quinta-feira, 15 de dezembro de 2005

Há 188 anos era extinto o concelho de Vila Meã

Faz hoje 188 anos que João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança, abreviadamente conhecido por D. João VI, e cognominado O Clemente, correspondendo ao desejo dos seus habitantes, declara a extinção do concelho de Vila Meã do Burgo, que a partir de então passa a integrar o concelho de Arouca, como freguesia do Burgo.
O facto deu-se um ano após D. João ter chegado ao poder, mas, curiosamente, sem estar em Portugal. Encontrava-se no Brasil para onde rumou em 1807, dada a instabilidade causada pelas invasões napoleónicas, onde permaneceu mesmo após a subida ao trono do reino português.
Regressa a Portugal apenas em 1822, deixando que nas suas costas se declare a independência do Brasil, pelo seu herdeiro Pedro de Bragança que se auto proclamou Imperador daquela velha e rica colónia.
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O foral que concedia privilégios administrativos ao velho burgo de Vila Meã, aonde ainda se encontra o antigo pelourinho (recuperado recentemente do abandono para o qual a extinção da autonomia o atirou), havia sido atribuído em Maio de 1229 por Dona Mafalda. E, contráriamente ao que se diz e lê em muitos sítios e trabalhos (talvez por distracção), não foi o primeiro foral a ser atribuído à região de Arouca. Sendo que, já em Abril de 1151, havia sido dado um foral a Arouca por Dom Afonso Henriques (avô paterno de Dona Mafalda), que Dom Afonso II, O Gordo, (irmão de Dona Mafalda) confirmou em Novembro de 1217 e, Dom Manuel I, O Venturoso, reformou em Dezembro de 1513.

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