouriscas.
No contexto da Reconquista, as forças do rei D. Afonso Henriques (1112-85), após as conquistas de Santarém e de Lisboa (1147), encontraram viva resistência para conquistar a povoação e seu castelo, o que finalmente através de um ardil (10 de janeiro de 1148). No reinado de D. Sancho I (1185-1211) foram procedidas obras no castelo (conforme inscrição na Torre do Facho), quando a vila recebeu a sua Carta de Foral (1195). O seu sucessor, D. Afonso II (1211-23), doou a povoação e o respectivo castelo a D. Urraca, sua esposa (1210). Mantendo-se fiel a D. Sancho II (1223-48), rei deposto, resistiu vitoriosamente aos assaltos das forças do Conde de Bolonha, futuro rei D. Afonso III (1248-79). Essa resistência valeu à vila o epíteto de mui nobre e sempre leal, que figura até hoje em seu brasão de armas. Doada como presente de casamento por D. Dinis (1279-1325) à rainha Santa Isabel durante as núpcias ali passadas, a vila passou a integrar o dote de todas as rainhas de Portugal até 1834. Este monarca fez erigir a torre de Menagem (c. 1325).
Durante o contexto da crise de 1383-1385, tomou o partido da rainha Dna. Beatriz, tendo resistido às forças do Mestre de Avis. Óbidos e o seu castelo só foram tomados após a morte de seu alcaide, João Gonçalves, na batalha de Aljubarrota (1385).
Sob o reinado de D. João II (1481-95), a rainha Dna. Leonor escolheu a povoação e seu castelo, optando ainda (1494) pelas suas águas termais para tratamento da enfermidade que viria a vitimar aquele monarca. O seu sucessor, D. Manuel doou um novo Foral a Óbidos (1513), procedendo importantes melhoramentos na vila e em seu castelo.
Embora historicamente não tenha estado diretamente envolvido em campanhas maiores, esteve em alerta quando da contra-ofensiva muçulmana que, no século XII, atacou Santarém e, atravessando a região do Alto Alentejo, assolou Coruche e Abrantes, e de outra, posterior, que atacou Tomar e arrasou Leiria.
Em 1334 passou para a Ordem de Cristo e, em 1512, foi beneficiado com obras de restauro. No contexto da crise de 1383-1385, manteve-se ao lado do Mestre de Avis.
À época da Guerra Peninsular, foi vítima do saque e do incêndio da povoação, inflingido pelas tropas de Napoleão, sob o comando do general Massena, que regressavam, derrotadas, das Linhas de Torres (1811).
Abandonado, conheceu a ruína, que o recobriu de extenso matagal. No século XX, na década de 1940, foram-lhe efetuadas obras de consolidação e restauro, a cargo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos.
Primitivamente uma simples atalaia na região entre os rios Tejo e Sado, no contraforte leste da serra da Arrábida, o lugar de Palmela foi ocupado pelos romanos e, posteriomente, por bárbaros, até cair, no século VIII, sob o domínio muçulmano.
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a tomada da povoação fortificada de Palmela aos mouros só foi tentada após a conquista de Lisboa, em 1148. A região de Alcácer do Sal, entretanto, ainda resistiu durante alguns anos às arremetidas das forças de D. Afonso Henriques (1112-85), vindo a cair nas mãos dos portugueses apenas em 1158.
No reinado de D. Sancho I (1185-1211), Palmela e o seu castelo foram retomados pelos mouros em 1191, quando estes, sob o comando do célebre Almançor, após terem reconquistado o Algarve, avançaram para o norte, vindo a arrancar ao domínio português, sucessivamente, o Castelo de Alcácer do Sal, o Castelo de Palmela e o Castelo de Almada. Só após a batalha das Navas de Tolosa (1212), em que se registou uma vitória decisiva para os cristãos peninsulares, é que foram reconquistadas as terras perdidas para além das fronteiras que se estendiam do rio Tejo até Évora.
Ruínas de Conimbriga
Muitos sugerem que Conímbriga tinha origem num castro de origem celta da tribo dos Conii. O que se sabe ao certo, é que Conímbriga foi ocupada pelos romanos nas campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C.. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofre importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Forum. Nos finais do século IV, e com o declínio do Império Romano, é construída uma cintura muralhada de defesa urbana, com cerca de 1500m de extensão, possivelmente para substituir e reforçar a muralha antiga, do tempo de Augusto. A maneira um tanto rústica como está construida denota uma certa urgência na sua construção, evidenciando um clima de tensão e de eminentes ataques, por parte dos povos bárbaros. Em 468 os Suevos assaltam a cidade e destroem parte da muralha. A partir de então, Conímbriga começa a desertificar, acabando por perder o seu estatuto de sede episcopal para Aeminium (Coimbra), que possuia melhores condições de defesa e sobrevivência. Os habitantes que ficaram, fundaram Condeixa-a-Velha, mais a norte.
