segunda-feira, 22 de junho de 2009

Arouca exige «o lançamento imediato da concessão» que permita a ligação da via estruturante ao litoral.

A Câmara Municipal de Arouca aprovou por unanimidade na sua reunião ordinária da passada terça-feira uma moção a solicitar «o lançamento imediato da concessão» que permita a ligação da via estruturante ao litoral.
O documento que já terá seguido para o Primeiro-ministro destaca vários pressupostos válidos em defesa da obra, começando por reconhecer que Arouca é, ainda hoje «um território dos mais carenciados do País em matéria de acessibilidades e outras infra-estruturas potenciadoras do seu desenvolvimento económico». Esta moção enquadra também o ponto da situação da obra ao destacar que a Estradas de Portugal, SA «acaba de concluir o projecto pré-ordenado ao lançamento, em regime de concessão, das rodovias estruturantes do desenvolvimento sustentável desta parcela de território nacional – o IC 35 e a 2ª fase da Via Estruturante (variante à EN 326) que ligara a sede do concelho ao nó da A1 em Santa Maria da Feira» destacando também a importância que a mesma terá para a região Entre o Douro e Vouga e até para a Área Metropolitana do Porto. A Câmara espera que esta «antiquíssima e justíssima reivindicação dos Arouquenses, dos seus representantes autárquicos e de todas as forças vivas do concelho» se concretize. Para isso espera que José Sócrates honre «os compromissos assumidos e as expectativas criadas» e lance a concessão sem demora.
.
_____________________________
Em Outubro passado e relativamente a esta noticia escrevi:
.
Já por aí assiti a algum foguetório derivado a esta noticia. Porém, talvez, muito prematuro e a procurar granjear os efeitos políticos implícitos à mesma.
Apesar do titulo, o trecho «...deverá avançar no final de 2009.» está num tempo verbal que comporta poucas certezas, bem ao jeito de uma mera promessa eleitoral, que, estratégicamente utilizada, poderá dizer-se condicionada à continuidade ou não da actual Câmara e, também assim, do actual Governo. De resto, se de uma coisa certa se tratasse, nenhuma razão existiria para o presidente da Câmara Municipal de Arouca permanecer na esperança manifestada no remate da noticia em apreço.
Volvidos quase três anos sobre a ida do Ministro das Obras Públicas, Engº Mário Lino, a Arouca, fazer uma promessa aparentemente mais peremptória que o teor desta noticia, ainda a coisa se conjuga naquele tempo verbal. Mas, talvez se tornasse precipitado dar a coisa por definitivamente conseguida eleições à porta.
É inevitável que a obra avance a curto/médio prazo e, estes comprometimentos já são muito melhores do que nada. Porém, será lamentável trazê-la para mais uma campanha eleitoral, nos termos em que já andou em 2005.

Sem comentários: