segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Diocese faz inventário do património cultural

Arouca, Vale de Cambra, Espinho, Ovar, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e Castelo de Paiva são os municípios do distrito contemplados
A Diocese do Porto, que abarca oito concelhos do Norte do distrito de Aveiro, tem em curso um processo de inventariação dos seus bens culturais. O trabalho, iniciado em 2006, envolve as mais de mil igrejas existentes em 26 concelhos, assim como todos os edifícios pertencentes às suas 477 paróquias, nomeadamente centros e residências paroquiais. Arouca, Vale de Cambra, Espinho, Ovar, Oliveira de Azeméis, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira e Castelo de Paiva são os municípios do distrito de Aveiro contemplados.
Este inventário abrange somente uma parte dos bens móveis da Diocese, nomeadamente as peças de ourivesaria, paramentaria, escultura e pintura. “Ficam de fora muitos outros bens, nomeadamente a talha, que é considerada como sendo parte dos edifícios, o mobiliário, em que temos peças notáveis, e a cerâmica, incluindo azulejos e peças em faiança e porcelana, que ficará para outra fase”, afirmou o padre Manuel Amorim, responsável pela Secretaria do Património Cultural da Diocese do Porto. O projecto – que consiste na criação de uma ficha exaustiva e de registos fotográficos de cada objecto – envolveu até agora um investimento entre 500 a 600 mil euros, revelou. “Temos já apresentadas candidaturas aos fundos comunitários disponíveis, estamos a aguardar a decisão”, disse o sacerdote, que está à frente da vasta equipa que se encontra a realizar a inventariação. Mais de duas dezenas de técnicos superiores e meio milhar de voluntários, organizados em equipas em cada paróquia e especialmente formados para o efeito, colaboraram até agora neste processo.
Neste momento, quando se está a concluir a terceira fase do projecto, estão já inventariadas 51.157 peças em 574 imóveis. Segundo Manuel Amorim, a conclusão do trabalho de relação das peças carece de um investimento “pelo menos” igual ao já efectuado até agora. O padre estima, por outro lado, que serão precisos “mais quatro anos” para dar o serviço por concluído. O responsável pelo projecto conta com fundos comunitários mas também com o mecenato. “Temos estado a sensibilizar os párocos para os conseguirem localmente”, disse. “Começámos a partir do interior, porque está mais desertificado e, portanto, em maior risco de abandono, progredindo progressivamente no sentido da costa, acrescentou. Trata-se de um projecto pioneiro a nível nacional, embora existam outras dioceses do Norte a trabalhar nesta área, embora em estágios incipientes, comentou. in Diário de Aveiro

Sem comentários: