segunda-feira, 21 de novembro de 2005

PORTUGAL NO MEU RUMO III

Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa

O Padrão dos Decobrimentos foi inaugurado em 1960, aquando das celebrações dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique (Henrique O Navegador). Evoca claramente a expansão marítima e foi desenhado na forma de uma caravela, liderada pelo Infante D. Henrique - que segura numa mão uma pequena caravela -, seguido de muitos outros heróis da história portuguesa (Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral - que descobriu o Brasil - Fernão Magalhães - que atravessou o Pacífico em 1520 -, o escritor Camões e muitos outros).
Visto da gigantesca Rosa-dos-Ventos, este monumento fascina pela sua majestosidade e pelos seus 50 metros de altura, sendo visitado por milhares de pessoas todos os anos. Minuciosamente esculpida em pedra, a Rosa-dos-Ventos (veja o painel no topo da página) foi um presente da República da África do Sul e percepciona-se melhor do cimo do Padrão dos Descobrimentos, cujo acesso é feito pelo elevador situado dentro do edifício. O mapa central, com figuras de galeões e sereias desenhadas, mostra as rotas das descobertas concretizadas nos séculos XV e XVI.Este monumento situa-se em Belém, mesmo na margem do rio Tejo, numa área única e é particularmente impressionante à luz do pôr-do-sol.
Terreiro do Paço, em Lisboa

A Praça do Comércio, mais conhecido por Terreiro do Paço, foi o local do palácio real durante 200 anos. Em 1511, D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este sítio junto ao rio. Este palácio bem como a sua biblioteca de 70 000 volumes, foram destruídos pelo terramoto de 1755. Na reconstrução a praça tornou-se no elemento fundamental do plano de Pombal. Os novos edifícios, com arcadas que circundam a praça, até hoje, a ser ocupados por ministérios.
Após a
Revolução de 1910 os edifícios foram pintados a cor-de-rosa republicano. Contudo, já foram pintados com o amarelo real. O lado sul, com as suas duas torres quadradas, está virado para o Tejo. Essa foi sempre a melhor entrada de Lisboa, onde os embaixadores e a realeza desembarcavam nos degraus de mármore vindos do rio. Ainda é possível experimentar essa impressionante entrada em Lisboa nos cacilheiros provenientes de Cacilhas. Hoje o espectáculo é prejudicado pelo movimento do trânsito na Avenida da Ribeira das Naus, que corre ao longo da margem. No centro da praça vê-se a estátua equestre de D. José I, erigida em 1775 por Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. Ao longo dos anos, a estátua de bronze ganhou uma pátina verde. No lado norte da praça encontra-se o impressionante Arco Triunfal da Rua Augusta, é a entrada para a Baixa.
A 1 de Fevereiro de 1908, o rei
D. Carlos e seu filho Luís Filipe foram assassinados quando passavam na praça. Em 1974 a praça assistiu à Revolta do Movimento das Forças Armadas, que derrubou o governo de Marcello Caetano numa revolução sem derramento de sangue. A área serviu como parque de estacionamento durante muitos anos, mas hoje este vasto espaço é usado por vezes para eventos culturais e espectáculos.

Palácio de São Bento (Assembleia da República)

O Palácio de São Bento, também conhecido por Palácio da Assembleia da República, é um enorme enorme edíficio de estilo neoclássico situado em Lisboa, sendo a sede do Parlamento Português desde a dissolução das ordens religiosas em 1834.
Foi construído em finais do século XVI como mosteiro beneditino (Convento de S. Bento); ao longo dos séc. XIX e séc. XX foi sofrendo uma série de grandes obras de remodelação interiores e exteriores, o que torna o edifíco actual quase completamente distinto do antigo convento.
Depois da tornou-se sede do
Parlamento e passou a ser conhecido por Palácio das Cortes.
Conforme a denominação oficial do parlamento, também o palácio teve várias denominações: Palácio das Cortes, Palácio do Congresso e Palácio da Assembleia Nacional. Actualmente adoptou-se a designação de Palácio de S. Bento em memória do antigo convento, seno a sede da
Assembleia da República.
O interior é igualmente grandioso, com pilares de mármore e estátuas neoclássicas.

