terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Há oito anos a luta fazia-se em Rossas, Arouca...

Quase, quase, a completarem-se oito anos sobre o começo dos trabalhos do primeiro troço (Ribeira de Tropeço - vila de Arouca) da futura Via Estruturante Arouca - Feira, o Diário de Aveiro dá-nos, mais uma vez, nota de uma contestação idêntica àquela que a população de Rossas travou então relativamente ao traçado que hoje serpenteia o vale desta freguesia do concelho de Arouca. Porém, no caso da freguesia de Branca, e contráriamente ao que então sucedeu em Arouca, é muito distinta a atenção dispensada aos argumentos de quem contesta o traçado.

EP manifesta disponibilidade para reavaliar traçado da A32
Responsável da EP de Aveiro diz que o processo “não está fechado”. Presidente da Câmara de Albergaria solidário com luta da população da Branca
A Estradas de Portugal (EP) está disponível para reavaliar o traçado previsto para a Auto-estrada 32, na freguesia da Branca, em Albergaria-a-Velha, que há mais de um ano tem vindo a ser contestado pela população, adianta a agência Lusa. A informação foi transmitida anteontem pela directora da Delegação Regional de Aveiro da EP, Ângela Sá, aos responsáveis da Associação do Ambiente e Património da Branca (AURANCA), que promoveu uma caravana automóvel entre Albergaria-a-Velha e Aveiro. O protesto, que juntou perto de uma centena de viaturas, serviu para, mais uma vez, contestar a decisão do Governo e da EP de manter o traçado da A32 a nascente daquela freguesia, denominado de “alternativa 5”. “O processo não está fechado. Nós [EP] estamos sensíveis com a vossa luta e estamos disponíveis para reavaliar o traçado”, disse Ângela Sá. Antes do encontro, em Aveiro, com a responsável da EP, os manifestantes foram recebidos, em Albergaria-a-Velha, pelo presidente da autarquia local, João Agostinho. O autarca, recentemente reeleito pelo PSD, reafirmou a solidariedade da Câmara com o protesto, realçando que o actual traçado “vai destruir irreversivelmente toda uma paisagem maravilhosa que existe na Branca, além de um conjunto arqueológico, e vai prejudicar o tecido empresarial”. João Agostinho criticou ainda a existência no projecto de “um viaduto megalómano, com quase um quilómetro, que vai passar por cima de um conjunto de habitações e vai trazer um impacto visual àquela freguesia muito mau”.

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