sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Arouca em 2005 de A a Z

2005 foi apenas mais um ano na nossa história colectiva. Terá sido um ano em grande para muitos e, ao invés, um ano para esquecer para muitos outros. Sendo certo que, poderia ter sido mais marcante por umas razões e não deixar marcas tão vincadas por outras, trata-se apenas de mais um ano. E, como escreveu Paulo Geraldo: «Não somos poupados a sofrimentos, mas é-nos dada a possibilidade de reagir e continuar a avançar. Se temos saudade do que ficou atrás, também nos é permitido sonhar com o que está adiante. Se conservamos o sabor de derrotas que tivemos, também planeamos a vitória que se segue.»
Por isso, e com essa palavras em mente, recordemos 2005 de A a Z, fazendo os devidos descontos ao facto do texto procurar obedecer àquela ordem e à eventualidade de alguns factos, não por mal ou propositadamente, terem sido omitidos.

AAndré Almeida - Pelas listas do PPD/PSD, foi o arouquense que, nos últimos largos anos, mais possibilidades teve de chegar a Deputado à Assembleia da Republica. Tal foi essa possibilidade que, no dia 10 de Março, chegou mesmo a sentar-se nas cadeiras do hemiciclo. Contudo, umas escassas dezenas de votos trouxeram-no de volta e, para já, a concretização dessa possibilidade encontra-se em suspenso. / Autárquicas – Para suceder a Armando Zola na presidência da Câmara Municipal, candidataram-se: Óscar Brandão, pela Aliança Democrática; Artur Neves, pelo PS; Manuel Brandão, pela CDU e Victor Brandão, pela UPA - Lista Independente. / Aliança Democrática – Assim se denominou a formula que o PPD/PSD, CDS e PPM, encontraram para tentar reconquistar a Câmara Municipal de Arouca. Tratou-se de um projecto pouco consensual, que a convicção de sair vitorioso permitiu. No entanto, viria a sair derrotado, atirando por terra a melhor oportunidade de fazer o PPD/PSD regressar à Câmara Municipal. Contudo, a eleição de Zeferino Brandão para presidente da Assembleia Municipal e a vitória em algumas Juntas de Freguesia, atenuou o tremendo fracasso da coligação. / “Águas Bravas” – foi o nome do festival internacional de raffting acolhido por Arouca e disputado nas límpidas águas do Paiva. / “ANIMA PATRIMÓNIO” – é o nome da última associação a surgir em Arouca, com o intento de divulgar, dinamizar, preservar, revitalizar e qualificar «os patrimónios» do concelho de Arouca. / Abrigueiros – assim denominados pelo povo, são construídos novos e modernos abrigos (pouco confortáveis e acolhedores, mas, novos e modernos) nas paragens de autocarros do concelho.

BBurgo - com a inauguração das suas novas instalações sociais e desportivas, no lugar da Pimenta, o Centro Cultural, Recreativo e Desportivo do Burgo, continuou a desenvolver um trabalho notável com um Plano de Actividades intenso e variado. O que, sem dúvida, faz com que aquela colectividade continue a ser uma das mais dinâmicas e com maior capacidade concretizadora do município de Arouca. / Biomassa – É publicado no Diário da Republica o concurso público para a instalação da Central Termoeléctrica Biomassa de Terras de Santa Maria, a localizar no lugar da Vacaria (Carregosa) nas imediações do concelho de Arouca. / Banda Musical de Arouca – Actualmente presidida por Ivo Brandão, comemora o seu 180.º Aniversário. / BPI – Abre um balcão na vila de Arouca. / Bares - O "Molhobico" fecha as suas portas e o espaço reabre com o antigo nome "Stop". O Restaurante "Casa Velha", na Casinha, dá lugar ao "Barbelho".

C - “CISTER, SABORES E SABERES” – foi a denominação dada ao evento realizado no Convento, com o intento de expor, promover e divulgar a doçaria conventual. / Campismo Selvagem – Continuou a ser uma realidade desregrada na Serra da Freita. O que, em boa parte, tem contribuído, nomeadamente, para abandalhar toda uma série de equipamentos que aí têm vindo a ser instalados nos últimos anos. / Cartório de Arouca – é privatizado e saí do Palácio da Justiça. / Cooperativa Agrícola de Arouca – Deflagra um incêndio no armazém da Casinha, levando à destruição do mesmo e ao consumo de cerca de 200 toneladas de palha.

DDroga – Já no mês de Dezembro, uma apreensão de Droga na vila de Arouca leva o nome do concelho para a comunicação social, pelas piores razões. No ano em que foi feita a maior apreensão de sempre no nosso país, o flagelo continuou a vaguear por aí à vista de todos e a provocar o sofrimento de muitos pais e famílias.

E Estádio Municipal – Iniciaram-se as obras de construção da bancada do futuro Estádio Municipal de Arouca. No entanto, e a contrariar promessas antigas, aquela nova casa ainda não acolheu a principal equipa de futebol de Arouca. / Ensino Tecnológico – É assinado o protocolo que tem por objectivo preparar e organizar os cursos tecnológicos no concelho de Arouca. / Energia Eólica – Iniciam-se os trabalhos para a colocação de três parques de exploração de energia eólica na Serra da Freita. Em Dezembro, avistam-se da vila as primeiras torres.

F Fogo – o dia 4 de Agosto ficará para a história de Arouca e memória dos arouquenses como o dia mais negro já alguma vez vivido no concelho e, principalmente, na vila. Fagulhas trazidas pelo vento de um incêndio a deflagrar na freguesia de Moldes, incendeiam toda a floresta circundante da vila, provocando um cenário Dantesco jamais imaginado. Nos dias seguintes, continuou a deflagrar na Serra da Freita, consumindo, igualmente, uma área de que não havia memória. A aldeia da Castanheira chegou mesmo a ser evacuada. / Feira das Colheitas – continuou a ser o maior acontecimento a ter lugar em Arouca. / Folclore – Não tanto como em 2003 e 2004, mesmo assim realizaram-se diversos festivais em Arouca nos meses de Verão. O ponto alto foi o Festival Internacional de Folclore levado a cabo pelo Conjunto Etnográfico de Moldes, que cumpriu, este ano, o seu 60.º Aniversário. / Futebol – O Futebol Clube de Arouca estabelece como meta a III Divisão Nacional. A Associação Cultural e Recreativa de Mansores, federou uma equipa de futebol e juntou-se ao Arouca e Alvarenga na participação de campeonatos distritais. A Federação das Associações do Município de Arouca realizou um campeonato municipal. / Futsal – Grupo Coral de Urro entra no Distrital da modalidade. / Festival de Cinema de Arouca – Realiza-se a terceira edição deste evento, da responsabilidade da Associação Académica de Arouca. Desta feita, sob a denominação Arouca film festival.

G Grande Área Metropolitana do Porto - Logo no mês de Janeiro, a Assembleia Metropolitana do Porto aprova a adesão do concelho de Arouca àquela circunscrição administrativa (GAMP – Grande Área Metropolitana do Porto). / Gelo – No início e no fim do ano com os meses de Inverno, evidenciou-se um dos maiores perigos da futura Via Estruturante. / Globo D’Ouro – da projecção de cinema em Arouca, apenas o nome da última sala onde isso aconteceu. Em 2005 já não houve cinema em Arouca.

H Helena dos Santos Ribeiro – a fundadora e associada número um do Arouca Barra Clube, colectividade sedeada no Brasil, falece no dia 24 de Agosto. Para além do mais, e a assinalar a importância de tão ilustre arouquense residente em terras brasileiras, Dona Helena, em 1969, havia sido considerada a “Mãe Portuguesa do Ano” do Brasil, numa iniciativa do jornal “Mundo Português”, tendo como prémio uma viagem a Portugal, onde foi recebida naquela época pelo Presidente da República e pelo Presidente do Conselho. Em 1996, havia sido distinguida com a medalha de Mérito Municipal, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Arouca. / Hospital da Santa Casa da Misericórdia – concluem-se as obras de beneficiação encetadas naquele antigo hospital de Arouca.

I Inaugurações – Setembro é o mês das inaugurações. É inaugurado, no lugar do Adro, freguesia de Fermedo, um novo arranjo urbanístico. Inaugura-se, igualmente, o novo Campo de Futebol das Relvas, na freguesia de Mansores. É lançada a 1ª pedra da futura piscina da freguesia de Escariz, numa cerimónia presidida pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Dr. Laurentino Dias. É inaugurado o Parque de Jogos e Lazer Albino Vieira, em Santa Maria do Monte, freguesia de Santa Eulália. À inauguração do recinto, propriedade do Centro Cultural Recreativo e Desportivo de Santa Maria do Monte, presidiu o Governador Civil de Aveiro, Dr. Filipe Neto Brandão. / Internet sem fios – Passam a haver quatro locais, em Arouca, onde se pode beneficiar desta regalia.

J Juntas de Freguesia – Com as eleições autárquicas de Outubro, como sempre, vão ocorrer algumas mudanças surpreendentes e inesperadas. José Luís Fevereiro, para a Junta de Chave; e, José Paulo Oliveira, para a Junta de Rossas, foram os casos mais surpreendentes, ou não. / Jornadas da Terra 2005 – realizou-se, no mês de Dezembro, mais uma edição daquela iniciativa da responsabilidade da associação Urtiarda e do Conjunto Etnográfico de Moldes.

K Kung Fu – Os jovens arouquenses Vítor Coelho e Rui Moreira destacam-se na modalidade de Kung Fu. Manuel Vítor Martingo Coelho, conquista o 3º lugar no IV Torneio Internacional de Ourense (Espanha). Rui Moreira junta-se àquele para, em 22 de Outubro, brilhar na Gala de Sanda, realizada no Pavilhão Portugal Figth Club (Arena de Matosinhos). Durante o ano de 2005, estes dois atletas arouquenses solidificaram ainda mais as suas posições de destaque nesta modalidade. Vítor Coelho soma já o título de Penta-campeão Nacional e Penta-campeão regional. Rui Moreira é detentor dos títulos Campeão Nacional 2003 e Campeão Regional 2004.

