sábado, 17 de julho de 2010

Coisas tremendas.

De férias e com disponibilidade até para as pequenas noticias, apanhei na Sábado uma pequena caixa intitulada Cadáveres pelo cano abaixo, noticia segundo a qual «as funerárias belgas defendem uma alternativa aos enterramentos: a dissolução dos corpos em ácido e o seu envio para os esgotos para serem tratados como águas residuais», coisa que parece mesmo estar a ser equacionada e praticada, já que, segundo adianta a noticia, a EU está a estudar a ideia, já usada nos EUA.
Sendo certo que os cemitérios, como hoje os vemos e concebemos, têm os dias contados, e caminhamos a passos largos para a cremação obrigatória, aquela hipótese, pelos vistos já praticada, parece-me tremenda!
Sou condescendente com a Cremação e aceito-a como uma inevitabilidade forçada, nomeadamente, por questões de salubridade pública. Vejo nesta também a possibilidade dos crentes poderem recuperar o preceito tão caro aos nossos antepassados - desdito com a proibição dos enterramentos no interior das igrejas e capelas - de que “o descanso dos mortos, é no seio dos vivos”. Assim o quero, porque, para além do mais, a morte faz parte da vida!
Agora, aquela solução!? Oxalá nunca tenhamos que chegar a tal. A tamanho desprendimento e desinteresse pelo derradeiro destino dos nossos entes queridos, do nosso derradeiro destino!

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