quinta-feira, 19 de outubro de 2006

A propósito da Igreja do Convento de Arouca

Faz amanhã 288 anos era benzida a actual Igreja do Convento de Arouca, que depois de ser ter arruinado em 1704, foi restaurada pelo arquitecto maltês Carlos Gimac.
Igreja esta que, entretanto, passou a ser a Igreja Paroquial de Arouca, em substituição da pequena e velhinha igreja de S. Bartolomeu.
Em Fevereiro de 1887, a Paróquia de Arouca solicita autorização ao bispo da Diocese do Porto, Dom Américo, para a mudança do Santíssimo Sacramento da igreja de S. Bartolomeu para a igreja do Mosteiro.
Em Junho de 1889 é concedida autorização à paróquia de S. Bartolomeu para estabelecer a sua igreja matriz no templo do Convento. Para conseguir este desiderato, importante se mostrou a influência junto do Conde de Castelo de Paiva, Martinho Pinto de Vasconcelos Miranda Montenegro e, dentre outros, a influência do Doutor Inácio Teixeira Brandão de Vasconcelos e António Teixeira Brandão de Vasconcelos, da Casa de Alhavaite, freguesia do Burgo.
Logo em Julho deste mesmo ano (Diário do Governo, n.º158, de 18 de Julho de 1889) eram entregues à guarda e administração da Irmandade os paramentos, alfaias, relíquias, imagens e outros objectos de culto do mosteiro.
Em Março do ano seguinte, o Administrador do Concelho, em nome da Direcção Geral dos Próprios Nacionais, dá posse dos bens da igreja do Mosteiro à Junta de Paróquia de Arouca e à Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda. Concessão autorizada pelo Cardeal Bispo do Porto por oficio de 30 de Janeiro.
Dois meses depois, a Junta de Paróquia de Arouca resolve fazer um leilão com os móveis, a pedra do campanário e a tribuna da igreja de S.Bartolomeu, antiga igreja matriz da paróquia de Arouca.
Em Fevereiro de 1891, a Diocese do Porto permite a demolição daquela antiga e pequena igreja que se encontrava edificada onde é hoje a Praça Brandão de Vasconcelos.
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Também aí, mais própriamente no antigo coro das freiras, se situa o Órgão de Tubos, um dos mais importantes da primeira metade do século XVIII em todo o mundo, que vai conhecer agora mais uma intervenção com vista a devolver-lhe as suas características originais. O investimento ronda os 380 mil euros, contando com 75% de comparticipação por parte do FEDER e 25% por parte da Real Irmandade da Rainha Santa Mafalda e do IPPAR.

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