L Legislativas – Nas listas para as Eleições Legislativas, por Aveiro, figuraram três arouquenses: André Almeida, 8.º na lista do PPD/PSD; Regina Fontes, suplente na lista do PS; António Jorge, 9.º na lista do PND. / Largo da Feira – Iniciam-se as obras de requalificação do Largo onde se realizam as feiras quinzenais e todo o espaço envolvente. / Livros – Deram à estampa durante o ano de 2005, entre outros, “Alvarenga Minha Terra”, de Maria Alice da Silva Brito; “Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda de Arouca” de Afonso Costa dos Santos Veiga; “Guia do Candidato a Autarca” Edição aumentada e actualizada, de Victor Mendes; “A contabilidade do Mosteiro de Arouca: 1786-1825” de José Miguel Pereira dos Santos Oliveira; “Arouca, uma Terra, um Mosteiro, uma Santa”, de Maria Helena da Cruz Coelho, e “A Casa do Burgo” de António Vaz Pinto. / Lixo – A recolha de lixo, em parte do concelho, passa a ser efectuada pela SUMA, empresa do grupo Mota Engil.

M Museu Etnográfico – Iniciam-se as obras no edifício do antigo Mercado Municipal para dar lugar ao Museu Etnográfico de Arouca. / Monumento ao Agricultor – com a rejeição da proposta apresentada pela Cooperativa Agrícola de Arouca, para instalar um monumento na rotunda de Alhavaite, mais uma justa homenagem que fica por prestar. / Monumento aos Ex-Combatentes – Também não vai avante e, o diferendo entre a associação Excomar e a Câmara Municipal agudiza-se. Combatentes do Ultramar ficam revoltados com Armando Zola. / Mobilidade – Arouca estabelece o protocolo de adesão do município à Rede Nacional das Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos. / “MADA” – Realiza-se em Arouca, no mês de Junho, a primeira Mostra Associativa Juvenil do Distrito de Aveiro, uma iniciativa da Federação das Associações Juvenis do Distrito de Aveiro.

NNeves – O homem que abandonou o barco socialista que por Arouca navegou nos últimos quatro anos, regressa como candidato independente pelo mesmo partido à Câmara Municipal de Arouca. O dia 09 de Outubro ficará para a história como o dia em que o Eng.º José Artur Neves, natural de Alvarenga, vence as eleições Autárquicas, substituindo o Dr. Armando Zola na presidência da Câmara Municipal. / “NATURVEREDAS” – é o nome da associação, com sede em Santa Eulália, que se propõem fazer renascer o Parque de Campismo da Freita, depois de concluídas as obras de readaptação.

O Óscar de Pinho Brandão – O homem distinguido em Aveiro pelo seu trabalho à frente do CAE, é apresentado por Marques Mendes e Ribeiro e Castro, em Julho, como candidato da Aliança Democrática às eleições autarquicas de Outubro. Vem a ser o grande derrotado das mesmas. / Open de Ténis – Teve lugar, no mês de Junho, a terceira edição deste torneio, realizado na vila de Arouca.

P Posto de Turismo – No mês de Setembro, teve lugar a inauguração do novo Posto de Turismo, na vila de Arouca. Foi instalado numa das mais antigas casas da vila, adquirida e recuperada pela Câmara conforme a traça original. A cerimónia foi presidida pelo Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas, aquando da abertura das exposições da “Feira das Colheitas”. / Párocos – Em 31 de Julho, na paróquia de Alvarenga, realiza-se a Missa Nova do Pe. José Miguel Loureiro de Almeida. No dia 11 de Setembro, teve lugar a primeira missa do Pe. Joaquim Jorge Duarte Teixeira, à frente da paróquia de Moldes. No dia 18 de Setembro, é o Pe. João Pedro Bizarro, pároco da freguesia de Rossas, a assumir também a freguesia de S. Bartolomeu de Arouca e Santa Eulália. / PPD/PSD – Se já andava bastante dividido e a viver uma paz podre, com a derrota das eleições Autárquicas, perde o líder da concelhia Óscar Brandão e, agora, sem o opositor interno Victor Brandão para lhe suceder, fica a piscar o olho a Artur Miler, para inverter o rumo perdedor.

Q Qualidade vs Quantidade – Qualidade foi coisa que continuou a não dizer muito bem com a quantidade de associações existentes no município de Arouca. Ainda são poucas as associações a cumprir o programa a que se propõem no início do ano e várias as actividades que se realizam apenas para cumprir programa, o que parecendo uma contradição, é uma pouco profícua realidade.

R “Recriação Histórica” – Foi o nome dado à iniciativa que visou recriar a vida no interior do Convento de Arouca, dos séculos XVII e XVIII.

S Santa Casa da Misericórdia de Arouca – Ainda no último mês de 2005, as eleições para a Santa Casa da Misericórdia de Arouca suscitaram o maior fernezim, com alguma polémica à mistura, sendo as mais concorridas de sempre. A lista encabeçada pelo Dr. Victor Brandão, leva a melhor e toma o leme daquela instituição nos próximos anos.

T Toponímia – Neste que foi o último ano do último mandato de Armando Zola à frente dos destinos do concelho, não houve rua que ficasse por baptizar. Ainda em Abril, e a coincidir com o dia da morte do Papa João Paulo II, são inauguradas na vila as Ruas “João Paulo II”, “Vasco da Gama” e “Rua da Liberdade”. Já mais para o fim do ano, na semana antes das eleições autárquicas, reis, escritores e poetas, passam a povoar as novas e esquecidas artérias da vila de Arouca. / «Tiroteio em Arouca» – foi assim que mais uma vez Arouca chegou à comunicação social. O incidente deu-se na freguesia de Santa Eulália e o carro da GNR foi um dos alvos. Quem não foi alvo, mas quis passar por ser, foi a caravana do PS que, na altura, passava pelo local.

U “Unidos Por Arouca” – Assim se denominou o movimento independente liderado por Victor Brandão, a concorrer às eleições autárquicas. A lista independente, veio a ser a grande responsável pela derrota obtida pelo Aliança Democrática, encabeçada por Óscar Brandão, conseguindo eleger dois vereadores para a Câmara Municipal e, levar a “faca e o queijo” para a eleição da Assembleia Municipal.

V Via Estrutrante e o Viaduto – A saga iniciada na Pedra Má ainda em 2004, manteve-se por todo o ano de 2005, fazendo dilatar todos os custos e prazos previstos para a conclusão da primeira fase da famigerada Via Estruturante. A conclusão do Viaduto da Pedra Má foi apontada para final de 2005, mas, chegado o fim do ano, ainda a união do tabuleiro não se havia dado. / Vandalismo – O património edificado continua entregue a si próprio e o vandalismo a apoderar-se das inofensivas edificações. A perdida e longínqua aldeia de Drave é apenas um pequeno exemplo. / “Varandinha” – É o nome do novo restaurante aberto, no mês de Fevereiro, no edifício da conhecida Discoteca “Zénite”.

W
www.arouca.biz – aparece um novo portal de Arouca na Internet. O sítio para além das notícias sobre Arouca, dá ainda abrigo a um fórum de discussão que, nomeadamente, na altura das eleições e por causa delas, suscitou grande interesse e causou relativa polémica, cumprindo o desiderato da necessária publicidade.

X Xisto de Arouca - A única pedreira de xisto existente em Arouca, assume agora especial relevância dado os inúmeros fosseis aí encontrados e a justificar um museu que recolha, salvaguarde e divulgue esse imenso património paleontológico. A falta de apoio de entidades públicas, não inibiu Manuel Valério Figueiredo, proprietário dessa pedreira, de lançar mão do primeiro museu do género entre nós.


Z Zola e Zeferino – depois de, no mês de Junho, ter anunciado a sua não recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Arouca, pondo fim a três mandatos ao serviço de Arouca, Armando Zola aparece a encabeçar a lista do Partido Socialista à Assembleia Municipal. Contudo, e apesar de Zola integrar a lista mais votada, Zeferino Brandão viria a levar a melhor na eleição para ocupar a cadeira da Assembleia Municipal.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2005

O último "ESTA SEMANA NA HISTÓRIA"

Com o LII "ESTA SEMANA NA HISTÓRIA", que sairá na próxima edição do Jornal "Defesa de Arouca" termina o contributo dado ao logo de todo o ano que agora finda.
"ESTA SEMANA NA HISTÓRIA" foi a via pela qual julguei interessante partilhar algumas das datas que, na sua grande maioria reuni, nas duas últimas semanas de 2004, ao consultar todos os jornais publicados em Arouca, para "ROSSAS - Inventário Natural Patrimonial e Sociológico", a que se seguiu, pelo entusiasmo, entre outras pesquisas, uma visita a todas as freguesias, edifícios públicos, algumas igrejas, capelas e cemitérios do concelho.
Desde então, muitas outras datas, tudo o que é data relevante para a história de Arouca, das suas instituições e pessoas, tem sido juntado numa pasta sob o nome "A HISTÓRIA DE AROUCA EM DATAS".
Espero assim, a curto prazo, poder partilhar esse trabalho que, mais do que qualquer outra razão, corresponde a um particular interesse pela história de Arouca que tenho vindo a cultivar nos últimos anos.
Haja tempo!

terça-feira, 27 de dezembro de 2005

Teatro em Rossas

Como já é de tradição, pelo Natal, em Rossas há Teatro! Assim sucedeu no passado dia 25 de Dezembro, pela Associação "Unidos de Rossas" com as peças "O doido e a morte" de Raul Brandão, e "O soldado vigilante" de Cervantes. E, assim sucederá no próximo dia 07 de Janeiro, pelo Grupo Cultural e Recreativo de Rossas, com a peça "Três em lua-de-mel", de Henrique Santana.

No dia de Natal, o Centro Cultural de Rossas esgotou a sua lotação para assistir à estreia, na freguesia, daqueles dois trabalhos da Associação "Unidos de Rossas". Manuel Brandão, num desempenho espectacular, foi o homem da noite. No resto, o já modesto espectáculo acabou por saír prejudicado por problemas no quadro eléctrico da sala.
Por deixar de notar, não pode ficar o facto desta associação, que reivindica alguns louros e protagonismo nas tradições da freguesia, só agora, depois de na Primavera transacta o ter feito na vila de Arouca, apresentar aqueles seus trabalhos ao público da freguesia de Rossas.
A cumprir e a respeitar a tradição, o Grupo Cultural e Recreativo de Rossas, que soma maior historial e últimamente apresenta trabalhos novos todos os anos, agendou a estreia de "Três em lua-de-mel" para a primeira semana de Janeiro. Com esta peça de Henrique Santana, autor preferido por esta associação nas últimas épocas, o Grupo Cultural pretende vir a superar o êxito alcançado em 2004/2005 com "Médico à Força", a peça que mais vezes e a mais palcos do nosso concelho subiu na história do Teatro em Arouca.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2005

Queima de pneus na noite de Natal

Certamente única em todo o país, a tradicional Queima dos Pneus levada a cabo pela malta jovem da freguesia de Rossas na noite de Natal, parece ter os dias contados.Embora não se saiba ao certo quantos anos soma esta tradição, o certo é que se cumpre ininterruptamente à mais de vinte anos. Primeiramente, tinha lugar na noite de Passagem D'Ano, mas, com as inúmeras alternativas que entretanto surgiram para passar essa noite, os jovens da freguesia começaram a reunir-se com idêntico entusiasmo na noite de Natal, logo depois da consoada em família e da tradicional Missa do Galo, para proceder à famosa Queima de Pneus.

Mas em que consiste tão estranha tradição?A tradição consiste em arranjar uma carrinha e ir buscar pneus a uma qualquer oficina das redondezas e, à semelhança daquilo que sucede em muitas outras localidades do país, mormente do interior, fazer uma grande fogueira no centro da freguesia, para onde a rapaziada acorre com as sobras da consoada, e por ali fica até se ouvirem os galos a cantar.
Contudo, aquele que começou por ser um salutar e confraternizador ajuntamento da rapaziada da freguesia de Rossas, tem vindo a assumir contornos menos agradáveis e a suscitar cada vez mais o desinteresse dos jovens e o repúdio dos menos jovens. Os jogos de bola na estrada começaram a dar lugar à "tarroada" tendo por alvo os mais novos ou estranhos à freguesia; as latas que se atiravam para a fogueira para estoirar deram lugar a bombas nem sempre manuseadas com cuidado; os simples telefonemas para a GNR vir ao local e proporcionar a correria pelos campos das rendondezas tem vindo a transformar-se em autêntica batalha campal, donde os pobres dos agentes saiem sempre a perder. Enfim, um sem número de tropelias e estúrdias que têm vindo a deixar uma imagem que todos os que nela participam se recusam a assumir, quando dela não se envergonham.
Por outro lado, a critica, mormente por parte dos mais ambientalistas (e que todos, inclusivé os protagonistas, reconhecem), vai no sentido de condenar a poluição causada pelo fumo da fogueira e a sujidade que a mesma provoca no local da queima, já para não falar duma série de asneiras e exageros que se vão cometendo ao longo da noite. De facto, com razão!
E tanto assim é, que já há movimentações para alterar esta tradição que se tem revelado mais negativa do que positiva. Contudo, os ventos da mudança tem origem na sensibilidade e consciência dos jovens da freguesia e não em uma qualquer atitude ou procedimento arrogante de um qualquer eleito local para por cobro à tradição, pese embora, reconheça-se, a razão que lhe assiste.
Pelo que, estou certo, o espírito salutar e confraternizador dos jovens da freguesia de Rossas continuará a ter lugar na noite de Natal e a tradição será alterada pelos próprios porque conscientes, sensíveis e responsáveis.
Não se estranhará, por isso, que para o próximo ano, no lugar dos pneus esteja uma carrada de lenha e aos mais jovens se juntem menos jovens e até mesmo os agentes da GNR para passar a noite a contar as estórias das queimas anteriores, das travessuras pelos Santos Populares e outras tantas sempre hilariantes que a malta vai somando ano após ano.

terça-feira, 20 de dezembro de 2005

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Foral concedido à vila de Arouca já conta 492 anos

Dentro de poucos dias, cumprem-se 492 anos sobre a outorga da Carta de Foral a Arouca pelo 14.º Rei de Portugal, D. Manuel II, O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado, em 20 de Dezembro de 1513. Trata-se, sem dúvida, de um dos factos mais relevantes para a história de Arouca e para a sua configuração administrativa.
A data, em si, não é um número redondo e por isso suscita menos comemoração (ou porventura, à semelhança dos últimos anos, nenhuma!). Contudo, não deve deixar de ser lembrada. Tanto mais que, a passos largos, se aproximam os 500 anos daquele acto e do documento a que o mesmo foi reduzido, de que a Real Irmandade Rainha Santa Mafalda é fiel guardiã.
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Como é sabido, o acto de outorga aconteceu no contexto da reforma geral dos forais, e veio substituir ou reformar o foral em vigor que remontava a Abril de 1151 e havia sido concedido pelo 1.º Rei de Portugal, D. Afonso Henriques, que, entretanto, havia sido confirmado pelo seu neto D. Afonso II, filho de D. Sancho I.
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O contexto em que a outorga é realizada é de grande prosperidade para Portugal, que se assume a maior potência mundial. O tempo de que falamos sucede a algumas das maiores venturas a que os portugueses se entregaram. É ainda recente a euforia dos achados e os logros obtidos com a descoberta do caminho marítimo para a Índia, a que apenas dois anos depois sucedeu a descoberta do Brasil e, se iniciou um profícuo domínio do oriente, dos monopólios e rotas comerciais. O tempo em que o mundo foi dividido em dois e Portugal passou a dominar uma das partes, sem deixar de constituir e afirmar o Império Português, de que o Mosteiro dos Jerónimos é o simbolo mais significativo, e espelha, de sobremaneira, o estilo manuelino, que os afortunados tempos criaram.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Há 188 anos era extinto o concelho de Vila Meã

Faz hoje 188 anos que João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança, abreviadamente conhecido por D. João VI, e cognominado O Clemente, correspondendo ao desejo dos seus habitantes, declara a extinção do concelho de Vila Meã do Burgo, que a partir de então passa a integrar o concelho de Arouca, como freguesia do Burgo.
O facto deu-se um ano após D. João ter chegado ao poder, mas, curiosamente, sem estar em Portugal. Encontrava-se no Brasil para onde rumou em 1807, dada a instabilidade causada pelas invasões napoleónicas, onde permaneceu mesmo após a subida ao trono do reino português.
Regressa a Portugal apenas em 1822, deixando que nas suas costas se declare a independência do Brasil, pelo seu herdeiro Pedro de Bragança que se auto proclamou Imperador daquela velha e rica colónia.
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O foral que concedia privilégios administrativos ao velho burgo de Vila Meã, aonde ainda se encontra o antigo pelourinho (recuperado recentemente do abandono para o qual a extinção da autonomia o atirou), havia sido atribuído em Maio de 1229 por Dona Mafalda. E, contráriamente ao que se diz e lê em muitos sítios e trabalhos (talvez por distracção), não foi o primeiro foral a ser atribuído à região de Arouca. Sendo que, já em Abril de 1151, havia sido dado um foral a Arouca por Dom Afonso Henriques (avô paterno de Dona Mafalda), que Dom Afonso II, O Gordo, (irmão de Dona Mafalda) confirmou em Novembro de 1217 e, Dom Manuel I, O Venturoso, reformou em Dezembro de 1513.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Biblioteca D. Domingos de Pinho Brandão

Faz esta semana precisamente 11 anos, sobre a data em que foi assinado um acordo entre o Reitor do Seminário Maior do Porto e o Presidente do Centro de Estudos D. Domingos de Pinho Brandão, pelo qual a biblioteca que perteceu a Dom Domingos e que este legou ao Seminário Maior do Porto, regressava à sua terra e seria instalada numa das dependências do Convento de Arouca, onde se encontra sediado aquele Centro.
Contudo, volvidos que estão 11 anos após a assinatura desse acordo, esse espólio, à semelhança desse Centro que, actualmente, mais parece não existir, ainda não viu a luz do dia. Continuando abandonado em caixotes amontoados num recanto das instalações administrativas do Museu de Arte Sacra, no Convento de Arouca. Situação que, envergonhando aquele Centro, tem obstaculizado o acesso ao mesmo.
Dom Domingos, certamente, jamais imaginou tão desinteressante fim para os estudos a que afincadamente se entregou e para os documentos que com tanto zelo reuniu e guardou.
É, por isso, inadmissível que se esteja a desbaratar um espólio de considerável valor de uma das personalidades mais importantes de Arouca. E, neste particular, tanto é responsável aquele Centro, que não deu seguimento aos proclamados objectivos, como o Seminário Maior, que não acautelou a prossecução dos mesmos, garantindo àquele espólio o fim adequado e condigno.
Pelo que, por outro lado, lamentável se torna, continuarmos a ver, neste caso como em muitos outros, pessoas que em lugar de servir, se servem e entravam que outros possam servir.
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Tal é o estado actual da coisa, que não me admirava nada e até aplaudia que a familia do extinto bispo, natural da freguesia de Rossas, viesse a terreiro reclamar melhor tratamento para o espólio desse seu familiar.
Penso mesmo que, à semelhança daquilo que sucedeu com a Casa do Marinheiro, em Avanca, hoje Casa Museu Doutor Egas Moniz, também a Casa do Outeiro, em Rossas, poderia vir a transformar-se em Casa Museu D. Domingos de Pinho Brandão, recolhendo aí todo um espólio que algumas instituições não têm sabido e querido valorizar.
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Por outro lado, também à Câmara Municipal cabe alguma responsabilidade neste como noutros casos em que para além de permitir ou ignorar o desbaratar do espólio de alguns ilustres e empenhados conterrâneos nossos, nada faz para lhes conferir uma prateleira mais condigna na nossa biblioteca e referências na nossa história. Porque, a história de uma terra, muito em particular da nossa, não se faz apenas pelo aspecto natural ou patrimonial, mas, também, e acima de tudo, pela perpectiva daqueles que nela tiveram destacado papel activo ou, para o seu conhecimento e bom nome contribuiram.

