sábado, 5 de janeiro de 2008

Para tentar agradar a Gregos e a Troianos...

Sete presidentes de Juntas do PSD ausentaram-se, no momento da aprovação das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2008, em sede de Assembleia Municipal. Pretenderam estes senhores exactamente isso. Agradar a Gregos e a Troianos.
Sempre houve, ao longo dos tempos, quem procurasse contrariar aquele adágio. Porém, quase nunca com este único objectivo. O que faz com que não haja relatos de quem o tenha feito com sucesso ou sem que a sua honorabilidade não tenha saído beliscada.
Coitado do político que não saiba ou consiga fazer valer os seus argumentos e sustentar as suas tomadas de posição. Coitado do politico e da “pessoa que lhe veste a pele” que tenha necessidade de se socorrer daquele tipo de expedientes para viabilizar o seu programa e interesses.
Coitadas das estruturas partidárias que apoiam ou, pelo menos, não condenam este tipo de comportamento.
Coitada de uma Assembleia que não repudie veementemente esta forma de proceder dos seus membros.
Por muito maus caminhos vai uma terra que aceita de forma pacífica esta falta de carácter, frontalidade e sinceridade daqueles a quem conferem competência para traçar rumo.
No fundo o que aqui está em causa é uma flagrante falta de capacidade para “separar ou saber separar as águas”. Mas, é uma coisa para a qual todos têm contribuído. No entanto, agora de forma mais flagrante e descarada.
Como apreciava o voto contra ou a favor destes presidentes com a respectiva declaração de voto defendendo a sua tomada de posição, salientando os aspectos positivos e os aspectos negativos do Plano e Orçamento e, eventualmente, fazendo uma ou outra alegação de carácter estritamente político. Porque, de facto, e ao abrigo do enquadramento legal em vigor, estamos a falar de deputados especiais. Deputados aos quais, devido a essa mesma qualidade, se exige esse tipo de trabalho e não outro. Em última instância, e eventualmente, até poderiam abster-se; ausentar-se é que não.
Enfim! Resta esperar que tanto “Gregos” como “Troianos” não se manifestem agradados com tal comportamento. Embora, já a montante, lhes fosse exigido demonstrar não se sentirem aliciados com eventuais tomadas de posição deste género.

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