quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pela minha terra (III)

“Capela Mortuária” da freguesia de Rossas – Está aparentemente concluída a readaptação da chamada Casa do Adro da igreja matriz de Rossas para servir de Capela Mortuária. Há muito que se justificava nesta freguesia um espaço especifico para as famílias e amigos poderem velar os seus entes queridos, começando a por fim à prática de velar os mortos nas principais salas daquelas que foram as suas últimas moradas. No entanto, a solução encontrada não é a mais feliz!
O espaço agora adaptado, segundo a Fábrica da Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição de Rossas, servirá de Capela Mortuária no rés-do-chão e Sala para Catequese no 1.º andar. Uma confidência: quando era pequenito, tinha medo e receio dessas coisas da morte e da presença, ainda que efémera, dos mortos entre os vivos. Imagino que as crianças de hoje também ainda não lidem muito bem com essa realidade. Por isso, equacionar a hipótese de colocar crianças a aprender as "maravilhas de Deus" num mesmo edifício em que se lamenta a perda de entes queridos, são duas realidades sem o mínimo de coexistência possível. As crianças devem começar a lidar com a morte de forma voluntária e não desta forma. Oxalá tenham o bom senso de arranjar um outro espaço para a catequese das crianças.
É pena que, numa freguesia como a de Rossas, Fábrica da Igreja e Junta de Freguesia, não tenham um diálogo profícuo e procurem mesmo rivalizar. Os resultados, como é óbvio, não são os melhores.
Entretanto, arrumou-se na gaveta a construção de um edifício de raiz exclusivamente destinado a Capela Mortuária e fica apenas a ilusão de se ter feito obra e acudido a uma necessidade da comunidade. É um assunto adiado, porque mal solucionado!

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