terça-feira, 13 de dezembro de 2005

Egas Moniz morreu há 50 anos

Egas Moniz, o único português a ser galardoado com o prémio Nobel da Medicina, em 1949, pelo desenvolvimento de uma operação ao cérebro chamada lobotomia morreu a 13 de Dezembro de 1955, em Lisboa.

António Caetano de Abreu Freire nasceu em Avanca, concelho de Estarreja, a 29 de Novembro de 1874 e em honra do grande herói português, e suposto antepassado da família, o seu padrinho alterou-lhe o sobrenome Freire para Egas Moniz (nobre que teve a seu cargo a educação do rei D. Afonso Henriques).
Em 1949 recebeu o prémio Nobel de Medicina pelo desenvolvimento da lobotomia, mas por motivos de saúde não se deslocou à Suécia para receber o galardão, tendo a cerimónia decorrido, excepcionalmente, na sua casa de Lisboa, cidade onde morreu a 13 de Dezembro de 1955.
A técnica desenvolvida por Egas Moniz e que deixou de ser praticada pelos médicos há 30 anos tem sido alvo de polémica, recorda um «take» da Lusa. Em Julho deste ano, familiares de pacientes que sofreram esta intervenção exigiram que fosse anulado o Prémio Nobel atribuído em 1949 ao seu inventor. Paralelamente, um novo livro e um historiador médico afirmam que esta intervenção cirúrgica, agora considerada "bárbara", só ajudou cerca de 10 por cento de 50.000 norte-americanos aos quais foi praticada entre meados dos anos 30 e os anos 70.
A lobotomia - usada para tratar doenças mentais, epilepsia e até dores de cabeça crónicas - foi desenvolvida em 1936 por Egas Moniz, que a praticou em pacientes com doenças psiquiátricas graves, como a esquizofrenia. O processo consistia numa incisão em fibras nervosas que ligam o lobo frontal a outras regiões do cérebro, praticada através de orifícios feitos no crânio, daí resultando em teoria o fim do comportamento anormal do paciente.
Egas Moniz, muito respeitado a nível internacional por ter desenvolvido a angiografia cerebral (para detectar tumores), apresentou uma série de casos de sucesso em pacientes lobotomizados, o que lhe valeu a atribuição do Nobel da Medicina em 1949. A intervenção esteve tão em voga que Rosemary Kennedy, uma irmã do antigo presidente norte-americano John F. Kennedy que sofria de ligeiro atraso mental, foi lobotomizada em 1940, com 23 anos. Depois disso passou toda a vida numa instituição até à sua morte em Janeiro passado.
No final dos anos 30 os médicos tinham começado a relatar casos de muitos pacientes que ficaram como crianças, apáticos e ensimesmados depois da operação, e o seu uso começou a decair com o advento de medicamentos psiquiátricos eficazes em meados dos anos 50 e o uso crescente dos electrochoques. A campanha em prol da revogação do prémio foi lançada por Christine Johnson, uma bibliotecária médica (de Levittown, Nova Iorque) e desenvolveu há vários anos um "site" na Internet (psychosurgery.org) para criar uma rede de apoio entre familiares de pacientes lobotomizados.
A avó de Johnson, que começou a sofrer alucinações em 1949, foi lobotomizada em 1954 depois de ser submetida sem êxito a tratamentos psiquiátricos e electrochoques, e passou o resto da vida em instituições. A Carta Nobel não contém nenhuma cláusula que preveja a revogação de um prémio e a Fundação ignora habitualmente as críticas, como aconteceu quando foi atribuído o Nobel da Paz ao falecido presidente palestiniano Yasser Arafat.
Egaz Moniz formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e depois de terminado o curso, em 1899, prosseguiu os seus estudos em neurologia nas Universidades de Bordeaux e Paris. Mais tarde regressa a Portugal, torna-se professor na Universidade de Coimbra e posteriormente dedica-se à política durante alguns anos, primeiro como deputado no parlamento português (1903- 1917), depois como ministro das Relações Exteriores da Primeira República (1918) e finalmente como embaixador em Espanha (1918-1919).
Quando regressa à Medicina, dedica-se à Neurologia na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde desenvolveu o método para diagnosticar tumores cerebrais (angiografia). Em 1935, numa conferência internacional de Neurologia, ouviu uma palestra sobre os efeitos da leucotomia frontal (corte cirúrgico das fibras nervosas que ligam o lobo frontal às restantes partes do cérebro) no comportamento de chimpanzés. A leucotomia foi, posteriormente, designada de lobotomia por Walter Freeman. in Ciência Hoje
..
Quando jovem, Egas Moniz, passou muitas das suas férias na Casa do Outeiro, na freguesia de Rossas, concelho de Arouca, que pertencia ao seu tio Augusto de Pina Resende Abreu Freire.
Na propriedade da Casa do Outeiro, sucedeu o Abade Caetano de Sá Freire que, por morte, a legou a Egas Moniz, seu sobrinho querido, a quem também patrocinou os estudos.
Egas Moniz, terá a propriedade da casa apenas até 1907, altura em que a vende a Domingos de Pinho Brandão, pai do futuro Bispo Auxiliar de Leiria e Porto, Dom Domingos de Pinho Brandão (falecido em 1988.VIII.22), cuja propriedade anda, ainda, em sua família.
Já depois de se ter desfeito da Casa do Outeiro, Egas Moniz, aquando de visitas que realizou a amigos deixados em Arouca e ao Outeiro, havia de confidenciar a sua trsiteza por se ter desfeito daquela casa.
Contudo, essa bela casa, cenário de algumas "estórias" muito interessantes, continua bem estimada e, para quem conhece essas "estórias", a permitir entrar no palco e cenário das mesmas.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

PORTO NO MEU RUMO I

Há sete anos a esta parte, por força dos estudos e trabalho, passo mais tempo na cidade do Porto, que no meu torrão natal, a freguesia de Rossas, no concelho de Arouca.
Neste sentido, também esta cidade tem um lugar importante no rumo que estou a tomar. Pelo que, tentarei dar aqui algum enfoque a aspectos que nele interferem e, aos espaços por onde o levo, outros que me despertam a atenção e outros que procuro por razões várias, mormente relacionadas com o lazer, história e Direito.
Enfim, ao Porto como o vejo!
a Ponte D. Luiz I vista por mim, como muitas vezes a vejo ao descer de Gaia para a marginal do Porto.

Conhecida por "Ponte Luiz I", esta ponte foi construída de acordo com o projecto do Eng.º Teófilo Seyrig que trabalhou, igualmente, com Eiffel na Ponte de Dona Maria. Foi inaugurada em 31 de Outubro de 1886 pelo próprio rei D. Luís.
A Ponte de D. Luís - que vei substituir a Ponte Pénsil, da qual ainda subsistem os pilares da margem do Porto, conforme se pode ver na foto - é constituída por um arco de ferro e cinco pilares e tem a particularidade de ter dois tabuleiros metálicos com 8m de largura cada. O tabuleiro superior tem 395 metros de comprimento e o inferior 174 m. A ponte é uma auténtica filigrana de ferro - particularmente bela com iluminação nocturna - e, juntamente com a
Torre dos Clérigos
, é um dos ex-libris da cidade do Porto.
Para além do mais, a Ponte de D. Luís permitiu a ligação viária desafogada entre as zonas baixa e alta de Vila Nova de Gaia e do Porto e, duma forma mais geral, entre o norte e o sul do país, durante largas décadas. A partir da segunda metade do século XX, no entanto, começou a revelar-se insuficiente para assegurar só o trânsito automóvel entre as duas margens.

Actualmente, o tabuleiro superior está, exclusivamente, destinado ao Metro de superfície e trânsito de peões. O trânsito de automovéis é, agora, feito pelo tabuleiro inferior.

a Ponte do Infante vista por mim, como muitas vezes a vejo e por onde muitas vezes passo duma para a outra margem.

