quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

Boas memórias...

Foto: Óscar Valério

Esta pureza imprimida pela brancura
Que pinta e atenua o todo musgado
Faz esquecer a rudeza da pedra escura
Alicerce da capelinha branco caiado

Alicerce da capelinha branco caiado
Testemunha de encontros e estórias
De quem ali se tornou enamorado
De um futuro rico de boas memórias

De um futuro rico de boas memórias
Dos amores ali prometidos e jurados 
Porque não eram promessas ilusórias
Até os amores que se viram acabados

Até os amores que se viram acabados
Apesar de prometidos para toda a vida
Por frases e corações agora musgados
Que se nos revelam à neve derretida

António Brandão de Pinho

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