domingo, 6 de julho de 2008

ALVARENGA E O MOTIM DE 1942

É o último trabalho de José Nuno Pereira Pinto, editado pela ADPA - Associação para a Defesa do Património Arouquense.
O presente trabalho aborda aquilo que o autor destaca como tendo sido um caso único na história «...de tão terrível, quão treinada e poderosa polícia: serem confrontados e postos em fuga por um povo amotinado», levando a reacções brutais por parte dos antecessores da PIDE, que culminaram numa «...vingança sobre os cabecilhas detidos e condenados tornou-se verdadeiramente "abominável"», segundo prefacia Fernando Dacosta.

O contexto nacional é o da neutralidade do país relativamente à II Grande Guerra e; o local, da euforia provocada pela extracção de volfrâmio patrocinada pela Inglaterra e Alemanha, que aqui laboravam lado a lado e, em pleno coração da Europa, se dizimavam.

José Nuno Pereira Pinto faz uma abordagem distanciada com um estilo depurado, ao jeito de uma narrativa-ensaística que mantém o leitor de olhos regalados da página 9 à 248.
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O Autor nasceu, em 1934, em Alvarenga, Arouca. Possui os Cursos de: Teologia (Seminário Maior do Porto); Filologia Clássica (Universidade de Coimbra); Ciência Pedagógicas (Universidade do Porto); Direito (Universidade de Coimbra) e Direito Canónico (Universidade Pontifícia de Salamanca).

É autor de Silêncio (Romence); O Divino em Ti (Poesia); Apocalipse (Poesia); Por Todo o Tempo (Tese de Licenciatura); "A Tragédia D. Duarte, de Diogo de Paiva Andrade"; Contos Forenses; O Tempo dos Desejos Floridos (Poesia); Em Mó de Alabastro (Poesia); Inquietude (Poesia); Quietude (Poesia); O Cônsul (Teatro); Elegia (Poesia); Elegia II (Poesia); Da Outra Margem (Romance); Que Passem Sorrindo (Poesia reunida) e, está já a escrever as suas Memórias.
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Post scriptum - Lamentávelmente, mais uma vez, Câmara Municipal e ADPA, "viram candeias" a propósito desta publicação, com acusações irresponsáveis e fulanizadas de parte a parte. Confesso que começo a ficar cansado com a fulanização de que esta associação, da qual sou presidente da Mesa de Assembleia Geral, vem sendo alvo. Neste caso concreto, sai prejudicado um trabalho que julgo meritório e de relevante interesse para a história de Arouca. É inadmissível que a Comissão avaliadora da Câmara Municipal tenha feito possíveis e impossíveis para encontrar argumentos para não apoiar este trabalho. Fazendo ainda questão de primar pela ausência na cerimónia de apresentação do Livro. Simplesmente inadmissível para uma Câmara que está presente em tudo que é aniversário e apoia torneios de sueca e até da macaca.
Mas, a admoestação vale igualmente para a Direcção da ADPA, que pouco tem contribuido para relacionamentos saudáveis, entre autarquia e associação. Vale a pena lembrar que as pessoas não se devem fazer confundir com as instituições que representam. Tanto mais quando é certo e sabido que as pessoas passam e as instituições ficam.

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