A Ponte do Infante, batizada em honra do Infante D. Henrique, nacido no Porto, é a mais recente e, segundo muitos, a mais esbelta ponte que liga Porto e Gaia. Foi construída para substituir o tabuleiro superior da Ponte D. Luís, entretanto convertida para uso da "Linha Amarela" (Hospital de São João/Santo Ovídio) do Metro do Porto.
Foi construída pouco a montante da Ponte de D. Luís, em plena zona histórica, ligando o bairro das Fontaínhas (Porto) à Serra do Pilar (Vila Nova de Gaia
).
A ponte é constituída por uma viga com 4,5 m de altura apoiada num arco flexivél com 1,50 m de espessura. Trata-se duma ponte à cota alta com uma extensão de 371 m e 20 m de largura no tabuleiro. Apresenta uma solução de arco semellante à adoptada pelo enjenheiro suíço Robert Maillart nas suas pontes alpinas, com uma flecha de 11,2 m para um vão de arco com 280 m, o que - como já é tradição nas pontes entre o Porto e Gaia
- constituiu um record mundial nesta tipología de pontes.
Tem duas faixas de rodagem em cada sentido, com 3,25 m cada, e um separador central com 1 m de largura. A iluminação está colocada à cota baixa, permitindo uma perfeita iluminação da via, sem sombras.

as Pontes Dona Maria Pia e de São João vistas por mim, da marginal do Porto.

A Ponte de Dona Maria Pia, assim chamada em honra de Maria Pia de Sabóia, é uma obra de grande beleza arquitectónica de autoria de Gustave Eiffel e construída entre Janeiro de 1876 e 4 de Novembro de 1877. Foi a primeira ponte ferroviária a unir as duas margens do Douro.
No último cartel do século XX tornousse evidente que a vella ponte já não respondia de forma satisfatória às necesidades. Dotada duma só linha, obrigava à passagem duma composição de cada vez, a uma velocidade que não podia ultrapasar os 20 km/h e com cargas limitadas.
Encontra-se desactivada desde que foi substituída pola moderna Ponte de São João. Ninguém tem dúvidas sobre a enorme riqueza deste património, mas tal não tem impedido que a Ponte de Dona Maria se vá degradando ano após ano, sendo que ainda não foi definida uma utilização prática para lle dar.

Tal como a Ponte da Arrábida, também a Ponte de São João foi da autoria do Eng.º Edgar Cardoso. É uma ponte ferroviária e foi construída para substituir a centenaria Ponte de Dona Maria Pia.
Ao contrário das outras pontes construídas até à data, a Ponte de São João não é em arco, mais adopta uma solução em pórtico, com três vãos - dois de 125 m e um de 250 m - apoiados em dois majestosos pilares fundados no leito do rio. Fazendo juizo ao seu nome, a ponte foi inaugurada no dia de São João (24 de Junho) de 1991.
Tal como a Ponte da Arrábida, à data da sua inauguração, também a Ponte de São João com o seu vão central constituiu um recorde mundial neste tipo de pontes.

Solar de Bonjóia, visto por mim.

Um sitio agradável para um passeio de domingo. Para além do solar (foto), a Quinta de Bonjóia possuí um grande jardim com uma paisagem bastante agradável sobre o Douro. Às quintas-feiras à noite realizam-se as famosas tertúlias de Bonjóia, com entrada gratuíta.

Tudo seria ainda mais agradável se possuísse um cafézito! Não há sítios perfeitos! Mas, vale a pena!

Como conheci Bonjóia?

Vai para um ano, andava eu a trabalhar em "Rossas - Inventário Natural, Patrimonial e Sociológico" e surgiu a necessidade de saber um pouco mais sobre o nome «Aranha» e «Aranha Brandão», que encontro no lugar da Cavada (Rossas), com grandes propriedades e a ostentar os títulos de Capitão-mór e Sargento-mór da Companhia das Ordenanças da Ordem militar e religiosa de Malta, quando, de ascendente em ascendente, fui parar a Bonjóia, pela "mão" do cónego Fernão Aranha.

Nos fins do século XIV, existia ali uma quinta, que pertencia ao Chantre Martim Viegas. Por sua morte, ficou para Maria Martins e seu marido Afonso Dinis. Foram estes que a doaram ao Cabido da Sé do Porto, com a obrigação de algumas missas (31 de Dezembro de1402). No século seguinte, foram sucessivamente enfiteutas Álvaro Gonçalves Almotim, o Mestre Escola da Sé Diogo Dias e o Cónego Afonso Luiz. Este último, por ausente do Porto, renunciou em favor do Arcediago do Porto. A 9 de Julho de 1479, foi celebrado novo contrato, agora com o Cónego Fernão Aranha, novo enfiteuta do prazo de Bonjóia, pelo foro de mil reis em dinheiro e oito galinhas por ano, prazo renovado a 14 de Abril de 1502, em sua sobrinha (ou filha?) Mécia Aranha, mulher de Manuel Gonçalves, Cidadão do Porto, em cuja descendência permaneceu até aos meados do século XVIII.
Em 1758, a Quinta foi adquirida por Dom Lourenço Amorim da Gama Lobo. Natural de Ponte de Lima, era Fidalgo-Cavaleiro da Casa Real, Senhor da Casa do Campo das Hortas (na Praça Nova, hoje da Liberdade – edifício entretanto demolido, para a abertura da Avenida dos Aliados). No Porto, foi ainda Prior da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo (1757-1758), Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Porto, Cavaleiro Professo na Ordem de Cristo e Mestre-de-Campo de Infantaria Auxiliar do Porto. Casou por cá, com Dona Maria Violante Guimarães, filha de João Antunes Guimarães, importante negociante do Porto, cuja quinta confrontava a Poente com Bonjóia.
Foi Dom Lourenço Amorim da Gama Lobo quem mandou construir a Casa actualmente existente. A obra de pedraria foi executada por Miguel dos Santos, contratado a 1 de Março de 1759. O risco foi atribuído por Robert Smith ao italiano Niccolò Nasoni, celebrado autor da Torre dos Clérigos, Palácio do Freixo e fachada da Igreja da Misericórdia, a quem também atribuíra a autoria das Quintas da Prelada (dos Noronha e Menezes) e de Ramalde (dos Pereira Leite), com parecenças nítidas com a Casa de Bonjóia.
O edifício nunca foi concluído, faltando-lhe a ala Nascente, cujos arranques ainda lá estão. A porta principal volta-se para Norte, para a Rua de Bonjóia, onde Dom Lourenço quis marcar a sua propriedade e fidalguia, com as o seu brasão-de-armas: esquartelado, I Amorim, II Gama, III Lobo, IV Magalhães. Contudo, é o alçado Sul do edifício que maior grandeza possui, mesmo faltando-lhe a torre e corpo Nascente. A sua localização é estratégica, voltando-se para um patamar de jardim e para o Vale de Campanhã, com o Douro como fundo.
Após a morte de Dom Lourenço, sucedeu-lhe na Casa o filho Dom António Amorim da Gama Lobo, casado com Dona Maria do Carmo de Portugal e Menezes, da Casa da Torre da Marca. Como não lhes sobreviveu qualquer filho, os bens vinculados passaram para a irmã Dona Maria Antónia de Amorim e os restantes (a Quinta de Bonjóia incluída) para a viúva. Desta, foi herdeira uma sobrinha, Dona Maria da Natividade Guedes de Portugal e Menezes, filha dos 1. os Viscondes da Costa, que veio a casar com um seu parente, o Conselheiro José Guedes Brandão de Mello, também da Torre da Marca, de quem teve três filhos: Dom Sebastião Brandão de Mello (Conde de São Vicente, pelo seu casamento com a 9.ª titular), Dom Francisco Brandão de Mello e Dom José Brandão de Mello. Embora todos tenham casado, só este último deixou descendência, que acabou vendendo a Quinta ao Juiz Abílio Augusto Mendes de Carvalho, em 1935.
Nas décadas que se seguiram, a casa sofreu algumas alterações pontuais e, sobretudo, uma enorme degradação, estando meia arruinada quando, em 1995, foi adquirida pela Câmara Municipal do Porto. Depois de algumas obras de restauro, tem servido de sede a fundações do foro social, primeiro a Fundação para o Desenvolvimento Social do Vale de Campanhã , actualmente a Fundação para o Desenvolvimento Social do Porto .
(Texto de: Manuel de Sampayo Pimentel Azevedo Graça).

Barcos Rabelo vistos por mim, no Cais de Gaia

A origem deste tipo de barco causa alguma divergência, na medida em que há quem suponha que o mesmo tenha vindo das terras frias do Norte e outros do tépido Mediterrâneo oriental. Mesmo assim, a hipótese que parece ter mais adeptos, dadas as circunstâncias especiais de construção desta embarcação, é a que nos leva de encontro aos velhos e famosos Vikings. No caso concreto do rio Douro, tem-se conhecimento da sua existência por altura do século IX, isto através da doação de Ordonho II dada em Crestuma e inserida no Livro Preto da Sé de Coimbra. Após a formação da nacionalidade portuguesa são muitos os documentos que se referem ao barco típico do Douro, o qual se tornou num verdadeiro símbolo desta região.
Este é um barco de rio de montanha, com fundo chato, tendo como leme uma peça comprida e grossa em forma de pá ou remo, quase do seu tamanho, a que se dá o nome de espadela. É o tipo de barco apropriado para navegar em águas pouco profundas, sendo de salientar o seu comportamento nas zonas de fortes rápidos.O nome rabelo deriva da configuração do barco, com a sua imensa espadela, em forma de rabo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2005

AROUCA NO MEU RUMO I

Arouca é uma vila do Distrito de Aveiro, região Norte e subregião do Entre Douro e Vouga, com cerca de 3 100 habitantes.
É sede de um município com 327,99 km² de área e 24 228 habitantes (2001), subdividido em 20 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Castelo de Paiva e Cinfães, a leste por Castro Daire, a leste e a sul por São Pedro do Sul, a sul por Vale de Cambra, a sudoeste por Oliveira de Azeméis e a noroeste por Santa Maria da Feira e por Gondomar.
ver resumo histórico, pelo Prof. António Vilar,
Convento de Arouca, visto por mim.

