sábado, 11 de outubro de 2008

Lisboa no meu rumo - Palácio dos Marqueses de Fronteira

Hoje, o roteiro de fim-de-semana contemplou o Palácio dos Marqueses de Fronteira, aqui bem pertinho, em São Domingos de Benfica, na enconsta de Monsanto.
Este belo Palácio, ocupado, actualmente, pelo 12º Marquês, foi mandado construir por Dom João de Mascarenhas, primeiro marquês de Fronteira, em 1640, e ampliado no século XVIII, em estilo «rocaille», sendo de grande riqueza os azulejos que o adornam.
No interior, onde não é permitido fotografar, encontram-se salas de grande valor artístico, como o Salão das Batalhas, cujo friso de azulejos relata os triunfos do marquês na Guerra da Restauração contra os espanhóis (1644-1667), e o Salão dos Painéis; a Sala de Jantar está decorada com frescos retratos da nobreza portuguesa, de artistas como Domingos António de Sequeira; A capela, de finais do século XVI é a parte mais antiga. A fachada está dornada com pedras, conchas, vidros partidos e restos de porcelanas que, ao que consta, terão resultado de peças usadas na inauguração do palácio e partidas para que ninguém mais as utilizasse. No interior, as atenções viram-se para um presépio cuja autoria é atribuída a Machado de Castro.
O palácio possui um enorme terraço onde se podem admirar nove estátuas mitológicas de mármore e painéis de azulejo em que são representadas alegorias aos Sentidos, às Artes e às Ciências, bem como onze medalhões ao estilo do atelier Della Robbia; noutra fachada, encontra-se uma loggia entre dois torreões.
Os sumptuosos jardins, numa área de 5,5 ha, desenhados à italiana, rodeiam pavilhões, fontes e lagos, dos quais se destacam o Jardim de Vénus e, em particular, a Galeria dos Reis, composta por um friso de azulejos em que se podem ver vários cavaleiros a galope e um outro em que aparecem, em nichos, os bustos de quinze reis de Portugal.
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O actual Marquês de Fronteira é D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas (1945-), 9º marquês de Alorna, 13º conde da Torre, 13º conde de Assumar, 12º conde de Coculim; neto do predecessor e filho de D. Fernando Mascarenhas, 12º conde da Torre; sem descendência.

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