sábado, 15 de novembro de 2008

"Paz" com Vale de Cambra em "guerra" infundada

Segundo o Diário de Aveiro, restabeleceu-se, ou está quase a restabelecer-se, a "Paz" entre Arouca e Vale de Cambra no que aos seus limites diz respeito.
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«Questionado pelo social-democrata Óscar Brandão, o presidente da Câmara Municipal de Arouca aproveitou, ainda, para anunciar o “quase-acordo” com o município de Vale de Cambra no que diz respeito aos limites concelhios. Artur Neves realçou ter convencido o seu par valecambrense, José Bastos, de que as zonas das Pedras Parideiras, da Frecha da Mizarela, na Serra da Freita, e da Ribeira são, inequivocamente, território arouquense. Esclareceu, também, e contudo, de que as negociações com os municípios de S. Pedro do Sul e Cinfães se estão a revelar particularmente difíceis. “Provavelmente, nem chegaremos a acordo”, alvitrou.»
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Expectativas frustradas! Aparentemente, o tal acordo sobre os limites de Arouca com Vale de Cambra, apenas se reporta ao esclarecimento da pertença de determinadas zonas que, de facto, pertencem ao concelho de Arouca, mas que, pelo seu interesse turístico e emblemático, sempre foram muito cobiçadas pelo município vizinho.
Ainda em meados do século passado o Dr. Simões Júnior teve necessidade de argumentar a pertença da Frecha da Mizarela ao concelho de Arouca. Vê-se que a tentação de ignorar os documentos é recorrente para aquelas bandas.
Mas, efectivamente, pelo menos, o lugar da Castanheira e o sítio da Frecha da Mizarela pertencem a Arouca desde 20.X.1257, por doação de D. Afonso III e da Condessa de Bolonha a Dona Maior Martins e ao seu Convento.
Pouco antes, em 01.VIII.1257, já aquele mesmo rei, sobrinho de Dona Mafalda, havia reconhecido ao Mosteiro de Arouca todos os seus direitos na terra de Arouca e ordenado ao abade de Pedroso e a seu meirinho Gonçalo Mendes, entre outros, que delimitassem o seu termo dos das terras de Santa Maria, Fermedo, Cambra, Lafões, Paiva e Alvarenga.

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