quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Ainda sobre a Praça Brandão de Vasconcelos... e a falta de intervenções arqueológicas atempadas.

Sendo um dado consumado para as entidades responsáveis pelas intervenções na Praça Brandão de Vasconcelos e Terreiro de Santa Mafalda, que aquelas vão avançar e tal qual foram projectadas, estranho que há muito não esteja no terreno uma ou mais equipas de arqueólogos a desenvolver intervenções preliminares e preventivas, quiçá de emergência, evitando assim a ferocidade das máquinas e o aperto dos prazos de obra. Não vi sequer, em tempo ou fora dele, qualquer posição da Divisão Arqueológica do Museu Municipal (se é que ela existe!?) e do Núcleo Arqueológico de Arouca (se é que este ainda existe!?) Confesso que não sei se ainda existe! Mas, o estado em que se encontram os achados e sítios arqueológicos de Arouca, leva-me a querer que não.

Não se compreende, assim, como é que dois espaços cujas últimas intervenções significativas, mas, ao que se sabe sem grande profundidade e ainda despidas da sensibilidade histórica e arqueológica dos nossos dias, datam de finais do séc. XIX, início do séc. XX, não suscitaram outra responsabilidade e maior curiosidade por parte dos responsáveis por estas intervenções.

Uma intervenção como esta e em locais cuja memória e tradição de outras existências e actividades é tão rica, não se compadece com um mero acompanhamento de um responsável ou até mesmo de uma equipa de arqueólogos!

Desenganem-se aqueles que pensam encontrar alguma coisa sobre o assunto no sítio da regeneração!

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