quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Ligação entre Arouca e Feira pode não chegar ao nó da A1

A via estruturante Arouca-Feira, cuja conclusão está por definir depois de o Governo ter suspendido a concessão rodoviária do Vouga, poderá não chegar ao nó da A1 em Santa Maria da Feira, ao contrário do que estava planeado. Após ter conhecimento dessa suspensão, a Câmara de Arouca reclamou a ligação a uma auto-estrada, mais precisamente à A32, no concelho da Feira, a cerca de nove quilómetros do nó da A1.
"Não precisamos de chegar a A1, o que é verdadeiramente prioritário é chegar a uma auto-estrada e, para nós, basta chegar à A32", adianta o presidente da Câmara de Arouca, Artur Neves. "A nossa urgência é que sejam construídos os 13 quilómetros até à A32", acrescenta. O autarca garante que ainda não tem uma posição oficial sobre o assunto e aguarda que a decisão seja comunicada até meados de Setembro. "Estão a estudar uma solução, mas ainda não temos uma decisão definitiva".
Santa Maria da Feira não aceita que a ligação Arouca-Feira fique a meio caminho, até pelos projectos rodoviários que estão desenhados para a EN223. "Não quero acreditar que o Governo, que se comprometeu publicamente a fazer a ligação até ao nó da A1, venha a faltar à palavra dada", refere o presidente da Câmara da Feira, Alfredo Henriques. O autarca assegura que a autarquia e os feirenses "não admitirão" um retrocesso na decisão e critica a postura de Artur Neves. "Estranho muito a posição da Câmara de Arouca. Sempre estivemos juntos neste processo e, de repente, o presidente da autarquia olha para o seu umbigo e quer resolver um problema a meio", aponta.
Em Maio, deu entrada na Assembleia da República uma petição para reapreciação da suspensão da construção da via estruturante Arouca-Feira. O documento salienta que "Arouca é um dos poucos concelhos do país que não tem ligações a auto-estradas". Entretanto, o deputado do PSD Paulo Cavaleiro, eleito por Aveiro e relator da petição, já lembrou o ministro das Obras Públicas da urgência de se resolver a situação, considerando que as informações fornecidas até ao momento são insuficientes. Cavaleiro considera que, se a via estruturante não chegar ao nó da A1, como estava definido, a "região perde uma boa alternativa para resolver o problema da congestionada EN223".
Por Sara Dias Oliveira, in Público

2 comentários:

Bruno Costa disse...

Isso não vai acontecer!
Se for para fazer só metade da via... o troço A1-A32 será claramente mais importante, na medida em que soluciona os problemas de um número MUITO maior de pessoas.
Espero que Arouca não abandone a lute pela via COMPELTA. Pode correr mal!

António Brandão de Pinho disse...

Pela minha parte, continuarei a reclamar e lutar pela ligação ao nó da A1 em Santa Maria da Feira ou ao nó da Estrada Nacional no Picoto, aonde chega a ligação da Auto-Estrada (nó de Espinho). Esta é a solução há muito reclamada pelos arouquenses e aquela que melhor concretiza os seus interesses e legítimas expectativas, criadas nos últimos anos por via de promessas de vários políticos, incluíndo o próprio primeiro-ministro.
A ficar-se por esta solução de meio caminho (ligação à A32)não se satisfazem os interesses da população arouquense, nem se concretiza a coesão que a Junta Metropolitana do Porto deverá reclamar para a generalidade dos municípios que a integram.

Cumps,