terça-feira, 17 de janeiro de 2006

Com "FAMA", mas sem proveito!

Vai para mais de meio ano, não há notícias da Federação das Associações do Município de Arouca. Temo que, também por este caso, se esteja a dar razão àqueles que dizem que o associativismo não é mais que um trampolim para a política. Coisa que, neste caso, para quem conhece a realidade, será injusto sustentar. Contudo, lá diz o povo que: quem não quiser ser lobo, que não lhe vista a pele!

O ainda presidente da Direcção da Federação, foi eleito nas eleições autárquicas, de Dezembro último, para a Assembleia de Freguesia de Rossas, vindo a assumir o cargo de Presidente da respectiva Junta de Freguesia e ao que se consta, entende ser incompatível o exercício de uma e outra funções, pelo que terá dito que iria renunciar ao mandato para o qual foi convidado (depois eleito) e, quando ainda se encontrava no primeiro ano desse exercício.
Contudo, volvido mais de meio ano após ter tácitamente cessado funções devido à sua candidatura à Assembleia de Freguesia de Rossas, nenhuma comunicação formal dessa pretendida renuncia chegou a acontecer, pelo menos até ao passado dia 14 de Janeiro último.
Entretanto, a Federação permanece num estado tal de letargia que me admira não preocupar os seus actuais dirigentes e até, mesmo, aqueles que apadrinharam a candidatura de José Paulo Oliveira à Assembleia de Freguesia de Rossas. Tanto mais, quando se trata de pessoas que reclamam grande protagonismo no movimento associativo de Arouca e disso fazem curriculum. Porventura, justamente! Não é isso que está em causa! Em causa, está a sua responsabilidade, também, já que nele têm e pretendem ter lugar, em assegurar que o “edifício associativo municipal” não se desmorone ou fragilize por passividade sua. É preciso estar com responsabilidade e disponibilidade nas coisas, mas, também delas sair com idêntica responsabilidade e respeito pelas pessoas que integram o seu edifício ou sobre ele criam expectativas.
É claro que não está aqui em causa a pessoa do presidente da Federação, a sua capacidade, competência e até mesmo o seu direito a renunciar ao mandato. Tão pouco, se visa procurar dizer que a “coisa” caiu como eu vinha a temer, dado ter tomado um rumo que havia sustentado não ser o mais indicado, nomeadamente no que tocou à minha sucessão. Uma vez que, defendia ser, aquela, altura das associações federadas assumirem e responsabilizarem-se pelo desiderato da sucessão, ao invés de se seguir a lógica da “sucessão feudal”que, a curto prazo, antevia eu, levaria a esmagadora maioria das associações a não dar a mínima relevância à Federação. Tanto mais, se esta enveredasse por um caminho alheio aos seus fins estatutários e, cada vez mais, assemelhado e até concorrencial com o das próprias associações federadas. Mas, não! Não é disso que, agora, se trata! Pese embora, seja notório que as associações não estão minimamente preocupadas com o estado actual da Federação. E, tão pouco, nela vêem qualquer proveito! O que é preocupante!
Trata-se, isso sim, de dar um pequeno eco sobre a preocupação em relação ao estado actual da “coisa” que, na qualidade de ex-presidente da Direcção daquela estrutura, entendo dever dar. E, podia-o dar noutra sede. No entanto, depressa a coisa era tida como alguma tentativa de obter algum protagonismo ou pretender fragilizar o ainda presidente da Direcção, ou actual presidente da Junta de Freguesia de Rossas. Contudo, nem uma nem outra coisas são pretensões minhas. Mas, à falta de sede própria (reuniões ordinárias ou extraordinárias da Federação) e não pretendendo eco maior para esta minha preocupação, fica aqui o registo, na certeza de que pessoas com o poder de decisão, por si (ou recomendadas) deste tomarão conhecimento.

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