Anualmente mais de 5 milhões de visitantes, de todos os países ali se deslocam. As maiores peregrinações ocorrem anualmente nos dias 12 e 13 de Maio a Outubro.
Mosteiro de Alcobaça
No final do século X organizou-se em Cluny, na Borgonha, um novo mosteiro beneditino que procurava renovar a regra de S. Bento. As igrejas cluniacenses eram cheias de belos elementos decorativos. Contra estas manifestações de gosto pela beleza natural, insurgiu-se Bernardo de Claraval, que se recolhera em 1112 em Cister, donde saíra para fundar a Abadia de Claraval e animar mais uma reforma que restituísse à ordem de S. Bento todo o rigor inicial. Os religiosos de Cister deviam viver do seu trabalho, não acumular riquezas, e os mosteiros seriam edificados em lugares ermos, sem qualquer decoração. Quando D. Afonso Henriques se empenhava na reconquista, chegaram ao território português os monges de Cister que fundaram o Mosteiro de São João Baptista de Tarouca em 1140. Diz a lenda que o nosso primeiro rei doou parte das terras da região de Alcobaça a S. Bernardo, em cumprimento da promessa feita quando da conquista de Santarém. Se se comparar a planta do Mosteiro de Alcobaça com o da segunda igreja de Claraval, temos que tem o mesmo desenho base. É de cerca de 1152 a construção provisória do mosteiro, e é conhecida no mesmo ano uma referência ao seu abade e a respectiva carta de couto é do ano seguinte.
Mosteiro da Batalha
O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (também conhecido como Mosteiro da Batalha) situa-se na Batalha, Portugal e foi mandado edificar por D. João I como agradecimento do auxílio divino e celebração da vitória na Batalha de Aljubarrota.
Palácio da Pena, em Sintra
O Palácio Nacional da Pena, localizado na histórica vila de Sintra, representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitectónico do século XIX em Portugal. Este monumento foi mandado edificar por D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, casado com a Rainha Maria II em 1836. Homem culto, e com uma educação muito cuidada, o futuro Rei Fernando II depressa se apaixonou por Sintra. Ao visitar a montanha pela primeira vez, avistou as ruínas do antigo Convento dos Frades Hieronimitas, erguido no reinado de D. João II, e que tinha sido substancialmente transformado pelo rei Manuel I de Portugal. Este , no cumprimento de uma promessa, ordenou a sua reconstrução de raiz, em homenagem a Nossa Senhora da Pena, doando-o de volta à Ordem dos Monges de São Jerónimo.
Com o Terramoto de 1755, que devastou Lisboa e os arredores da capital, o convento da Pena caiu em ruínas.
Foram estas ruínas, no topo escarpado da Serra de Sintra, que maravilharam o jovem príncipe D. Fernando. Em 1838, decide adquirir o velho convento, toda a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e outras quintas e matas circundantes. Iniciou logo a seguir as obras de consolidação do velho convento, dotando-o de novos acessos em túnel. Em 1840, dois anos antes que Varnhagen desse à estampa a sua colecção de artigos sobre os Jerónimos, o príncipe D. Fernando decide a ampliação do Convento de forma a construir um verdadeiro paço acastelado romântico, residência de verão da família real portuguesa.
Palácio de Mafra
O Palácio Nacional de Mafra, foi construído durante o reinado de D. João V, em consequência de um voto que o jovem rei fizera se a rainha D. Mariana de Áustria lhe desse descendência. O nascimento da princesa D. Maria Bárbara determinou o cumprimento da promessa. Este palácio e convento barroco domina a cidade de Mafra.
O trabalho começou a 17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto para abrigar 13 frades franciscanos, mas o dinheiro do Brasil começou a entrar nos cofres, pelo que D. João e o seu arquitecto, Johann Friedrich Ludwig que estudara na Itália, iniciaram planos mais ambiciosos. Não se pouparam a despesas. A construção empregou 52 000 trabalhadores e o projecto final acabou por abrigar 330 frades, um palácio real, umas das mais belas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte. A magnifica basílica foi consagrada no 41.º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades de oito dias.
O palácio só era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. Hoje em dia decorre um projecto para a preservação dos lobos. As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas, em 1807. O mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas, e dali saiu também em 1910 o último rei D. Manuel II para o seu iate real.