Jardim Zoológico de Lisboa

Inaugurado em 1884, o Jardim Zoológico de Lisboa foi o primeiro parque com fauna e flora da Península Ibérica. Os seus fundadores foram os Drs. Pedro van der Laan e José Thomaz Sousa Martins, que contaram com o apoio de várias personalidades, como o Rei D. Fernando II e pelo conhecido zoólogo e poeta José Vicente Barboza du Bocage.As primeiras instalações situaram-se no Parque de São Sebastião da Pedreira, que foi cedido gratuitamente pelos seus proprietários. Em 1905, foram inauguradas as novas e definitivas instalações na Quinta das Laranjeiras. As inúmeras remessas de animais vindos de África e do Brasil contribuíram para que, ao longo dos anos, o Jardim Zoológico tivesse uma das colecções de animais mais vasta e diversificada. Destacaram-se, na realidade, alguns governadores das ex-províncias ultramarinas no contributo para o enriquecimento da colecção zoológica com exemplares de espécies exóticas, pouco conhecidas e atractivas.Em 1952, a Câmara Municipal de Lisboa galardoou esta Instituição com a Medalha de Ouro da Cidade.A queda do regime ditatorial em 1974 e a consequente independência das antigas colónias em África, significou a quebra do forte apoio prestado ao Jardim Zoológico pelas autoridades na diversificação e renovação da colecção animal. Por esta altura, o número de visitantes também diminuiu de forma substancial e ocorreram cortes radicais dos subsídios estatais. Assim, foi necessário desenvolver e implementar uma nova estratégia de gestão para o Jardim Zoológico, adequando-o aos valores e necessidades da época.Em 1990 a nova política de gestão adoptada pelo Conselho de Administração que tomou posse tinha por objectivos a modernização do espaço do Jardim, assim como dos serviços. Deste modo, foram criadas áreas de trabalho específicas com objectivos próprios, para melhorar a colecção e o bem-estar animal, a sua alimentação e os cuidados médico-veterinários. Em paralelo, foram criados serviços comerciais, de marketing, relações públicas e imprensa, de modo a dinamizar o Parque como parceiro privilegiado das empresas. Promover a educação para a conservação junto do público visitante era, também, uma das principais preocupações, que rapidamente mereceu a criação de um serviço próprio, o Centro Pedagógico.Hoje em dia, o Jardim Zoológico é um importante espaço onde aliada à conservação e à educação está uma forte componente de entretenimento e diversão. No parque habitam várias espécies de mamíferos, aves, répteis e anfíbios. Das cerca de 360 espécies do Jardim Zoológico, 54 são EEP's.

Expo 98, em Lisboa

A Expo'98, ou Exposição Mundial de 1998, cujo tema foi "Os oceanos: um património para o futuro", realizou-se em Lisboa, Portugal de 22 de Maio a 30 de Setembro de 1998.

A zona escolhida para albergar o recinto foi o limite oriental da cidade junto ao rio Tejo. Foram construídos diversos pavilhões que permanecem ao serviço dos habitantes e visitantes integrados no agora designado Parque das Nações, destacando-se o Oceanário (um dos maiores aquários da Europa com 5 ambientes marinhos distintos e numerosas espécies de mamíferos e peixes, do arquitecto Peter Chermayeff) um pavilhão de múltiplas utilizações (Pavilhão Atlântico, arquitecto Regino Cruz) e um complexo de transportes com metropolitano e ligações ferroviárias (Estação do Oriente, do arquitecto Santiago Calatrava).
A Expo'98 atraiu cerca de 10 milhões de visitantes. O seu sucesso, no entanto, ficou a dever-se à vitalidade cultural que demonstrou - por exemplo, os seus cerca de 5000 eventos musicais constituiram um dos maiores festivais musicais da história da humanidade. Arquitectonicamente, a Expo revolucionou esta parte da cidade e influenciou os hábitos de conservação urbana dos portugueses - pode dizer-se que o Parque das Nações é um exemplo de conservação bem-sucedida dum espaço

Marina de Faro

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