Calvário de Arouca, numa grande foto encontrada no "Tabacaria"

Capela da Sr.ª da Mó, vista por Paulo Bastos

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

PORTUGAL NO MEU RUMO III

Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa

O Padrão dos Decobrimentos foi inaugurado em 1960, aquando das celebrações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique (Henrique O Navegador). Evoca claramente a expansão marítima e foi desenhado na forma de uma caravela, liderada pelo Infante D. Henrique - que segura numa mão uma pequena caravela -, seguido de muitos outros heróis da história portuguesa (Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral - que descobriu o Brasil - Fernão Magalhães - que atravessou o Pacífico em 1520 -, o escritor Camões e muitos outros).
Visto da gigantesca Rosa-dos-Ventos, este monumento fascina pela sua majestosidade e pelos seus 50 metros de altura, sendo visitado por milhares de pessoas todos os anos. Minuciosamente esculpida em pedra, a Rosa-dos-Ventos (veja o painel no topo da página) foi um presente da República da África do Sul e percepciona-se melhor do cimo do Padrão dos Descobrimentos, cujo acesso é feito pelo elevador situado dentro do edifício. O mapa central, com figuras de galeões e sereias desenhadas, mostra as rotas das descobertas concretizadas nos séculos XV e XVI.Este monumento situa-se em Belém, mesmo na margem do rio Tejo, numa área única e é particularmente impressionante à luz do pôr-do-sol.
Terreiro do Paço, em Lisboa

A Praça do Comércio, mais conhecido por Terreiro do Paço, foi o local do palácio real durante 200 anos. Em 1511, D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este sítio junto ao rio. Este palácio bem como a sua biblioteca de 70 000 volumes, foram destruídos pelo terramoto de 1755. Na reconstrução a praça tornou-se no elemento fundamental do plano de Pombal. Os novos edifícios, com arcadas que circundam a praça, até hoje, a ser ocupados por ministérios.
Após a
Revolução de 1910 os edifícios foram pintados a cor-de-rosa republicano. Contudo, já foram pintados com o amarelo real. O lado sul, com as suas duas torres quadradas, está virado para o Tejo. Essa foi sempre a melhor entrada de Lisboa, onde os embaixadores e a realeza desembarcavam nos degraus de mármore vindos do rio. Ainda é possível experimentar essa impressionante entrada em Lisboa nos cacilheiros provenientes de Cacilhas. Hoje o espectáculo é prejudicado pelo movimento do trânsito na Avenida da Ribeira das Naus, que corre ao longo da margem. No centro da praça vê-se a estátua equestre de D. José I, erigida em 1775 por Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. Ao longo dos anos, a estátua de bronze ganhou uma pátina verde. No lado norte da praça encontra-se o impressionante Arco Triunfal da Rua Augusta, é a entrada para a Baixa.
A 1 de Fevereiro de 1908, o rei
D. Carlos e seu filho Luís Filipe foram assassinados quando passavam na praça. Em 1974 a praça assistiu à Revolta do Movimento das Forças Armadas, que derrubou o governo de Marcello Caetano numa revolução sem derramento de sangue. A área serviu como parque de estacionamento durante muitos anos, mas hoje este vasto espaço é usado por vezes para eventos culturais e espectáculos.

Palácio de São Bento (Assembleia da República)

O Palácio de São Bento, também conhecido por Palácio da Assembleia da República, é um enorme enorme edíficio de estilo neoclássico situado em Lisboa, sendo a sede do Parlamento Português desde a dissolução das ordens religiosas em 1834.
Foi construído em finais do século XVI como mosteiro beneditino (Convento de S. Bento); ao longo dos séc. XIX e séc. XX foi sofrendo uma série de grandes obras de remodelação interiores e exteriores, o que torna o edifíco actual quase completamente distinto do antigo convento.
Depois da tornou-se sede do
Parlamento e passou a ser conhecido por Palácio das Cortes.
Conforme a denominação oficial do parlamento, também o palácio teve várias denominações: Palácio das Cortes, Palácio do Congresso e Palácio da Assembleia Nacional. Actualmente adoptou-se a designação de Palácio de S. Bento em memória do antigo convento, seno a sede da
Assembleia da República.
O interior é igualmente grandioso, com pilares de mármore e estátuas neoclássicas.

Jardim Zoológico de Lisboa

Inaugurado em 1884, o Jardim Zoológico de Lisboa foi o primeiro parque com fauna e flora da Península Ibérica. Os seus fundadores foram os Drs. Pedro van der Laan e José Thomaz Sousa Martins, que contaram com o apoio de várias personalidades, como o Rei D. Fernando II e pelo conhecido zoólogo e poeta José Vicente Barboza du Bocage.As primeiras instalações situaram-se no Parque de São Sebastião da Pedreira, que foi cedido gratuitamente pelos seus proprietários. Em 1905, foram inauguradas as novas e definitivas instalações na Quinta das Laranjeiras. As inúmeras remessas de animais vindos de África e do Brasil contribuíram para que, ao longo dos anos, o Jardim Zoológico tivesse uma das colecções de animais mais vasta e diversificada. Destacaram-se, na realidade, alguns governadores das ex-províncias ultramarinas no contributo para o enriquecimento da colecção zoológica com exemplares de espécies exóticas, pouco conhecidas e atractivas.Em 1952, a Câmara Municipal de Lisboa galardoou esta Instituição com a Medalha de Ouro da Cidade.A queda do regime ditatorial em 1974 e a consequente independência das antigas colónias em África, significou a quebra do forte apoio prestado ao Jardim Zoológico pelas autoridades na diversificação e renovação da colecção animal. Por esta altura, o número de visitantes também diminuiu de forma substancial e ocorreram cortes radicais dos subsídios estatais. Assim, foi necessário desenvolver e implementar uma nova estratégia de gestão para o Jardim Zoológico, adequando-o aos valores e necessidades da época.Em 1990 a nova política de gestão adoptada pelo Conselho de Administração que tomou posse tinha por objectivos a modernização do espaço do Jardim, assim como dos serviços. Deste modo, foram criadas áreas de trabalho específicas com objectivos próprios, para melhorar a colecção e o bem-estar animal, a sua alimentação e os cuidados médico-veterinários. Em paralelo, foram criados serviços comerciais, de marketing, relações públicas e imprensa, de modo a dinamizar o Parque como parceiro privilegiado das empresas. Promover a educação para a conservação junto do público visitante era, também, uma das principais preocupações, que rapidamente mereceu a criação de um serviço próprio, o Centro Pedagógico.Hoje em dia, o Jardim Zoológico é um importante espaço onde aliada à conservação e à educação está uma forte componente de entretenimento e diversão. No parque habitam várias espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Das cerca de 360 espécies do Jardim Zoológico, 54 são EEP's.

Expo 98, em Lisboa

A Expo'98, ou Exposição Mundial de 1998, cujo tema foi "Os oceanos: um património para o futuro", realizou-se em Lisboa, Portugal de 22 de Maio a 30 de Setembro de 1998.

A zona escolhida para albergar o recinto foi o limite oriental da cidade junto ao rio Tejo. Foram construídos diversos pavilhões que permanecem ao serviço dos habitantes e visitantes integrados no agora designado Parque das Nações, destacando-se o Oceanário (um dos maiores aquários da Europa com 5 ambientes marinhos distintos e numerosas espécies de mamíferos e peixes, do arquitecto Peter Chermayeff) um pavilhão de múltiplas utilizações (Pavilhão Atlântico, arquitecto Regino Cruz) e um complexo de transportes com metropolitano e ligações ferroviárias (Estação do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava).
A Expo'98 atraiu cerca de 10 milhões de visitantes. O seu sucesso, no entanto, ficou a dever-se à vitalidade cultural que demonstrou - por exemplo, os seus cerca de 5000 eventos musicais constituiram um dos maiores festivais musicais da história da humanidade. Arquitectonicamente, a Expo revolucionou esta parte da cidade e influenciou os hábitos de conservação urbana dos portugueses - pode dizer-se que o Parque das Nações é um exemplo de conservação bem-sucedida dum espaço

Marina de Faro

segunda-feira, 14 de novembro de 2005

"DEFESA DE AROUCA" NO MEU RUMO


Segue-se o elenco de alguns dos artigos publicados no semanário "Defesa de Arouca" desde 1998, altura em que comecei a colaborar com o jornal.
Coluna
- ESTA SEMANA NA HISTÓRIA (coluna semanal durante todo o ano de 2005, com algumas das principais datas da história de Arouca e dos arouquenses)
- SOBE&DESCE (coluna semanal durante a Primavera/Verão de 2004)
Noticias
- CDU (PCP/PEV) constituiu uma Comissão Coordenadora Concelhia
- Rossas – Recepção ao Pe. João Pedro Pizarro
- Rossas – Inauguração da 1.ª Fase da Zona Desportiva e de Lazer
- Quando a Nobreza Traja de Branco
- Valorizar o que fazemos com o que temos…
- «Serra da Freita» - Apresentação pública na Universidade de Aveiro (2002.IV.12)
Artigos de opinião
- Da Avenida 25 de Abril aos Paços do Concelho
- Comemorações do 150.º Aniversário do falecimento de Abel Botelho
- Manuel Rodrigues de Simões Júnior
- Pela reimplantação do Portal que servia o extinto Terreiro
- Porque os ventos, infelizmente, nem sempre sopram para o mesmo lado…
- Listas únicas pela perspectiva do abstencionismo
- Pior cego é aquele que não quer ver!
- A propósito do novo incentivo à recuperação das Aldeias Tradicionais
- Postais Turísticos…
- Novas placas toponímicas criam situações curiosas… (2003.II.21)
- O principio do fim para os fontanários públicos (2003.II.21)
- O muito e quase nada da nossa política (2002.XI.22)
- Haja respeito e responsabilidade! (2002.XI.15)
- Quase um ano depois… (2002.X.31)
- Assim, sim! (2002.X.04)
- Regresso… (2002.IX.13)
- Na rota do turismo vândalo (2002.VII.26)
- Lixo, mentalidade e maus hábitos (2002.VI.28)
- O exemplo tem que vir de cima! (2002.VI.21)
- Minas de Regoufe e Rio de Frades (2002.V.24)
- Convento – um pequeno passo para a sua revitalização (2002.V.17)
- PSD Arouca vai a votos (2002.V.03)
- As falhas dos vigorosos caminhos do progresso (2002.IV.05)
- O prejuízo de certas generalizações (2002.III.28)
- O passeio das fardas (2002.III.15)
- Os nossos jovens entregues a si próprios… (2002.III.08)
- O risco de partilhar uma opinião
- Quando faltam 648 dias… (2002.II.15)
- A iresponsabilidade de certas ilações (2002.II.01)
- «Pu-los a trabalhar!!!» - Protagonismo de oportunidade (2001.I.25)
- Votos para 2002 (2001.XII.28)
- Arouca adiada! (2001.XII.21)
- Reflexão… (2001.XII.14)
- O reverso das intenções, coisas do Estado e o estado das coisas (2001.XI.23)
- A necessidade da mudança… (2001.IX.21)
- Odisseia politica 2001 (2001.VIII.31)
- …no seguimento do que vem de traz.
- «Diário de um Pároco de Aldeia» - última página (2001.I.19)
- «Velho roto» continua de pé! (2001.V.18)
- «Arouca, o Vale da Fertilidade» (2000.IX.29)
- E assim vai acontecendo… (2000.VII.07)
- O que vai acontecendo por cá… (2000.VI.23)
- Má politica de juventude começa a revelar-se (2000.V.05)
- Sobre os associados… (2000.IV.07)
- Sobre o nosso teatro… (2000.III.24)
- Sobre o que os outros escrevem… (2000.III.17)
- Sonhar o associativismo (2000.III.10)
- «Uma vergonha», ou a falta dela… (2000.II.18)
- Associativismo em Arouca – III (2000.I.21)
- Associativismo em Arouca – II (2000.I.07)
- Associativismo em Arouca (1999.XI.12)
- Viaduto (Ponto final) (1999.X.22)

sexta-feira, 11 de novembro de 2005

À DESCOBERTA DA MINHA FREGUESIA

Porque fazer a história de uma freguesia não é só escrever umas coisas... Estas duas descobertas (dois dos marcos que delimitavam a extinta Comenda de Malta: um, com a data de 1629, o outro com a data de 1702, são apenas duas das muitas descobertas que "Rossas - Inventário Natural, Patrimonial e Sociológico" trará à luz do dia.
Contudo, entretanto, ainda há muitas "fontes donde não bebi". Vamos lá ver se arranjo tempo para as visitar (Torre do Tombo, Arquivo Distrital de Aveiro, Biblioteca e Sé do Porto, são algumas delas) e se em Agosto de 2006 consigo partilhar o 1.º Volume dos estudos iniciados em 2003.

ALGUMA ARTE NO MEU RUMO

ESCULTURA
Todos estes trabalhos foram executados nas férias da Páscoa de 1997.


Mãos

Senhora da Mó

Pôr do Sol


Convento de Arouca

Torre Sineira de Urrô


Logótipo do Sporting

_____________________

PINTURA

Trabalhos executados entre 1996 e 1997

Auto retrato caricaturado

Casa do Prof. Mário de Pinho Brandão

Capela da Sr.ª do Campo

Cristo e o Purgatório

Pôr do Sol

Sem título

Sem Título

Venda da Barroca

O paraíso a preto e branco

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

PORTUGAL NO MEU RUMO II

Castelo de Óbidos

Acredita-se o seu sítio elevado tenha sido ocupado desde tempos pré-históricos. Pela sua proximidade da costa atlântica, despertou o interesse de povos invasores da península Ibérica, tendo sido sucessivamente ocupado por celtas (século IV a.C.), romanos (século I), visigodos (séculos V a VI) e muçulmanos (século VIII), atribuindo-se a estes últimos a fortificação da povoação, como se constata pela observação de determinados trechos da muralha, com feições mouriscas.
No contexto da
Reconquista, as forças do rei D. Afonso Henriques (1112-85), após as conquistas de Santarém e de Lisboa (1147), encontraram viva resistência para conquistar a povoação e seu castelo, o que finalmente através de um ardil (10 de janeiro de 1148). No reinado de D. Sancho I (1185-1211) foram procedidas obras no castelo (conforme inscrição na Torre do Facho), quando a vila recebeu a sua Carta de Foral (1195). O seu sucessor, D. Afonso II (1211-23), doou a povoação e o respectivo castelo a D. Urraca, sua esposa (1210). Mantendo-se fiel a D. Sancho II (1223-48), rei deposto, resistiu vitoriosamente aos assaltos das forças do Conde de Bolonha, futuro rei D. Afonso III (1248-79). Essa resistência valeu à vila o epíteto de mui nobre e sempre leal, que figura até hoje em seu brasão de armas. Doada como presente de casamento por D. Dinis (1279-1325) à rainha Santa Isabel durante as núpcias ali passadas, a vila passou a integrar o dote de todas as rainhas de Portugal até 1834. Este monarca fez erigir a torre de Menagem (c. 1325).
Durante o contexto da
crise de 1383-1385, tomou o partido da rainha Dna. Beatriz, tendo resistido às forças do Mestre de Avis. Óbidos e o seu castelo só foram tomados após a morte de seu alcaide, João Gonçalves, na batalha de Aljubarrota (1385).
Sob o reinado de
D. João II (1481-95), a rainha Dna. Leonor escolheu a povoação e seu castelo, optando ainda (1494) pelas suas águas termais para tratamento da enfermidade que viria a vitimar aquele monarca. O seu sucessor, D. Manuel doou um novo Foral a Óbidos (1513), procedendo importantes melhoramentos na vila e em seu castelo.
Castelo de Pombal

Embora se ignore a data precisa, acredita-se que este castelo foi erguido juntamente com outros, à época da Reconquista, no século XII, possivelmente em 1160, pelo Mestre do Templo, Gualdim Pais, de acordo com inscrição lapidar datada de 1171, no Castelo de Almourol. Efetivamente o de Pombal obedece às mesmas linhas arquitetónicas características dos templários, presentes nos de Almourol, Idanha, Monsanto, Tomar e Zêzere, seus contemporâneos. A sua função era a de prover a defesa e o povoamento destas terras, ao sul do rio Mondego, confiadas à Ordem.
Embora historicamente não tenha estado diretamente envolvido em campanhas maiores, esteve em alerta quando da contra-ofensiva muçulmana que, no século XII, atacou Santarém e, atravessando a região do Alto Alentejo, assolou Coruche e Abrantes, e de outra, posterior, que atacou Tomar e arrasou Leiria.
Em 1334 passou para a
Ordem de Cristo e, em 1512, foi beneficiado com obras de restauro. No contexto da crise de 1383-1385, manteve-se ao lado do Mestre de Avis.
À época da
Guerra Peninsular, foi vítima do saque e do incêndio da povoação, inflingido pelas tropas de Napoleão, sob o comando do general Massena, que regressavam, derrotadas, das Linhas de Torres (1811).
Abandonado, conheceu a ruína, que o recobriu de extenso matagal. No século XX, na década de 1940, foram-lhe efetuadas obras de consolidação e restauro, a cargo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos.
Miradouro do Castelo de Palmela

Primitivamente uma simples atalaia na região entre os rios Tejo e Sado, no contraforte leste da serra da Arrábida, o lugar de Palmela foi ocupado pelos romanos e, posteriomente, por bárbaros, até cair, no século VIII, sob o domínio muçulmano.
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a tomada da povoação fortificada de Palmela aos mouros só foi tentada após a conquista de Lisboa, em 1148. A região de Alcácer do Sal, entretanto, ainda resistiu durante alguns anos às arremetidas das forças de
D. Afonso Henriques (1112-85), vindo a cair nas mãos dos portugueses apenas em 1158.
No reinado de D. Sancho I (1185-1211), Palmela e o seu castelo foram retomados pelos mouros em 1191, quando estes, sob o comando do célebre Almançor, após terem reconquistado o Algarve, avançaram para o norte, vindo a arrancar ao domínio português, sucessivamente, o Castelo de Alcácer do Sal, o Castelo de Palmela e o
Castelo de Almada. Só após a batalha das Navas de Tolosa (1212), em que se registou uma vitória decisiva para os cristãos peninsulares, é que foram reconquistadas as terras perdidas para além das fronteiras que se estendiam do rio Tejo até Évora.

Ruínas de Conimbriga

Muitos sugerem que Conímbriga tinha origem num castro de origem celta da tribo dos Conii. O que se sabe ao certo, é que Conímbriga foi ocupada pelos romanos nas campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C.. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofre importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Forum. Nos finais do século IV, e com o declínio do Império Romano, é construída uma cintura muralhada de defesa urbana, com cerca de 1500m de extensão, possivelmente para substituir e reforçar a muralha antiga, do tempo de Augusto. A maneira um tanto rústica como está construida denota uma certa urgência na sua construção, evidenciando um clima de tensão e de eminentes ataques, por parte dos povos bárbaros. Em 468 os Suevos assaltam a cidade e destroem parte da muralha. A partir de então, Conímbriga começa a desertificar, acabando por perder o seu estatuto de sede episcopal para Aeminium (Coimbra), que possuia melhores condições de defesa e sobrevivência. Os habitantes que ficaram, fundaram Condeixa-a-Velha, mais a norte.