O maior tesouro de Mafra é a biblioteca, com chão em mármore, estantes rococó e uma colecção de mais de 40 000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluíndo uma primeira edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.
Palácio do Buçaco
Este admirável Palácio Real, último legado dos Reis de Portugal situado na Mata do Buçaco, é um conjunto arquitectónico, botânico e paisagístico único na Europa onde está instalado actualmente o Palace Hotel do Bussaco, categorizado como um dos mais belos e históricos hotéis do mundo.
Situado como que magicamente no interior da Mata Nacional do Buçaco assemelha-se a uma Torre de Belém (Lisboa) rodeada de um extenso oceano verde, uma floresta mágica onde se encontram igualmente capelas, fontes, miradouros, uma Via Sacra e um Convento.
O edifício do actual hotel, em estilo neo-manuelino, está decorado com painéis de azulejos, frescos e quadros alusivos à Epopeia dos Descobrimentos portugueses, todos eles assinados por alguns dos grandes mestres das artes.
Universidade de Coimbra
A Universidade de Coimbra foi criada em 1290 por el-rei D. Dinis, a Universidade de Coimbra é a mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa. A Universidade foi por diversas vezes transferida entre Coimbra e Lisboa até 1537, data em que D. João III a fixou definitivamente em Coimbra. Hoje, a Universidade de Coimbra, conta com oito Faculdades (Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências da Educação, Ciências do Desporto e Educação Física), e cerca de 22.000 alunos.
Universidade de Évora
A Universidade de Évora foi a segunda universidade a ser fundada em Portugal. Após a fundação da Universidade de Coimbra, em 1537, fez-se sentir a necessidade de uma outra universidade que servisse o sul do país. Évora, metrópole eclesiástica e residência temporária da Corte, surgiu desde logo como a cidade mais indicada.Ainda que a ideia original de criação da segunda universidade do Reino, tenha pertencido a D. João III, coube ao Cardeal D. Henrique a sua concretização. Interessado nas questões de ensino, começou por fundar o Colégio do Espírito Santo, confiando-o à então recentemente fundada Companhia de Jesus. Ainda as obras do edifício decorriam e já o Cardeal solicitava de Roma a transformação do Colégio em Universidade plena. Com a anuência do Papa Paulo IV, expressa na bula Cum a nobis de Abril de 1559, foi criada a nova Universidade, com direito a leccionar todas as matérias, excepto a Medicina, o Direito Civil e a parte contenciosa do Direito Canónico.A inauguração solene decorreu no dia 1 de Novembro desse mesmo ano. Ainda hoje, neste dia se comemora o aniversário da Universidade, com a cerimónia da abertura solene do ano académico.As principais matérias ensinadas eram Filosofia, Moral, Escritura, Teologia Especulativa, Retórica, Gramática e Humanidades, o que insere plenamente esta Universidade no quadro tradicional contra-reformista das instituições católicas europeias do ensino superior, grande parte das quais, aliás, controladas pelos jesuítas.
Quando a conjuntura política e cultural de meados do século XVIII se começou a revelar hostil aos jesuítas, não admira que a Universidade de Évora se tenha facilmente transformado um alvo da política reformadora e centralista de Pombal. Em 8 de Fevereiro de 1759 - duzentos anos após a fundação - a Universidade foi cercada por tropas de cavalaria, em consequência do decreto de expulsão e banimento dos jesuítas. Após largo tempo de reclusão debaixo de armas, os mestres acabaram por ser levados para Lisboa, onde muitos foram encarcerados no tristemente célebre Forte da Junqueira. Outros foram sumariamente deportados para os Estados Pontifícios.A partir da Segunda metade do século XIX, instalou-se no nobre edifício henriquino o Liceu de Évora, ao qual a rainha Dona Maria II concedeu a prerrogativa do uso de "capa e batina", em atenção à tradição universitária da cidade e do edifício.
Templo de Diana, em Évora
O Templo Romano na cidade de Évora (muito impropriamente chamado de Templo de Diana), é um templo de estilo coríntio, construído no início do século I. Durante muito tempo julgou-se tratar de um templo dedicado a Diana, a deusa romana da caça; estudos posteriores demonstraram tratar-se de santuário consagrado ao imperador.
Localizado na freguesia da Sé e São Pedro, no Largo Conde de Vila Flor, encontra-se rodeado pela Sé de Évora, pelo Tribunal da Inquisição, pela Igreja e Convento dos Lóis, pela Biblioteca Pública e pelo Museu.