Vai para mais de meio ano, não há notícias da Federação das Associações do Município de Arouca. Temo que, também por este caso, se esteja a dar razão àqueles que dizem que o associativismo não é mais que um trampolim para a política. Coisa que, neste caso, para quem conhece a realidade, será injusto sustentar. Contudo, lá diz o povo que: quem não quiser ser lobo, que não lhe vista a pele!
O ainda presidente da Direcção da Federação, foi eleito nas eleições autárquicas, de Dezembro último, para a Assembleia de Freguesia de Rossas, vindo a assumir o cargo de Presidente da respectiva Junta de Freguesia e ao que se consta, entende ser incompatível o exercício de uma e outra funções, pelo que terá dito que iria renunciar ao mandato para o qual foi convidado (depois eleito) e, quando ainda se encontrava no primeiro ano desse exercício.
Contudo, volvido mais de meio ano após ter tácitamente cessado funções devido à sua candidatura à Assembleia de Freguesia de Rossas, nenhuma comunicação formal dessa pretendida renuncia chegou a acontecer, pelo menos até ao passado dia 14 de Janeiro último.
Entretanto, a Federação permanece num estado tal de letargia que me admira não preocupar os seus actuais dirigentes e até, mesmo, aqueles que apadrinharam a candidatura de José Paulo Oliveira à Assembleia de Freguesia de Rossas. Tanto mais, quando se trata de pessoas que reclamam grande protagonismo no movimento associativo de Arouca e disso fazem curriculum. Porventura, justamente! Não é isso que está em causa! Em causa, está a sua responsabilidade, também, já que nele têm e pretendem ter lugar, em assegurar que o “edifício associativo municipal” não se desmorone ou fragilize por passividade sua. É preciso estar com responsabilidade e disponibilidade nas coisas, mas, também delas sair com idêntica responsabilidade e respeito pelas pessoas que integram o seu edifício ou sobre ele criam expectativas.
É claro que não está aqui em causa a pessoa do presidente da Federação, a sua capacidade, competência e até mesmo o seu direito a renunciar ao mandato. Tão pouco, se visa procurar dizer que a “coisa” caiu como eu vinha a temer, dado ter tomado um rumo que havia sustentado não ser o mais indicado, nomeadamente no que tocou à minha sucessão. Uma vez que, defendia ser, aquela, altura das associações federadas assumirem e responsabilizarem-se pelo desiderato da sucessão, ao invés de se seguir a lógica da “sucessão feudal”que, a curto prazo, antevia eu, levaria a esmagadora maioria das associações a não dar a mínima relevância à Federação. Tanto mais, se esta enveredasse por um caminho alheio aos seus fins estatutários e, cada vez mais, assemelhado e até concorrencial com o das próprias associações federadas. Mas, não! Não é disso que, agora, se trata! Pese embora, seja notório que as associações não estão minimamente preocupadas com o estado actual da Federação. E, tão pouco, nela vêem qualquer proveito! O que é preocupante!
Trata-se, isso sim, de dar um pequeno eco sobre a preocupação em relação ao estado actual da “coisa” que, na qualidade de ex-presidente da Direcção daquela estrutura, entendo dever dar. E, podia-o dar noutra sede. No entanto, depressa a coisa era tida como alguma tentativa de obter algum protagonismo ou pretender fragilizar o ainda presidente da Direcção, ou actual presidente da Junta de Freguesia de Rossas. Contudo, nem uma nem outra coisas são pretensões minhas. Mas, à falta de sede própria (reuniões ordinárias ou extraordinárias da Federação) e não pretendendo eco maior para esta minha preocupação, fica aqui o registo, na certeza de que pessoas com o poder de decisão, por si (ou recomendadas) deste tomarão conhecimento.
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