Dom Domingos de Pinho Brandão Retrato a Óleo |
No próximo dia 22 de Agosto assinala-se o 25.º Aniversário do
falecimento de Dom Domingos de Pinho Brandão, o último dos três bispos que
Arouca deu à Igreja. No próximo dia 24 deste mês, passam 70 anos sobre a data
em que foi ordenado sacerdote, na basílica de S. João de Latrão, em Roma,
considerada a "mãe" de todas as igrejas do Mundo.
Homónimo de seu pai, Domingos de Pinho Brandão foi
o primeiro varão dos seis filhos sobreviventes de Domingos de Pinho Brandão,
natural da Casa de Cimo de Vila, freguesia de Rossas, e de Luciana Joaquina de
Jesus Martins, natural de Nabais, freguesia de Escariz. Nasceu na Casa do
Outeiro, na freguesia de Rossas, no dia 09 de Janeiro de 1920 e foi baptizado
na igreja matriz desta paróquia, no dia 15 do mesmo mês, pelo padre Luís de
Almeida Aguiar, sob testemunho e apadrinhamento dos tios maternos António
Francisco da Silva Martins e Clara Joaquina de Jesus.
«Entrámos no velho Colégio da Formiga no mesmo dia.
Parece que estou a vê-lo, muito tímido, com seu fatinho domingueiro de cor
verde-garrafa. Foi no ano longínquo de 1932. Depois foi uma ascensão
permanente, primeiro como aluno do Seminário e da Universidade Gregoriana, em
Roma, depois domo Professor do Seminário Maior, da Universidade do Porto e de
vários outros estabelecimentos de ensino», escreveu o seu colega, amigo e
confesso admirador padre Alexandrino Brochado.[1]
Com o Bispo do Porto, Dom António Ferreira Gomes Celebração Solene, na Sé do Porto |
Sempre que regressava
a Rossas, o jovem Domingos não deixava de participar nas actividades culturais
e nas manifestações de carácter religioso, principalmente nas festividades em
honra de Nossa Senhora do Campo onde, desde cedo, começou a marcar presença com
contributos e discursos magistrais.
«Nas cerimónias que se vão realizar nesta freguesia,
pelas 19 horas do dia 10 de Agosto próximo, por ocasião dos grandes festejos a
Nossa Senhora do Campo, de homenagem e exaltação à Cruz, além do pregador da
festa, falarão o sr. Domingos de Pinho Brandão, aluno do curso teológico que
vem frequentando com grande distinção, e o menino Elísio de Almeida Azevedo. No
acto de descerramento da lápide comemorativa, além dum dos oradores
precedentes, discursará o menino Artur Garrido Brandão. Todas as cerimónias
revestir-se-ão de grande brilho e solenidade. C.»[2]
Os progressos e
sucessos do jovem e futuro padre Domingos eram acompanhados com interesse pela
comunicação social da época:
«Com a elevada classificação de 17 valores (1.º distinto)
transitou para o 2.º ano do curso teológico o inteligente estudante sr.
Domingos de Pinho Brandão, do Outeiro, de Rôssas.»[3]
«Domingos de Pinho Brandão – De sua casa do Outeiro de
Rôssas, onde veio passar alguns dias junto da sua família, seguiu para o
Colégio Português em Roma, a fim de se doutorar em Teologia pela Universidade
Gregoriana, o nosso amigo sr. Domingos de Pinho Brandão, mui distinto aluno do 3.º
ano de Teologia do Seminário da Sé, da cidade do Porto. Desde já desejamos ao
futuro doutor muitas felicidades.»[4]
Frequentou os Seminários do Porto e a Universidade Gregoriana, em Roma,
onde se formou em Teologia, tendo sido ordenado presbítero, em S. João de
Latrão, Roma, a 24 de Abril de 1943.
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