Na Reunião de Câmara realizada no passado dia 21 de Outubro de 2008 (Acta n.º20/2008), o Vereador Dr. Óscar Brandão, referindo-se a uma «...notícia publicada na imprensa, segundo a qual foram acordados os limites do concelho com o município de Vale de Cambra...» questionou o presidente em exercício naquela reunião, senhor Dr. Ângelo Alberto Campelo de Sousa, sobre «...que envolvimento tiveram nas negociações que levaram a esse acordo as populações locais, as associações de baldios e os Presidentes das Juntas de Freguesia envolvidas...».
Ao que o também Vice-Presidente da Câmara, senhor Dr. Ângelo Alberto Campelo de Sousa, respondeu não se encontrar munido de elementos concretos que lhe permitissem dar as informações solicitadas.
.Aguardo com interesse noticias da próxima reunião do executivo camarário, em que o senhor Presidente da Câmara, este sim, necessariamente, munido de elementos concretos, principalmente do Auto de Delimitação e Demarcação, não deixará de prestar as informações solicitadas pelo senhor Vereador Dr. Óscar Brandão, relativamente ao tal acordo sobre os limites do concelho com o município de Vale de Cambra.
.Interessa-me, particularmente, saber se os presidentes das Juntas de Freguesia de Rossas e Urrô foram chamados a participar nas ditas negociações, como o assunto em causa tornava exigível. Interessando-me, nomeadamente, saber se estes se encontravam munidos dos documentos necessários e eram conhecedores dos limites das suas próprias freguesias, como assunto em causa requeria.
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Sem querer fazer qualquer apreciação sobre um acordo que não conheço, ficava já muito contente se a ele não se tivesse chegado com ligeireza e irresponsabilidade. Tanto mais, quando tenho vindo a notar tremendas discrepâncias entre o que está escrito nos documentos e aquilo que se constata no terreno, nomeadamente no lugar do Merujal e imediações, naquilo que aos limites e confrontações destas duas freguesias diz respeito.
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O tema é controverso desde há longa data, não tanto pelas causas de que há tradição, porque essas sempre estiveram esclarecidas nos documentos que a ignorância não leu, mas, agora, por evidentes abusos e manifesta irresponsabilidade, por acção e omissão, de quem tem passado por aquelas duas Juntas de Freguesia.
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Oxalá nada se tenha traçado a simples indicação do imemorial e que, directa ou indirectamente, no todo ou em parte, se tenha feito alguma luz sobre os rigorosos limites da freguesia de Rossas com a de Urrô, sendo certo que ambas tocam o município vizinho de Vale de Cambra.
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Relativamente aos limites com Vale de Cambra, não é preciso muito para constatar que o assunto não se compadece com ligeirezas. O complicado da questão afere-se por um simples exercício.
Se observarmos o mapa da nova Vigararia de Arouca ficámos com a sensação que as freguesias de Rossas e Urrô tocam a freguesia de Rôge, do c. de Vale de Cambra. Quando Rôge refere limites apenas com Chave, Urrô e Albergaria da Serra. Já a Junta de Freguesia de Rossas, num exercício aparentemente impossível, vira costas a Rôge e encontra limites com a freguesia de Cepelos daquele mesmo concelho.
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É claro que para o tal acordo devem ter sido levados mapas e documentos rigorosos, e feita a necessária confrontação e confirmação, seguida da almejada Delimitação e conveniente Demarcação no terreno. Porém, pelo exercício, não vislumbro fácil aperto de mão.
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