Santuário de Fátima

O Santuário de Fátima, localizado na Cova da Iria, freguesia de Fátima (Portugal) é um dos mais importantes Santuários Marianos do mundo. Em 1917, Jacinta Marto, Francisco Marto e Lúcia de Jesus (conhecidos por os três pastorinhos), terão, alegadamente, presenciado várias aparições de Nossa Senhora. Reza a história que, numa dessas aparições, Ela lhes terá dito para construírem uma capela naquele lugar, que actualmente é a parte central do Santuário onde está guardada uma imagem de Nossa Senhora. No decorrer dos anos o Santuário foi sendo expandido. A Basílica começou a ser contruída em 1928, em estilo neo-barroco, segundo um projecto do arquitecto holandês G. Van Kriecken, vindo a ser sagrada em 1953. Neste momento encontra-se em curso a construção de uma Igreja com 9.000 lugares sentados, uma obra da autoria do Arq. Alexandros Tombazis. Prevê-se a conclusão desta obra em 2007.
Anualmente mais de 5 milhões de visitantes, de todos os países ali se deslocam. As maiores peregrinações ocorrem anualmente nos dias 12 e 13 de Maio a Outubro.

Mosteiro de Alcobaça

No final do século X organizou-se em Cluny, na Borgonha, um novo mosteiro beneditino que procurava renovar a regra de S. Bento. As igrejas cluniacenses eram cheias de belos elementos decorativos. Contra estas manifestações de gosto pela beleza natural, insurgiu-se Bernardo de Claraval, que se recolhera em 1112 em Cister, donde saíra para fundar a Abadia de Claraval e animar mais uma reforma que restituísse à ordem de S. Bento todo o rigor inicial. Os religiosos de Cister deviam viver do seu trabalho, não acumular riquezas, e os mosteiros seriam edificados em lugares ermos, sem qualquer decoração. Quando D. Afonso Henriques se empenhava na reconquista, chegaram ao território português os monges de Cister que fundaram o Mosteiro de São João Baptista de Tarouca em 1140. Diz a lenda que o nosso primeiro rei doou parte das terras da região de Alcobaça a S. Bernardo, em cumprimento da promessa feita quando da conquista de Santarém. Se se comparar a planta do Mosteiro de Alcobaça com o da segunda igreja de Claraval, temos que tem o mesmo desenho base. É de cerca de 1152 a construção provisória do mosteiro, e é conhecida no mesmo ano uma referência ao seu abade e a respectiva carta de couto é do ano seguinte.

Mosteiro da Batalha

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória (também conhecido como Mosteiro da Batalha) situa-se na Batalha, Portugal e foi mandado edificar por D. João I como agradecimento do auxílio divino e celebração da vitória na Batalha de Aljubarrota.

Palácio da Pena, em Sintra

O Palácio Nacional da Pena, localizado na histórica vila de Sintra, representa uma das melhores expressões do Romantismo arquitectónico do século XIX em Portugal. Este monumento foi mandado edificar por D. Fernando de Saxe Coburgo-Gotha, casado com a Rainha Maria II em 1836. Homem culto, e com uma educação muito cuidada, o futuro Rei Fernando II depressa se apaixonou por Sintra. Ao visitar a montanha pela primeira vez, avistou as ruínas do antigo Convento dos Frades Hieronimitas, erguido no reinado de D. João II, e que tinha sido substancialmente transformado pelo rei Manuel I de Portugal. Este , no cumprimento de uma promessa, ordenou a sua reconstrução de raiz, em homenagem a Nossa Senhora da Pena, doando-o de volta à Ordem dos Monges de São Jerónimo.

Com o Terramoto de 1755, que devastou Lisboa e os arredores da capital, o convento da Pena caiu em ruínas.

Foram estas ruínas, no topo escarpado da Serra de Sintra, que maravilharam o jovem príncipe D. Fernando. Em 1838, decide adquirir o velho convento, toda a cerca envolvente, o Castelo dos Mouros e outras quintas e matas circundantes. Iniciou logo a seguir as obras de consolidação do velho convento, dotando-o de novos acessos em túnel. Em 1840, dois anos antes que Varnhagen desse à estampa a sua colecção de artigos sobre os Jerónimos, o príncipe D. Fernando decide a ampliação do Convento de forma a construir um verdadeiro paço acastelado romântico, residência de verão da família real portuguesa.

Palácio de Mafra

O Palácio Nacional de Mafra, foi construído durante o reinado de D. João V, em consequência de um voto que o jovem rei fizera se a rainha D. Mariana de Áustria lhe desse descendência. O nascimento da princesa D. Maria Bárbara determinou o cumprimento da promessa. Este palácio e convento barroco domina a cidade de Mafra.
O trabalho começou a 17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto para abrigar 13 frades
franciscanos, mas o dinheiro do Brasil começou a entrar nos cofres, pelo que D. João e o seu arquitecto, Johann Friedrich Ludwig que estudara na Itália, iniciaram planos mais ambiciosos. Não se pouparam a despesas. A construção empregou 52 000 trabalhadores e o projecto final acabou por abrigar 330 frades, um palácio real, umas das mais belas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte. A magnifica basílica foi consagrada no 41.º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades de oito dias.

O palácio só era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. Hoje em dia decorre um projecto para a preservação dos lobos. As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas, em 1807. O mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas, e dali saiu também em 1910 o último rei D. Manuel II para o seu iate real.

O maior tesouro de Mafra é a biblioteca, com chão em mármore, estantes rococó e uma colecção de mais de 40 000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluíndo uma primeira edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.

Palácio do Buçaco

Este admirável Palácio Real, último legado dos Reis de Portugal situado na Mata do Buçaco, é um conjunto arquitectónico, botânico e paisagístico único na Europa onde está instalado actualmente o Palace Hotel do Bussaco, categorizado como um dos mais belos e históricos hotéis do mundo.
Situado como que magicamente no interior da
Mata Nacional do Buçaco assemelha-se a uma Torre de Belém (Lisboa) rodeada de um extenso oceano verde, uma floresta mágica onde se encontram igualmente capelas, fontes, miradouros, uma Via Sacra e um Convento.
O edifício do actual hotel, em
estilo neo-manuelino, está decorado com painéis de azulejos, frescos e quadros alusivos à Epopeia dos Descobrimentos portugueses, todos eles assinados por alguns dos grandes mestres das artes.

Universidade de Coimbra

A Universidade de Coimbra foi criada em 1290 por el-rei D. Dinis, a Universidade de Coimbra é a mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa. A Universidade foi por diversas vezes transferida entre Coimbra e Lisboa até 1537, data em que D. João III a fixou definitivamente em Coimbra. Hoje, a Universidade de Coimbra, conta com oito Faculdades (Letras, Direito, Medicina, Ciências e Tecnologia, Farmácia, Economia, Psicologia e Ciências da Educação, Ciências do Desporto e Educação Física), e cerca de 22.000 alunos.

Universidade de Évora

A Universidade de Évora foi a segunda universidade a ser fundada em Portugal. Após a fundação da Universidade de Coimbra, em 1537, fez-se sentir a necessidade de uma outra universidade que servisse o sul do país. Évora, metrópole eclesiástica e residência temporária da Corte, surgiu desde logo como a cidade mais indicada.Ainda que a ideia original de criação da segunda universidade do Reino, tenha pertencido a D. João III, coube ao Cardeal D. Henrique a sua concretização. Interessado nas questões de ensino, começou por fundar o Colégio do Espírito Santo, confiando-o à então recentemente fundada Companhia de Jesus. Ainda as obras do edifício decorriam e já o Cardeal solicitava de Roma a transformação do Colégio em Universidade plena. Com a anuência do Papa Paulo IV, expressa na bula Cum a nobis de Abril de 1559, foi criada a nova Universidade, com direito a leccionar todas as matérias, excepto a Medicina, o Direito Civil e a parte contenciosa do Direito Canónico.A inauguração solene decorreu no dia 1 de Novembro desse mesmo ano. Ainda hoje, neste dia se comemora o aniversário da Universidade, com a cerimónia da abertura solene do ano académico.As principais matérias ensinadas eram Filosofia, Moral, Escritura, Teologia Especulativa, Retórica, Gramática e Humanidades, o que insere plenamente esta Universidade no quadro tradicional contra-reformista das instituições católicas europeias do ensino superior, grande parte das quais, aliás, controladas pelos jesuítas.

Quando a conjuntura política e cultural de meados do século XVIII se começou a revelar hostil aos jesuítas, não admira que a Universidade de Évora se tenha facilmente transformado um alvo da política reformadora e centralista de Pombal. Em 8 de Fevereiro de 1759 - duzentos anos após a fundação - a Universidade foi cercada por tropas de cavalaria, em consequência do decreto de expulsão e banimento dos jesuítas. Após largo tempo de reclusão debaixo de armas, os mestres acabaram por ser levados para Lisboa, onde muitos foram encarcerados no tristemente célebre Forte da Junqueira. Outros foram sumariamente deportados para os Estados Pontifícios.A partir da Segunda metade do século XIX, instalou-se no nobre edifício henriquino o Liceu de Évora, ao qual a rainha Dona Maria II concedeu a prerrogativa do uso de "capa e batina", em atenção à tradição universitária da cidade e do edifício.

Templo de Diana, em Évora

O Templo Romano na cidade de Évora (muito impropriamente chamado de Templo de Diana), é um templo de estilo coríntio, construído no início do século I. Durante muito tempo julgou-se tratar de um templo dedicado a Diana, a deusa romana da caça; estudos posteriores demonstraram tratar-se de santuário consagrado ao imperador.
Localizado na freguesia da
Sé e São Pedro, no Largo Conde de Vila Flor, encontra-se rodeado pela Sé de Évora, pelo Tribunal da Inquisição, pela Igreja e Convento dos Lóis, pela Biblioteca Pública e pelo Museu.