sábado, 5 de novembro de 2011

Mais um revés na ligação Arouca - Feira

De revés em revés, de orçamento em orçamento, de oportunidade em oportunidade, com boa ou má desculpa, a 2.ª Fase da Ligação Arouca - Feira vai sendo sucessivamente adiada. Ao mesmo passo vão-se desgastando as promessas, os compromissos e algumas certezas de curto-prazo. Chegámos ao ponto em que tudo o que se disse e/ou fez vale nada! Quis acreditar que, mesmo apesar de tudo, até do tempo que vivemos, depois do que se disse, escreveu e defendeu, não haveria outro caminho que não fosse o da conclusão desta ligação, há tantos anos desejada pelos arouquenses. Desejei mesmo que aqueles que, por exemplo há um ano, estavam na oposição e fizeram, ou disseram fazer, alguma coisa por incluir a obra no Orçamento; ou até mesmo aqueles que disseram e defenderam que a obra não precisava entrar no Orçamento para ser feita, uma vez chegados ao poder, fossem coerentes com o que fizeram, disseram e defenderam. Mas, não!

No que nos toca, um verdadeiro arouquense, que defenda a sua terra e qualidade de vida da sua população acima de tudo, não deve pensar de outra forma nem deixar de fazer exigências consentâneas com aquilo que manifestamente é melhor para a sua terra e com as legitimas expectativas criadas pelas promessas de sucessivos políticos, nomeadamente políticos com poder de decisão.

Neste particular, e tal como desde a primeira hora, o presidente da Câmara Municipal de Arouca, conta com toda a minha solidariedade e apoio! É manifesto que tem sido hábil em não deixar o assunto cair em esquecimento. A prova disso são as "ameaças de greve de fome" em Lisboa ou até mesmo do "empréstimo" ao Estado, que muitos não tiveram sequer capacidade de entender, ou, se tiveram, optaram por deturpar em desfavor dos interesses de Arouca. E a prova de que nunca nenhuma atitude foi exagerada, extemporânea nem despicienda, está no facto de, em todas as oportunidades possíveis, o assunto ter sido abordado de forma séria, como de resto sucedeu ainda nesta última reunião do ministro da Economia com a Junta Metropolitana do Porto, na passada sexta-feira. O que faltou então, perguntar-se-ão alguns? A aceitar a argumentação da oposição local, regional e nacional, de então, aquando dos sucessivos adiamentos ao tempo do Governo de José Sócrates, talvez vontade política!? O ministro da Economia disse agora mais uma vez, até na linha daquilo que sustentou o anterior Governo precisamente há um ano, que, entre outras, a obra de Arouca só avança quando houver dinheiro para o fazer! Pelo que é legitimo perguntar àqueles que sustentavam ser suficiente vontande política para fazer a obra avançar... se é isso que agora está a faltar!?

Manifesto resultou mais uma vez que em Arouca nunca houve, não há e não sei se algum dia haverá, união política relativamente a esta velha e legitima reivindicação dos Arouquenses. E a prova, mais uma vez, está na forma lesta como algumas pessoas difundiram, nomeadamente nas redes sociais, o facto de dois ou três presidentes de Câmara, por acaso do PSD, terem tomado a iniciativa de colocar a Ligação Arouca-Feira na agenda dos assuntos a tratar com o ministro da Economia e; uma vez conhecido o desfecho da reunião, se terem remetido a um silêncio ensurdecedor ou, pior do que isso, como fizeram alguns, virarem-se a criticar a legitima reacção do presidente da Câmara de Arouca que, por acaso, esteve presente na mesma reunião... Pessoalmente, depois do que já se disse, escreveu, defendeu e prometeu sobre esta obra, também não aceito a promessa vaga de que a obra só se fará quando houver dinheiro! É pouco! É manifestamente pouco! Exige-se mais precisão!
Todos podem dizer querer a obra, mas, alguns, infelizmente, só a querem se for feita por força de iniciativa sua e/ou dos seus. A prova de que é assim, é a forma como admitem a chicana que os dirigentes do seu próprio partido fazem aos arouquenses. Isto é manifesto e, entretanto, sem se darem conta - porque se derem, pior ainda - estão a prestar o pior dos serviços a Arouca e aos arouquenses!

Mais uma vez, desejo não ter razão e estar a ser injusto! Espero que o futuro próximo mo diga!

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