segunda-feira, 9 de janeiro de 2006

Eleições nos "Unidos de Rossas"

Uma das mais conhecidas colectividades de Rossas, a Associação Social, Cultural e Desportiva "Unidos de Rossas" foi a eleições para os seus órgãos sociais no último fim-de-semana de 2005. Ao que me foi dado conhecer, António de Almeida Azevedo Brandão, sócio fundador e presidente daquela associação desde a sua fundação, em 5 de Agosto de 1975, até finais de 2002, depois de ter dado a oportunidade para que associação tomasse outro rumo, volta a ver-se na obrigação de assumir a direcção da mesma.
De facto, há muito que eram conhecidas as dificuldades por que atravessa aquela conhecida associação e, também assim, a dificuldade em os mais jovens lhe "pegar".
Mais uma vez, é matéria em que estou particularmente à vontade para falar, sendo que, conhecendo bem a realidade daquela associação, e ao meu tempo de presidente da Direcção do Grupo Cultural e Recreativo de Rossas (associação "rival", ou não) ter escrito alguns artigos de opinião na "Defesa de Arouca", onde defendia a necessidade de renovação em associações como os "Unidos de Rossas", "Jornal Jovem de Alvarenga", "2002 Nogueiró" e até no "ACR de Mansores", sob pena destas associações pararem no tempo, pelo cansaço dos seus dirigentes e pelo cansaço dos próprios associados. Para mim, uma colectividade do género destas, nomeadamente nos seus órgãos sociais, é um sítio de passagem em determinada fase das nossas vidas (o tempo necessário para aprender, fazer obra e deixar exemplo) e, jamais, poderá ser um posto de que nos ocupamos e assim nos mantemos indefinidamente.
Contudo, aquilo que defendia, só viria a acontecer, com sucesso, no "ACR de Mansores". Todas as outras associações, dado hábitos contrários à sua razão de ser e vicios pouco compativeis com um rigoroso funcionamento, viriam a desembocar no pior dos cenários que em 1998-1999, havia pintado.
No entanto, também não pode deixar de ser apontado o dedo e responsabilidade aos associados (para mim, sempre os grandes responsáveis pelo rumo das respectivas associações) e aos mais jovens do desiderato pretendido para estas associações. Por vezes, e neste caso particularmente, revelam-se medrosos, incoerentes e mal agradecidos!
Assim, obrigo-me a reconhecer, apesar de tudo e mais uma vez, o grande valor do "Prof. António", pessoa sempre empenhada e coerente com as suas causas e, também assim, dado os curtos horizontes que lhe pinta, as suas angústias e tristezas por ver o estado a que chegou a situação e a falta de "mãos para lhe pegar". Dá, por isso, mais uma grande lição a todos nós! Principalmente àqueles que, como eu, lhe reservam o posto de uma das pessoas mais válidas e merecedoras de maior estima e respeito na freguesia de Rossas. Ele sabe disso! Porque já lho disse com a frontalidade e sinceridade que com ele uso falar.
Os maiores sucessos aos "Unidos de Rossas"!

1 comentário:

Anónimo disse...

Quanto ao caso particular dos Unidos de Rossas, não posso deixar de reconhecer que o tempo te vai dando razão.
Hoje, e por muita insistência, sou um dos elementos da Direcção desta Associação e, atendendo ao estado em que a encontramos, não posso deixar de concordar com o que escreves e já muitas vezes me disseste.
Mais parece que, nos últimos anos, ninguém tomou conta disto. Não há um arquivo em condições, não se sabe dos prémios, nem o paradeiro de muito do nosso património. Contas? Mais vale não dizer mais nada.
Agora, dou valor ao trabalho que fizeste nos Recreativos. A organização administrativa são os alicerces de qualquer associação.